Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

Criando um sentido para a vida

Tempos atrás, este redator, escreveu, ou tentou escrever, uma mensagem com o título –“Qual o Sentido da Vida?. Naquela Ocasião, muitos dos nossos fãs não entenderam muito bem a proposta da mensagem do Pense Nisso. Sendo Assim, resolvemos abordar o mesmo assunto, mas de uma maneira mais simples. No bem da verdade, vamos usar um fato que ocorreu durante uma das palestras do astrofísico americano, Neil Degrasse Tyson. Na ocasião, o famoso cientista estava fazendo uma palestra, quando um garotinho de 7 anos, de surpresa fez a pergunta: -“Qual o sentido da vida? E a Resposta do cientista foi maravilhosa. Ele começou dizendo que as pessoas fazem esta pergunta acreditando que sentido é algo que se possa procurar. Não consideram a possibilidade de que sentido da vida é algo que se cria. Exatamente isso: sentido da vida é algo que a pessoa produz para si e para os outros. Ele, como homem da ciência, quando pensa nisso, questiona-se: Será que aprendi algo hoje que não sabia ontem? Será que estou pelo menos um pouquinho mais perto de tudo o que há para se saber no Universo? O astrofísico acredita que se vive um dia sequer em que nada aprendeu, desperdiçou aquele dia. São pensamentos poderosos. Vale a pena refletir um pouco a respeito deles. Em vários momentos da vida buscamos esse tal sentido. Em cada fase do viver ele tem características distintas, dependendo de nossa maturidade. Alguns chegam a pensar que esse sentido está longe de onde nasceram e partem em jornadas pelo mundo. Jornadas, muitas vezes intermináveis, buscando algo que não sabem bem o que é. Há quem busque nas religiões da Terra. Migram dessa para aquela, dependendo da que lhes satisfaça, nesse ou naquele momento de vida ou estado de espírito. Porém, voltemos à proposta do astrofísico: criar um sentido para a vida e não encontrar um. Encontrar dá a impressão de algo que está lá fora, é externo. Criar diz respeito a um movimento que parte de nós, apenas de nós. São forças que mobilizamos para alcançar algo valioso. Assim, se acionamos nossas energias e as direcionamos para o estudo sério de uma determinada área do conhecimento, que poderá trazer bons frutos para a comunidade à nossa volta, estamos criando um sentido. Se abraçamos a paternidade, a maternidade com consciência, entendendo nosso papel de orientadores, de educadores, de promotores de paz para a nova era, estamos criando um sentido para nossa vida. Se conseguimos dedicar parte do nosso tempo a alguma causa social nobre, como trabalhador voluntário, sabendo que estamos mudando o mundo, eis-nos dando sentido à nossa vida. Se somos uma pessoa de bem; se recebemos de braços abertos quem nos chega; se estamos sempre prontos para ajudar e não medimos esforços para isso; se somos amigos verdadeiros e construímos nossa vida sobre estas bases, aí está o sentido para nossa vida. São muitas as formas de criar esse sentido. Cada um encontrará a sua na intimidade de seu próprio ser. * * * Pensemos. Questionemo-nos diariamente: Será que aprendi algo hoje que não sabia ontem? Não apenas na esfera do conhecer do intelecto, mas também na área moral. Será que estou melhor? O que fiz para estar melhor? Que esforços empreendi? e congratulemo-nos quando percebermos as vitórias e encontrarmos o sentido, a motivação, a felicidade. A lei do progresso é uma das leis Divinas que nos coloca sempre no caminho da ascensão. texto baseado na palestra do astrofísico Neil Degrasse Tyson – "Criando um sentido para a Vida".

11/12/2019 17:25 | DURAÇÃO 4:39

Sentir na própria pele

Uma determinada ONG alemã apresentou, de forma inusitada, um excelente exemplo de marketing social. Em alguns cinemas da Alemanha, o público entrava para assistir aos filmes e se deparava com diversos cobertores dobrados, colocados um em cada poltrona. Nada foi dito ou explicado e, conforme os primeiros anúncios e trailers iam passando, a sala começava a esfriar, chegando a temperaturas baixíssimas, similares às das madrugadas de inverno naquela região. Então, subitamente, uma mensagem começava a aparecer, mostrando moradores de rua em muita dificuldade, assim como seus próprios relatos narrando os problemas causados pelo frio intenso. Ao final da mensagem, um deles, inclusive, em tom de bom humor, dizia para que não incomodassem mais as pessoas no cinema e as deixassem assistir a seus filmes. A campanha finalizava avisando às pessoas que, em cada cobertor que receberam, havia um código, que poderiam ler com seus celulares, e efetuar uma doação espontânea para ajudar os moradores de rua, os sem teto. O resultado foi surpreendente. Após realizarem a experiência em diversas salas de cinema de todo o país, computaram um retorno de noventa e cinco por cento, isto é, noventa e cinco por cento das pessoas que estiveram nessas salas de cinema se comoveram e fizeram doações. * * * A interessante experiência revela que ainda precisamos sentir na própria pele para que desenvolvamos a verdadeira empatia para com o outro. Colocar-se no lugar do outro é fundamental para que possamos entender a situação do nosso próximo e ajudá-lo sem ressalvas e sem medo. Deus e Sua providência, nos processos das vidas sucessivas, nos coloca em tais situações, para que aprendamos a enxergar a vida, as pessoas, estando do outro lado. Assim, renascemos, muitas vezes, em condições opostas às que antes tínhamos no planeta, como por exemplo, tendo que lidar com a miséria material, muitos de nós que, em existência anterior, tivemos tudo e nem sequer olhamos para os lados para encontrar o próximo necessitado. Em países, onde ainda se vive a realidade de castas, de segregações de raças etc, aqueles que detinham o poder, que viviam privilégios, renascem por vezes entre os subjugados; tanto quanto os que antes ocupavam posições de inferioridade, retornam como ricos, como poderosos – quando necessário. Essas variações, essas mudanças de lado se fazem necessárias para que alarguemos nossos horizontes e enxerguemos a vida de forma diferente, com menos egoísmo, com menos orgulho. Costumamos dizer que só quem passou por esta ou aquela situação sabe como é estar lá. Porém, podemos desenvolver em nós esse costume, essa prática saudável de nos colocarmos no lugar do outro, buscando estar em seu sentimento e, assim, compreendê-lo melhor em todas as situações. Seremos mais indulgentes e, por consequência natural, mais caridosos com nosso próximo. A empatia nos tira da indiferença, da estagnação, desse como que sono profundo onde ainda estamos todos nós que insistimos em enxergar apenas nosso próprio umbigo. Pensemos no outro. Sintamo-nos como o outro. Ajudemos.

10/12/2019 17:27 | DURAÇÃO 4:19

A Soberba

Carl Segan escreveu que a astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade. Certamente, não há melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que se observar um mapa astronômico em que o nosso planeta aparece como um minúsculo ponto. E basta se estudar um pouco a História da Humanidade para se ter ainda mais a dimensão da tolice das nossas ambições. Lemos a respeito dos grandes conquistadores e nos perguntamos: De que lhes valeu tantos crimes, em nome de conquistas de territórios e submissão de povos? Lembramos de Temujin, que comandou a Mongólia, sucedendo ao pai. Bastou uma vitória militar e o povo o declarou Gêngis Khan, que quer dizer imperador universal. Para fazer jus à homenagem, ele saiu em uma campanha militar, que durou vinte e cinco anos. Conquistou os tártaros e a China. Depois, as hordas mongóis varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia, a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo. Temujin morreu aos sessenta e cinco anos. Foi sucedido por seu filho Ogedei e, por algum tempo, as conquistas continuaram. Mas, depois, o Império começou a se esfacelar e as hordas mongóis tomaram o rumo de casa. Recordamos de Alexandre, o grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo. Tornou-se rei aos vinte anos, após o assassinato de seu pai. Sua carreira é muito conhecida. Conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e o atual Afeganistão. Foi o maior e mais rico império que já existiu. Morreu antes de completar trinta e três anos, não se sabe se por envenenamento, malária, febre tifoide ou alcoolismo. Não se discutem os benefícios das campanhas, pois Gêngis Khan uniu as tribos mongóis e tornou conhecidos do Ocidente os povos do Oriente, enquanto Alexandre, admirador das ciências e das artes, transformou Alexandria em centro cultural, científico e econômico, por trezentos anos. No entanto, de que lhes valeu tanto sangue derramado, tantas terras conquistadas? A morte lhes encerrou as carreiras e seus impérios bem cedo se esfacelaram. Isso nos remete a reflexionarmos a respeito de nós mesmos. O que estamos fazendo para alcançar nossa realização pessoal? Estamos agindo de forma ética, correta, ou buscamos destruir quem esteja à frente, exatamente como faziam os grandes conquistadores? Certo, não nos servimos do assassinato físico, mas quantos sonhos alheios teremos destruído, em nosso propósito de ascensão? Os verdadeiros valores são morais. Esses não são destruídos pelo tempo e nem são amaldiçoados pela memória dos que foram derrotados, no decorrer da nossa jornada de conquistas. Pensemos nisso: os verdadeiros objetivos da vida são transcendentais. Afinal, a vida neste planeta é transitória. Rapidamente se esvai. O importante é o que levaremos em nossa bagagem individual, dentro d’alma. Pensemos nisso e, aproveitando os dias que se nos oferecem à frente, estabeleçamos um planejamento estribado no amor. Assim, por curta ou longa que seja nossa existência, sempre seremos lembrados como quem semeou a boa semente, em algum canteiro do mundo. Sermos benevolentes e justos, eis a meta a ser batida.

09/12/2019 17:28 | DURAÇÃO 4:29

Serenidade

A Serenidade Você já parou para observar, algum dia, como as pessoas andam pelas ruas apreensivas? O semblante sempre carregado e o cenho franzido traduzem a angústia íntima. A problemática em que se encontram mergulhados. Em alguns momentos, a impressão que se tem é que a maioria das gentes anda em batalha interior constante. E nos perguntamos: Onde a serenidade? Em especial daqueles de nós que ostentamos o adjetivo de sermos religiosos. Acaso teremos esquecido a exortação que diz: A cada dia basta o seu cuidado? É por essa razão que, com regularidade, a Providência Divina permite que Seus missionários visitem a Terra, travestidos em corpos humanos e nas mais variadas frentes de trabalho. Recordamos que em 1958, o Mundo assistiu à posse de mais um Papa. Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu o papado com o nome de João XXIII. Ângelo Roncalli era um homem que causava um impacto sempre favorável nas pessoas. Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor. Surpreendeu pela coragem de inaugurar debates sobre temas intocáveis até então. Em um documento asseverou que todos os homens têm direito de escolher a sua religião. Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal. Chama-se O Decálogo da Serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz. 1ª primeiro Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez. 2ª segundo - Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo. 3ª terceiro - Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste. 4ª quarto - Hoje, apenas hoje, adaptar¬-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos. 5ª quinto - Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma. 6ª sexto - Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém. 7ª sétimo - Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba. 8ª oitavo - Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão. 9ª nono - Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo. 10ª décimo - Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor. De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade. * * *   O homem do futuro, que define as conquistas das virtudes nos esforços do presente, descobre o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Pense nisso! Mas, pense agora. Texto baseado na obra "O decálogo da serenidade", da Revista Reformador de agosto de 1996, ed. Feb.

07/12/2019 17:44 | DURAÇÃO 5:08

Criaturas Únicas

CRIATURAS ÚNICAS Um jovem procurou seu professor porque se sentia um inútil. Achava-se lerdo, não conseguia fazer nada bem. Desejava saber como poderia se melhorar e o que devia fazer para que o valorizassem. O professor, sem olha-lo, lhe disse: “sinto muito, mas antes de resolver o seu problema, preciso resolver o meu próprio. Talvez você possa me ajudar.” Tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao rapaz, recomendando: “vá até o mercado. Preciso vender este anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você consiga por ele o máximo, mas não aceite menos do que uma moeda de ouro.” O rapaz pegou o anel e foi oferece-lo aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, mas quando ele dizia o quanto pretendia por ele, desistiam. Quando ele mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele. Somente um velhinho muito amável lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para aquele anel. Abatido pelo fracasso, o rapaz retornou à presença do professor, dizendo que o máximo que lhe ofereceram foram duas ou três moedas de prata. Ouro, nem pensar! O dono do anel respondeu que seria importante, então, saber o valor exato do anel. Sugeriu que o jovem fosse ao joalheiro para uma correta avaliação. E fez outra recomendação: não importa o valor que lhe ofereçam, não venda este anel. O jovem foi, um tanto desanimado. O joalheiro, depois de examinar com uma lupa a jóia, pesou-a e lhe disse: “diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não posso lhe dar mais do que cinqüenta e oito moedas de ouro.” O rapaz teve um sobressalto: “cinqüenta e oito moedas de ouro?” “Sim”, retornou o joalheiro. “com tempo, eu poderia oferecer cerca de setenta moedas. Mas, se a venda é urgente...” O discípulo recusou a oferta e voltou correndo para dar a boa notícia ao professor. Depois de ouvi-lo, o professor falou: “sente-se, meu rapaz. Você é como este anel, uma jóia única e valiosa. Como toda jóia preciosa, somente pode ser avaliada por quem entende do assunto.” Por acaso você imaginou que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor?” Tomando o anel das mãos do rapaz, tornou a colocá-lo no dedo, completando: “todos somos como esta jóia: muito valiosos. No entanto, andamos por todos os mercados davida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.” Pense: ninguém pode nos fazer sentir inferiores, sem nosso consentimento.” *** A divindade não se repete. Cada criatura sua é única, é especial e valiosa. Por isso existe na terra a diversidade das cores, dos tamanhos, das formas. E você também é uma dessas criaturas especiais, por mais que se julgue destituída de valor. Você pode não ser o maior intelecto do mundo, mas se tem disposição para o estudo, pode adquirir muitos conhecimentos. Você pode não ser a pessoa mais bondosa da face da Terra, mas com vontade pode se exercitar todos os dias para se tornar mais paciente, mais caridoso e mais gentil. Você, enfim, pode não ser o melhor, mas é peça valiosa no concerto da vida, porque foi criado por Deus, que ama a todos e a cada um, de uma forma particular e especial. Pense: não há ninguém neste imenso universo de Deus, igual a você!

06/12/2019 17:42 | DURAÇÃO 4:28

Tempo e Oportunidade

TEMPO E OPORTUNIDADE Troca-se um relógio com tempo rápido, por um relógio de horas longas. Para olhar a natureza, e apreciar os pássaros. Troca-se um dia apavorado, preso, rápido, por um dia solto, leve e comprido. Para brincar e aproveitar a vida. O poema singelo é de uma jovem estudante, de alguém que, mesmo em tenra idade, descobriu que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos. Nenhum dia é igual ao outro na natureza. Eles não se repetem, são únicos. O homem é que os torna iguais, repetitivos, cansativos, quando simplesmente se esquece de dirigir a sua vida e permite que a vida o carregue. É certo que o mundo moderno nos exige muito para acompanhá-lo, para estar em sintonia com tudo de novo que surge, mas poderíamos questionar: precisamos realmente de tudo isso? Precisamos deixar que o trabalho nos escravize, que ocupe grande parte de nosso tempo, de nossas forças? Precisamos estar sempre pensando na competição, em ser melhores do que os outros, em estar na frente das outras ideias, em estar sempre na vanguarda de tudo? Será preciso acompanhar os modismos, as novidades das mídias, para nos sentirmos bem? Se fizermos uma análise profunda, veremos que não, que não precisamos de muito do que temos, de muito do que dizem que devemos ter para construir uma vida agradável e feliz. Para quem raciocina que tempo é dinheiro, talvez olhar a natureza seja perda de tempo, mas para quem já aprendeu a ver que tempo é oportunidade, descobrirá que apreciar os pássaros, passar mais tempo com a família, ouvir uma boa música, ler um bom livro, são oportunidades da vida bem aproveitadas. Um pai, ou uma mãe que tomem a resolução de abrir mão de um sucesso maior na profissão, por acreditarem que necessitam estar mais próximos dos filhos, com certeza se sentirão mais realizados do que aqueles que lutam incansavelmente para dar tudo à família, e esquecem que a sua presença, a sua atenção, o seu tempo, é o que de mais valioso podem dar a eles. Esta existência é uma oportunidade única, e é chegado o momento de despertar para os verdadeiros objetivos que devemos ter aqui. É chegado o instante de redescobrir o tempo e a sua utilidade. Que tal pensarmos: quando foi a última vez que dedicamos o dia para estar com os nossos afetos? Quando foi a última vez que conseguimos nos desligar dos problemas profissionais, para nos ocuparmos com atividades filantrópicas? Quando foi a última vez que paramos para ouvir, de corpo e alma uma música, deixando-nos penetrar pela harmonia? Quando foi a última vez que lemos um livro nobre, uma página edificante? Quando foi a última vez que lembramos que somos um Espírito imortal, e que nada levaremos deste mundo além das nossas conquistas morais? Pensemos nisso. Texto com base em poema de Aline Bescrovaine Pereira, da coletânea Palavra viva, do Colégio Positivo, ano 1998.

05/12/2019 17:10 | DURAÇÃO 3:58

Amar a Vida

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04/12/2019 11:47 | DURAÇÃO 4:30

A Perda Gera Descobertas

A PERDA GERA DESCOBERTAS A rotina, as discussões, a mágoa, a vaidade, o orgulho, o egoísmo, a insensatez – essas coisas, às vezes, nos cegam à verdadeira importância que determinada pessoa tem para nós. Quem está sempre perto – por vezes cobrando, chamando a atenção, discordando e, de certa forma, colocando-se à mercê de nosso julgamento – perde seu valor justamente por isso: por estar sempre ali, ao alcance da mão. Porém, a importância de alguém para ti, não a podes avaliar na presença. Porque, na presença, bem provavelmente te iludas de que esse alguém é dispensável e até tua vida sem essa pessoa talvez fosse melhor. O verdadeiro valor de alguém em tua vida, só o podes avaliar na ausência: é normalmente quando aperta a saudade que aquele monte de defeitos, antes intolerável, assume sua real dimensão. E, estranho... Começas a te lembrar de qualidades que já tinhas até esquecido! Talvez quando a distância for uma realidade, percebas que aquele que te parecia dispensável passou a te fazer falta como se uma parte de teu corpo tivesse sido amputada. Se tens alguém que te quer bem, não embarques na tolice de esperar o leite derramar para, então, verter lágrimas inúteis. Afasta o cisco do olho que te faz enxergar só os defeitos e te cega às qualidades do outro. Em vez de valorizar encantos transitórios e superficiais, aprende a reconhecer a importância do companheirismo e do afeto: na hora do sufoco e da solidão, é disso que a gente sente falta. Por que provocares o castigo da distância, quando é tão mais fácil reconheceres o valor de quem te ama? Acorda, sufocando o egoísmo e oferecendo ao outro o que tens de bom, em vez de ficares só criticando, só exigindo, só esperando para ti. Pois haverá um momento de tua vida em que nada, nada exceto o amor – mesmo cego e coxo – só o verdadeiro amor poderá saciar tua fome e preencher o vazio de teu coração...

03/12/2019 11:46 | DURAÇÃO 2:47

Créditos de Vida

CRÉDITOS DE VIDA Jamais esqueça seus sonhos, eles serão o motor da sua existência, eles serão o gosto e o odor das suas manhãs." "A dúvida e a escolha que o acompanham são as duas forças que fazem vibrar as cordas das nossas emoções. Lembre-se sempre de que a única que conta é a harmonia dessa vibração." "Todos os começos das manhãs são silenciosos, mas só alguns silêncios são sinônimos de ausência, outros, ás vezes, são ricos de cumplicidade." "Nada é impossível, só os limites de nossas mentes definem certas coisas como inconcebíveis. Muitas vezes é preciso resolver muitas equações para admitir um novo raciocínio. É uma questão de tempo e de limites do nosso cérebro. Transplantar um coração, fazer voar um avião de 350 toneladas, andar na Lua deve ter dado muito trabalho, mas foi preciso, sobretudo, de imaginação. Então, quando nossos sábios, tão sábios, declaram impossível transplantar um cérebro, viajar à velocidade da luz, clonar um ser humano, digo a mim mesmo que, afinal, não aprenderam nada sobre seus próprios limites, deve-se pensar que tudo é possível e que é uma questão de tempo, o tempo de compreender como é possível." "Todas as manhãs, ao acordar, recebemos um crédito de 86.400 segundos de vida para aquele dia, e quando vamos dormir à noite não há transporte dessa quantia. O que não foi vivido naquele dia está perdido, o ontem acabou de passar. Todas as manhãs essa magia recomeça, ganhamos um novo crédito de 86.400 segundos de vida e essa regra do jogo é incontornável: o banco pode fechar nossa conta a qualquer momento, sem nenhum aviso prévio; a qualquer momento a vida pode ser interrompida. E o que fazemos com nossos 86.400 segundos cotidianos?" "Sempre gostei muito da noite, por causa do silêncio das silhuetas sem sombra, dos olhares que não cruzamos durante o dia. Como se dois mundos compartilhassem a cidade sem se conhecer, sem imaginar a reciprocidade da existência do outro." "Identificar a felicidade quando ela está a seus pés, ter a coragem e a determinação de se abaixar para pegá-la... E para mantê-la. Essa é a inteligência do coração." "Acredito que o cotidiano é a fonte da cumplicidade, é aí que, em vez de hábitos, podemos inventar “o luxo e o banal”, o incomensurável e o comum." "- Não pertenço a um sistema, sempre lutei contra isso. Vejo as pessoas de quem gosto, vou aonde quero ir, leio um livro porque ele me atrai e não porque ele “deve ser lido”, e toda a minha vida é assim." "Já que não se pode viver tudo, o importante é viver o essencial, e cada um de nós tem o “seu essencial.” "Acredite que a coisa de que o homem tem menos consciência é da própria vida." "Você quer entender o que é um ano de vida: pergunte a um estudante que acabou de ser reprovado no exame de fim de ano. Um mês de vida: fale com a mãe que acabou de dar à luz um filho prematuro e que está esperando que ele saia da incubadora para segurar o bebê nos braços, são e salvo. Uma semana: pergunte a um homem que trabalha numa fábrica ou numa mina para alimentar a família. Um dia: pergunte a duas pessoas loucamente apaixonadas que estão esperando para se encontrar. Uma hora: pergunte a um claustrófobo, preso num elevador quebrado. Um segundo: olhe a expressão de um homem que acabou de escapar de um acidente de carro, e um milésimo de segundo: pergunte ao atleta que acabou de ganhar a medalha de prata nas Olimpiadas e não a medalha de ouro pela qual treinou durante toda a sua vida."

02/12/2019 16:30 | DURAÇÃO 4:45

Fanatismo e Tolerância

FANATISMO E TOLERÂNCIA É natural que nas nossas escolhas, nas nossas andanças, encontremos essa ou aquela filosofia de vida que mais nos pareça adequada. É compreensível que a escolha religiosa de cada um de nós tenha um caráter próprio e pessoal, que mais concorde com nossa visão de mundo e de um Deus...ou mesmo que não se acredite em um criador. Assim também escolhemos o partido político, o time de futebol, o esporte preferido para praticar, o hobby para os momentos de lazer, que nos pareça o melhor, e que tenha mais significado para nós. Como temos histórias de vida diferentes, percepções de mundo, valores, capacidades intelectuais e emocionais muito pessoais e individualizadas, cada um de nós faz suas escolhas externas em coerência com aquilo que já conquistou intimamente. Dessa forma, mesmo que não concordemos com a opção de vida de outrem, mesmo que tal ou qual situação jamais possa ser nossa escolha, para alguém isso pode ser o melhor. Portanto, compreender que não serão todos que aceitarão a nossa religião como a melhor, que verão nossa profissão como a mais acertada escolha ou que conseguirão entender nossas opções, tudo isso faz parte da vida. Todas as vezes que tentarmos forçar alguém a pensar como nós, entraremos em campo perigoso. Quando somos intolerantes com as opções distintas das nossas, quando não vemos com naturalidade outros caminhos trilhados por tantos, estamos demonstrando nossa inflexibilidade com a diversidade do pensar e do agir alheios. O próximo passo, seguido à intolerância, será certamente o do fanatismo. Quando não conseguimos aceitar as opções alheias, não conseguimos ver outros caminhos para trilhar, tendemos a impor nossas escolhas como a única verdade e a única opção lícita e saudável. Seremos aqueles que tentaremos impor nossa religião, nossa filosofia de vida, nosso esporte ou nosso hobby aos que nos cercam, para que eles se convençam da nossa certeza, esquecendo-nos de que ela é nossa e de mais ninguém. Disso concluímos que não nos cabe impor a ninguém nossa crença, seja religiosa, seja de vida, ou de qualquer matiz. * * * Se convidados a opinar sobre o que seja, que possamos expor nosso ponto de vista com naturalidade e tranquilidade, mas sem pretensão ou arrogância, como se o nosso caminho fosse o único que conduz para a felicidade, para o bem-estar. Quando temos necessidade de impor o que pensamos, mostramos não só a fragilidade e incertezas que carregamos, como a necessidade constante de auto afirmar nossas crenças. Numa sociedade tão diversificada como a nossa, pratiquemos a tolerância e a compreensão para com o próximo. Mesmo as opções errôneas que o outro, porventura, tenha feito, serão lições preciosas para seu aprendizado, que talvez não ocorressem se não fosse de tal maneira. Permitamos a cada um a liberdade do pensar e do agir, fazendo, de nossa parte, as opções que nos levem à felicidade, à paz e à consciência tranquila.

30/11/2019 16:14 | DURAÇÃO 4:03

Importante Lição

IMPORTANTE LIÇÃO Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de dez anos entrou numa lanchonete e se sentou a uma mesa. Uma garçonete colocou um copo d'água na frente dele. Quanto custa um sundae? Ele perguntou. Cincoenta centavos, respondeu a garçonete. O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las. Bem, quanto custa o sorvete simples? Perguntou outra vez. A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa. A garçonete foi se irritando. De maneira brusca, respondeu: Trinta e cinco centavos. O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: Eu vou querer, então, o sorvete simples. Depressa, a moça trouxe o sorvete simples e a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu. Quando a garçonete voltou e começou a limpar a mesa, não pôde deixar de chorar. Ali, do lado do prato, havia duas moedas de cinco centavos e cinco moedas de um centavo. Ou seja, o menino não pôde pedir o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete. * * * Ser grato aos que nos servem é um dever tanto quanto servir com alegria. Quem serve, deve mostrar gratidão pela oportunidade do trabalho. Quem é servido deve demonstrar gratidão pelo serviço do outro, de que necessita. Afinal, todos somos, na Terra, dependentes uns dos outros. Já imaginou em que se transformaria o panorama do mundo sem a contribuição de faxineiros, pedreiros, carpinteiros, jardineiros? O que seria do hospital, com médicos, enfermeiras e gente especializada nos laboratórios, se faltasse a faxina para garantir a limpeza? Como poderia garantir a qualidade dos seus pães e doces, o padeiro, sem o concurso do produtor que lhe entregasse a farinha de boa qualidade? De que valeria o trabalho muito bem pensado e estruturado de engenheiros e arquitetos, se faltasse a preciosa mão de obra de serventes e carpinteiros? Em todo lugar, sempre, dependemos uns dos outros. O que abre a loja e expõe a mercadoria, necessita do cliente que observe, goste e compre. Clientes e vendedores, patrões e empregados, superiores e subordinados, necessitamos e muito uns dos outros. Não podemos sobreviver, muito menos viver uns sem os outros. Por isso, a melhor técnica é nos unir, dar as mãos, valorizarmo-nos uns aos outros e sermos gratos pela oportunidade de servir e receber serviços. * * * O comércio é também uma escola de fraternidade. Realmente, precisamos da atenção do vendedor, mas o vendedor espera de nós a mesma atitude. Sempre que nos sintamos no direito de reclamar, não façamos do nosso verbo um instrumento de agressão. Por vezes, a pessoa mal-humorada, em seus contatos públicos, carrega um pesado fardo de inquietação e doença. Acostumemo-nos a pedir por favor aos que trabalham em repartições, armazéns, lojas, lanchonetes e hotéis. Antes de serem empregados à disposição de clientes, são seres humanos que sentem alegria, dor, têm seus problemas e esperam compreensão dos demais seres humanos. Com base em história de autoria ignorada e no cap. 11 do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.

29/11/2019 16:17 | DURAÇÃO 4:16

Câncer Moral

CÂNCER MORAL Caro ouvinte, você se considera uma pessoa mal humorada? Talvez os que tenhamos problemas com variações constantes de humor não reconheçamos, assim, com tanta facilidade. Mas, se você perceber que vez ou outra é atacado por uma crise de mau humor, vale a pena refletir sobre esta mensagem a seguir: O mau humor sistemático - vício de comportamento emocional gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral. Desconcertando a razão, provoca tendências negativas que devem ser combatidas, promovendo a maledicência e a indisposição de ânimo. Todos aqueles que o alimentam, transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico, dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo. Todas as criaturas têm o dever de trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as más inclinações. O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido. Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo. Muitas formas de cânceres têm sua gênese no comportamento moral insensato, nas atitudes mentais agressivas, nas rogativas emocionais enfermiças. O mau humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade imprudente. * * * Revista-se de equilíbrio ante os mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos. Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob a aprovação da vontade acomodada. Vigie as nascentes dos seus sentimentos e lute com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau humor. Conquiste o título de pacífico ou faça-se pacificador. * * * Quando você perceber que o mau humor está batendo à sua porta, pare e reflita. Respire fundo. Se possível, pare tudo o que esteja fazendo, e se permita cinco minutos de silêncio, de descanso, de solidão. Quando essa lente negativista quiser controlar seus atos e pensamentos, lembre-se das razões que tem para estar feliz! Lembre-se de tudo que está dando certo em sua vida. Entre em contato com a natureza. Leia uma mensagem otimista. Faça uma oração. Procure rir um pouco. O segredo pode estar na mudança dos pensamentos, da rotina, da sintonia. Quem cultiva o bom humor tem saúde abundante, tem amigos por perto e está sempre disposto a aprender. Quem cultiva o bom humor já vive a felicidade, mesmo não tendo consciência disso. Já pensou nisso? Se não, pense agora! Com base no cap. 12 da obra Receitas de paz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 23.07.2012.

28/11/2019 16:13 | DURAÇÃO 3:33

O incerto também tem seu encanto

Caro ouvinte, o que eu vou falar não deve ser confundido com descompromisso para com a vida...para com as nossas responsabilidades do dia a dia. Mas, se você, ao final desta mensagem, me achar um irresponsável...bem, não vou me preocupar com isso. Convenhamos ouvinte...são tantas as regras, tantas convenções que devemos seguir , tantos conhecimentos que devemos ter, que chega um momento que é preciso se desligar. Então, hoje eu pensei o seguinte: Se está ventando muito, não vou me agarrar ao primeiro cobertor que for ver na frente, aproveitarei o impulso e jogar alguns sentimentos antigos para serem levados pela direção do vento, junto com o teto se for preciso. Darei um tchauzinho e um grande aceno, pois já me serve mais. Aquele teto já estava aí há tanto tempo mesmo. Vou ter a experiência de morar debaixo das estrelas, acampando em meio ao nada e tendo apenas o balançar das folhas como paredes. Eu sou tarja preta...sim, confesso que sou. Mas, vou aprender a me acalmar e a respirar ao invés de suspirar. Confesso também que sou um caos sentimental. Mas, estou aprendendo a chover menos em copos d’água. Eu que vivi sempre estufado, sem espaço pra nada de tanto estar cheio de tudo, aprendi a abrir a válvula de escape e esvaziar um pouco. Que mal tem? Mal tem passar a vida com o coração acelerado pelos motivos errados. isso é um desperdício de hormônios. Acelera quando algo sai errado, acelera quando não te falam o que queria ouvir, acelera quando alguém vai embora, acelera quando não entendem o que você sente. Ah, pra quê se esforçar tanto, afinal? Se virou rotina se esforçar ao máximo para acalmar os batimentos, está mais que na hora de tomar uma dose do calmante mais forte já inventado. O santo soberano de qualquer medicamento à venda em farmácia, que não vem com bula, mas é tão fácil de usar que nem é preciso instruções: o nome desse remédio é “tempo”. Dê um tempo, tome um tempo, não culpe o tempo, sinta o tempo e recupere seu tempo O que não pode acontecer é ter tanto medo da vida, e se esconder atrás de tantas chaves. Pois, tudo passa. Eu já me enchi com tantos cadeados, mas pouco segundo depois já não lembrava mais o que estava guardando. Já corri tanto da solidão que quando percebi estava de mãos dadas com ela. Então, parei de correr. Joguei as fechaduras. Abri as janelas. E sorri com o vento. Se funciona? Dia sim, dia não. Mas passa, o dia bom passa, e o ruim também. A chuva é fase, por que eu não seria? O incerto também tem seu encanto. É verdade!! Juro que é. Pare... e pense nisso.

27/11/2019 14:51 | DURAÇÃO 3:33

Começando o dia

O homem acordou pela manhã e recordou-se de algo que lera em um livreto: Comece o dia na luz da oração. O amor de Deus nunca falha. E então decidiu orar: Senhor, hoje, até o momento, me comportei bem. Não fofoquei. Não me zanguei. Não fui ganancioso, mal-humorado, precipitado ou egoísta. Estou realmente satisfeito com isso. Mas, em poucos minutos, senhor, vou me levantar, e daí em diante, provavelmente vou precisar de muito mais ajuda. Obrigado. * * * Assim mesmo é a prece. Um diálogo franco com a Divindade, onde o ser expõe a própria alma. Não há necessidade de longas frases, nem de palavras ensaiadas. É o que a alma sente e deixa transbordar. Um pedido simples, mas profundo. Um pedido de quem reconhece que a necessidade maior reside em si mesmo, nas suas deficiências morais. Um exame de consciência e um pedido de socorro. A resposta é exatamente a fortaleza para vencer, a pouco e pouco, as dificuldades íntimas e ir vivendo melhor a cada dia, conquistando a paz. Devotando-se ao trabalho, sem se deter a observar defeitos alheios e muito menos a comentá-los, semeia-se tranquilidade no ambiente profissional. Não se permitindo envolver pelas teias do nervosismo, da inquietação, os problemas vão sendo solucionados um a um, na medida em que surjam. Sem desejar possuir em demasia, usufruir de todos os prazeres que os bens terrenos oferecem, o homem se entrega às lutas do cotidiano, sereno e confiante. Não se permitindo o mau humor por coisa nenhuma, por um contratempo no trânsito, um defeito mecânico no carro, um funcionário que não atende aos deveres, a criatura distribui serenidade onde se encontre. Sem precipitação, ouve o seu semelhante até o fim, antes de dar respostas que nem sempre atendem ao que o outro deseja. Deixando de lado o egoísmo, o homem se sente feliz em compartilhar o de que disponha e se torna uma pessoa amiga, prestativa. Compartilhar coisas pequenas, simples, como oferecer uma carona a um vizinho, emprestar um livro, indicar uma boa leitura. Compartilhar o que detenhamos inclui os valores intrínsecos do ser, que tem a ver com a vida e os seus objetivos. Portanto, compartilhemos a nossa certeza da existência de Deus, da imortalidade da alma com aqueles que se debatem no mundo, sem fé, sem rumo, sem objetivos. E guardemos a certeza de que ,se assim rogarmos a Deus que nos ajude, Ele estará conosco, auxiliando-nos nessas pequenas grandes autoconquistas diárias, que somente redundarão em felicidade para nós mesmos. * * * Cada dia é um presente especial que Deus concede aos homens. Cada dia é de tal forma único, que nunca se repete. Observemos como o sol rompe a treva da noite, trazendo a manhã radiante, sempre com um novo colorido. As flores de ontem não estão exatamente iguais hoje. As gotas da chuva que caem em abundância não são aquelas que rolaram em dias anteriores. Tudo é novo a cada dia. Essa é a grande mensagem de Deus para os homens: a renovação da oportunidade de crescer, melhorar-se e ser feliz.

26/11/2019 14:49 | DURAÇÃO 4:21

Indagações

INDAGAÇÕES Você acredita na vitória do bem, sem que nos disponhamos a trabalhar para isso? Admite você a sua capacidade de errar a fim de aprender ou, acaso, se julga infalível? Se estamos positivamente ao lado do bem, que estamos aguardando para cooperar em benefício dos outros? Nas horas de crise você se coloca no lugar da pessoa em dificuldade? E se a criatura enganada pela sombra fosse um de nós? Se você diz que não perdoa a quem lhe ofende, porventura crê que amanhã não precisará do perdão de alguém? Você está ajudando a extinguir os males do caminho ou está agravando esses males com atitudes ou palavras inoportunas? Irritação ou amargura, algum dia, terão rendido paz ou felicidade para você? Que mais lhe atrai na convivência com o próximo: a carranca negativa ou o sorriso de animação? Que importa o julgamento menos feliz dos outros a seu respeito, se você traz a consciência tranquila? É possível que determinados companheiros nos incomodem presentemente, no entanto, será que temos vivido, até agora, sem incomodar a ninguém? Você acredita que alguém pode achar a felicidade admitindo-se infeliz? * * * É necessário refletir diariamente sobre o que queremos para nossa vida realmente. É necessário pensar diariamente sobre o Universo e suas leis perfeitas, colocando-nos no lugar certo, na hora certa, ao lado das pessoas que precisam de nós. Olhemos ao nosso redor: tudo está onde deveria estar. E nós? Como estamos? Conseguimos perceber isso? Conseguimos extrair disso forças para enfrentar os desafios? Conseguimos entender que tudo é um grande processo de aprendizado? Não somos um acidente de percurso, como pode até nos ter sido dito, mencionando uma possível gravidez inesperada. Assim, não gastemos nosso tempo com futilidades. Não nos afastemos dos caminhos que nos levam adiante. Não abdiquemos das oportunidades que a vida nos dá para entender melhor as questões importantes para nosso desenvolvimento. Pensemos antes de agir. Repensemos antes de reagir. Peçamos ajuda antes de tomar decisões importantes. Indaguemo-nos. Autoconheçamo-nos. Não aceitemos verdades sem antes uma análise minuciosa. As respostas sempre virão para os que realmente estamos interessados em nos melhorarmos; para os que não pensamos apenas em nós mesmos, egoisticamente; para aqueles que vivemos o amor e queremos aprender mais sobre ele. Texto baseado no cap. 35, do livro "Sinal verde", pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Comunhão Espírita Cristã.

25/11/2019 11:06 | DURAÇÃO 3:23

Pais Brilhantes

É bastante comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando suas precárias condições de vida. Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que circunstâncias negativas as fizeram agredir o seu semelhante ou suas propriedades. Filhos agridem pais porque eles não lhes deram o que pediram, no momento exato em que o fizeram. Irmãos que mentem, enganam para ter um quinhão maior em heranças, não se importando em que condições ficarão os demais irmãos. Viktor Frankl, um judeu vienense, que foi prisioneiro dos alemães, durante a segunda guerra mundial, escreveu: Nós que vivemos em campos de concentração podemos lembrar dos homens que andavam pelos alojamentos confortando os outros, distribuindo seus últimos pedaços de pão. Talvez eles tenham sido poucos. Mas são prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um homem. Menos uma coisa, a última das liberdades humanas – escolher que atitude tomar em quaisquer circunstâncias, escolher o seu próprio caminho. Portanto, escolher o bem ou o mal compete a cada um. O que nos falta, sim, é uma melhor educação. Não essa educação que se aprende nos livros. Mas aquela que tem a ver com a formação do caráter da criatura. E para isso precisamos urgentemente, de pais conscientes que ensinem verdadeiros valores a seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prêmio ou compensação. Pais que tenham coragem de falar aos seus filhos sobre os dias mais tristes das suas vidas. Que tenham a ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado e como as conseguiram vencer. Pais que não desejem dar o mundo aos seus filhos, mas que queiram sim lhes abrir o livro da vida. Pais presentes que desenvolvam em seus filhos: auto-estima, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, filtrar estímulos estressantes, dialogar e ouvir. Pais que tenham tempo, mesmo que o tempo seja muito curto. Pais que joguem menos golfe, futebol e se sentem para conversar com os filhos, descobrindo-lhes o mundo íntimo. Pais que não se preocupem somente com festas de aniversário, tênis, roupas, produtos eletrônicos. Mas que também se preocupem em dialogar. Pais que sabem que não devem atender todos os desejos dos seus filhos, pois isso os tornará fracos, dependentes. Pais que dêem algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu amor, as suas experiências, as suas lágrimas e o seu tempo. Em suma: um autêntico processo de educação, em que o filho aprende que amar é o maior dos tesouros. E não haverá de se tornar infeliz somente porque não tem a roupa de griffe, ou não conseguiu viajar ao exterior nas férias. Será alguém que se preocupa não somente consigo mesmo, mas com o seu semelhante. Alguém que reconhecerá a grande diferença entre ter coisas e ser uma pessoa útil à comunidade, um cidadão honrado, um homem de bem. *** É possível que você diga que trabalha muito e não tem tempo. Contudo, faça do pouco tempo disponível, grandes momentos de convívio com seus filhos. Role no tapete, faça poesias. Brinque, sorria. Conheça-os e permita que eles o conheçam. Lembre-se, por fim: seus filhos não precisam de um super-homem, de um executivo bem sucedido, de um empresário muito rico. Para eles não importa se você é médico, professor, administrador de empresa, copeiro, enfermeiro. Importa, sim, o ser humano que você é e que os ensinará a ser. Texto baseado no cap. 1 do livro "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", de Augusto Cury e do cap. "Obstáculos", do livro "Histórias para Aquecer o Coração" – edição de ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ambos da ed. Sextante.

23/11/2019 11:05 | DURAÇÃO 4:51

Acostumados Demais

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22/11/2019 11:03 | DURAÇÃO 3:14

Hábito

O hábito é o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina. A maioria de nós que estamos na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral. Há a tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles. Por conta disso, exagera-se nas necessidades e se aparta da simplicidade com que seria fácil viver em paz. Porque são muitas as pretensas necessidades, ergue-se todo um sistema defensivo em torno delas. Para assegurar o que entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel. Dando vazão ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo. Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia. Por não refletir detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo. Aprisiona-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar. Não é lícito desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no espaço e no tempo e conquista os recursos que lhe enobrecem a vida. Contudo, a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de que o ser se liberte de fórmulas inferiores. . Ainda hoje, no mundo, a justiça cheira a vingança e o amor tem laivos de egoísmo. Tal se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios. Entretanto, a ciência da vida que jamais se esgota precisa induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes. Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo. Para isso, nada melhor do que se habituar a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias. A automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção. Pense nisso. Texto baseado no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

21/11/2019 11:01 | DURAÇÃO 2:48

Combatendo o Preconceito

Quando Gandhi trabalhava pela independência da Índia, empenhou-se também em combater uma questão interna: o preconceito de castas. Tradição milenar que divide a sociedade indiana em religiosos, guerreiros, agricultores, comerciantes e servos, as castas até hoje persistem. Na base da pirâmide social, uma categoria desprezada: os párias. Sem casta, os párias são considerados impuros e acredita-se que quem os toca fica impuro também. Por isso são chamados intocáveis. Mas Gandhi, ao estudar profundamente os ensinos de Krishna, aprendeu que Deus não faz diferença entre Seus filhos. Ele compreendeu que o sistema de castas havia sido modificado pelos homens, que o usaram para fins de dominação política e social. E foi assim que Gandhi passou a combater o preconceito contra os párias, que ele chamava harijans, palavra que significa filhos de Deus. Estava certo Gandhi. Os preconceitos que carregamos são parte de um contexto social e cultural que devemos combater. À medida que a Humanidade progride, os preconceitos vão perdendo espaço. A ciência vai demonstrando que certas teorias não têm validade e aos poucos vamos expurgando práticas vergonhosas. Vejamos, por exemplo, o preconceito racial. Ele é decorrente de uma visão que data da época da colonização. Os europeus se achavam superiores aos povos indígenas ou africanos. É uma tese absurda que o tempo se encarregou de derrubar. Sim, pois quando se ofereceu oportunidade, negros e índios mostraram tanta capacidade intelecto-moral quanto os demais. Nunca é demais lembrar que – mesmo na época do mais rigoroso preconceito racial no Brasil – houve quem triunfasse. É o caso do maior escritor brasileiro de todos os tempos: Machado de Assis. Filho de uma ex escrava, que trabalhava como lavadeira, ele trabalhava durante o dia e estudava à noite, sob a luz de um lampião. Demonstrou que o talento e o esforço vencem o preconceito, por mais forte que seja. Hoje, por mais que se combata o preconceito, muitas vezes ele ainda aparece inesperadamente. É porque estava apenas oculto, escondido sob o verniz social. É assim na questão dos homossexuais. Os preconceitos contra eles se manifestam de forma agressiva. Eles são ridicularizados, alvo de piadas e até de violência. Muitos são espancados e assassinados. Será que já conseguimos ver todos os demais seres humanos como irmãos que também amam, sofrem e querem ser felizes? Será que ainda é preciso ter uma data, pra se conscientizar do quanto o preconceito é sinal de barbarismo e ignorância? Pense Nisso, mas pense agora. Texto baseado no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.

20/11/2019 10:59 | DURAÇÃO 3:29

A dureza da vida

Sim, a vida é dura. Em tempos de supervalorização da literatura de autoajuda, em que se acredita que pensamento positivo resolve tudo e temos que agradecer simplesmente por estarmos vivos, é complicado admitir para si mesmo e para os outros que a vida é dura. Esta mensagem se destina a quem tem senso de realidade e não teme olhar para as próprias feridas. Esta mensagem se destina a quem não teme reconhecer que a vida poderia ser trocentas vezes melhor e que mesmo quando estamos bem e felizes, a vida é dura , incerta , cheia de perigos e possibilidades assustadoras. Como diz Cazuza, em uma das suas musicas, “a vida é bem mais perigosa que a morte”. Sim, existem as possibilidades agradáveis também. Viver é estar super feliz de manhã porque tivemos uma noite incrível e logo à tarde nos deparar com uma notícia péssima. Viver é estar se debulhando em lágrimas para logo em seguida ser invadido por um pensamento redentor que na salva da tristeza e desespero. Viver é estar feliz com o seu trabalho, e saber que você está desempenhando de forma eficaz e com paixão as suas tarefas, e logo em seguida, o seu chefe lhe entregar uma carta de advertência por um pequeno deslize seu. Viver é alternar estados de espírito. É passar pelo pior e pelo melhor, às vezes, numa única semana, num único dia. É ganhar e ficar com medo de perder. É perder e se sentir apaticamente tranquilo por saber que não há mais nada a perder. Viver é saber que depois dos cinquenta anos, você tem mais passado que futuro, e mesmo assim, fazer projetos para o futuro e manter o seu bom animo e otimismo. Viver é lutar diariamente. Pela sobrevivência material. Pelo amor próprio. Pelo amor da pessoa amada. E quando estamos bem de dinheiro, estamos mal no amor. E quando estamos bem no amor, estamos mal de dinheiro. E quando temos dinheiro suficiente para viver e temos a alegria do amor, nos falta saúde ou nos falta qualquer coisa que nem sabíamos que era importante para a gente quando a tínhamos. Sim, sempre uma das teclas do piano está quebrada. Sempre estamos em conflito em relação a algum tema ou à alguma pessoa ou a nós mesmos. Ou é o presente que não está bom. Ou é o futuro que nos amedronta. Ou é o passado que vem tomar com a gente um café adoçado com fel. Sofremos pelo o que aconteceu e por aquilo que também poderia ter acontecido e não aconteceu e nós queríamos que acontecesse. Sofremos até mesmo por aquilo que não aconteceu e não queríamos realmente que acontecesse. Os ufanistas acharão esta mensagem profundamente pessimista. Mas o objetivo não é fazer ninguém se deitar em posição fetal. Pelo contrário. É mostrar que a vida é isso mesmo e que se você está se sentindo confuso, triste ou sem saber o que pensar ou como agir diante de uma situação complicada, não há nada de errado com você. É isso mesmo. Esta é a vida: caótica, linda e implacável. Não se sinta culpado se fosse não consegue ser essa pessoa que os “bam bam bans” de palestras de auto ajuda pedem pra você ser. São os :“12 passos para ser um vencedor”, os “vencendo desafios e conquistando a felicidade”, os “high performance” ...que você acaba se achando um zero a esquerda. Depois de anos nos maltratando, exigindo façanhas impossíveis, melhorar a autoestima parece ser mais uma daquelas metas absurdas e no final das contas, acabar nos causando mais sofrimento. O caso é que a auto estima virou o novo produto da moda. Estão aparecendo cursos voltados pro esse assunto, reportagens na TV, matérias em revistas, Facebook...cujo intuito é vender mais um produto. A vida não tem uma formula concreta. A vida não é um manual de instrução. A vida é, apesar de tudo, um hino de louvor á você mesmo. Viva A vida. Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Com base na mensagem “é preciso sobreviver à dureza da vida “de Silvia Marques .Em 01.09.2016.

19/11/2019 17:30 | DURAÇÃO 5:00

Nossa Herança

Qual a mãe que não gosta de ver seus filhos bem- vestidos? Qual o pai que não deseja dar aos filhos os melhores presentes, vê-los estudando nos melhores colégios, quem sabe na faculdade...? Mas, num mundo em que apenas sobreviver já é um desafio, pode parecer pretensão demais sonhar com coisas assim. Tudo custa dinheiro: bons brinquedos, boas roupas, boas escolas. Temos então de nos contentar em dar a eles apenas aquilo que está a nosso alcance: brinquedos baratos, roupinhas modestas, escolas da rede pública. Então pensamos: ah, o dinheiro... sempre o dinheiro! Pela falta do bendito dinheiro é que muitos jovens descambam para a droga, o crime, a delinquência. Como esperar que nossos filhos se tornem bem-sucedidos, pessoas de bem, se já começam a vida assim, em desvantagem? Certos adolescentes, inclusive, chegam a justificar sua rebeldia pela situação financeira precária da família. Afinal, é duro ver os outros tendo tudo o que querem, e a gente sem nada. Os pais, então, sentindo-se culpados, acabam convencidos de que tudo o que as crianças fazem de errado se deve à revolta gerada pela pobreza. Mas aí abrimos o jornal, e as manchetes nos deixam confusos: “Estudante de Medicina invade cinema e mata 5! Esposa de advogado famoso arquiteta morte do marido! Gangue formada por filhos de empresários ataca e mata menino de 15 anos! Jovem engenheiro planeja e executa sequestro do próprio pai!” Como explicar essas aberrações? Seus protagonistas são, todos, pessoas cultas, bem situadas na vida. Nenhum deles estava desesperado por dívidas impagáveis, com o aluguel atrasado, ou mesmo passando fome. Como, então, entender o comportamento dessa gente? Afinal, não se apregoa tanto que é o desespero, a necessidade extrema, o que induz as pessoas ao crime? O fato é que às vezes valorizamos demais as condições materiais de uma pessoa, na tentativa de justificar suas atitudes. Acreditamos que o dinheiro seja a resposta para tudo, a solução de todos os problemas, e a sua falta, origem de todos os desvios da conduta humana. Mas a verdade é que, embora o dinheiro possa proporcionar conforto e facilitar a vida, jamais deu caráter a ninguém. O mundo está cheio de pessoas sofridas, que passaram a vida toda lutando para sobreviver, mas que nem por isso se tornaram más, revoltadas ou desonestas. E também está cheio de criaturas insensíveis, que, embora tendo nascido em berço de ouro, não hesitam em cometer as maiores perversidades contra o semelhante. Uma coisa é certa: se algo faltou a essa gente, por certo não foi dinheiro ou escola. Acontece que caráter não se compra, nem se aprende no colégio. A maior herança que podemos legar a um filho talvez não seja o dinheiro, nem carros ou apartamentos, nem mesmo o estudo — mas o amor e o exemplo. O ambiente em que nasce e cresce é tudo na formação do caráter de uma criança. Se ela se sente amada, jamais vai ter medo do mundo, nem se esconder da vida. Se aprende desde cedo a respeitar o semelhante, se lhe é ensinado que seus direitos terminam no ponto em que os direitos do outro começam, jamais pensará em enganar, roubar ou ferir ninguém, por mais pobre que seja, por maiores que sejam as dificuldades que enfrenta. Aliás, há uma certa Maria na história da humanidade que nunca teve dinheiro para proporcionar conforto material a seu único filho — mas nem isso impediu que Ele se tornasse o maior homem de todos os tempos... Redação do Pense Nisso. Em 18.4.2014

18/11/2019 08:00 | DURAÇÃO 4:34

Fixação Mental

FIXAÇÃO MENTAL Você já teve a sensação de que não fechou a porta, não desligou o ferro elétrico, não travou o carro, não apagou a luz? Essas situações surgem, pondo em dúvida o que, há poucos minutos, tínhamos como uma certeza. Se nós nos deixamos atormentar por tais idéias, elas passam a fazer parte do nosso cotidiano, transformando-se em neuroses que, em escala maior, causam-nos prejuízos. É a chamada idéia fixa, fixação mental ou monoidéia. Nessa mesma linha de raciocínio, os sentimentos de ciúme, de inveja, o fanatismo político, religioso e esportivo, considerados os graus de intensidade, podem causar danos à nossa economia espiritual. Causados por essas idéias fixas, surgem as ansiedades, os medos, as inseguranças, as mágoas guardadas, entre outros males. Quando agasalhamos esses sentimentos em nossa intimidade, de maneira a nos deixar atormentar por eles, a tal ponto que se constituam em idéia fixa ou monoidéia, poderemos gerar desequilíbrios e perturbações de difícil remoção. Se percebermos as insinuações dessas idéias negativas tentando instalação em nossas mentes, envidemos esforços para expulsá-las imediatamente. Empreguemos a vontade firme, a iniciativa, a perseverança nos bons propósitos, a fé e a paciência, como verdadeiros antídotos para expulsar essas idéias perniciosas. A transformação moral, a ação no bem, os nobres ideais do sentimento, da arte, da cultura, são medidas eficientes na prevenção de idéias indesejáveis. Se, por vezes, nos encontramos enredados nas teias de circunstâncias perturbadoras, façamos uma análise dos pensamentos que alimentamos, pois neles estão a causa desses desequilíbrios. Portanto, manter a mente e as mãos ocupadas no trabalho nobre são medidas profiláticas, que nos fortalecem espiritualmente, predispondo-nos à libertação definitiva dessas verdadeiras prisões mentais. Busquemos arejar a nossa mente com o otimismo, com leituras edificantes, permitindo-nos ser felizes tanto quanto se pode ser feliz sobre a Terra. Que a esperança seja o nosso grande tesouro e que nosso coração possa estar sempre balsamizado por suas luzes, iluminando-nos a alma e ajudando-nos a libertar-nos, em definitivo, das prisões mentais que tanto nos infelicitam. * * * Nos momentos em que nos permitimos fixações mentais desajustadas, Espíritos infelizes podem sugerir-nos idéias maléficas, aumentando nosso desequilíbrio. Nessas situações, podem incitar-nos o orgulho, a sede de vingança, o ciúme, as fobias, entre outros males. Portanto, vigiais! A vigilância sobre os pensamentos que emitimos, a fim de que possamos controlá-los, não nos permitindo cair em sugestões infelizes. Texto baseado no artigo "Fixação mental", de Orson Peter Carrara, da Revista Reformador, de setembro de 1996, ed. Feb. Em 18.03.2015.

16/11/2019 08:00 | DURAÇÃO 3:33

Brasil de Todos Nós

Brasil de todos nós Há de chegar um tempo em que o Brasil de todos nós será um país de paz. Um país onde não haja a miséria de recursos amoedados, nem a ignorância das letras. Onde todos trabalhem e haja trabalho para todos. Os que não necessitem dos valores salariais, trabalhem pelo bem geral, em voluntariado de amor. Há de chegar um tempo em que derrubaremos os muros dos quintais, não mais cultivando o medo. E abraçaremos o vizinho como um irmão. Um tempo onde as crianças voltem a correr pelos parques, nos dias de sol. Crianças que possam ir e vir das escolas, sozinhas ou em grupos, enchendo as ruas de risos, corridas, alegria. Ah, Brasil, como te desejo grande! Maior do que teu território. Um Brasil sem fronteiras internas, onde os filhos do Norte e os do Sul falem a mesma linguagem, a do bem. Onde os sotaques, os regionalismos sejam preservados, como essa diversidade sadia, característica do grande mundo de Deus. Mas onde o idioma único seja o da fraternidade. Irmãos do leste e do oeste trabalhando pela mesma grandeza da nação. Haverá de chegar um tempo, que pode ser já, se você e eu começarmos hoje a estender a mão ao vizinho e o saudar com um bom dia, amigo! Um tempo em que os estádios ficarão lotados com pessoas cujo objetivo é assistir um bom jogo de futebol. Um jogo onde o importante não será quem leve a taça, mas aquele que demonstre a mais apurada técnica, a melhor habilidade e a mais fina ética. Um tempo em que as salas de teatro se abram para todos, crianças, jovens, adultos, idosos para assistir o drama e a tragédia em elaboradas peças. Assistir o cômico, rindo com prazer. Também para ouvir a música dos imortais, o cancioneiro popular, as baladas do coração. Haverá de chegar um tempo em que música também se ouvirá nas praças, nos parques, nas estações de trem, nos terminais de ônibus. Então, em vez de ansiedade e preocupação, a alma se extasiará com a harmonia das notas, em escalas crescentes e decrescentes, com as melodias compostas com a mais delicada sensibilidade. Quisera que esse dia chegasse logo para não mais ver lágrimas de mães pranteando filhos prisioneiros, mas sim deixando escorrer o pranto da emoção pelas conquistas dos seus rebentos. Quisera que esse dia chegasse logo para ver mais sorrisos e menos dores; mais justiça e menos demagogia. Quisera que esse dia chegasse logo para, no dia da pátria, contemplar com emoção o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando suas cores, com especial destaque para o branco da paz. E, então, cantar o hino pátrio com todo vigor: Terra adorada, entre outras mil, És tu, Brasil, ó pátria amada! Dos filhos deste solo, és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Redação do Pense Nisso. Em 29.10.2017.

15/11/2019 08:00 | DURAÇÃO 3:57

Maneiras de ver as coisas

MANEIRAS DE VER AS COISAS Conta-se que uma indústria de calçados do Brasil desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e, em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes daquele país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos. Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu parecer: Senhores, tripliquem a quantidade de sapatos do projeto de exportação para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda. A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para o outro. Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase: Os tristes acham que o vento geme. Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta. Os derrotistas falam da crise como se o mundo fosse acabar por causa dela, mas os otimistas e empreendedores dizem o seguinte: Bendita crise que sacode o mundo e a minha vida. Bendita crise que está reciclando tudo. Bendita crise que faz o mundo se reestruturar. Bendita crise que traz a transformação. Bendita crise que traz a evolução e o progresso. Bendita crise que traz novos desafios. Bendita crise que me tira a ilusão de permanência. Bendita crise que me tira do marasmo. Bendita crise que me ensina o que é verdadeiramente importante. Bendita crise que me revela minha própria sabedoria. Bendita crise que dissolve meus apegos. Bendita crise que amplia minha visão. Bendita crise que me faz humilde. Bendita crise que me faz voltar a ter fé. Bendita crise que me faz dar mais importância à vida. Bendita crise que abre meu coração. Bendita crise que me mostra a luz. Bendita crise que me mostra outras oportunidades. Bendita crise que me traz de volta a confiança. Bendita crise que me traz de volta à minha essência. Bendita crise que me desperta o amor pela Humanidade. Bendita crise que é o ponto de mutação. Bendita crise que me abre novos horizontes... * * * E você, como tem encarado as situações difíceis ou as crises? Lembre-se que da sua maneira de ver as dificuldades dependerá a resolução ou o seu agravamento. * * * O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo dos seus próprios pensamentos e atos. A maneira como você encara a vida é que vai fazer a diferença. Pense nisso! Redação do Pense Nisso, com base em pensamentos de autoria ignorada. Em 15.8.2013.

14/11/2019 15:35 | DURAÇÃO 3:29

Empatia

EMPATIA Um ancião que estava para morrer procurou um jovem e narrou uma história de heroísmo: Durante a guerra, ajudou um homem a fugir. Deu-lhe abrigo, alimento e proteção. Quando já estavam chegando a um lugar seguro, esse homem decidiu traí-lo e entregá-lo ao inimigo. E como você escapou? – perguntou o jovem. Não escapei. Eu sou o outro, sou aquele que traiu. – diz o velho. Mas, ao contar esta história como se fosse o herói, posso compreender tudo o que ele fez por mim. * * * A sabedoria deste conto nos fala sobre a empatia, essa ação de nos colocarmos no lugar do outro, de procurar sentir o que o outro sente. A empatia nos torna menos orgulhosos e egoístas, pois faz com que pensemos não só em nossos pontos de vista, em como estamos nos sentindo, mas também na vida alheia, no que se passa no íntimo de alguém. Quando nos colocamos no lugar do outro, a compreensão se torna mais fácil de ser alcançada, e nossos corações se sentem mais aptos a perdoar. Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a oportunidade de acalmar a raiva e de evitar a vingança. Quando nos colocamos no lugar do outro, desenvolvemos a compaixão, e procuramos fazer algo para amenizar o sofrimento do próximo. Quando nos colocamos no lugar do outro, expandimos nossa capacidade de amar e de entender que precisamos viver em família para realizar nosso crescimento. Quando nos colocamos no lugar do outro, preparamos nossa intimidade para receber as sementes da humildade, descobrindo a verdade de que somos todos irmãos, e que precisamos uns dos outros para colher os bons frutos da felicidade futura. A empatia nos torna mais humanos, mais próximos da realidade do outro, de suas dificuldades e de seu caminho. Passamos a analisar a vida através de outros pontos de vista, de outros ângulos e, assim, nos tornamos mais sábios, mais maduros. O hábito de nos colocarmos no sentimento de alguém é um grande recurso de que dispomos para nossas conquistas espirituais elevadas. O coração que se isola, que vê somente o que seus olhos permitem e não partilha da vida de seu próximo, está estacionado nas trilhas do tempo. É chegado o momento das grandes modificações, das grandes revoluções no interior do homem, e a empatia aí está, como excelente agente de transformação moral. * * * Fazei aos homens tudo o que desejai que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. O médico das almas, jesus, sempre buscou mostrar os caminhos mais seguros para nossas vidas. Nesta máxima revolucionária e, ao mesmo tempo, simples, introduz na terra o conceito de empatia, de agir conforme aquilo que desejamos para nós mesmos. As verdades estão conosco. É tempo de instituí-las em nossos dias. Texto baseado no livro "Maktub", de Paulo Coelho, ed. Planeta e no item ii, do cap. Xi, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, ed. Feb. Em 18.6.2013.

13/11/2019 16:38 | DURAÇÃO 3:43