Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

O Homem que não se irritava

Em cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido. Para testá-lo, seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão, numa determinada noite em que o levariam a um jantar. Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito. A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa. Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o. Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação. Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: O que o senhor deseja? Ao que ele respondeu, naturalmente: A senhora não me serviu a sopa. Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: Servi, sim senhor! Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos... Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total. Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais! Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura. * * * Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente. Ao protagonista da nossa singela história não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas. Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão. Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério. Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante. * * * A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena a si mesma. Texto baseado em história de autoria ignorada. Em 02.09.2012.

12/11/2019 14:29 | DURAÇÃO 3:41

A Família

Sabemos que é na família que está a base da construção do caráter e também a educação dos sentimentos da criança e do jovem. O lar é, por excelência, uma grande e abençoada escola, uma instituição humana educativa na qual aprendemos a amar pais, filhos e irmãos para, um dia, ampliarmos esse amor a toda a Humanidade. O processo de educação é relativo pois, ao mesmo tempo em que pais e mães estão educando seus filhos, estão também crescendo individualmente. A ingenuidade infantil facilita a tarefa de modelagem do caráter e o direcionamento adequado das más tendências. É então na adolescência que costumam surgir as grandes dificuldades. É nessa fase que o jovem está buscando construir a sua própria identidade, estabelecendo-se facilmente um conflito entre as gerações. As diferentes visões de mundo podem ser uma das causas desse conflito. Salutar entender que a diversidade de opiniões é necessária para o avanço e procurarmos não fazer dessas diferenças motivo de discórdia. Elas passam a se tornar motivo de choque quando as partes envolvidas, pais e jovens, sobretudo os mais velhos, tentam impor a sua visão de mundo. Para que não ocorra essa imposição, por nenhuma das partes, deve haver muito diálogo, nos relacionamentos, objetivando a construção de uma nova visão e o aprendizado de que o ponto de vista do outro deve ser respeitado. Outra questão que leva a essas divergências é a diferença de valores e interesses entre as gerações. É certo que há valores que são perenes e devem fazer parte da construção do caráter de pessoas de bem. Honestidade, respeito, aprendizado de uma ocupação útil, ética e esforço pessoal são aquisições inquestionáveis. Porém, se nos mantivermos cristalizados em nossas próprias experiências, tendemos a transferi-las para nossos filhos, não abrindo espaço para que eles desenvolvam seus próprios interesses. O tipo de educação recebida pelos pais pode colaborar nesse processo. Opressão demais e processos de intolerância geralmente não causam resultados positivos. A flexibilidade é necessária em certos momentos. Deve-se cuidar também com a permissividade em excesso. Na busca de uma nova definição para si mesmo, o jovem passa a apresentar características que antes desconhecíamos, muitas das quais preferíamos que eles não as tivessem, mas temos que aprender a respeitá-las. É fundamental diferenciar o que é específico da personalidade do indivíduo, como os gostos e preferências, e o que precisa ser moldado e orientado. * * * Para que no lugar de um conflito entre as gerações, possamos estabelecer um encontro entre elas, é importante o cultivo de profundo respeito entre pais e filhos. É indispensável também que o diálogo esteja sempre presente e que as concessões ocorram quando necessário. Mas sobretudo, o que deve prevalecer é o amor, traduzido na expressão de cuidado e afeto. Pensemos nisso.

11/11/2019 09:00 | DURAÇÃO 3:02

A Rogativa do Culpado

Rogativa do culpado Caro amigo: Desejo pedir-te perdão pelo mal que te fiz. Infelizmente, naquela ocasião, eu me encontrava infeliz, inimizado comigo mesmo, sem a capacidade de discernir entre o bem e o mal - o que deveria e o que não me era lícito fazer. Reconheço hoje que te magoei com a minha insolência e desequilíbrio, proporcionando-te sofrimentos desnecessários. Aprendi a lição da dignidade, após atravessar os caminhos sombrios do remorso, procurando expiar a culpa, tentando reabilitar-me através das boas ações, a fim de encorajar-me a pedir-te perdão. Reconheço que é mais infeliz aquele que acusa indevidamente, aquele que comete o erro de ofender o outro do que a sua vítima. Quando o ofendido supera a situação deplorável, ascende no rumo da iluminação, enquanto o seu adversário mergulha no abismo do desequilíbrio, assinalado pela culpa de que não se consegue libertar. Apiada-te, portanto, de mim, conforme hoje dou-me conta da própria inferioridade. Sei que não te será fácil compreender tudo quanto sinto e gostaria de dizer-te... Segue, portanto, a tua portentosa jornada, olhando para trás e distendendo a mão para mim, em socorro, que me encontro na retaguarda. Desejo, porém, que saibas quanto estou feliz por poder haver chegado a esta conclusão, a este momento, conseguindo dizer-te, embora em poucas palavras, o que me vai na alma, reabilitando-me, pelo menos um pouco, do mal que te fiz. * * * Pedir perdão é vencer uma grande batalha dentro de nós. Pedir perdão é vencer o orgulho que sempre, através das eras, foi vencedor em nossa intimidade imperfeita e desequilibrada. Pedir perdão, de coração, o perdão verdadeiro, é grande passo na conquista do acerto final e completo com as Leis Divinas. Há humildade em tal pedido, e também sabedoria. Baixar a fronte. Reconhecer-se imperfeito, porém perfectível, mutável. Se pedíssemos perdão mais vezes, certamente seríamos mais felizes. O pedido de perdão verdadeiro faz-nos mais fortes, porque junto dele vem o reconhecimento do erro, e a autoproposta de não mais errar. No pedido de perdão vem o desejo do bem ao outro - desejo exatamente oposto àquele que gerou toda situação desastrosa entre as suas almas. Por carregar tal aspiração, representa grande vitória do bem contra o mal. * * * Ao reconhecer nossos erros, não esqueçamos de pedir perdão. Procuremos o outro e, de alguma forma, demonstremos que estamos cientes do erro, e que agora lhe desejamos bem, e não mal. Não esperemos contrapartida. A vitória de quem sabe pedir perdão está dentro de si mesmo, e não depende de aceitação da outra parte. Reconhecer o erro; pedir perdão; não errar mais; ressarcir a Lei - eis o caminho da felicidade. Texto baseado no cap. 41, do livro "O amor como solução", de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal. Em 13.8.2013.

09/11/2019 09:00 | DURAÇÃO 3:45

Cabos e Luzes em uma Caixa

CABOS E LUZES EM UMA CAIXA Há cerca de cinquenta anos, um discurso tornou-se célebre no ambiente de rádio e telejornalismo americanos. Tratava-se da fala do âncora Edward Murrow sobre rádio e televisão. As transmissões de TV ainda davam seus primeiros passos, e traziam à tona muitas discussões no que dizia respeito à programação, e ao objetivo dessa nova mídia na época. Na ocasião, o jornalista da rede CBS falou a uma grande plateia de membros e diretores das principais empresas do setor, nos Estados Unidos. Afirmou que, se dentro de meio século, historiadores analisassem vídeos das grandes redes americanas, encontrariam provas da decadência, escapismo e alienação das realidades do mundo que vivemos. No discurso, que ficou conhecido como Cabos e luzes em uma caixa, Murrow expressava receio de que o poder do rádio e da TV fosse usado de maneira danosa à sociedade e à cultura. Especialmente sobre a TV, ele foi ainda mais fundo. Disse ele: Este veículo pode ensinar, iluminar. Sim, pode até inspirar. Mas só pode fazê-lo se os seres humanos estiverem determinados a usá-lo para estes fins. De outro modo – acrescentava ele – são meramente cabos e luzes em uma caixa. O âncora ainda acrescentou: Há uma grande batalha e talvez decisiva, a ser travada contra a ignorância, a intolerância e a indiferença. Esta arma, a televisão, poderia ser útil. * * * Meio século se passou, e como estamos em relação a essa questão no mundo? A televisão passou a fazer parte da vida diária de bilhões de pessoas. Porém, será que está sendo utilizada com esses fins nobres, idealistas, apontados pelo jornalista? Será que colocamos essas descobertas da ciência, as novas facilidades na obtenção de informação, rapidez de comunicação, a serviço de nossa evolução moral? Ou tudo isso, em grande parte, foi seduzido pelo antigo desejo do homem velho, de ter cada vez mais e mais? É importante que reflitamos. Deus permite que conquistemos as melhorias materiais das ciências, da tecnologia, do conhecimento, com um único fim: o nosso crescimento moral. São instrumentos que facilitam a vida material do homem – ou, deveriam facilitar – para que esse se preocupe mais com a conquista das virtudes da alma. A verdade é que acabamos nos hipnotizando pela caixa com cabos e luzes. De meio, de instrumento, ela virou veículo de alienação, de escapismos. E assim vimos fazendo com tantas outras conquistas da tecnologia, pois a alma humana ainda está vazia, perdida. Vale a pena repensar tudo isso. Vale a pena procurar saber se não estamos alimentando uma indústria de inutilidades mil. A mudança desse panorama virá de cada um de nós, primeiramente como receptores mais exigentes que precisamos ser. Depois, como transmissores, na esfera que nos caiba, dessa ideia de que todos esses meios de comunicação devem ser veículos do bem. É tempo de despertar, mudar de canal ou desligarmo-nos das tomadas do mundo, e nos religarmos a Deus e aos nossos objetivos maiores aqui.

08/11/2019 15:07 | DURAÇÃO 4:07

Fugindo da Verdade

Fugindo da Verdade A pintura “A Verdade Saindo do Poço” de Jean-Léon Gérôme, escultor e pintor francês, está ligada a uma parábola do século 19. Segundo essa parábola, a Verdade e a Mentira se encontram um dia. A Mentira diz à Verdade: "Hoje é um dia maravilhoso!" A Verdade olha para os céus e suspira, pois, o dia era realmente lindo. Elas passaram muito tempo juntas, chegando finalmente ao lado de um poço. A Mentira diz à Verdade: “A água está muito boa, vamos tomar um banho juntas! ” A Verdade, mais uma vez desconfiada, testa a água e descobre que realmente, a água está muito gostosa. Elas se despiram e começaram a tomar banho. De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge. A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta. O mundo, vendo a Verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva. A pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha. Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua." Bertrand Russel, um dos mais preeminentes pensadores do século 20, escreveu em seu decálogo: “ Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.” Em nossos dias, o que menos se quer é a, entre aspas, “inconveniência” da verdade. Vivemos, através dos eufemismos, para que, quem sabe, possamos suavizar, ou até mesmo, evitar a verdade. Mentimos pra nós mesmos. Procuramos nas futilidades algo que nos distraia e que nos mantenha em nossa confortável e consoladora “matrix”. A fuga da realidade é um mecanismo de defesa a que muitas pessoas recorrem como uma forma de evitar determinados sofrimentos. Entretanto, na verdade este comportamento é uma espécie de paliativo, pois por mais que num primeiro momento pareça que a dor irá diminuir; fugir da verdade não é o melhor caminho, já que os problemas serão apenas abafados por um tempo e continuarão ali, sem uma solução definitiva. O ideal é buscar forças para enfrentar este desconforto, conseguir se libertar e encontrar sua felicidade. E você, como está a sua relação com a verdade? Acredita que já recorreu ao mecanismo de fuga como forma de se proteger? Reflita! Por fim, busque seu autoconhecimento de modo a entender como os acontecimentos e experiências passadas influenciam os seus sentimentos e comportamentos atuais. Isto é indispensável para você viver sua realidade sem atalhos e para conquistar uma vida mais plena, madura e verdadeira. Lembremos: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Libertará da dor maior, do sofrimento insano, da incerteza, da desesperação, acendendo luzes de esperança em sua vida. Pense nisso, mas pense agora.

07/11/2019 09:00 | DURAÇÃO 4:24

Desfrute de Você

DESFRUTE DE VOCÊ Há pessoas que, na tentativa de suprir suas carências e insatisfações, buscam envolver-se mais e mais com pessoas que lhes preencham o vazio interior. Enganam-se a si mesmas, pois essa eterna busca só acontece por causa da insatisfação. Uma pessoa feliz não precisa dessa busca desenfreada por companhia. É, como se diz, uma pessoa bem resolvida. Autoconfiante, segura do que quer e do que faz. Se você que esta me ouvindo neste momento, é daquelas pessoas que não consegue manter um relacionamento por muito tempo e acredita que a sua felicidade depende de outros; aumente o volume do rádio e preste atenção ao que vamos falar a seguir: Primeiro fique sozinho. Primeiro comece a se divertir sozinho. Primeiro amar a si mesmo. Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando. Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem - Você não está em falta. Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta. Você está em casa. Se alguém vier, bom, ótimo. Se ninguém vier, também é bom e ótimo. Feito isso, você já se encontra preparado para um relacionamento equilibrado e feliz. Agora você se move como um mestre, não como um mendigo. Agora você se move como um imperador, não como um vassalo. E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo. Quando dois mestres se encontram - mestres do seu ser, de sua solidão – a felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada. Torna-se uma tremendo fenômeno de celebração. E eles não exploram um ao outro,, eles compartilham. Eles não utilizam o outro. Em vez disso, pelo contrário, ambos tornam-se UM e desfrutam da existência que os rodeia. Você entendeu como é importante desfrutar de sua própria companhia? Isso eleva a auto estima e atrai o amor e o encanto de outras pessoas por você. Pense nisso e faça isso.

06/11/2019 09:00 | DURAÇÃO 2:44

Música, a voz do mundo

MUSICA, A VOZ DO MUNDO Conta-se que, um dia, ao ouvir o silvo do vento passar pelo tronco oco de uma árvore, o homem o desejou imitar. E inventou a flauta. Tudo na natureza tem musicalidade. O vento dedilha sons na vasta cabeleira das árvores e murmura melodias enquanto acarinha as pétalas das flores e os pequenos arbustos. Quando se prepara a tempestade, ribombam os trovões, como o som dos tambores marcando o passo dos soldados, em batidas ritmadas e fortes. Quando cai a chuva sobre a terra seca pela estiagem, ouve-se o burburinho de quem bebe com pressa. Cantam os rios, as cachoeiras, ulula o mar bravio. Tudo é som e harmonia na natureza. Mesmo quando os elementos parecem enlouquecidos, no prenúncio da tormenta. E lembramos das poderosas harmonias do Universo, gigantesca harpa vibrando sob o pensamento de Deus, do canto dos mundos, do ritmo eterno que embala a gênese dos astros e das humanidades. Em tudo há ritmo, harmonia, musicalidade. Em nosso corpo, bate ritmado o coração, trabalham os pulmões em ritmo próprio, escorre o sangue pelas veias e artérias. Tudo em tempo marcado. Harmonia. Nosso passo, nosso falar é marcado pelo ritmo. A música está na natureza e, por sermos parte integrante dela, temos música em nossa intimidade. Somos música. Por isso é que o homem, desde o princípio, compôs melodias para deliciar as suas noites, amenizar a saudade, cantar amores, lamentar os mortos. Também aprendeu que, através das notas musicais, podia erguer hinos de louvor ao Criador de todas as coisas. E surgiu a música mística, a música sacra, o canto gregoriano. Entre os celtas, era considerada bem inalienável a harpa, junto ao livro e à espada. Eles viam na música o ensinamento estético por excelência, o meio mais seguro de elevar o pensamento às alturas sublimes. Os cristãos primitivos, ao marcharem para o martírio, o faziam entre hinos ao Senhor. Verdadeiras preces que os conduziam ao êxtase e os fortaleciam para enfrentar o fogo, as feras, a morte, sem temor algum. A música é a mais sublime de todas as artes. Desperta na alma impressões de arte e de beleza. Melhor do que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida. Por isso ela é a própria voz do mundo superior. Ela pode expressar os estados de espírito, todas as sensações de alegria e da dor, desde a invocação de amor até às entonações mais trágicas do desespero. A música é a linguagem dos espíritos. Cantemos. Texto baseado nos trechos do cap. VII do livro O espiritismo na arte, de Léon Denis, ed. Arte e cultura. Em 19.07.2012.

05/11/2019 13:00 | DURAÇÃO 3:32

Ajudar-se a si mesmo

O mundo está cheio de gente azarada, desprezada pela sorte, para quem nada parece dar certo. São pessoas eternamente frustradas, perseguidas pelo destino, e que estão sempre precisando de ajuda. Ao nos contarem a tragédia de suas vidas, quase nos convencemos de que são mesmo criaturas esquecidas por Deus. Todos nós conhecemos alguém assim. Todos nós conhecemos ao menos uma dessas pessoas que, por serem tão sofridas, nos despertam a vontade de ajudar. E então, na primeira oportunidade que aparece, estendemos a mão. A pessoa recebe nosso auxilio com entusiasmo — mas, depois de algum tempo, por um motivo qualquer, anuncia que não vai mais poder usufruir daquele benefício: às vezes é falta de tempo, às vezes não era exatamente aquilo o que ela queria, outras vezes é uma dificuldade qualquer... O fato é que, no final das contas, nossa boa intenção resulta inútil. Depois de duas ou três experiências assim, compreendemos que é quase impossível ajudar certas pessoas: por mais que recebam apoio, elas esbarram sempre na própria falta de iniciativa. Há os que sonham ser artistas, mas jamais se aventuraram a fazer um curso de teatro, de musica. Há os que se queixam do emprego, mas não pró ativos, não saem atrás de coisa melhor — esperam talvez que alguma multinacional os procure em casa e lhes ofereça a presidência da empresa e um salário de magnata. Para justificar sua inércia, muitos tentam mascarar os verdadeiros motivos de seus fracassos: ou não são suficientemente inteligentes, ou não tem uma aparência boa o bastante, ou não tem tempo, ou não tem talento...Tudo pretexto. Ora, o mundo está cheio de pessoas vencedoras, mas que não são necessariamente inteligentes ou bonitas. O mundo está cheio de cantores de sucesso que não sabem cantar, e atores bem sucedidos que não sabem representar. Quanto ao tempo, os dias de Albert Einstein, Beethoven ou Abrahan Lincoln tinham as mesmas 24 horas...e lhes asseguro; eram bem curtos. É verdade que alguns lutam com todas as forças e, mesmo depois de muitas tentativas, não conseguem resultado. Mas também não são poucos os que se queixam da falta de riquezas que, no fundo, pouco ou nada fazem para conquistar. A verdade é que sempre haverá gente azarada, esquecida pela sorte, para quem nada parece dar certo. Pessoas que estarão sempre se queixando do destino e que, por mais que tentemos socorrer, serão sempre aquilo que são, frustradas e incapazes de realizar seus sonhos. Pessoas que passam a vida inteira pedindo a ajuda alheia, mas que, estranhamente, não se ajudam a si mesmas... Seja você um teísta ou ateu, já deve ter ouvido aquela frase: “ajuda-te que o céu te ajudara. Pense nisso ...e mãos à obra. Redação do Momento Espírita. Em 08.4.2014

04/11/2019 10:19 | DURAÇÃO 3:35

Pensando na Morte

PENSANDO NA MORTE Nós, seres humanos, somos de raças e cores diferentes. Temos múltiplas formas de nos expressar, através da linguagem e da diversidade dos costumes. Em matéria de crença religiosa, filiamo-nos àquela que melhor nos fale ao coração. Somos de graus variados em intelecto, posição social e sentimentos. Mas, se há um verdadeiro ponto comum para todos nós, esse se chama morte. Todos estamos fadados a ela e, de forma paradoxal, é com o que menos nos preocupamos. Planificamos nossa vida como se esta jamais fosse findar. Criamos rixas e desavenças com pessoas e nações, disputando coisas passageiras, sem nos darmos conta de que tudo ficará aqui, na Terra, quando chegar nossa hora de partir. Acumulamos bens e trabalhamos muito além da conta, para encher cofres e contas bancárias, sem pensar que isso somente vale enquanto estamos por aqui. Enfim, vivemos como se a carne fosse imortal e a morte nunca nos houvesse de alcançar. Para quase todos, aliás, falar em morte equivale a algo lúgubre, tenebroso. Um conceito que foi fabricado especialmente pela grande noite da Idade Média, com suas superstições e fanatismo, envolveu a morte em terríveis sombras, vestindo-a de pavor. As carpideiras, as vestes negras e roxas, as cerimônias macabras, tudo dava a impressão de horror e desalento em referência à morte. É hora de retornar às fontes primitivas. Com a certeza da continuação da vida, a morte passará a ser recebida com serenidade. Morrer deixará de ser tragédia. Será, sim, o mecanismo que facilitará o renascimento em outra esfera, no Mundo Espiritual. Sigamos, pois, na sua direção, com tranquilidade e sem temor. Texto produzido com base no cap. 29, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 2.11.2012.

02/11/2019 10:17 | DURAÇÃO 2:32

Onde? Quando? Por que?

Onde? Quando? Por quê? Um senhor, de idade avançada, chegou ao Pronto Socorro para fazer um curativo em sua mão, que apresentava um profundo corte. Quando o médico iniciou o atendimento, percebeu que o idoso estava muito agitado, como se estivesse tomado de profunda afobação. E, enquanto vagarosamente higienizava suas mãos antes de iniciar o procedimento, o senhor, contrafeito, asseverou: Vamos, meu filho, ande rápido com isso que eu estou com muita pressa! O médico começou a cuidar do corte. O idoso, agitado, não conseguia permanecer muito tempo com a mão em repouso, dificultando o procedimento. O médico ficou curioso a respeito do motivo de tamanha pressa e questionou o paciente, que respondeu: Todas as manhãs eu visito a minha esposa, que está em uma casa de repouso, pois sofre do Mal de Alzheimer. Agora eu entendi o motivo de tamanha pressa, disse o médico, não contendo um sorriso. Se nos demorarmos por aqui, ela poderá ficar preocupada com a sua demora! Na realidade, ela já não sabe quem eu sou, disse, triste, o idoso. Há quase cinco anos não me reconhece mais. Mas, então, por que tanta pressa e para que a necessidade de estar com ela todas as manhãs, se ela não o reconhece mais? Com um sorriso terno e um grato brilho no olhar, o velhinho respondeu: Ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é... Ela é o amor da minha vida! * * * Num mundo em que o culto à aparência física, à beleza, à imagem se soprepõe a princípios morais e éticos; num mundo em que expressar o que se sente é sinal de fraqueza e ingenuidade, nos questionamos: Onde, quando e por que o amor? O amor é, por excelência, o centro da natureza de todos os seres. Muitos já falaram sobre o amor durante milênios, tudo para que pudéssemos aprender a amar. Mas o que sabemos sobre o amor?. E quão poucos de nós ultrapassamos as barreiras do orgulho e do egoísmo para vivenciarmos esse que é o sentimento mais sublime de todos. O amor é um modo, uma filosofia de vida. O amor é um caminho a ser percorrido. O amor é a fonte de todas as virtudes, pois que sem ele não há caridade, , resignação, benevolência, perdão, esperança...sem o o amor não há a suma criação. O amor é o laço que nos liga a todos e nos direciona a um mesmo fim, por um mesmo meio e de uma mesma forma. * * * Onde o amor? Ele deve se fazer presente onde há guerra, onde há violência, onde há tristeza, dor, ódio, sofrimento, fome, angústia, desespero, solidão... Quando o amor? Quando a verdade vacilar, o desânimo se abater, o medo se aproximar, o orgulho prevalecer. Quando a saudade apertar, o coração se ferir, o egoísmo corroer... Por que o amor? Porque o amor é o caminho certo a ser percorrido por todos aqueles que desejamos ser verdadeiramente felizes, termos paz, alcançarmos o equilíbrio, progredirmos, compreendermos a nossa própria existência. Pensemos nisso.

01/11/2019 09:00 | DURAÇÃO 3:57

A Arte dos Elogios

A ARTE DOS ELOGIOS A baixa autoestima é vista como uma espécie de carência de vitaminas emocionais para as crianças e adultos. Preocupados com o desenvolvimento dos seus filhos e com suas conquistas, alguns pais exageram na hora dos elogios. Adulada em excesso e sem motivo, a criança cresce esperando o mesmo de todas as pessoas. Hoje, ela espera o afago verbal dos pais, dos professores. Amanhã será do chefe, da namorada ou do namorado para se sentir bem. É que o excesso de elogios, e nem sempre verdadeiros, gera insegurança e não autoestima. O educador, escritor e pai de cinco filhos, Paul Kropp, de Toronto, estabeleceu alguns itens que acredita importantes para aumentar a autoconfiança dos nossos filhos, sem correr o risco de sermos demasiadamente generosos em elogios, sejam eles merecidos ou não: 1. Inclua seu filho no que você estiver fazendo. E lembre-se de que nem tudo precisa ser perfeito no trabalho dele. Deixe a criança experimentar, agir, auxiliar. Pequenas tarefas falam de responsabilidade e amadurecimento. 2. Não apresente ao seu filho obstáculos grandes demais. A dificuldade das tarefas atribuídas às crianças deve ir aumentando aos poucos. 3. Não corra para ajudar o seu filho. Dê a ele a chance de experimentar a frustração. A frustração faz parte do mundo real e a criança deve aprender, desde cedo, a lidar com ela. 4. Certifique-se de que ele tenha desafios fora de casa: grupos de excursão, equipes de natação, aulas de música. 5. Elogie os resultados finais com sensatez. Quando descobrir nos olhos de seu filho que ele está satisfeito com algo que fez, não seja severo na crítica. Finalmente, para ajudar a criança a desenvolver uma noção real de seu valor: Preste atenção ao que seu filho faz ou diz - você não precisa concordar, mas tem de ouvir. Encontre tempo suficiente para desenvolverem projetos juntos, sem perder de vistas as habilidades da criança. Lembre-se de que não são os falsos elogios que constroem a identidade de seu filho, mas sim a atividade e o sucesso. Os elogios, por si mesmos, não levam os filhos a crescer e buscar novos desafios. E para aquele que sabe o que quer, não serão uma ou duas críticas que o irão abater. Por tudo isso os pais, que conhecem seus filhos, devem usar de bom senso. Elogios e críticas bem dosadas, aliadas ao tempo e esforço pessoal, possibilitam a autoconfiança e a consciência do próprio valor. * * * O falso elogio enche a criança de expectativas irreais. A falta deles acaba por desvalorizá-la e deprimir. Quando a criança precisa de um elogio para elevar a sua autoestima, terá dificuldades para aprimorar o seu caráter porque estará sempre na dependência do que os outros pensam. Estará buscando aprovação e não aprimoramento. Incentivar é permitir a possibilidade da experiência, do erro e do acerto. Eis o caminho ideal para a correta formação do caráter dos nossos filhos. Pensemos nisso. Texto baseado no artigo "Seu filho é viciado em elogios?", da revista Seleções Reader's Digest, de maio de 2000. Em 24.07.2012.

31/10/2019 08:00 | DURAÇÃO 3:47

Nossos Personagens

Nossos Personagens Na Grécia e na Roma antiga, era comum os atores se utilizarem de máscaras para interpretar seus personagens. A essas máscaras era dado o nome de persona. Daí a origem da palavra personagem. A palavra persona vem do latim, per sonare, ou soar através de, pois essas máscaras faziam com que a voz dos atores bem chegasse aos espectadores. Muito mais tarde, no Século XX, um célebre estudioso da mente e do comportamento humano, o suíço Carl Jung(yungue), se utilizou da mesma palavra para descrever um tipo de comportamento dos seres humanos. O de utilizarmos máscaras para nos relacionarmos. Não somos poucos os que nos utilizamos de pesadas máscaras para esconder dores, dificuldades e dramas que marcam nossa alma. Não somos poucos os violentos e agressivos, que fazemos desse comportamento nossa rota de fuga para esconder fragilidades, medos e inseguranças. E, em grande número, somos os críticos inveterados, os justiceiros de plantão, a postos para apontar o dedo, acusar, mas que agimos assim para esconder agudos sentimentos de inveja. Outros de nós, prepotentes, tiranos, sempre a humilhar e espezinhar todos, escondemos atrás dessa máscara complexos de inferioridade e as próprias limitações. Não faltam os que nos posicionamos como paladinos da moral, da ordem, intolerantes com os deslizes alheios, buscando, dessa maneira, disfarçar em nós profundos distúrbios comportamentais e morais. Quase sempre refletimos o oposto do que somos em realidade. É por essa razão que, ao encontrarmos um companheiro de jornada que se mostra difícil, pesado, bom será avaliemos se tratar de uma alma frágil, em rota de fuga através de máscaras, que escolheu para representar um personagem que efetivamente não é. Verificaremos que, ao perfurarmos a casca, ao analisarmos com mais cuidado, encontraremos a alma dizendo das suas dificuldades, buscando fugir de si mesma. Para esses companheiros, utilizemo-nos do olhar de amor, da indulgência, da compreensão, em exercício de tolerância. Se hoje já conseguimos perceber as limitações na alma daqueles que seguem conosco, utilizemos o olhar do entendimento para com eles. E toda vez que eles nos oferecerem as pedras e espinhos da personalidade que apresentam, ofertemos a compreensão. Todo progresso individual, toda descoberta de si mesmo é processo solitário e doloroso. Não é por outro motivo que muitos adiamos o encontro conosco mesmos, estagiando em processos difíceis, que levam a lugar algum. Assim, se conseguirmos perceber em nós algum desses mecanismos de fuga, esforcemo-nos por deles nos desvencilhar, buscando o encontro inadiável conosco mesmos, no processo de sublimação pessoal. * * * A revisão de conceitos e atitudes nos convida a nos dispormos ao abandono do que nos for inconveniente e nos esteja a reter a marcha do progresso. Proponhamo-nos à renovação de opiniões, de posições enrijecidas sempre que necessário, abraçando diretrizes morais enriquecedoras. Fará bem a nós. Fará bem ao mundo. Texto baseado no livro “Evangelho Segundo o Espiritismo” . Autor:Allan Kardec Editora: Ide - Inst. de Difusão Espírita Em 30.09.2012

30/10/2019 14:40 | DURAÇÃO 4:22

Causa e Efeito

CAUSA E EFEITO Nas ocorrências da vida, nos afazeres da nossa existência, não raro nos imaginamos surpreendidos pelo acaso, por fatos aleatórios à nossa vontade ou ação. Analisando superficialmente os cometimentos da vida, sempre julgamos que aquilo que nos ocorre foi fortuito ou apenas fruto do azar ou, algumas vezes, da sorte. Imaginamos dessa forma que o desenrolar de nossa vida seja aleatório e imprevisível, sem relação com nossas ações. Se um fumante de longos anos desenvolve um enfisema pulmonar, jamais diremos que ele teve azar na vida. Foi apenas consequência do vício a lhe destruir lentamente o aparelho respiratório. Se um glutão desenvolve problemas no aparelho digestivo, ou ainda, se é acometido por problemas de colesterol ou pressão alta, logo veremos que é resultado dos seus maus hábitos alimentares. Se essas são relações de causa e efeito, fáceis de se perceber, há outras, que nascem da mesma matriz, porém, que nos convidam a mais detidas reflexões. Nos dias em que vivemos, a própria medicina já correlaciona hábitos emocionais com doenças que desenvolvemos. Cada vez mais frequentemente, médicos e pesquisadores correlacionam o câncer, as disfunções psíquicas e outros males, com nossa postura emocional. Outros estudiosos do comportamento humano apresentam claras relações entre nossa personalidade ou os valores que elegemos com os males que nos afligem, entendendo que as dificuldades do corpo são apenas o reflexo das doenças da alma. Podemos perceber ainda, extrapolando o campo das ciências médicas, que outros males que nos acometem também são fruto de como nos comportamos. Se o egoísmo é nossa pauta de conduta, não raro a solidão será nossa única companhia. Afinal, todo aquele que esquece do seu próximo, acaba não sendo lembrado por ninguém. Se a inveja é a lente pela qual enxergamos as conquistas dos outros, o fracasso será o nosso destino. Afinal, quem perde tempo em olhar o terreno alheio, esquece de semear na própria gleba. Se a mentira e a falsidade são valores que nos conduzem, a perturbação e o desequilíbrio serão companheiros inevitáveis a se instalarem em nossa casa mental. Isso porque aquele que envereda nos labirintos do engano, perde-se inevitavelmente a si mesmo. Dessa forma, para que a saúde e a plenitude da vida se instalem em nós, analisemos mais detidamente por quais valores, emoções e comportamento estamos conduzindo nossa existência. Ninguém na vida poderá se queixar de ser vítima de outrem, a não ser de si mesmo. Ainda que não nos apercebamos das armadilhas em que porventura caiamos, todas foram, direta ou indiretamente, armadas por nós mesmos. * * * Todo e qualquer tipo de sofrimento sempre constitui informação da vida a respeito de algo, no indivíduo, que está necessitando de revisão, de análise, de correção. Quando nos disponhamos à renovação, alterando nossa conduta emocional, muitos sofrimentos podem ser amainados ou afastados. Pensemos nisso. Texto baseado nos pensamentos do cap. 18, do livro Iluminação Interior, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 10.8.2012.

29/10/2019 09:00 | DURAÇÃO 4:00

Onde Vive Nosso Eu Verdadeiro

Onde vive nosso eu verdadeiro Tua vida, meu irmão, é uma casa afastada de todas as outras casas, onde vive teu eu verdadeiro, bem diferente das aparências que os homens chamam com teu nome. Se essa casa for escura ou vazia, não poderás iluminá-la com as lâmpadas de teu vizinho nem enchê-la com os seus bens. E se estiver no deserto, não a poderás transferir para um jardim plantado por outros, e se estiver no pico de uma montanha, não poderás baixá-la para um vale onde os caminhos foram abertos por outros pés. Nossas vidas interiores, meu irmão, são rodeadas pelo isolamento e a solidão. Sem eles, tu não serias tu e eu não seria eu. Sem eles, confundirias tua voz com a minha voz, e quando olhasses no espelho, não saberias se estavas vendo-te a ti mesmo ou a mim. * * * As palavras de Khalil Gibran calam fundo na alma... Não somos a imagem que vemos no espelho. Não somos as aparências. Nessa casa, afastada de todas as outras, vive nosso eu real, eu Espírito. E cada um deve iluminar a sua casa com suas próprias conquistas. As lâmpadas dos vizinhos nos seduzem, até nos inspiram, mas nossa iluminação precisa vir de dentro. Não adianta casar com alguém bom para viver a bondade. Não adianta receber um amor infinito para termos amor para sempre. Não adianta estarmos próximos a pessoas felizes para vivermos a felicidade. Os bens do outro são do outro. Podemos até usufruir deles, pela bondade divina, mas apenas como forma de motivação, para que tenhamos forças e exemplo para lograr os nossos próprios, ao nosso tempo. Se essa nossa casa estiver ainda no deserto, caberá a nós, apenas a nós, transformar a aridez em jardim florido. E todos os caminhos precisam ser abertos por nossos próprios pés... Somos individualidades. Não há um ser igual ao outro neste Universo. E dentro de cada individualidade há uma espécie de solidão, um lugar onde todos estamos sós. Solidão que machuca enquanto ainda somos mais sombra do que luz, mas que depois se harmoniza e se transforma em solitude – uma unidade saudável da criatura com o Criador, seja lá como você define ou imagina esse “Criador”. É reservado um plano especial no Universo para cada um de nós. Não há insignificância alguma no Cosmo, por menor que possamos nos imaginar. Acreditar-se pequeno, ou insignificante é, ainda, típico de quem não se encontrou em profundidade, de quem não conhece sua própria casa no Universo. Somos grandes, somos capazes, somos parte de um todo perfeito, por isso somos fadados à perfeição individual. * * * Quando a sombra de um desânimo qualquer desejar bater à porta de nossa casa, lembremos da grandiosidade do Universo e de que fazemos parte disso tudo. Lembremos de que somos importantes. Não permitamos que as distrações ou as vicissitudes da vida enfraqueçam nossas forças. Elas são parte do ensino apenas, do ensino desta grande escola chamada Terra. * * * Tua vida, meu irmão, é uma casa afastada de todas as outras casas, onde vive teu eu verdadeiro, bem diferente das aparências que os homens chamam com teu nome. Redação com base em trecho do texto "Isolamento e solidão", do livro Curiosidades e belezas, de Khalil Gibran, ed. ACIGI. Em 11.7.2014

28/10/2019 09:00 | DURAÇÃO 4:25

As cinco bolas

AS CINCO BOLAS Senhoras, senhores...moças e rapazes; imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: seu trabalho – sua familia-sua saúde – seus amigos e sua vida espiritual, e você terá que mantê-las todas no ar. Logo você vai perceber que o trabalho é como uma bola de borracha.se soltá-la, ela rebate e volta. Mas as outras quatro bolas:familia, saúde, amigos e espirito, são frageis como vidros.se você soltar qualquer uma desta, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebrada, vale dizer, nunca mais será a mesma. Devemos entender que: tem que apreciar e se esforçar para conseguir cuidar do mais valioso. Trabalhe eficientemente no horario regular do seu emprego e deixe o trabalho no horario. Gaste o tempo requerido para a sua familia e aos amigos. faça exercicios, coma e descanse adequadamente. E sobretudo...cresça na sua vida interior, no espiritual, que é mais transcendental, porque é eterno. Shakespeare dizia:”sempre me sinto feliz, sabes por que? Porque não espero nada de ninguém. Esperar sempre dói.os problemas não são eternos, sempre têm solução.a vida é curta, por isso, ame-a! Viva intensamente e recorde: antes de falar...Escute! antes de escrever...pense! antes de criticar...Examine! antes de ferir...sente! antes de orar...perdoe! antes de gastar...ganhe! antes de se render... tente de novo! antes de morer...viva! pense nisso, mas pense agora! Redação com base no discurso de despedida do ex-presidente da Coca Cola Bryan Dyson.

26/10/2019 09:00 | DURAÇÃO 2:58

Não te Entregues

Os amigos a quem devotaste tuas horas te abandonaram? Aqueles que elegeste para o convívio mais estreito debandaram, quando a brisa de suspeitas infundadas se levantaram contra ti? Pessoas a quem confidenciaste questões particulares jogaram ao vento as informações, permitindo que os que não vibram contigo as usassem para agressões pessoais? Ouvidos aos quais segredaste tuas mais íntimas dificuldades transportaram a lábios inconseqüentes as minúcias das tuas dores? Recebeste dos comensais da tua vida as mais duras críticas, esquecidos do quanto juntos já investiram na afeição? Acreditas que estás só, difamado, em abandono? Não te permitas a hora da invigilância e não te aconchegues nos braços da tristeza. Não concedas forças ao mal que te deseja fraco e dominado. Pensa que a borrasca que te alcança tem por escopo maior testar as tuas resistências morais. Lembra que é nos combates mais difíceis que se forjam os líderes e se formam os heróis. Foi na solidão dos meses de prisão que a adolescente Joanna D´Arc teceu os fios da coragem, que lhe permitiram enfrentar o julgamento arbitrário e a condenação injusta. Tem em mente que todas as más circunstâncias que te envolvem, te permitem avaliar, com absoluta precisão, os verdadeiros amigos. Aqueles que, mesmo cometas erros, prosseguirão contigo. Não para os aplausos da sandice, mas para colaborar no soerguimento moral de que necessitas. Permanecerão contigo, mesmo que a fortuna te abandone os cofres e os louros do mundo se transportem a outras cabeças. Lembra, ao demais, que, embora o mundo não te faça justiça, o Celeste Amigo sabe das tuas intenções, dos teus acertos e das tentativas de ajustes. E olha por ti, todos os dias. Mesmo naqueles que se apresentem com as nuvens carregadas ou os ares anunciem tormentas e furacões. O Celeste Amigo confia na tua força e investe na tua vitória. Recorda-O e evoca-O nas tuas horas mais amargas. Tudo é passageiro no mundo e os panoramas se modificam, em minutos e até mesmo segundos. O que agora é, poderá deixar de ser logo mais. Quem agora comanda, poderá ser substituído de imediato. Quem pensa estar de pé, pode se descobrir tombado ao solo. Não esqueças que o Celeste Amigo está vigilante e providencia, atento, o de que careces. Pode ser uma lição a mais, um apoio, uma trégua. Pensa nisso, e não permitas que os raios das estrelas que brilham em teus olhos sejam empanados pelas chuvas torrenciais da tua amargura incontida. Não apagues do teu semblante a serenidade que informa aos que passam por ti, que a confiança é o teu escudo e o Divino Amigo segue contigo. Não concedas vitória aos maus, àqueles que te desejam subjugado e vencido. Nasceste para crescer, renasceste neste mundo para vencer. Sempre. Serve-te da prece. Revigora-te na leitura dos ditos do Senhor e segue em frente, hoje, amanhã e depois. Sempre. Com base em um texto de autoria desconhecida Em 5.04.2015.

25/10/2019 15:40 | DURAÇÃO 4:06

Um Sábio Conselho

UM SÁBIO CONSELHO Geralmente as pessoas gostam de dar conselhos, mas nem sempre são conselhos dignos de serem seguidos. No entanto, com aquele jovem médico foi diferente. Quase ao término da festa de sua formatura, um de seus professores se aproximou, colocou a mão sobre seu ombro, e lhe disse: Meu filho, vou lhe dar um conselho. Sempre que você for receitar um remédio para um paciente, pergunte-se primeiro: "Eu tomaria esse remédio? Eu o daria para minha esposa, minha mãe, meu pai? Receitaria para um filho ou um irmão?" Se a resposta for sim, então pode prescrever a medicação e guardar a consciência tranquila. Bom seria que cada formando, ao deixar a Universidade, recebesse um conselho desses e o seguisse na sua vida profissional. Se engenheiros e arquitetos se perguntassem sempre, antes de fazer um projeto, se morariam naquele edifício ou casa, se colocariam um ente querido para morar no seu interior; se o fabricante desse ou daquele produto usasse o mesmo critério, e jamais colocasse em circulação mercadorias que não deseja para si nem para os seus, não teríamos reclamações de consumidores; se políticos, advogados, magistrados refletissem sobre suas ações, perguntando-se se as aplicariam a si mesmos ou aos seus amores, teríamos uma sociedade bem melhor e mais justa; se os professores, enfermeiros, farmacêuticos fizessem o mesmo, o mundo seria melhor. Se os governantes, antes de fazer a guerra, se perguntassem se iriam para a frente de batalha, se mandariam a sua mãe, seu filho, sua esposa, seus mais diletos amigos, certamente optariam pela diplomacia. Enfim, se todos os indivíduos, em qualquer atividade que desempenhem agissem sempre tendo por base fazer aos outros o que aceitariam de bom grado para si mesmos, não haveria violência, injustiça, desamor... A solução de todos os problemas da Humanidade num preceito tão simples e fácil de entender... No entanto, poucos estão dispostos a lançar mão desse recurso. E sabe por quê? Porque precisaria derrotar os vilões mais poderosos que ainda habitam o coração do homem: o orgulho e o egoísmo. Mas você, que deseja construir um mundo mais feliz e mais justo, pode fazer a sua parte sem se preocupar com aqueles que ainda se comprazem na exploração dos semelhantes. Pois você só responderá pelos próprios atos, perante sua própria consciência e de mais ninguém. Pense nisso, e faça a sua parte no exercício da sua profissão, seja ela qual for.

24/10/2019 17:20 | DURAÇÃO 3:06

Um Ponto Negro

Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala. Na medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente. O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco. Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão: Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa? Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas. Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam. Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom. Se um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e, num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele até então, muda totalmente. É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro. Não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente. Temos sido tão exigentes com os outros! Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia. Um casal completava seus 60 anos de matrimônio, e uma das netas perguntou à avó:Vózinha, como é que a senhora aguentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar. A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta: É simples, minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas. Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional e a balança tende a pender mais para esse lado. Vez que outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos. Saibamos valorizar as boas ações. Não façamos como os alunos, que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco. Eduquemos a nossa visão para perceber melhor as coisas boas da vida. Desenvolvamos a nossa capacidade de ver e valorizar tudo o que nos acontece de bom. * * * Os benfeitores da Humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes para com nosso próximo. Contrariando tal recomendação, a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muito severos para com os equívocos alheios. Vale a pena meditar nos ensinos que nos chegam do Alto. Vale a pena que exercitemos o perdão aos semelhantes. E vale também a pena que sejamos mais exigentes conosco, buscando sempre melhorar nosso comportamento.

23/10/2019 15:13 | DURAÇÃO 4:44

Ria

Ria Comece a sorrir mais cedo. ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante: espalhe-o. Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo que merece ser feito, merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da "missão cumprida". Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere pelo melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade. Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça sua auto-avaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu tempo. Só assim não terá tempo para criticar os outros. Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito de seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite: Você pode tudo o que quiser. Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes. Não viva só para seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas como: esportes, leitura... cultive amigos. O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas de realizações. Finalmente, ria das coisas à sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida: "A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo".

22/10/2019 13:57 | DURAÇÃO 3:11

Empreendedor da Sua Felicidade

EMPREENDEDOR DA SUA FELICIDADE O conselho que diz: “nada importa, só faça o que você gosta” é muito ingrato e tem pessoas ficando muito frustradas por aí por causa disso. Porque falamos isso? A resposta não é direta, pela sua complexidade. Então, façamos aqui uma dissertação à respeito do assunto. É insensível e talvez até ignorante (no sentido de ignorar) afirmar que essa geração é mimada, perdida e vive no mundo da ilusão. A verdade é que tem muita gente fazendo e criando muita coisa fantásticas por aí. E mais, aqui no Brasil mesmo. Hoje, temos a Internet, essa maravilhosa rede que nos conecta com qualquer pessoa do mundo. E hoje tudo que a gente precisa pra começar qualquer coisa é de uma rede wifi e uma ideia. Não estou falando de empreendedorismo. Não precisa ser uma empresa, não precisa ter um milhão de lucro a cada ano, não precisa sair na capa Forbes, não precisa ser seu ganha pão, mas são negócios criados por jovens com uma vontade enorme de não deixar a vida passar em branco. A gente vê os casos de pessoas que deixam tudo pra abrir uma empresa e hoje são milionários como casos de exemplo, mas eles não são exemplos, eles são apenas outras pessoas que ralaram pra caramba pra chegar lá. Isso não quer dizer que você precisa seguir o caminho delas pra abrir o seu negócio. Esse negócio de empreender não é pra todo mundo, mas fazer o que você ama e acredita não precisa ter a ver com empreender, tem simplesmente a ver com fazer. Não é todo mundo que pode desistir de tudo e viajar o mundo. Por isso eu acho que esse conselho que diz "nada importa, só faça o que você gosta" é muito ingrato e tem pessoas ficando muito frustradas por aí por causa disso. Tenha um emprego que te dê um mínimo de estabilidade, que não te dê vontade de morrer e não ocupe todo seu tempo. Faça alguma coisa que você goste minimamente, que te faça aprender, crescer e ao mesmo tempo te dê gás pra focar naquilo que você realmente quer. Trabalhar sempre te dá um know how importante, vai te conectar com pessoas, vai fazer você aprender a trabalhar em parceria. E isso você vai precisar em qualquer negócio. Mais do que coragem pra começar a fazer o que gosta, é preciso ter disposição e você vai encontrar motivação em outras coisas que não sejam dinheiro. Esse texto, por exemplo, não traz retorno financeiro nenhum. E mesmo assim, escrever, ou fazer adaptações de textos para o Pense Nisso, é o que eu tenho de mais valioso na minha vida profissional. Minha motivação é a troca que eu tenho com os ouvintes, o frio na barriga que eu tenho toda vez que clico no botão enviar. É aquela ansiedade de ouvir o texto interpretado pelo locutor, em seguida, acompanhar as edições...será que a trilha (a música) usada combinou com o tema? Com o tom de voz que o locutor usou? Será que a mensagem vai acrescentar algo positivo pra pessoa que ouvi-lo? Toda vez que eu aperto esse botão eu não tenho mais controle nenhum das minhas palavras. Elas são sua, e o que a sua imaginação, ou entendimento, fizer delas. Por isso eu falo que a mensagem que escrevemos é um mapa pra sua imaginação. E sinceramente, dinheiro nenhum compra isso. Criar alguma coisa do zero sempre requer coragem e requer confiança em você mesmo. Não importa se você não quer fazer isso pro resto da vida. Faz o que você tiver vontade de fazer agora. Vai tocar numa banda, entra numa aula de teatro, vai fazer natação, gastronomia.... Qualquer coisa que faça seus olhos brilharem. Não precisa esperar o momento certo de fazer, não precisa ser popular, não precisa ter uma grana guardada. Felizmente é gratuito colocar sua ideia na internet e se conectar com pessoas. Afinal, sucesso pra mim sempre foi sinônimo de felicidade e felicidade é melhor quando compartilhada. Tenho mais de 50 anos, e por mais que a lógica diz que tenho mais passado do que futuro, continuo fazendo projetos...continuo plantando árvore, mesmo que não disfrute de sua sombra e frutos. Porque eu sei que novas gerações disfrutarão dela...e é a maneira mais concreta e real de dar um sentido para a minha existência. A vida é constituída de desafios constantes. Sempre há que se começar a viver de novo. A cada momento você pode recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. Nunca é tarde para fazê-lo. Nunca desista de lutar. Albert Einstein disse uma vez: “A lógica pode levar de um ponto A para um ponto B. A imaginação pode levar a qualquer lugar”. Use sempre a imaginação, a fim de ganhar força e continuar a jornada, tenha o tempo que for. Lembre-se: o seu futuro são as boas obras, não só para você, mas também para toda a sociedade. Pense nisso, mas faça agora. Redação do Pense Nisso, com base nas reflexões de seu autor.

21/10/2019 17:41 | DURAÇÃO 6:18

A Elegância

A ELEGÂNCIA As pessoas geralmente se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades. Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras. No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca. É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não. Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância. A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente. Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação. Ser sincero sem agressividade. É ser humilde sem relaxamento. Ser cordial sem fingimento. É ser simples com sobriedade. É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar. Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é. **** Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento. Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade. A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser. Pense Nisso

19/10/2019 17:37 | DURAÇÃO 3:17

Tempos Fugazes

Tempos Fugazes Nossos dias parecem feitos de momentos instantâneos. As coisas se transformam, as necessidades se sucedem e se modificam, fazendo com que tudo pareça volátil e fugaz. Por vezes, nos parece que a própria vida é nada mais do que uma leve impressão e que nada vale um grande investimento, pois não há o que sobreviva ao descarte e a se tornar obsoleto. Talvez por isso alguns de nós imaginamos que nossos relacionamentos também são descartáveis e fugazes, nesses dias em que vivemos. Acabamos aceitando a ideia infeliz de que qualquer esforço de investimento nas pessoas parece algo inútil, uma verdadeira perda de tempo, pois logo essas serão, ou poderão ser substituídas. Logo, é natural que nossos relacionamentos não suportem as primeiras rusgas, não sobrevivam aos primeiros embates, não ultrapassem os primeiros enfrentamentos. Os investimentos da paciência, da consideração, do carinho, perdem sentido, nesse insistente descarte de tudo e de todos. A amizade logo se desfaz, o relacionamento não cria raízes, os laços não se apertam e os nós se desfazem ao menor esforço. Tudo isso porque esquecemos de que, muito embora o mundo esteja veloz, a comunicação seja instantânea, e a tecnologia se renove rapidamente, nossa mente e nosso coração são os mesmos de sempre. Nossas necessidades emocionais em nada mudaram com a tecnologia. A construção de nossos sentimentos ainda se faz gradual e lentamente, como a cem, quinhentos ou mil anos atrás. Aprender a amar, cultivar uma amizade, aprender a querer bem, tudo se faz em velocidades medievais, poderíamos dizer. Nada disso mudou no século XXI. O mundo externo se transformou por completo. Nossas necessidades e capacidades de amar são as mesmas. Assim, cada vez mais se torna importante que resgatemos o tempo a dedicar aos nossos amores. Nenhum casamento se fortalecerá sem o investimento de ambos. Porém, se entre nossas prioridades não há tempo e investimento suficiente para que a vida seja compartilhada, natural que a relação feneça. Se em nossos dias não há prioridade e tempo para os amigos, como manter as amizades? Ninguém pode esquecer que a amizade se consolida lentamente, como quem cozinha no fogo brando, através da conversa solta e fraterna, da visita despretensiosa que estreita laços, ou do telefonema sem hora marcada mas que aconchega o ouvido. Serão esses investimentos lentos, graduais, que serão efetivos, pois que criarão raízes profundas no coração. Somente dessa forma nossos laços conseguirão vencer o tempo e a distância, a ponto de nos acompanhar para além desta vida, pois que permanecerão no coração. O mais, o que efetivamente é descartável ou volátil, isso ficará, se perderá no tempo, ganhará esquecimento. Entretanto, que nunca aquilo que pertença ao coração ganhe a falsa impressão de também ser descartável. Porque, um dia, ao se perder tudo, inevitável fator da vida, permanecerá em nós somente aquilo que agasalharmos na mente e no coração. Pensemos nisso. ***

18/10/2019 17:35 | DURAÇÃO 4:23

Como se Escreve?

COMO SE ESCREVE? Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do Jardim de Infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora. Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula. Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho. Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela. Mamãe, como a gente escreve...? Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta. -Foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso. Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai. Papai, como a gente escreve...? Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta. O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho, enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo. Os anos rolaram... Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse: Este aqui é você, papai! A garota também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo. Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: Eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou: Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: Amor, querida, amor se escreve com as letras t...e...m...p...o. * * * Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extrapara amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive. Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição. Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...bom, o tempo é uma questão de escolha. Redação do Pense Nisso, com base no cap. Círculo de amor, de Jeannie S. Williams, da obra Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press, 2002. Em 14.01.2013

17/10/2019 17:28 | DURAÇÃO 4:28

Beethoven

Ludwing Van Beethoven A Terra já recebeu em seu seio almas generosas, Espíritos superiores, que trazem valiosas contribuições para o seu progresso. Alguns desses Espíritos vêm com o objetivo de alavancar o progresso e fazer evoluir a Humanidade. Suas vidas deixam marcas luminosas, que desafiam os tempos. Ludwig Van Beethovenfoi uma dessas criaturas. Nasceu em Bonn, na Alemanha, no ano de 1770 e morreu em Viena, na Áustria, em 1827. Seu viver foi uma vertente constante da música que sublima e enleva os sentimentos. Foi o autêntico médium da arte refinada de compor. Para ele, a música era uma revelação divina, uma revelação mais sublime que toda a ciência e toda a filosofia. Seu viver foi um calvário pontilhado por muitos sofrimentos físicos, destacando-se a surdez que o isolou do mundo. Ele nos deixou nove sinfonias, doze sonatas, concertos, quartetos e uma única ópera, Fidelio. Tudo de imensa beleza. Seu psiquismo refinado lhe permitia constante permuta com os Espíritos superiores. Diante dos muitos padecimentos que o acometiam, afirmava, sereno e confiante: Deus nunca me abandonou. Perguntado, certa vez, se desejava receber determinado título honorífico, apontou para o Alto e respondeu: Meu reino não é deste mundo. Meu império está no ar. A seguir, concluiu: Não conheço outro título de superioridade, senão o da bondade. Bondade da qual ele deu mostras, mais de uma vez. Em certa oportunidade, um amigo estava em grandes dificuldades. Beethoven o presenteou com uma das suas criações, para que fosse vendida e o dinheiro usado na solução do problema que o afligia. Era nos bosques que ele mantinha contato com as nobres entidades ligadas à música e à harmonia. Ali ele fazia suas orações e refazia suas energias. Quando voltava desses encontros, com a fisionomia alterada, respondia a quem lhe perguntava: O meu anjo bom me visitou. Em um desses momentos, transformou uma de suas orações, em uma peça musical de grande elevação e apurada sensibilidade: Hino à alegria. É, ao mesmo tempo, uma exaltação à fé em Deus. Seus versos podem ser traduzidos da seguinte maneira: Escuta irmão a canção da alegria, o canto alegre do que espera um novo dia. Vem, canta, sonha cantando. Vive sonhando um novo sol Em que os homens voltarão a ser irmãos. Se em teu caminho só existe a tristeza, o pranto amargo da solidão completa, Se é que não encontras alegria nesta Terra, Busca-a, irmão, mais-além das estrelas. O lema que norteou os passos de Beethoven, entre nós, foi: Fazer o bem que possa. Amar, sobretudo, a liberdade. E, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade. Redação do Pense Nisso, com base em texto de Giovani Scognamillo, intitulado Beethoven: Deus, acima de tudo, publicado no jornal Tribuna Espírita de jan/fev. 2005 e versos do Hino à alegria, gentilmente traduzidos por Enrique Baldovino.

16/10/2019 09:15 | DURAÇÃO 4:23

Stephen Hawking - Um Homem Notável

Stephen Hawking Um Homem Notável

15/10/2019 09:56 | DURAÇÃO 5:41