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Episódios

A Procura da Felicidade

A procura da felicidade Quem de nós não deseja ser feliz? Salvo os casos patológicos, as pessoas estão sempre em busca da felicidade, ainda que não se deem conta disso. Mas, afinal, o que é a felicidade? A felicidade varia de pessoa para pessoa, e em cada momento da nossa vida, ela pode assumir aspectos diferentes. Quando estamos enfermos, a recuperação da saúde seria a nossa felicidade. E envidamos todos os esforços para conquistá-la. Se estamos desempregados, um emprego se constituiria em felicidade, por algum tempo. Se somos solteiros e desejamos unir-nos a alguém, nossa felicidade seria encontrar a pessoa certa. No entanto, os que padecem fome e frio, encontrariam a felicidade num agasalho e na alimentação que refaz. Já para o torcedor, a explosão de felicidade se dá quando a bola atinge o fundo da rede do time adversário. Enfim, a felicidade tem tantas faces quanto os anseios de cada criatura, variando de acordo com as circunstâncias. Certa vez, lemos uma história que nos levou a refletir em que consiste a verdadeira felicidade. Foi narrada por uma moça que se sentia momentaneamente infeliz e, andando pela rua viu um homem puxando uma carroça. Ao observar a cena, pensou: Pobre homem! Fazendo o trabalho de um animal irracional.. Isso é que deve ser infelicidade! Pensando em ouvir de seus lábios lamentações e queixas, aproximou-se e lhe perguntou: O senhor é muito infeliz, não é? Afinal, fazendo um trabalho desses... Confessa ela que o homem fê-la mudar a paisagem íntima, ao responder entusiasmado: Não, senhora! Sou uma pessoa muito feliz. Tenho saúde que nem mesmo preciso de um animal para puxar minha carroça. Tenho força, consigo o meu sustento passeando pela cidade e ainda ganho saudações de pessoas bonitas como a senhora. * * * Como podemos perceber, a felicidade consiste em cada um contentar-se com o que tem e fazer da sua felicidade a alegria dos outros. A verdadeira felicidade é aquela sem mescla, à felicidade plena. Todavia, podemos viver com alegria, valorizando as coisas que temos e as conquistas morais que já logramos, sem infelicitar-nos com o que não possuímos e não está ao nosso alcance. * * * Muitos de nós buscamos a felicidade distante de onde ela se encontra. A cada momento o Universo nos oferece mil motivos para nos alegrar. A oportunidade de viver, de ter uma família, amigos, trabalho... A natureza, o sol, a chuva, a noite para o repouso, as chances de aprendizado em cada minuto que passa por nós. Até mesmo os obstáculos do caminho são motivos de alegria, por nos ensinarem a superá-los, preparando-nos para a conquista da felicidade perene, que a todos nos aguarda.Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso, com base em história publicada no Jornal Caridade, de maio/junho de 1997... Em 19.06.2012.

10/01/2020 17:36 | DURAÇÃO 4:07

Sócrates e a Imortalidade da Alma

SÓCRATES E A IMORTALIDADE DA ALMA No ano 399 antes da era cristã, o Tribunal dos Heliastas, composto por representantes das dez tribos que compunham a democrata Atenas, reunia-se com seus 501 membros para cumprir uma obrigação bastante difícil. Representantes do povo, escolhidos aleatoriamente, estavam ali para julgar o filósofo Sócrates. O pensador era acusado de recusar os deuses do Estado, e de corromper a juventude. Figura muito controversa, Sócrates era admirado por uns, criticado por outros. Tinha costume de andar pelas ruas com grupos de jovens, ensinando-os a pensar, a questionar seus próprios conhecimentos sobre as coisas e sobre si mesmos. Sócrates desenvolveu a arte do diálogo, sempre na procura da verdade no interior do homem. Seus dizeres “Só sei que nada sei” representam a sapiência maior de um ser, reconhecendo sua ignorância, reconhecendo que precisava aprender, buscar a verdade. Por isso foi sábio, e além de sábio, deu exemplos de conduta moral inigualáveis. Viveu na simplicidade e sempre refletiu a respeito do mundo materialista, dos valores ilusórios dos seres, e das crenças vigentes em sua sociedade. Frente a seus acusadores foi capaz de lhes deixar lições importantíssimas, como quando afirmou: “Não tenho outra ocupação senão a de vos persuadir a todos, tanto velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de vossos bens do que da perfeição de vossas almas.” O grande filósofo foi condenado à morte por cerca de 60 votos de diferença. A grande maioria torcia para que ele tentasse negociar sua pena, assumindo o crime, e tentasse livrar-se da punição capital, com pagamento de algumas moedas. Com certeza, todos sairiam com as consciências menos culpadas. Todos, menos Sócrates que, de forma alguma, permitiu-se ir contra seus princípios de moralidade íntimos. Assim, aceitou a pena imposta. Preso por cerca de 40 dias, teve chance de escapar, dado que seus amigos conseguiram uma forma ilícita de dar-lhe a liberdade. Não a aceitou. Não permitiu ser desonesto com a lei, por mais que esta o houvesse condenado injustamente. Mais uma vez exemplificou a grandeza de sua alma. E foram extremamente tranqüilos os últimos instantes de Sócrates na Terra. Uma calma espantosa invadia seu semblante, e causava admiração em todos que iam visitá-lo. Indagado a respeito de tal sentimento, o pensador revelou o que lhe animava o espírito: “Todo homem que chega aonde vou agora, que enorme esperança não terá de que possuirá ali o que buscamos nesta vida com tanto trabalho! Este é o motivo de que esta viagem que ordenam me traz tão doce esperança.” Sim, Sócrates tinha a certeza íntima da imortalidade da alma, e deixou isso bem claro em vários momentos de seus diálogos. A perspicácia de seus pensamentos e reflexões já haviam chegado a tal conclusão lógica. O grande filósofo partia, certo de que continuaria seu trabalho, de que prosseguiria pensando, dialogando, e de que desvendaria um novo mundo, uma nova perspectiva da vida, que é uma só, sem morte, sem destruição. * * * Que possamos todos, a exemplo de Sócrates, deixar este mundo com o coração repleto de esperança e sem medo. Pense Nisso, mas pense agora! Texto da Redação do Pense Nisso com base no livro O Fédon, de Platão, Coleção Filosofia – Textos nº 4. ed. Porto e no livro Apologia de Sócrates, de Platão, Coleção Aos pensadores, ed. Nova Cultural. Em 28.08.2012

09/01/2020 17:38 | DURAÇÃO 4:53

Grandeza da Renúncia

Grandeza da renúncia Alberto Dürer, o excelente pintor alemão, antes de ser famoso, necessitando estudar, combinou com um jovem amigo, igualmente artista, sobre a necessidade de procurarem um núcleo de maior cultura. Mudariam de cidade para que ambos pudessem aprimorar seu estilo. Porque não dispusessem de um mecenas, ou seja, um financiador ou padrinho que os ajudasse, estabeleceram um plano: um trabalharia como lavador de pratos, enquanto o outro iria estudar pintura. Assim, com a venda dos primeiros quadros, o que trabalhava passaria também a estudar. Chegando ao local pretendido, Alberto afirmou: Eu me dedicarei ao trabalho de lavar pratos. Contudo, o companheiro respondeu: Não. Eu sou mais velho e já tenho emprego no restaurante. Dessa forma, graças à disposição do amigo, Dürer começou a estudar e a pintar. Depois de um tempo, Alberto reunira uma soma que permitiria que o companheiro estudasse. Ele deixou o trabalho no restaurante e se dirigiu à escola. Percebeu, porém, que a atividade rude lhe destruíra a sensibilidade táctil, desequilibrara o ritmo motor.Deu-se conta de que nunca atingiria a genialidade, ainda mais, descobrindo a qualidade superior de Dürer. Dotado de sentimentos nobres, renunciou à carreira e retornou ao trabalho de lavador de pratos. Numa noite em que Dürer voltou ao estúdio, ao abrir silenciosamente a porta, estacou na sombra, vendo pela claraboia do teto o reflexo do luar que adentrava pelo cômodo. A luz alumiava duas mãos postas em atitude de prece. Era o amigo, ajoelhado, que rogava bênçãos para o companheiro triunfar na pintura. O artista, comovido ante a cena, imortalizou-a numa pequena tela, que passou à posteridade como Estudo para as mãos de um Apóstolo, para o altar de Heller, hoje na galeria Albertina, em Viena. * * * E nós ouvintes, será que somos capazes de viver tal grau de renúncia? Em dias em que a competição nos desespera e afoga, exigindo que sejamos sempre melhores do que os outros, senão não somos ninguém – será que já descobrimos o caminho seguro da renúncia? A renúncia é a emoção dos Espíritos superiores transformada em bênçãos pelo caminho dos homens. Quem renuncia estabelece, para o próximo, a diretriz do futuro em clima de paz. A renúncia é melhor para quem a oferta. Poder ceder, quando é fácil disputar; reconhecer o valor de outrem, quando se lhe está ao lado, ensejando-lhe oportunidade de crescimento; ajudar sem competir, são expressões elevadas da renúncia que dá à vida um sentido de significativa grandeza. Felizes aqueles que hoje cedem para amanhã receber; os que agora doam para mais tarde enriquecer-se; os que compreendem que a verdadeira felicidade consiste em ajudar e passar, sem impor nem tomar. Quem renuncia, enfloresce a alma de paz, granjeando a gratidão da vida pelo que recebe. Com base no cap. 8, do livro "Receitas de paz", pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

08/01/2020 16:57 | DURAÇÃO 4:26

Influências na Infância

INFLUÊNCIAS NA INFÂNCIA Na França, ele foi um dos mais ardorosos adeptos do romantismo. Foi membro da Academia Francesa e chamado de Leão das tulherias, em razão do seu espírito combativo. No Brasil, influenciou escritores e poetas como Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar e Casimiro de Abreu. Idealista, não se atemorizava pelas consequências das suas iniciativas. Foi defensor dos excluídos e sua obra é farta em demonstrar as injustiças sociais do seu tempo. Falamos do poeta, escritor e jornalista Victor Hugo. Pois essa figura ímpar, quando tinha onze anos, escreveu estes versos: Eu tive em minha loira infância ah, tão efêmera, três mestres: um jardim, um velho padre e minha mãe... Tem fundamento semelhante afirmativa. O jardim deve ter sido o da casa onde habitou, na capital francesa, quando criança. O contato com a natureza lhe moldou a observação minuciosa que o transformaria em um escritor detalhista. Olhando a grama crescer no jardim, aprendeu a abençoar a chuva generosa e o sol que assim a fazia brotar viçosa. Observando as formigas minúsculas transitando pelas alamedas, transportando seus tesouros para o formigueiro, aprendeu a respeitar os pequenos, dos quais jamais se esqueceria. O velho padre, do convento próximo de sua casa, com certeza foi quem lhe ministrou as lições do Evangelho de Jesus. Lições que ele aprendeu muito bem: amor ao próximo, compaixão para com a dor alheia, igualdade de direitos, justiça. Dos lábios maternos recebeu as primeiras lições de Deus, Pai generoso e bom. Victor Hugo passou com sua mãe a maior parte da infância porque o pai, um militar, sempre estava longe, em serviço. Ela o instruiu a respeito da vida imortal do Espírito. Certeza que ele tinha e que o levou a escrever a um amigo, cuja esposa desencarnara: Caro Lamartine, uma grande desgraça vos fere. Necessito pôr meu coração junto do vosso. Eu venerava aquela que amáveis. Vosso alto Espírito vê além do horizonte. Percebeis distintamente a vida futura. Não é a vós que se precisa dizer: Esperai. Sois daqueles que sabem e esperam. Ela é sempre vossa companheira, invisível, mas presente. Perdestes a esposa, mas não a alma. Esse é o discurso de quem é amigo, de quem crê na Imortalidade e distribui esperanças. Discurso de quem viveu na natureza, foi alimentado pelo Evangelho de Jesus e a doçura de um coração materno. * * * Todo investimento educativo na infância frutificará positivamente, ofertando às nações homens dignos e cidadãos honrados. Se à educação se acrescentar o ensino do Evangelho de Jesus, que é a condução do Espírito imortal para os verdadeiros objetivos da vida, que transcendem a materialidade, então poderemos ficar tranquilos. Isso nos permitirá ter a certeza de que o mundo do amanhã se constituirá de governantes corretos, executivos responsáveis, pais e mães de família exemplares, enfim, homens de bem. Invistamos na infância. Com base no artigo Duas naus, um capitão..., da revista Reformador, de fevereiro de 2001, ed. Feb. Em 12.12.2012.

07/01/2020 17:20 | DURAÇÃO 4:35

Apenas o Essencial

APENAS O ESSENCIAL Eu contei os meus anos, e descobri que tenho menos tempo para viver daqui para frente, do que já vivi até agora. Eu tenho muito mais passado, que futuro. Então, não tenho mais tempo para lidar com a mediocridade. Eu não quero reuniões, em que desfilam egos inflamados. Inquieto-me com os invejosos, cobiçando lugar de quem eles admiram. Eu já não tenho tempo para conversas inúteis, sobre vidas alheias, que nem fazem parte da minha. Eu já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas idosas, mas ainda imaturas. Eu detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas rótulos. Eu quero viver ao lado de gente que sabe rir...sabe rir de seus tropeços. Quero viver ao lado de pessoas que não se encanta com os seus triunfos, não se considera eleita, antes da hora. Quero viver ao lado de gente que não foge da sua mortalidade...eu quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade; Apenas o essencial faz a vida valer apena...e para mim, basta o essencial. É essencial livrar-se dos falsos valores que levam a julgamentos igualmente falsos; abandonar tolas crendices, filhas da angústia e do medo do desconhecido. Existe ainda o perigo do deslumbre que cega a mente e ilude nossa capacidade de julgar; a vaidade tola e a megalomania, caminhos que levam a bezerros de ouro, à paixão pela conquista do poder pelo poder, ou como forma de submeter o próximo. Nossos olhos, muitas vezes, emprestam lentes de Narciso, capazes de distorcer nossa real imagem e os julgamentos que fazemos dos nossos atos. Só o tempo permite àqueles que dele fazem bom uso, cultivando o saber e examinando a vida em profundidade, perceber as coisas realmente importantes e belas. Nós, humanos, como as flores, os pássaros e tudo que é vivo, temos um ciclo que se inicia com o nascimento, prossegue com o florescer da maturidade e termina com a morte. Morremos todos, sem a beleza ou o vigor físico. De nada adiantam nossas conquistas terrestres, todas são fugazes. Se algo for eterno, será apenas a consciência que adquirimos neste viver. Esse enorme mistério da vida e da morte é o mais tranquilo, límpido e belo espetáculo ao qual nenhum outro se compara, mas que só pode ser observado e compreendido com o tempo, com o passar do tempo. Esse é um privilégio reservado aos que usaram bem seu tempo de vida. É contraditório, mas é preciso aceitar a nossa morte para se entender e vislumbrar toda a beleza da vida. Daí, talvez, a sabedoria popular do velho ditado que diz: "Neste mundo, quem mais olha menos vê, quem não morre não vê Cristo." Acreditamos que, no ditado popular, a palavra Cristo significa "ter consciência do processo da vida". Se fôssemos capazes de menores ilusões e maior consciência, certamente seríamos muito mais felizes. Teríamos maior prazer no trabalho, trataríamos o próximo com mais amor e respeito; seríamos mesmo capazes de amá-lo, não por nossos interesses, mas sim por ele mesmo. Não teríamos a maioria das nossas preocupações, dormiríamos melhor, administraríamos melhor nossas energias e não permitiríamos que tolas fantasias e angústias desnecessárias se apossassem de nosso ser. Viveríamos em paz, teríamos mais tempo para as crianças, as flores e os pássaros. Não necessitaríamos do consumo de drogas ou de bens supérfluos, usaríamos nosso tempo e nossa energia para coisas muito mais prazerosas: pensar e examinar a vida, livrar-nos de falsos valores, fantasias e miragens, encontrar a essência da vida, ver com os olhos da alma. Apague as luzes, dilate as pupilas da alma e veja. Baseado no texto de Mario de Andrade e do Professor Oriovisto Guimarães, do Centro Universitário Positivo - UNICENP.

06/01/2020 15:35 | DURAÇÃO 4:59

A Vida em Transformação

A VIDA EM TRABSFORMAÇÃO Há quem diga que a vida está perfeita e que não querem mudá-la em nada, ou então o oposto (dizendo que a vida é sempre insatisfatória). São pessoas que não aprenderam uma regra básica da vida, a qual se manifesta no médio e no longo prazo. É a constatação de que a vida sempre muda. Bom mesmo é experimentar a mudança com curiosidade, buscando aprender a interpretá-la, mesmo que nos cause dor ao invés de prazer. Afinal nenhuma mudança é permanente a ponto de estagnar e, justo por isso, não temos que nos lamentar por algum revés que se apresente a nós. Sempre há uma perspectiva nova. No entanto, já repararam que às vezes passamos longos períodos (dias, meses...) sonhando com pessoas que há muito tempo não vemos? Na verdade, às vezes até mesmo encontramos alguém fisicamente. Ao contrário do senso comum, o tempo é cíclico. Há um padrão triplo: sempre se busca algo, sempre se consolida alguma coisa, e sempre se desestabiliza o que se construiu. Só para se começar de novo. Ao invés de prosseguirmos em uma linha infinita do passado para o futuro, estamos na verdade dando uma volta e formando um círculo. Cada ponto da circunferência do círculo tem sua própria memória, seu próprios personagens (embora às vezes mudem os atores que os representam) e um enredo próprio. É como se vivêssemos histórias repetidamente, sem nos darmos conta. Há quem chame estas histórias de kharma, mas vou lhes contar um segredo. Podemos quebrar esse kharma se entendermos as histórias e mudarmos nosso papel nelas. Podemos, por exemplo, nos reconciliar com alguns de seus personagens. Podemos também mudar o padrão de nossas decisões para obter resultados diferentes. O resultado é que criamos outras histórias. No esoterismo e no ocultismo, usualmente refere-se ao tempo cíclico como a passagem de grandes eras. Só que o macrocosmo se assemelha ao microcosmo de forma que normalmente não se suspeita ser possível. Uma pequena mudança de estratégia e pode ficar mais fácil atingir um objetivo, alcançar uma meta, chegar a um resultado. Por vezes nós perdemos muito tempo em tentativas vãs e não nos damos conta de que uma pequena mudança bastaria para facilitar a nossa vida. Se você está sentindo que seus passos não estão lhe conduzindo numa direção segura, pare um instante. Reflita sobre onde quer chegar e, se for necessário, corrija a bússola da sua existência e siga em frente. * * * Quando você bate numa porta por muito tempo e ela se recusa a abrir, talvez esttá na de você buscar outra saída. Embora muitas situações nos pareçam fruto do acaso, não imaginemos que estamos à revelia das leis que regem o Universo do qual fazemos parte. Pense nisso e procure ouvir seguir essa sugestão para que faça uma pequena mudança na estratégia. E lembre-se: Se a porta na qual você está insistindo em bater não se abre, talvez seja o momento de buscar outra alternativa. Transforme sua vida. Pense nisso.

03/01/2020 15:37 | DURAÇÃO 4:06

E Não Aconteceu

E NÃO ACONTECEU Os dias agitados, as conturbações sociais, as dificuldades destes tempos fazem com que sejamos tocados, com frequência, por problemáticas inúmeras. Ora somos vitimizados pela violência social que nos chega na forma de furtos, roubos ou agressões. Doutras vezes cruzamos com pessoas desequilibradas, que nos envolvem com seus desatinos e insensatez. Outros despejam sobre nós seus discursos e ações doentias, nos prejudicando ou nos conduzindo a distonias comportamentais, que se refletem, como consequência, em nosso organismo. E, de tal forma essas ações impactam nosso cotidiano que, muitas vezes, passamos a relatar tal ou qual fato que nos ocorreu, multiplicando, dezenas de vezes, o ato infeliz do qual fomos vítimas. Passamos, em nossos relatos, nas nossas conversas, a reproduzir o mal recebido, revivendo as tormentas e dificuldades da situação ocorrida. E assim vamos valorizando o mal de maneira exagerada, desnecessária e sempre prejudicial. Vamos contaminando outras pessoas e ambientes, com nossos relatos, sem atentarmos onde estamos e com quem estamos, infundindo medos, receios, sentimentos de pavor. Totalmente desnecessários. Por outro lado, quase nunca nos damos conta de quantas coisas não nos acontecem. Se somos alvo da maldade de uns, imprevidência de outros, desequilíbrio de alguns, sem dúvida, temos muito mais a relatar de fatos que poderiam ter ocorrido conosco e não chegaram a acontecer. Enquanto preocupados em reclamar e enfatizar o mal que respinga em nós, deixamos de valorizar os recursos que a Providência Divina oferece para nos amparar e proteger. Não percebemos que os descuidos que nos permitimos oferecem oportunidade para grandes dificuldades. E a bondade de muitos que nos rodeiam encontra os meios para minimizar, até mesmo neutralizar consequências nefastas que poderiam decorrer da nossa imprevidência. Quantas vezes pessoa que achávamos pouco simpática já nos direcionou os passos a outros trajetos, em nossos percursos diários, evitando que viéssemos a sofrer acidentes, percalços, dificuldades de qualquer sorte. Poucas vezes nos damos conta dessa ação benfazeja da Divindade, protegendo-nos, através de inúmeros mecanismos, simplesmente para que o mal não no alcance. Portanto, ante pequenos contratempos que fogem ao nosso controle e à nossa vontade, ou algo inconveniente que nos atinja, busquemos, antes de tudo, refletir. Antes de reclamar, de gastar nosso tempo a reviver emoções desagradáveis, reflitamos se não devemos agradecer. Reflitamos a respeito do mal que nos sucedeu e o tanto mais que poderia ter ocorrido e constataremos quanto estamos sendo amparados. Essa breve reflexão nos permitirá perceber como somos cuidados pelo amor de Deus. Por isso, mantenhamos nos lábios e no coração o agradecimento as oportunidades que a vida diariamente nos oferece, através de pessoas que nos ampara, nos protege, nos sustenta a vida. Aprendamos a agradecer pela dificuldade, pelo mal ou pelo problema que simplesmente não nos aconteceu, graças à interferência de alguém, que algumas vezes, nem sabemos quem é. E lembremos sempre; as pessoas fazem aquilo que nós permitimos. Por isso, não passemos o recibo, e sejamos os portadores do equilíbrio, bom senso e benevolência. Pense Nisso

02/01/2020 10:11 | DURAÇÃO 4:44

E Já É Ano Novo Outra Vez

E já é Ano Novo, outra vez Quando chega, é sempre pleno de esperanças. Espera-se o Ano Novo para começar vida nova, para estabelecer novas metas de vida, propósitos renovados para tantas coisas... É comum as pessoas elaborarem suas listas de bons propósitos para o novo ano. Mesmo sabendo que o tempo somente existe em função dos movimentos estabelecidos pelo planeta em que nos encontramos, é interessante essa movimentação individual, toda vez que o novo período convencional de um ano reinicia. Mas, falando de lista de bons propósitos, já se deu conta que, quase sempre, esquecemos o que listamos? Alguns até esquecemos onde guardamos a tal lista, o que atesta da pouca disposição em perseguir os itens elencados. Ano Novo deve ter um significado especial. Embora o tempo seja sempre o mesmo, essa convenção se reveste de importância na medida em que, nos condicionando ao início de uma etapa diferente, renovada, sintamo-nos emulados a uma renovação. Renovação de hábitos, de atitudes, como estar mais com a família, reorganizando as horas do trabalho profissional. Importar-se mais com os filhos, lembrando-se de não somente indagar se já fizeram a lição, mas participar, olhando, lendo as observações feitas pelos professores nos cadernos, interessando-se pelos conteúdos disciplinares. Sair mais com as crianças, não somente para passeios como a praia, a viagem de férias. Mas, no dia a dia, um momento para um lanche e uma conversa, uma saída para deliciar-se com um sorvete. Outros, para só ficar olhando a carinha lambuzada de chocolate, literalmente afundando-se na taça de sorvete. Outros, mais longos, para acompanhar o passo vacilante de quem está aprendendo a andar. Uma tarde para um papo com os que já estão preparando a mochila para se retirar do cenário desta vida, quem sabe, nos próximos meses? Isto é viver Ano Novo. Sair com amigos, abraçar amigos, sorrir pelo simples prazer de sorrir. Trocar e-mails afetuosos, não somente os corriqueiros que envolvam decisões e finanças. Usar o telefone para dar um olá, desejar boa viagem, feliz aniversário! Bom, você também pode fazer propósitos de comer menos doces ou diminuir os carboidratos da sua dieta, visando melhor condição de vida ou simplesmente adequar seu peso. Também pode pensar em mudar o visual. Quem sabe modificar o corte de cabelo, tentar pentear para outro lado, fazer uma visita ao dentista. E é claro, um bom check-up. Porque cuidar da saúde é essencial. Bom mesmo é não esquecer de formular propósitos para sua alma. Assim, acrescente na lista: estudar mais, ler mais, entender mais o outro, devotar-se a um trabalho voluntário, servir a alguém com alegria e bom ânimo. Com certeza, cada um terá outros muitos itens a serem acrescentados à lista. Até mesmo coisas simples como alterar os roteiros de idas e vindas do trabalho-lar-escola. Ou coisas mais complicadas, como se dispor a pensar um pouco no outro e não exclusivamente em si, no relacionamento a dois. Imprescindível, no entanto, é que você coloque a lista à vista, para olhar muitas vezes, durante todo o novo ano. Importante que se lembre de lê-la, para ir acompanhando o que já conseguiu e onde ou em que ainda precisa investir mais, insistindo, até a vitória. Seja este Ano Novo o ano de concretas realizações na sua vida! A todos que estiveram ao nosso lado em 2014, agradecemos e renovamos, a nossa amizade para 2015. Que seja um ano bem “Easy” para todos nós.

01/01/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:49

Desejo, vontade e felicidade

Desejo, Vontade e Felicidade Nesta edição do Pense Nisso, vamos nos dedicar aos nossos desejos, vontades e felicidades...o que é propicio para essa época de fim de ano. Quando os nossos desejos e vontades, estão aflorados. E pra falar sobre os desejos e vontades , e consequentemente, da pretensa felicidade, convocamos o filosofo alemão Immanuel Kant. O pensador, em sua obra “Crítica da Razão Pura”, nos contempla com uma profunda análise moral e distintiva de desejo e vontade; e convida-nos à reflexão sobre as nossas escolhas. Desejo é tudo o que emerge do pensamento, sem que se possa controlar; é o impulso instintivo, é a avidez pelo prazer das sensações. Vontade é a ação regida pela razão, independentemente da corrente dos desejos, ou seja, é o uso da razão para deliberar escolhas. Muito diferente de desejo, vontade é o saber materializado em conduta; é tudo o que o pensamento produz para se sobrepor aos instintos, a fim de viver melhor. Em suma, Vontade é o controle dos nossos Desejos cegos e sem limites. A vontade percebe que, apesar do desejo, é possível viver na contramão dos instintos. A isso chamamos liberdade, que é quando adquirimos a competência deliberativa sobre as próprias inclinações. Sou livre quando, ao perceber os meus desejos, consigo agir racionalmente, contrariando o que sugerem meus impulsos. A moral não é uma vigilância castradora, mas um olhar sobre si mesmo; é um lugar na mente onde a reflexão impõe os limites que imperam a conduta. No entanto, se nós não conhecermos as nossas fraquezas, seremos escravos dos nossos desejos. O que difere o homem dos outros animais é a sua capacidade de pensar para agir, de modo que aquele que se conduz pelos seus instintos e inclinações, aproxima-se da animalidade; mas aquele que age pela via da razão aproxima-se de sua destinação moral. E aqui não falamos da moral teológica, que é dogmática. E sim, falamos da moral indulgente, flexível e condescendente. Ao entender a felicidade como acúmulo de desejos saciados, o homem tende a priorizar a busca pelos prazeres dos sentidos e das vaidades, sem perceber que quanto mais se sacia um prazer biológico ou vaidoso, mais extravagantes e intensos estes prazeres terão de ser futuramente, a fim de se obter o mesmo nível de satisfação. Usemos como a analogia, a cocaína; que para produzir o mesmo efeito de felicidade, é necessário aumentar a dose. A fase da vontade surge, frequentemente, quando os excessos dos desejos atendidos, resulta em adoecimento físico e psicológico. Observando o comportamento humano na sociedade atual percebemos que a maioria necessita do sofrimento para compreender que a saciação de desejos não representa um estado real de felicidade ao longo do tempo. Por isso que no mundo dos famosos e dos bem servidos financeiramente, vemos tantos descaídos em depressões, que, em alguns casos, acabam em suicídios. É importante, que quando o sentimento de total insatisfação nos aflige, busquemos a compreensão de nós mesmos. Libertos da prisão dos desejos que nos faz sofrer, conquistamos a liberdade, balizada na razão. Num mundo caótico, caracterizado somente pelo desejo do poder, dinheiro e fama, o preço final é a infelicidade. Mas quando usamos da nossa vontade, que é a razão inclinada ao aprendizado ético-moral, nos trará, por consequência, a serenidade, o equilíbrio e a felicidade. Por isso, nesse novo ano, tenhamos mais vontades... para controlar os nossos desejos. Pense nisso...e tenha um feliz ano novo. Texto baseado na aula do professor Clovis de Barros Filho e na obra de Immanuel Kant ““A Crítica da Razão Pura”

31/12/2019 11:04 | DURAÇÃO 5:25

Tudo é Transitório

TUDO É TRANSITÓRIO Um redator de importante revista nacional escreveu, em um de seus artigos, algo que nos levou a reflexões a respeito da vida que levamos. Escreveu ele que pode até não ser verdade. Talvez a História não comprove o fato, contudo, é uma excelente ideia. Na Roma antiga, quando um general voltava de uma campanha vitoriosa no estrangeiro, fazia-se uma grande procissão pela cidade. O povo saía às ruas para assistir o desfile triunfal do comandante vencedor e homenagear a grandeza que ele trazia para a pátria. Era a honra máxima que um cidadão romano podia almejar. Mas, para chegar a isso, ele devia ter trabalhado muito por Roma. Ele devia ter matado em combate pelo menos cinco mil soldados inimigos; tinha de mostrar os chefes derrotados, que desfilavam atrás do seu carro; devia ter enfrentado um exército, no mínimo, equivalente ao seu. E, acima de tudo, devia trazer a sua tropa de volta para casa porque um líder é responsável pelos seus liderados. Entretanto, os romanos, que passaram à História como os símbolos do orgulho, paradoxalmente tinham em alta conta a modéstia pessoal. Como, então, receber toda essa homenagem, desfilar vitorioso pela multidão como um rei, ser ovacionado como o grande triunfador e não se encher de soberba? É aí que aparece a grande ideia. Logo atrás do general vitorioso, no mesmo carro puxado por quatro cavalos, que ele conduzia, ficava um escravo. De tanto em tanto tempo, ele dizia baixinho, no ouvido do triunfador: Memento mori. Ou seja:Lembre-se de que você vai morrer um dia. Com certeza, nada melhor para baixar a soberba de qualquer alta autoridade que começa a se achar o bom, o melhor. Lembre-se de que você vai morrer um dia. Essa a reflexão que, de tempos em tempos, seria oportuno nos permitirmos. Não somos imortais na carne, embora alguns, antecipando novas e surpreendentes conquistas da ciência médica, apregoem que chegará o dia em que não mais haveremos de morrer. Seria trágico e enfadonho. Isso se chama dinamismo e renovação. Mas, lembrar que teremos fim um dia, que nossos eventuais inimigos também haverão de morrer, que tudo passa, é medida salutar. Nada é perene, sobre a Terra. Passam as questões corriqueiras, o poder, a autoridade humana, a vida física. O que hoje é, amanhã poderá deixar de ser. Assim reflexionando, não ficaremos agarrados a pretensos cargos, a fortunas, a interesses mesquinhos. Tudo é transitório na Terra. Hoje detemos o cargo, amanhã estará em outras mãos. Hoje comandamos centenas de pessoas,amanhã essas mesmas pessoas poderão estar acompanhando nosso funeral. Assim sendo, semeemos o bem, façamos nosso melhor como se hoje fosse nosso último dia neste mundo. Amemos, abracemos, façamos nosso melhor porque o amanhã poderá nos surpreender nos campos de uma realidade que apenas supomos, mas temos a certeza absoluta. Pensemos nisso. Ccom dados iniciais colhidos no artigo de J. R. Guzzo, publicado na revista Veja, de 29 de agosto de 2012.

30/12/2019 17:14 | DURAÇÃO 4:17

A Melodia do Amor

A MELODIA DO AMOR Ataques terroristas, independente de onde sejam realizados, são violências contra a Humanidade inteira. Assombro, destruição, medo. Ameaças invisíveis que levam para longe a pouca paz de que dispomos, instaurando um reinado de insegurança. Representam o que há de mais triste e baixo no ser humano. É o mal representado em ações, o mal que ainda encontra guarida em tantas almas no globo. Ao longo dos tempos, tentamos combater o mal com outro mal maior. Vimos que não deu certo. A dor só aumentou. Vestimos a vingança de justiça e saímos por aí como loucos, cheios de justificativas, tentando aplacar nossa sede de paz, de amor, repletos de ódio no coração. Ainda hoje, tanto no plano material, como no mundo espiritual, grande quantidade de Espíritos se enraiza na raiva, na indignação e na mágoa, acreditando ser o revide a solução que irá lhes acalmar o íntimo desequilibrado. Não... Esse não pode ser o único caminho. Causar dor ao outro nos traz paz? Anula ou faz desaparecer o que nos fizeram? Acalma o coração desesperado? Será que séculos e séculos de sofrimento não nos fizeram enxergar a verdade ainda? Os que tentaram nos dar as respostas foram calados de súbito. Ouvir falar em perdão, compreensão e bem, quando estamos feridos, chega a ser ofensivo. Escondemo-nos da verdade. A verdade pode ser difícil num primeiro instante. Lutar contra nossos ímpetos e tendências milenares exige esforço fora do comum. Porém, compensa, tenhamos certeza. A verdade liberta. Ela sempre esteve ao nosso alcance. O caminho alternativo sempre esteve em nossas rotas, nos chamando. A outra face. A outra face... A face do amor frente ao ódio. A face dos braços abertos que aceitam, frente à intolerância que repudia. A face da caridade que constrói frente às bombas que despedaçam. A outra face. Não a face da indiferença, mas a da ação inteligente no bem, pois se o mal é ardiloso, perspicaz, sorrateiro, o bem é articulado, amoroso e vigilante. Assim, quando atacados, de que forma for, apresentemos uma face diferente daquela que nos atingiu. O ódio e a violência podem persistir por um tempo, mas não resistem ao poder absoluto e superior do amor. Quando do terrível ataque sofrido pela cidade de Paris, em 2015, foram muitos que resolveram oferecer a face do amor. Um pianista anônimo ousou trazer seu piano de cauda para a rua, posicionou o instrumento em frente a um dos locais onde diversas pessoas haviam morrido, e tocou lindamente para todos que passavam. Ao som de Imagine, de John Lennon, lágrimas se misturavam a sorrisos através da arte. A música, como oração e canto de esperança, convidava todos a refletirem sobre seu futuro, sobre suas vidas e objetivos maiores. Nos dedos do pianista misterioso não havia ódio nem desejo de vingança. Havia empatia para com a dor de seus conterrâneos e um profundo desejo de paz. Naquele lugar de tanta aflição, ao som dos tiros e bombas, que ainda ecoavam cruéis pelas construções, misturava-se agora a melodia do amor. * * * Imagine todas as pessoas partilhando todo o mundo. Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas não sou o único. Espero que algum dia você se junte a nós. E o mundo viverá como um só. Redação do Pense Nisso, com citação de versos da música "Imagine", de John Lennon.

28/12/2019 10:49 | DURAÇÃO 5:07

Não basta ser executivo, tem que ser pai

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27/12/2019 10:46 | DURAÇÃO 2:59

Vontade

Vontade A vontade é a maior de todas as potencialidades da alma. Sua ação é comparável a de um imã. A vontade de viver desenvolve em nós a vida. Atrai-nos novos recursos vitais. A vontade de evoluir oportuniza-nos chances de crescimento e de progresso. O uso persistente e tenaz dessa faculdade soberana permite-nos modificar nossa natureza, vencer todos os obstáculos. É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para alvos determinados. Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar. Essa mobilidade constante impossibilita a ação eficaz da vontade. É necessário saber concentrar-se, sintonizando com as esferas superiores e com as nobres aspirações. A vontade pode agir tanto durante o sono quanto durante a vigília. Isso porque a alma valorosa que, determinada, busca alcançar um objetivo na vida procura-o com tenacidade em todos os momentos da vida. Funciona como uma correnteza poderosa e constante que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos que se apresentem. Se o homem conhecesse a extensão dos recursos que nele germinam, ficaria deslumbrado. Não mais temeria o futuro, tampouco se julgaria fraco. Compreenderia sua força e acreditaria na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro. O poder da vontade é ilimitado. O homem consciente de si mesmo e de seus recursos latentes sente crescer suas forças na razão de seus esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se. É consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres. Edifico lentamente minha individualidade e minha liberdade. Conheço a grandeza e a força que existem em mim. Hei de amparar-me nelas e elevar-me acima de todas as dificuldades. Vencerei até mesmo o mal que existe em mim. Hei de me desapegar de tudo que me acorrenta às coisas grosseiras e levantar vôo para realidades mais felizes. Para frente, sempre para frente. Tenho um guia seguro que é a compreensão das leis da vida. Aprendi a conhecer-me, a crer em mim e a crer em Deus. Hei de me conservar firme na vontade inabalável de enobrecer-me e elevar-me. Atrairei, com o auxílio de minha inteligência, riquezas morais e construirei para mim uma personalidade melhor.” É chegada a hora de despertar do pesado sono que nos envolve. É necessário rasgar o véu da ignorância que nos prejudica o entendimento. Cabe-nos aprender a conhecer a nós próprios e as nossas potencialidades. Compete-nos utilizá-las. Não nos entreguemos ao desespero. Não nos julguemos fracos. Basta-nos querer para sentirmos o despertar de forças até então desconhecidas. Creiamos em nossos destinos imortais. Creiamos em Deus. Lembremo-nos: podemos ser o que efetivamente quisermos. Baseado na terceira parte, item XX, do livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de Léon Denis.

26/12/2019 10:30 | DURAÇÃO 3:53

Amanheceu o dia

PENSE NISSO Amanheceu o dia... O dia apenas amanhecera... Mas aquele não era um dia comum. Era o primeiro dia de uma nova era que se iniciava para a Humanidade inteira... A partir daquele acontecimento, o Mundo jamais seria o mesmo. Um acontecimento que constituiria um novo marco na História... Amanheceu o dia... E as luzes daquele amanhecer se espalharam lentamente sobre Israel para, logo mais, pairar soberanas por sobre toda a Terra... As almas se aquietaram ante a mensagem silenciosa que envolvia o Oriente... Os sofredores sentiram que um novo alento chegava para balsamizar seus corações em brasa... Os cegos vislumbraram uma chama que despontava além da escuridão... E os pobres desprezados ouviram, naquele amanhecer, uma canção de esperança a ecoar por todos os rincões da Terra... O dia apenas amanhecera... E os equivocados, que se julgavam donos absolutos do poder, sentiram suas bases tremerem diante Daquele que viera investido de todos os poderes e glórias, em nome do Pai... Os hipócritas se confundiram, e os ricos de alma pobre perceberam a fragilidade de suas posses temporárias... Em Belém... Ele chega silencioso, puro, soberano, e fica... Ele reúne os aflitos e os agasalha junto ao próprio peito... Nada solicita, não exige coisa alguma... Apenas ampara. Libertador por excelência, canta o hino da verdadeira liberdade, ensinando a destruir os grilhões da inferioridade que prende o homem às mais cruéis cadeias... Sol de primeira grandeza, espanca com a Sua claridade as sombras dos milênios... A suavidade da Sua voz mansa acorda as esperanças adormecidas e faz que se levantem os ideais esquecidos... Ao forte clamor do Seu verbo erguem-se os dias, e as horas do futuro vibram, aprofundando na alma do Mundo os alicerces da Humanidade feliz do porvir... Jesus, Rei Celeste, aceita como berço a manjedoura de uma estrebaria singela, deixando para a Humanidade a profunda lição da humildade, inaugurando um reinado diferente entre as criaturas. Senhor do Mundo, deixa-Se confundir com a multidão esfarrapada, espalhando Seu suave perfume entre os sofredores. Troca as glórias dos céus pelas tardes quentes de Jericó... Deixa a companhia dos Espíritos puros para caminhar entre os miseráveis de toda sorte... Aceita o pó das estradas e enfrenta fome e frio para acalentar os infelizes sem esperanças que se arrastavam sobre a Terra. Abandona os esplendores da Via Láctea para pregar a Boa Nova nas madrugadas mornas de Cafarnaum... Deixa as melodias celestes para cantar a esperança embalada pela orquestra espontânea da natureza, no cenário das primaveras e verões, entre as aldeias e o lago. É traído, desprezado e pregado numa cruz... Mas ressurge numa tranqüila e luminosa manhã para dizer que a Vida não cessa e reafirmar que estaria conosco para todo o sempre... * * * O dia apenas amanhece... É Natal... Que as luzes desse amanhecer se espalhem lentamente sobre seu coração, sobre o seu lar, sobre a Terra inteira... E que o suave perfume do aniversariante penetre em sua intimidade, discreto, silencioso e aí permaneça para sempre, para que você possa sentir um Feliz Natal. Baseado no cap. 1 do livro "Primícias do reino", de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

25/12/2019 10:29 | DURAÇÃO 4:47

O Valor das Coisas

O VALOR DAS COISAS Era uma vez um homem que tinha muitos pés de romãs em seu pomar. Por muitos outonos ele colocava suas romãs em bandejas de prata, do lado de fora de sua casa, e em cima punha cartazes com os seguintes dizeres: Apanhe uma, de graça. Seja bem-vindo. As pessoas passavam, olhavam, mas nenhuma delas apanhava uma fruta. Então, depois de muitos outonos, o homem refletiu e tomou uma decisão. No próximo outono ele não pôs as romãs em bandeja de prata fora de sua residência. Pôs apenas um cartaz bem alto que dizia: Temos aqui as melhores romãs da terra, mas as vendemos por um valor maior que quaisquer outras romãs. Qual não foi sua surpresa quando todos os homens e mulheres da vizinhança vieram correndo comprar. * * * Essa pequena parábola de Khalil Gibran, embora pareça simples, nos traz lições valiosas. Nos dias atuais há pessoas que, a exemplo daquele povo, desprezam as coisas simples ou que são de graça e passam a valorizá-las quando têm que pagar alto preço por elas. É um conceito equivocado de que o que é de graça ou muito barato, não presta. Se ouvimos o anúncio de um espetáculo qualquer, um concerto, uma peça teatral, cuja entrada seja franca, logo pensamos que não vale a pena assistir. Se é o convite para uma palestra em que não se cobrará ingresso, logo imaginamos que não pode ser coisa boa. Mas, se ao contrário, ouvimos a chamada para uma palestra de um profissional qualquer, cujo ingresso custará um alto valor, ficamos logo entusiasmados e pensamos que vai ser muito boa. O que costumamos fazer, nesses casos, é julgar o valor das coisas pelo seu preço, o que nem sempre é uma realidade. O verdadeiro afeto de um amigo, por exemplo, não é cobrado. E muitas vezes nós não o valorizamos tanto quanto valorizamos um cliente, que significa para nós um investimento financeiro. O carinho de uma mãe não nos custa nada, mas é mais valioso que qualquer bem da Terra. Há muitas coisas que nos chegam de graça, mas são de valor inestimável. Talvez seja por isso que não tenham preço em moeda. O ar que respiramos nos chega gratuitamente, e sem ele não viveríamos. A água que nos sustenta a vida, Deus nos dá de graça. O perfume que as flores espalham, não nos custa nenhum centavo. * * * É importante que passemos a ver as coisas pelo seu real valor e pela importância que pode representar em nossas vidas. Há coisas que custam muito e nada acrescentam na nossa economia moral. E há outras que não custam nenhuma moeda, mas que são de alta valia para nosso bem-estar físico e mental. Pense nisso!

24/12/2019 10:22 | DURAÇÃO 2:29

Oh! Como eu a amei

OH, COMO EU A AMEI O padre estava terminando o serviço fúnebre na hora do sepultamento. De repente, o homem de 78 anos, cuja esposa de 70 anos acabara de morrer, começou a gritar: - “Oh, como eu a amei!” Seu lamento desolado interrompeu o silêncio da formalidade. Os outros familiares e amigos permaneceram de pé em torno da sepultura, parecendo chocados e embaraçados. Seus filhos, envergonhados, tentaram silenciar seu pai. Está certo, papai; nós entendemos. O velho homem olhava fixamente o caixão descer lentamente na sepultura. O padre continuou. Terminando, ele cumprimentou os familiares que, um a um, foram deixando o local. Todos, exceto o velho homem. - “Oh, como eu a amei!” Gemeu ruidosamente. Sua filha e dois filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou. -“Como eu a amei!” Aquele homem permaneceu olhando fixamente para o sepulcro. O padre o abordou dizendo: “eu sei como você deve se sentir, mas está na hora de irmos embora.” Todos devemos ir e continuar nossa vida. “Oh, como eu a amei!” Disse novamente o velho homem ao padre. “Você não faz idéia...” “Eu quase disse isso a ela, uma vez...” *** Incontável número de pessoas passa por uma situação semelhante a essa. São esposas e esposos, filhos, irmãos, tios, amigos, que passam uma vida inteira juntos e não têm coragem de declarar seus sentimentos. No momento em que o criador, pai amoroso e bom, vem requisitar nosso ente querido, e este viaja com destino ao mundo espiritual, muitas vezes fazemos como aquele esposo e gritamos com todas as forças que nós o amamos, mas é demasiadamente tarde... Para que você não fique com uma declaração de amor presa na garganta, diga hoje mesmo o que você sente pelos seus afetos. Diga ao seu filho o quanto você o ama. Fale para os irmãos que eles são importantes para você. Talvez a felicidade deles dependa dessa declaração. Confidencie aos seus pais que você os ama, se é que ainda não o fez. Isso lhes trará uma alegria inesperada. Não esconda dos seus amigos o que você sente por eles. Talvez eles desconheçam seus sentimentos de ternura. Abrace seus avós, se ainda os tem por perto. Um abraço de neto representa o maior dos tesouros. E, talvez, o melhor dos remédios. Confesse ao seu esposo ou a sua esposa o seu amor. Isso fará com que o relacionamento se torne mais agradável e os eventuais problemas se tornem mais fáceis de superar. Às vezes pensamos que as pessoas sabem o que sentimos por elas e por isso não dizemos, mas nem sempre elas adivinham. Pense nisso e tome uma atitude agora. Conjugue o verbo amar no tempo presente. Baseado em texto intitulado "Oh, how i loved her", de Hanonch Mccarty,

23/12/2019 10:17 | DURAÇÃO 3:47

Balada das Mãos

BALADA DAS MÃOS Mãos. Na anatomia é apenas mais um membro que compõe a máquina, que é o corpo humano. Mas através dos gestos das mãos podemos ser concolados e consoladores. Através das mãos podemos levantar um irmão caído. Um poema, composto e interpretado por Moacyr Franco em 1969, fala sobre as mãos de uma maneira bastante emocionante. A seguir reproduziremos esse poema: Se os teus olhos faltaram um instante da vida, Se o coração vacilar, retardando a batida, Se o teu corpo cansado, curvar-se vencido, Na estrada comprida, Na batalha perdida. Tuas mãos, Só, tuas mãos, Gêmeas no riso e na dor, Manterão, sempre acesa a luz, Votiva do amor, Mãos que se juntam na prece, Num momento supremo, Quando no altar duas vidas se juntam também, Mãos que abençoam o filho Que parte talvez, para sempre, E depois vão tecer um casaco de lã, Para o neto que vem, Mãos que dão lenitivo, Aos que foram vencidos na vida, Mãos que nunca recusam, Num gesto o perdão. Mãos que arrancam das cordas, De um violino , A música divina Que torna todos os homens irmãos. Mãos que após o silêncio que cai Sobre a vida que cai Juntam o silêncio àquelas que um dia também foram mãos.

21/12/2019 09:00 | DURAÇÃO 2:27

Norte, Sul... Lugar Nenhum

NORTE, SUL. LESTE, OESTE: LUGAR NENHUM Tem gente que não ouve ninguém. Tem gente que faz pouco da experiência e da opinião de todo o mundo. Mas há também quem não saiba fazer outra coisa senão ir atrás de tudo quanto é conversa que não agrega em nada. Alguns sentem dificuldade para encontrar seu caminho na vida porque acreditam em tudo o que ouvem, pouco importando a procedência, a consistência ou a conveniência da mensagem. Pela manhã, seu rumo é o norte, porque ouviram no cabeleireiro que a felicidade se encontra lá. Ao meio-dia, já estão indo para o sul, pois o artigo de uma revista garante que é no sul que mora alegria. Já à tarde, lá vão eles em direção ao leste, pois uma cartomante jurou que o caminho do sucesso é por ali. Mas, à noite, seu destino já é o oeste, pois uma vizinha falou que uma amiga disse que a cunhada dela ouviu a empregada contando que, no colégio da filha, tem uma menina que viu na televisão que... Conclusão: depois de ameaçar para todos os lados, não vão mesmo a lugar nenhum. Claro que é importante ponderar o que acontece à nossa volta e escutar com atenção as opiniões e experiências de todas as pessoas. Ignorar as lições que nos são oferecidas pelos outros seria jogar fora um material valioso, que nos pode ser útil num momento de aperto. Porém, não menos necessário é saber adaptar a história dos outros ao contexto da nossa vida. É saber avaliar a utilidade de uma experiência que vem de fora à nossa realidade. E, sobretudo, é ter a sabedoria de separar o que nos serve daquilo que é somente fantasia, folclore, crendice, conversa pra boi dormir. E, acima de tudo, é prioritário que, antes de dar ouvidos a quem quer que seja, nos perguntemos a nós mesmos: quem realmente eu sou? O que realmente eu quero da vida? O que é mesmo importante para mim? Do que na verdade eu preciso para ser feliz? Sim, porque cada pessoa é um universo à parte. Não é porque seja moda, ou porque o vizinho esteja fazendo tal coisa, que nós devemos fazer também. A verdade é que, só mesmo depois de saber com clareza quem somos de fato, é que temos condições de avaliar e aproveitar a experiência dos outros em nosso benefício. Antes disso, estamos sempre correndo o risco de enveredar por caminhos que jamais nos levarão ao lugar com o qual sonhamos. E quem sabe daqui a dez anos estejamos ainda indo para o norte pela manhã, para o sul ao meio-dia, para o leste à tarde, para o oeste à noite, só porque uma vizinha falou que uma amiga disse que a cunhada dela ouviu a empregada contanto que, no colégio da filha, tem uma menina que viu na televisão que... E estaremos, então, exatamente no ponto onde estamos agora, viajando para lugar nenhum. Portanto, pense nisso.Mas, pense agora. ****** Redação do Pense Nisso com base do Livro Melhores Pensamentos Vol II de Renato Gaúcho.

20/12/2019 09:00 | DURAÇÃO 3:32

Nuvens Negras

Há dias que nos sentimos tão cansados, inseguros e com a nossa bússola quebrada. E como uma naus a deriva em um mar de tormentas, nos sentimos fracos e sozinhos. A nossa vida, nesses momentos, não nos tem muita importância. E é aí que nos damos conta da nossa fraqueza, e nos ajoelhamos.Deixamos a nossa alma murmurar as nossas dores ao Pai Celestial. *** Me guarde esta noite, estou caindo nas profundezas Estou exausto e agora quero dormir Então feche meus olhos e me absorva Me lançarei na noite como o vento Eu deixo meu corpo, deixo minha espada Então me guarde Deus Pai Me guarde esta noite, meu coração está fraco Muito para dar e para pedir Irei mergulhar num mar sonífero Este mar de sonhos, tão vermelho e profundo Eu deixo meu espírito, deixo minhas palavras Então me guarde Mãe Terra Me guarde esta noite, estou me entregando Deixe as lições de vida começarem Suas lições de graça Senhor da Crianção! Me entrego em sua própria paz. Me abençoe Deus Pai , me conforte Mãe Terra. **** Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas... Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis - levarem-te a dizer: - Que dia! Lembra-te... Acorda a mensagem da esperança adormecida em ti e... Acalma-te!

19/12/2019 17:38 | DURAÇÃO 2:26

Servir Sempre

Saber-se útil é essencial para um viver equilibrado. Por isso, convém desenvolver o hábito de servir. Não apenas em dias de arrependimento ou reparação. Em todas as circunstâncias, o serviço é o antídoto do mal. Talvez você tenha caído na trama de terríveis enganos e sonhe em se reabilitar. Sendo assim, não desperdice a riqueza das horas, em inúteis lamentações. Levante-se e sirva nos próprios lugares onde espalhou a sombra do erro. Com essa atitude humilde, granjeará apoio infalível ao reajuste. Quem sabe você enfrente duros problemas em sua vida particular. Nessa hipótese, livre-se do fardo inútil da aflição sem proveito. Reanime-se e sirva, no quadro de provações e dificuldades em que se situa. A diligência e o labor funcionarão como preciosas tutoras, abrindo a senda ao concurso fraterno. Quiçá você padeça obscura posição no edifício social. Nessa situação, convém se prevenir do micróbio da inveja. Movimente-se e sirva no anonimato. A conduta digna e o devotamento funcionarão como luminosa escada rumo ao Alto. É provável que você sofra o assalto de ferozes calúnias. Esqueça a vingança, que seria aviltamento e baixeza. Silencie e sirva, olvidando ofensas. Ao eleger o perdão e a atividade no bem como estandartes, você forjará um invencível escudo contra os dardos da injúria. Quem o vir trabalhador e nobre não conseguirá acreditar na maledicência. Pode ser que você suporte o assédio de Espíritos inferiores. Antigos desafetos de outras vidas podem estar a persegui-lo, no desejo de vê-lo recair em velhos vícios. Abstenha-se da queixa sem utilidade. Resista e sirva, dedicando-se ao socorro dos que choram em dificuldades maiores. A dedicação à beneficência terminará por conquistar a simpatia de seus próprios adversários. Ao vê-lo incansável no serviço ao próximo, eles se envergonharão de desejar seu mal. A preguiça é ópio das trevas. Os que não trabalham transformam-se facilmente em focos de tédio e ociosidade, revolta e desespero. Tornam-se desequilibrados, pessimistas e ressentidos. Como prestam muita atenção nos próprios problemas, acham-se os mais desafortunados do mundo. Também estão sempre dispostos a fiscalizar o comportamento alheio e a apontar falhas. Ao contrário, quem se dispõe a amparar raramente encontra tempo para criticar. Assim, servir é um imperativo de saúde física e espiritual. Para ser feliz e equilibrado, impõe-se adquirir esse saudável hábito. Quem busca sinceramente servir nunca encontra motivos para se arrepender. Pense nisso. Redação do Pense Nisso, com base no cap. LXXI, do livro Justiça Divina, de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.

18/12/2019 17:39 | DURAÇÃO 3:55

Tato de Pais

TATO DE PAIS Um menino, com um breve poeminha à mão, entrou correndo pela porta do quarto dos pais, ansioso para que o lessem. Encontrou os pais numa discussão acirrada a respeito de um tema que desconhecia. À maneira que só as crianças conseguem fazer, ficou ali, ao lado, quase invisível, tentando ser escutado. Pai, mãe, olha o que escrevi! Repetiu esse acalanto algumas vezes, falando cada vez mais alto, tornando a balbúrdia no aposento quase insuportável. Ninguém se entendia e todos queriam ser ouvidos. Repentinamente, o pai, já sem paciência, tomou a folha de papel das mãos do filho, amassou com força e disse: Já não expliquei que agora não posso!? Atirou o papelote na lixeira mais próxima, o que deixou o filho sem chão e repleto de lágrimas. Mais tarde, a mãe, que não havia ficado satisfeita com a cena presenciada e se enchia de compaixão, procurou o menino. Ela carregava na mão esquerda uma folha de papel enrugada. Tinha a expressão emocionada e condoída. Filho... Foi você quemescreveu este poema? O menino, que ainda estava cabisbaixo, apenas acenou com a cabeça que sim. Que coisa mais linda! Você é um poeta, meu filho! Você é um poeta! –E abraçou, carinhosamente, a criança. A partir daquele dia, diz a história desse menino, ele resolveu definitivamente ser poeta. O relato é do próprio autor que conta que, se não fosse pela destreza e tato de sua mãe, possivelmente não se dedicaria à poesia. Assim, graças à sensibilidade daquela mulher, o mundo pôde conhecer a arte e inspiração de Pablo Neruda. * * * O tato é essa capacidade que temos, ou não, de lidar com situações delicadas. Saber dizer as coisas certas na hora certa. Saber calar. Saber abraçar e chorar junto. Para se ter tato faz-se necessário desenvolver a empatia, essa capacidade sublime de colocar-se no sentimento do outro. O amor também faz parte da conquista do tato, pois tudo aquilo que é dito com carinho, tem muito mais chance de ser bem recebido pelo outro. Ficamos a pensar quantos Neruda deixamos de conhecer no mundo, pela simples falta de tato de pais e educadores, que não promoveram o incentivo necessário ou que simplesmente abafaram, silenciaram talentos tão importantes. Assim, olhemos nossas crianças com atenção. Operemos sempre com muito tato, psicologia, em tudo que façamos, falemos ou deixemos de falar a eles. Nem sempre serão grandes talentos ou gênios. Porém, um incentivo aqui, um elogio ali são os responsáveis primeiros pela formação de uma boa autoestima. Tratemos o lar como a terra que necessita estar sempre fértil, preparada para receber as mudas da filiação bendita, que Deus nos dá como presente e responsabilidade.

17/12/2019 09:50 | DURAÇÃO 3:38

Seja Patrão

Você é empregado? ... Desculpe, usei o termo errado. Nesses tempos do politicamente correto e de eufemismos, a pergunta correta é: Você é um colaborador? Vivem reclamando da empresa, do chefe...do Patrão? Se sente um injustiçado e acha que merece ganhar mais? Tudo bem. Não há mal algum em querer um soldo maior, é um direito seu. Mas, será que você tem ideia do que é administrar uma empresa e ter sobre os seus ombros a responsabilidade de centenas, quando não, milhares de famílias que dependem das suas decisões nos negócios, para que ganhem os seus sustentos? Então, aconselho que você abra uma empresa e se torne Patrão. Eu indico a todos abrirem uma empresa um dia e experimentar por alguns anos o que é a responsabilidade de enfrentar uma folha de pagamento, a regularização de impostos e equipe, o processo de seleção do time, o investimento em equipamentos, estrutura e conforto para o trabalho. Indico a todos que façam esse experimento. Que aprendam a calcular o valor hora de um trabalho. Aprenda a calcular o valor de um salário. Que invistam incontáveis horas com contadores. Que fiquem outras noites sem conseguir dormir preocupado com as contas. Indico também que experimentem formar pessoas, inspirar o melhor em cada um. Motivar com palavras, com respeito, honestidade e com dinheiro. Invista em marketing, vista a camisa e saia pelas ruas e redes sociais para atrair clientes. Experimente também segurar a onda quando os” haters”(inimigo em inglês) e as críticas chegarem. Quando duvidarem de você e quando você mesmo duvidar. De verdade eu recomendo isso. Recomendo ficar no cheque especial para não atrasar um dia a folha. Experimente também olhar no olho de um funcionário e demiti-lo. Chegar em casa detonado por cada plano, ideia, estratégia que não deu certo. Mas mesmo assim continuar firme e animado tentando. Faça esse teste. Vai se ver acordando as 3 da manhã sem razão e com o pensamento num produto, numa conversa de escritório ou num plano para evitar a falência. Faça esse favor a você mesmo. Tente ser o filho da puta (colocar o bip de censura) do patrão por alguns anos. Ser visto como explorador. Faça esse teste. Mas faça por acreditar que seu negócio vai muito além de dinheiro. E quando você cansar, falir, ou tiver sucesso... lembre-se de tudo que você passou. Guarde isso na alma. Você um dia vai precisar, quando a maré virar e transformar a vaidade em humildade, o ego em me desculpe, a marra em companheirismo, a malandragem em dedicação, a inveja em desejo de sucesso e as certezas em dúvidas. Faça esse experimento um dia. Abra uma empresa...ou pelo menos, Pense Nisso.

16/12/2019 10:05 | DURAÇÃO 3:56

Resignação

Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação. É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições. A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento. Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado. Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação. Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras. Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções. Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos. Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé. Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação. A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta. É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar. Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las. É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário. No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente. Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida. É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer. * * * Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico. Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas. Lembremos que todas as dores são transitórias. Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele. Redação do Pense Nisso, com base no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do cap. 20, do livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

14/12/2019 17:54 | DURAÇÃO 3:54

Disciplina

Muitos de nós, quando ouvimos falar em disciplina, logo imaginamos estruturas militares rigorosas, normas que amedrontam, ou algo assim. No entanto, disciplina é “a ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização”, observação de preceitos ou normas”. Nosso lar é a primeira organização da qual fazemos parte, e é aí, portanto, que deve começar a disciplina. Sem dúvida, alguns de nós damos aos filhos uma comodidade que resulta mais tarde em indisciplina. Talvez não o façamos com essa intenção, mas o resultado nos escapa e nos desagrada. Movidos pelo afeto, tantas vezes nos esquecemos de estabelecer normas que convêm ao bom funcionamento dessa organização chamada de lar. Envolvemos os pequeninos em cuidados e zelos, e às vezes exageramos na dose, prejudicando a sua formação moral. Alguns de nós criamos nossos filhos como se fossem príncipes ou princesas, fazendo tudo por eles. Ensinandolhes que só têm direitos, e nenhum dever. Em contrapartida, passamos a eles a idéia de que nós, pais, só temos deveres e nenhum direito. Se chegamos em casa e vamos fazer nossa refeição, e o pequeno solicita nossa atenção, imediatamente largamos o prato e vamos atendêlo. Se estamos ao telefone e ele fala conosco, deixamos de dar atenção ao outro lado da linha para ouvílo. Ele tem o direito a falar quando quiser, no volume que achar conveniente. Tem o direito a fazer suas refeições tranqüilamente, dormir a hora que desejar, jogar as roupas sujas onde quiser. Deixar seus brinquedos espalhados pela casa inteira. Alguém fará tudo por ele. Nossos filhos crescem. Envolvemse numa outra organização a que chamamos sociedade, e aí começam os problemas. Aqueles a quem ensinamos que só tinham direitos, agora cobram da sociedade o mesmo tratamento que lhes foi dispensado dentro do lar, ao longo da infância e adolescência. Quando saem no trânsito, querem que todos abram alas. Afinal eles querem passar. Não se importam se irão obstruir os cruzamentos, nos semáforos, impedindo a passagem dos outros, ou se irão atrapalhar em filas duplas. Afinal eles sempre tiveram a preferência. Quando necessitam de algum processo junto aos órgãos competentes, querem ser atendidos primeiro. Seus direitos vêm sempre em antes. É importante que reflitamos acerca de como tem sido o nosso comportamento diante dos filhos. É importante estabelecer limites, que devem ser respeitados. Importante dar aos filhos responsabilidades desde a infância, como ajudar a manter a casa em ordem, respeitar os direitos dos demais membros da família, etc. E jamais devemos esquecer que o exemplo é a melhor forma de educação. Se somos daqueles que acreditamos que a disciplina não é necessária, observemos um veículo rodando sem freios, e poderemos ter uma ideia do que seja a falta de limites. Pense nisso! Se queremos ver nossos direitos respeitados, comecemos por respeitar os dos outros. Se queremos um trânsito organizado, sejamos disciplinados, respeitando os direitos de todos os que circulam pelas ruas. Se todos observarmos nossos limites, nossos deveres, nossas obrigações, teremos uma sociedade harmoniosa. Pense nisso, mas pense agora!

13/12/2019 17:41 | DURAÇÃO 3:02

Vozes Amigas

Pedro e Ana se conheceram no colégio. De início, não simpatizaram muito um com o outro, mas reconheceram a inteligência e a integridade mútuas e se tornaram amigos. A amizade foi se consolidando e, em pouco tempo, evoluiu para algo mais forte, mais intenso. Eram companheiros de ideias e ideais. Um até sabia o que o outro estava pensando. Casaram-se, tiveram filhos, alguns cachorros, gatos, peixes. Fizeram amigos, viajaram, trabalharam em parceria. A vida nem sempre foi fácil, mas encararam unidos as dificuldades. O amor crescia, amadurecia e se fortalecia. Entraram na meia idade planejando a aposentadoria e as viagens que fariam. Os filhos, criados, não precisavam mais de dedicação integral. Estavam batendo asas, independentes e autônomos. Em meio a planos resgatados do fundo do baú e o nascimento de novos sonhos, Ana começou a sentir que algo não estava bem. Evitou alarmar o marido e foi ao médico. Para sua surpresa, foi diagnosticada com um tipo de câncer raro e agressivo. Passado o choque inicial, ela não se rendeu. Buscou informações, médicos e tratamentos alternativos. As perspectivas, no entanto, eram bastante sombrias. A família se uniu e Ana decidiu seguir a vida até o momento em que não seria possível fazer mais nada. Foram anos de batalha com quimioterapia, cirurgias para a retirada de tumores, testes com novos medicamentos. Uma noite, internada na Unidade de Terapia Intensiva e desenganada pelos médicos, pediu ao marido para conversar com familiares e amigos distantes. Como seria possível, contudo, se a entrada na UTI era restrita e nem todos conseguiriam chegar a tempo? Além disso, conversar com todos lhe seria exaustivo e desgastante. Pedro teve uma ideia. Conversou com o médico de plantão e obteve autorização para permanecer ao lado dela e usar o celular. Fez contato com quase toda a sua lista de amigos e familiares, solicitando que gravassem, num dos aplicativos do celular, mensagens de afeto para Ana. Muitos não conseguiram gravar, por conta da emoção. Mas vieram mensagens de todos os cantos, com palavras entoadas, cantadas, sussurradas. Todas carregavam carinho, respeito e a esperança de um reencontro. Ana passou a noite ouvindo as mensagens, que Pedro tocava de tempos em tempos, em seu celular. Lágrimas escorriam dos olhos de ambos. Lágrimas escorriam também dos olhos de enfermeiros e médicos. Aquela UTI estava cheia de pessoas, não fisicamente, mas em boas energias, em luz. Ana atravessou aquela noite, acordou na manhã seguinte e permaneceu por mais uma semana, tranquila e serena, até a sua morte. Nesse período, pedia para ouvir as vozes amigas que tanto bem lhe haviam feito, que tanto carinho lhe haviam transmitido. Partiu em paz, sabendo que não estava só. As vozes amigas a ladeavam, amparavam e a preparavam para retornar, segundo a sua crença, à pátria espiritual, onde iria se encontrar com outras vozes amigas, igualmente cheias de amor e saudade, ansiosas por aquele tão esperado reencontro.

12/12/2019 17:41 | DURAÇÃO 4:29