Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

A Culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser

A CULPA É MINHA E COLOCO EM QUEM EU QUISER. O título do Pense Nisso pode parecer irônico, mas tem sido o principal lema do nosso comportamento. Mesmo que inconscientemente, nós usamos desse jargão: ” A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser. ” Pare e pense: estamos dando muitas desculpas sobre os nossos erros e dos resultados que não conseguimos atingir? Se a resposta for afirmativa possivelmente estamos sofrendo de “desculpabilidade”. Isto é, sempre colocamos a responsabilidade dos nossos atos negativos em fatores externos, como trânsito, a crise, a falta de sorte, o governo, e é claro, nas pessoas. Como se esses fatores fossem os donos do nosso destino e não temos responsabilidade. Sempre damos desculpas pelos nossos “descaminhos”. Ouvindo histórias por aí, temos a impressão de que em muitas das nossas fantasias, não precisaríamos pedir desculpas. Muitos de nós cultivam secretamente delírios nos quais somos infalíveis, honrados, dignos, fortes. Ai, quando não encontramos uma desculpa pelos nossos erros, nós usamos de um expediente muito em moda nos dias atuais: a vitimização. Pensando nisso, seguem seis regras para que possamos conviver melhor com os nossos limites, buscar ampliar os nossos horizontes e fugir do “vitimísmo”. 1. Abaixe a guarda Em situações de trabalho, na família, ou em relacionamentos, pode ser importante se aproximar com as guardas baixas. Reconhecer o ponto de vista do outro, respirar e falar de coração. 2. Ouça A hora de falar virá. Mas, antes de qualquer coisa, é essencial ouvir. É desse processo que surgem as bases para o diálogo, para a conexão que pode permitir o surgimento de uma relação ainda mais madura do que a anterior ao erro. 3. Assuma responsabilidade, não se vitimize Todos nós já cometemos erros. Sem exceção. Isso não é motivo para sair agindo de maneira irresponsável e não ligar para as consequências dos próprios atos. Mas também não significa que devemos nos culpar e nos posicionar como vítimas. Seja claro e honesto. E lembre-se: o foco não é você. É o erro. 4. Não tente escapar do erro se explicando Não se explicar não é deixar a pessoa no escuro, sem informação alguma a respeito do que ocorreu. Errou, conte o que aconteceu. Explique a situação, mas não use isso como justificativa. Cuidado em usar o “mas”...quando usamos o “mas” é sinal que estamos nos justificando. 5. Peça desculpas Você pode até achar que passar por todo o processo de assumir o erro, não se justificar e reparar os danos é suficiente. Mas não é. Portanto, peça desculpas. 6. Peça ajuda Melhor do que fazer promessas é pedir ajuda. Estamos todos no mesmo barco. Desta forma, podemos caminhar lado a lado, fortalecer os laços e crescer juntos. Reconhecer o erro; pedir perdão e ressarcir - eis um dos caminhos da felicidade. Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Em 22.12.2017.

10/02/2020 17:59 | DURAÇÃO 4:25

Conflitos Íntimos

CONFLITOS ÍNTIMOS Conta antiga lenda indígena que, certa feita, um jovem, mergulhado nas angústias e questionamentos naturais da juventude, procurou o grande sábio de sua tribo. Nos primeiros passos para tentar se entender e entender ao mundo, foi buscar no velho homem um pouco de esclarecimento. Solenemente aproximou-se do respeitoso ancião, que o recebeu com um brilho no olhar, próprio dos que entendem os porquês da vida em profundidade. Tentando encontrar as melhores palavras, a forma mais apropriada para se expressar, o jovem explicou o que ali o levava. Grande sábio, trago comigo muitas dúvidas sobre como devo proceder. Afinal, como ser uma pessoa de bem, como ser um homem honrado, se ainda trago no peito tantas paixões e tantas fragilidades morais? O sábio, certamente, já se houvera feito tais questões. Os anos lhe haviam permitido caminhar sob o açoite das aflições íntimas. E tal qual o jovem à sua frente, que ora iniciava seus primeiros passos rumo ao autoconhecimento, também ele buscara essas respostas. Então, olhando-o terna e pacientemente, lhe propôs a seguinte imagem. Meu filho, em nosso mundo íntimo, em nosso coração, habitam dois cães ferozes, um bom e outro mau. Como têm origens muito distintas, como não se assemelham em nada, essas duas feras vivem em constante luta, em diuturna batalha. E você sabe qual deles irá ganhar a luta, meu filho? - Indagou o ancião. O jovem, atônito pela imagem proposta, não soube responder. Imaginou a luta entre os dois animais e pensou como seria terrível, brutal. Meu jovem, essa batalha em nosso mundo íntimo será ganha pelo cão que mais alimentarmos. Escutando isso, o rapaz, compreendendo a profundidade da lição, retirou-se para a necessária meditação em torno do ensinamento recebido. * * * Assim acontece com cada um de nós. Não há quem não traga em sua intimidade tendências positivas e dificuldades de grande monta. Nenhum de nós chega ao mundo sem conflitos a serem vencidos, sem limitações a serem ultrapassadas. Alguns apresentamos grande tendência ao egoísmo, e então a vida nos dá a oportunidade de exercitar a solidariedade. Outros nascemos vaidosos, egocêntricos, e a vida nos oferece lições de humildade e simplicidade. Tantos nascemos avaros, pensando só em amealhar bens para nós mesmos, e a vida nos dá a chance de aprendermos a generosidade. Serão sempre dois cães a lutar em nossa intimidade, a fim de ganhar espaço, vencer batalhas. A eclosão de nossos conflitos íntimos é resultado da consciência a nos alertar sobre os caminhos que a vida nos oferece. Nesses momentos, será a hora de pararmos e claramente decidirmos qual dos dois cães desejamos alimentar. Será sempre pela insistência, pelo hábito e pela disciplina, investindo em nossas construções positivas, que conseguiremos vencer as batalhas íntimas. Dessa forma, tenhamos tranquilidade quanto aos enfrentamentos naturais de nossa intimidade. E não nos esqueçamos de que será sempre nossa a decisão de alimentar uma ou outra fera, ou seja, as nossas boas ou más tendências.

08/02/2020 18:00 | DURAÇÃO 4:43

Servos e Anjos

Servos e Anjos Quando tuas mãos ainda cabiam dentro das minhas e num abraço eu te fazia como que desaparecer, a ventania passava veloz e enfurecida, e feito árvore de raiz profunda, nada nos fazia mover. Quando teus sonhos ainda cabiam dentro dos meus e uma dúzia e meia eram os habitantes da Terra, nem um dia sequer de sorriso se perdeu e de meu rosto sempre tiveste a expressão mais sincera. Quando teus deuses do Olimpo eram apenas dois, socorrendo-te e atendendo-te na velocidade do pensar, percebi que servir me fez feliz, pois a entrega me deu sentido. Viver é se entregar. Quando tua mente ainda era casa de brinquedo, que eu conhecia cômodo a cômodo, do teto ao chão; Quando ainda tua morada não possuía sequer um segredo, e o teu respirar, no colo, era letra da minha canção; Quando tua voz no mundo ainda era a minha, eu me desafiava tentando te entender. Perdi-me de mim e encontrei a linha; teci no teu linho e aceitei te ensinar a tecer. Quando teu ir e vir dependia do meu e ainda te levava para onde meu coração queria, já aceitava o futuro meu, o futuro teu, o dia em que esse meu amor, sem pesar, te libertaria. * * * Estudos mostram que até em torno dos seis meses, os bebês se percebem como extensão das mães, isto é, não se veem ainda como um outro ser. As mães, por sua vez, pela intensa ligação que têm com os filhos, desde a vida intrauterina, acabam tendo a impressão de que os filhos são como que partes de si mesmas. Os filhos crescem. Enxergam-se como individualidades. Pensam por si só. têm vontade própria e tornam-se independentes em quase tudo. Por outro lado, muitos corações de mãe e de pai ainda permanecem com aquela impressão singela de que continuam sendo seus bebês. Como se uma parte de seu amor tivesse ficado mergulhado no passado... Tornam-se nostálgicos, voltam a olhar os álbuns de fotografias para tentar entender quando foi que cresceram, quando foi que mudaram tanto e não conseguem encontrar... Tudo isso é saudável quando serve para reforçar os laços, quando torna os vínculos cada vez mais fortes e perenes, impossíveis de serem afetados por qualquer dificuldade encontrada pelo caminho. Os pais devem apenas ter atenção quando esses sentimentos descambam para as esferas da superproteção, do excessivo cuidado que sempre trazem prejuízo para todos na família. Há o tempo de carregar no colo, de atender as vontades, de seguir as escolhas dos pais. Depois há o tempo de caminhar ao lado, atender uma ou outra vontade e lhes dar a chance de fazer algumas escolhas. E, por fim, o tempo de observar sua nova caminhada à distância, de permitir que eles mesmos satisfaçam suas vontades, aceitando as consequências de todas suas decisões e escolhas. Não se trata de um abandono, mas é o momento em que os pais deixam de ser servos – e não há nada depreciativo nesta palavra – e passam a ser anjos de guarda. Os anjos guardiões estão sempre presentes, atuam prontamente em toda necessidade, porém, não interferem no livre-arbítrio das criaturas. Aconselham, advertem, consolam. A decisão final é sempre do protegido. Com base no poema Tuas mãos cabiam dentro das minhas, de Andrey Cechelero.

07/02/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:38

A Vida e o Tempo

A Vida e o Tempo Tudo começou de repente... Não lembro quando foi... Cheguei sem saber de onde vim... Tudo era novo... Dependia sem saber de quem... Aos poucos meu mundo foi nascendo... Aos poucos, a luz do sol... A cada dia algo novo... Tudo era tão simples... Nem vi o tempo passar... Não percebi quando virei eu... Quando as cores mudaram... E os sonhos já não eram os mesmos... Novos desafios... Poxa, já tenho quase trinta anos! No tempo que voava... sem me dar explicações.... Sem que eu soubesse a razão... Sem ouvir a batida de suas asas... Sem notar quando as coisas mudaram... Tão rapidamente... Deixando de me reconhecer... Como se agora fosse outra pessoa... Mudei sem perceber... Me transformando todos os dias...Chegara o tempo que exclamarei: “Estou chegando aos sessenta anos! Como o tempo passa! (breve pausa)E eu não me dei conta desse tempo que passou.. Sem ver o tempo passar, pois que, só posso enxergar um dia depois do outro. Virei outra pessoa, perdida no tempo que me enganou. Esse tempo me transformou, me conduziu, me deu... Me tirou... E me deixou sem chão. Sem saber porque... agora, no final da minha existência, tenho essa sensação; a sensação de estar fora de casa. Como se tudo tivesse sido um sonho, que estranhamente nunca vai acabar. Talvez, eu só perceba em parte, que estou indo a algum lugar. E que tudo é uma coisa só; que todos os dias são um. Que tudo faz sentido, mesmo quando não faz sentido algum. E que todas as coisas só existiram dentro de mim, e elas me conduziam, todos os dias, de volta para casa. Onde fica essa casa? Sinceramente, eu não sei. Quem deve ter essa resposta é o tempo e a vida...que ainda está por ser vivida em outro tempo. *** O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor. Embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento. Sem medida que o conheça, o tempo é, contudo, nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim. O tempo sabe ser bom. O tempo é largo, o tempo é grande, é generoso, é farto. É sempre abundante em suas entregas. Diminui nossas aflições, dilui a tensão dos preocupados, suspende a dor dos torturados. Traz a luz aos que vivem nas trevas, o ânimo aos indiferentes, o conforto aos que se lamentam, a alegria aos homens tristes, o consolo aos desamparados. Também a serenidade aos inquietos, o repouso aos sem sossego, a paz aos intranquilos, a umidade às almas secas. O tempo é manancial de sabedoria que flui por entre nossas existências. Nas incertezas do caminho, nos momentos de angústia, nas aflições da jornada, confiemos nele, que tem a medida de todas as coisas e o consolo para todas as lágrimas. Jamais nos permitamos acreditar que não há tempo. Fechemos os olhos, ouçamos sua voz... Lá ele está: o tempo de um abraço, de um sorriso, de um ato de caridade, de uma mudança de vida. O tempo para a família, para os amigos e para nós mesmos. Sempre há tempo...Sempre há vida. Pense Nisso. Com base no texto De Volta Pra Casa de autoria de Flávio Siqueira e das percepções do autor deste texto”.

06/02/2020 19:40 | DURAÇÃO 4:40

Retribuição

RETRIBUIÇÃO As relações entre patrões e empregados nem sempre são amistosas. De um lado, os empregados reclamam que os patrões exigem muito e não pagam salários compensadores. De outro, os patrões falam de empregados que se mostram desonestos, que depois de trabalharem muitos anos, alimentando-se dos salários pagos por eles, de forma correta, fazem reclamações trabalhistas injustas. Uns e outros reclamam de comportamentos indevidos, de horas extras não pagas, de trabalhos mal feitos, de irresponsabilidades, etc. Por isso mesmo, o caso de Bob Thompson é muito interessante de ser conhecido. Durante quarenta anos, Bob Thompson trabalhou de abril a dezembro, antes da geada, fazendo estradas junto com sua equipe. Tudo iniciou com a quantia de três mil e quinhentos dólares que a esposa de Thompson havia conseguido economizar trabalhando como professora substituta e que lhe permitiram abrir a empresa. Durante os primeiros cinco anos, tudo foi muito difícil. Ele não retirava nem seu salário. Depois, os negócios prosperaram e ele ficou muito rico. Graças, naturalmente, ao seu grande esforço e de sua equipe. Um dia, o Sr. Thompson retribuiu o favor. Ele vendeu sua empresa de pavimentação e deu a seus quinhentos e cinquenta empregados, entre atuais e aposentados, nada menos do que a quantia de cento e vinte e oito milhões de dólares. Até mesmo as viúvas de seus ex-empregados receberam cheques. Noventa deles se tornaram ricos num instante. Quando os cheques foram entregues, Thompson fez questão de não estar por perto. Eu não queria estar lá, disse, as coisas se tornam muito emocionais. Perguntado a respeito do porquê de tal atitude, respondeu: Você se dá conta de que as pessoas ao seu redor sofreram junto com você. E eu queria retribuir. Tenho certeza que era a coisa correta a ser feita. Um de seus empregados, por trinta e três anos, disse: Ele não pedia a ninguém para fazer alguma coisa que ele mesmo pudesse fazer. Mesmo que estivesse de terno e precisasse ajudar, ele estava sempre pronto. Patrões e empregados dessa qualidade dão exemplo de que se nos comportarmos como cristãos, respeitando-nos, e cada qual reconhecendo o valor do outro, o relacionamento entre ambos, com certeza, será bem melhor. Sempre oportuno lembrar que, como seres humanos, dependemos uns dos outros. E que Deus, em Sua misericórdia, nos permite ora ocuparmos uma posição, ora outra. Como superiores somos responsáveis pelos nossos subalternos. Na condição de subalternos, temos a obrigação de cumprir bem o nosso dever, fazendo jus ao salário que recebemos. * * * O gerente é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe. Quem administra precisa da colaboração de quem obedece. Aquele que obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra. Esse, por sua vez, precisa usar de bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que as engrenagens do serviço funcionem com segurança. Quem não respeita a tarefa que lhe honra a vida, desrespeita a si mesmo. Servir além do próprio dever não é bajular e sim conquistar apoio e experiência, simpatia e cooperação. Com base em artigo de Seleções Reader's Digest, traduzido do original inglês por Shou Wen Allegretti e nos caps. 16 e 17 do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec. Em 01.03.2013.

05/02/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:10

O Milagre da Dor

O MILAGRE DO DOR Quando seu dia é longo E a noite - a noite é solitária, Quando você tem certeza de que já teve o bastante desta vida, Continue em frente Não desista de si mesmo, Pois todo mundo chora E todo mundo se machuca, às vezes.. Continue em frente Você não está sozinho... A letra da belíssima canção de Michael Stipe, eveybody hurts da banda Americana R.E.M, fala-nos de como encarar as dores do mundo com inteligência e coragem . Inteligência de quem vê na dor oportunidade de mudança e aprendizado. Coragem de quem aceita mudar. Quando a dor chega, dar-se a impressão que não há mais saída, Mas não... Descobrimos que ela ensina, orienta, cuida. A dor é o convite à mudança de hábitos, de pensamento, de rumo... A dor traz consigo o milagre. O milagre de se encontrar, de ver a si mesmo com suas forças e fraquezas, mas sem máscaras, sem ilusões. O milagre de perceber que se está melhor, que as feridas cicatrizam sempre, e que ali a pele se torna mais resistente. O milagre do recomeço, de nascer de novo, de se dar nova chance. O milagre de descobrir os amores ao redor, e quanto prezam por nós; de descobrir aqueles que nunca nos abandonam, não importa o que aconteça. O milagre de saber que a vida procura nos levar sempre para cima, para diante, e nunca para trás. A cada mil lágrimas sai um milagre. Pense Nisso.

04/02/2020 19:37 | DURAÇÃO 2:04

O Essencial

O ESSENCIAL A mulher entrou no consultório do psicoterapeuta e se sentou. Antes de começar a falar, já chorava. Quando finalmente conseguiu parar de soluçar, disse: Estou sozinha. Meu marido me largou há dois meses. Viajei, pensando que esqueceria, mas não consigo esquecer. Ele é um ingrato. Afinal, eu lhe dei os melhores anos de minha vida. Eu lhe dei filhos lindos. Eles sempre estavam prontos, bem vestidos e penteados, com as mochilas às costas, na hora de ir para a escola. Sempre tive a refeição pronta quando ele chegava, não importando a hora. Sempre recebi os amigos dele. Sempre fui a todos os lugares com ele, mesmo que não gostasse. Sempre sorri, para que todos soubessem que ele tinha uma esposa feliz. Dei-lhe uma casa maravilhosa. Nunca permiti que existisse pó sobre os móveis. Sempre tive o máximo de cuidado com os lençóis para que estivessem brancos, bem passados, perfumados. E agora, isso! Ele conheceu uma mocinha no escritório, se apaixonou por ela e me deixou. O psicoterapeuta olhou para ela e lhe perguntou: E o que é que você deu de você para ele? Ela não entendeu. Sim, durante anos ela o servira como cozinheira, arrumadeira, babá dos filhos dele. Mas nunca se lembrara de que era a esposa, a companheira, a amiga. * * * Naturalmente, ter a casa arrumada, lençóis limpos, crianças alinhadas e prontas é importante. Mas não é tudo. Mesmo porque, algumas dessas tarefas podem ser delegadas a terceiros. Uma refeição pode ser conseguida em um restaurante, roupas limpas na lavanderia, a casa pode ser limpa pela faxineira. Mas o carinho de uma esposa não se compra. Espera-se, simplesmente, como a esposa aguarda o do marido. Mais importante do que a casa sem pó, é um sorriso e um abraço de ternura quando os dois se encontram. Mais importante do que o tapete exatamente no lugar e todos os enfeites bem dispostos sobre os móveis, é uma mão que aperta a outra com força. É a companhia agradável de quem se senta ao lado, olha nos olhos e descobre que o outro teve um dia terrível. Um confia ao outro as suas dificuldades e suas ansiedades, encontrando aconchego mútuo. Amar é dar-se, é confiar. Olhar juntos para os filhos que crescem e vão se tornando independentes. * * * Lembre-se: o mais importante são as pessoas. De que adianta a casa, o carro, as joias, se não houver pessoas para partilhar com você? Entre as pessoas existem aquelas que dependem do nosso afeto. Por isso, não se canse de amar. Olhe para as pessoas. Preste atenção nas suas palavras, gestos, olhares, sentimentos. Em especial aquelas que compartilham com você do mesmo teto, pois são as que mais necessitam do seu amor. Pense Nisso! Com base no cap. É aí que está a luz (a busca do ser), do livro Vivendo, amando e aprendendo, de Leo Buscaglia, ed. Nova era.

03/02/2020 19:27 | DURAÇÃO 3:38

Um Abraço

Um Abraço O que você faz quando está com dor de cabeça, ou quando está chateado? Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais? Pois é, durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse nosso bom humor, que nos protegesse contra doenças, que curasse nossa depressão e que nos aliviasse do estresse. Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços afetivos e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranquilos. Encontramos! O remédio já havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que ainda por cima não custa nada. Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros. É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos. O abraço é um excelente tônico. Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico. O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver. Recentemente ouvimos a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar. E o mais bonito é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta. * * * Já há algum tempo temos visto, colado nos vidros de alguns veículos, um adesivo muito simpático, dizendo: Abrace mais! Eis uma proposta nobre: abraçar mais. O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada. O abraçar mais é um excelente começo para aqueles de nós que nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros. Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer. Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços... Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços. Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços. Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço. Assim, convidamos você a abraçar mais. Doe seu abraço apertado para alguém, e receba imediatamente a volta deste ato carinhoso. Pense nisso! Abrace mais você também.

01/02/2020 19:28 | DURAÇÃO 3:00

A vida é curta para ser pequena

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31/01/2020 19:29 | DURAÇÃO 5:12

Fui ajudá-lo a chorar

FUI AJUDA-LO A CHORAR Como anda seu envolvimento com as outras pessoas? Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda? Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão? Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: A criança que mais se preocupa com os outros. O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo. Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. Nada. – Disse o menino – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar. * * * A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos. Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar. Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes. Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar. Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse. Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer Estou aqui com você, são atitudes muito importantes. Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso. Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém. Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar. Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros. Você sabia? Você sabia que não precisamos dizer Meus pêsames, às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido? O dicionário nos diz que a palavra pêsames, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém. Assim sendo, torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam. Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento. Com base no cap. "O que mais se preocupava", do livro "Histórias para pais, filhos e netos", de Paulo Coelho, ed. Globo.

30/01/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:26

Companheiros de Jornada

Companheiros de jornada Ao longo da história evolutiva, o cavalo tem sido um animal que muito tem servido ao homem. Além de ser útil em várias tarefas no campo, montar cavalos e estar em contato com a natureza é bom para a saúde e bem-estar de muitos de nós. As pessoas que apreciam essa prática sabem o quanto é envolvente. Cavalgar é sentir o chão sob os pés e o destino nas próprias mãos, o que traz uma sensação de liberdade, como se nada nos impedisse de seguir em frente. Mas, hoje, o contato com esse animal também tem ajudado muitas crianças e adultos a superarem dificuldades cognitivas e de mobilidade. É a equoterapia. Esse é um método terapêutico e educacional, no qual o cavalo é o inter¬mediador entre o praticante e o terapeuta. Apesar do grande porte físico, ele é dócil, se deixa conduzir e desenvolve um importante laço afetivo com as pessoas que com ele mantêm contato. Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos do caminhar humano e, na medida em que o praticante anda sobre ele, há um ajuste natural do seu corpo ao ritmo da marcha do animal. A adaptação a esse ritmo é um dos pontos mais importantes da equoterapia. Além disso, a troca de apoio das patas, os movimentos da cabeça e do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste de todo o seu corpo, em resposta aos desequilíbrios provocados por esses movimentos. * * * Esse é o exemplo de apenas um animal que nos serve em diversas circunstâncias e nos traz a certeza da benevolência Divina, que colocou esses companheiros para caminhar ao nosso lado na existência terrestre. Outras espécies também nos auxiliam de formas diversas, no trabalho, no lazer, em tratamentos de saúde, além daquelas que nos servem de alimento necessário ao corpo físico e ao próprio vestuário. Infelizmente, vemos ainda situações em que eles são vítimas da indiferença e crueldade. Uns abandonados, outros levados ao extremo da força física em trabalhos pesados, por vezes à custa de açoites. Alguns presos e outros perseguidos sem piedade. Busquemos olhar para esses seres com compaixão, dedicando-lhesa consideração que merecem, pois são também herdeiros do Universo. Sejamo-lhes gratos pelo tanto que nos oferecem sem nada pedir em troca e ofertemo-lhes a nossa proteção. Para Francisco de Assis, a natureza e todos os seres eram dignos de apreço e admiração porque significavam a expressão da Divindade. Ele amava profundamente os animais.Externando a humildade e grandeza de sua alma, frequentemente se referia a eles como irmãos da Humanidade. Demonstrou um imenso amor pela natureza e nos ensinou que todas as criaturas merecem o nosso respeito. Façamos a nossa parte no mundo de hoje. Defendamos e protejamos esses seres que a Inteligencia Suprema colocou sob nossa tutela. Lembremos que, à semelhança de outros tantos, esses também se constituem talentos da Divindade às nossas vidas. E, como todos os demais, teremos que dar conta do que fizermos com eles. Pensemos nisso.

29/01/2020 15:49 | DURAÇÃO 4:17

O Sol da Esperança

O SOL DA ESPERANÇA Por vezes, a vida nos oferece maus momentos. Sofrimento, lágrimas e infelicidade nos visitam e nos sentimos desesperançados e infelizes. Nesses momentos amargos, em que a alma dolorida se volta para Deus e indaga Por que passo por essas provações?, é a hora em que devemos lembrar de uma palavra luminosa: a esperança. Narra a tradição grega que uma jovem chamada Pandora recebeu uma bela caixa com a recomendação de jamais abri-la. Mas Pandora era curiosa e desobediente. Ao abrir a caixa, ela liberou todos os males, misérias e sofrimentos no Mundo. Desesperada, Pandora chorou. Mais tarde, viu que, após saírem todas as mazelas, havia ficado, no fundo da caixa, a esperança. Brilhava sozinha a esperança - um fiozinho de luz que pulsava. Mas que poder possuía! * * * O mito de Pandora deve ser refletido profundamente, em especial quando estamos atravessando momentos difíceis. Observe que, na lenda grega, é um ato da própria Pandora que liberta os males do Mundo. Na nossa vida não é muito diferente: em geral, somos nós mesmos que, de alguma forma, provocamos muitos males que nos atingem. Por isso, cada momento difícil é uma oportunidade de meditarmos e analisarmos qual foi a nossa contribuição para aquela situação. No entanto, a lenda de Pandora vai além: ela mostra que – apesar da gravidade dos sofrimentos – não estamos completamente sós: há uma luz posta por Deus para nos consolar e devolver o brilho em nossos olhos. Essa luz é a esperança. Esperança que restaura as forças, reequilibra o coração, acalma as emoções. A esperança é a mão generosa que acende a luz quando estamos mergulhados na treva profunda. É medicamento quando nos contorcemos em dores. Esperança é canção suave, que nos acalenta quando nos sentimos desamparados. É um olhar de compaixão no instante em que o Mundo nos rejeita. A esperança nasce de gestos de generosidade, de atitudes espontâneas, de palavras corretas. Mas não se habitue apenas a aguardar que a esperança venha gratuitamente se aninhar no seu coração. Abra as portas da alma para ela! Para isso, é necessário educar o coração. A esperança é como um visitante importante. Devemos nos preparar adequadamente para recebê-la. A primeira atitude é retirar a poeira do pessimismo. Depois, varrer as sujeiras acumuladas pela mágoa. Essas sujeirinhas têm vários nomes: rancor, maledicência, desejo de vingança. Em seguida, com a casa mental bem limpa, é hora de perfumá-la com bons pensamentos, sorrisos, serenidade e otimismo. Então, quando menos se espera, eis que chega a esperança. Viaja em uma carruagem dourada, espalha flores pelo caminho e se instala no Espírito fazendo festa. É uma presença tão forte, tão bela, que transforma de imediato o ambiente em que se hospeda: impregna a alma de coragem e de alegria. Esperança é um sol que nasce após uma longa noite escura. Chega trazendo calor e a luz dourada de um dia cheio de boas realizações. Ela aponta, firme, para um futuro radioso. Basta recebê-la.Pense Nisso, mas pense agora!

28/01/2020 15:47 | DURAÇÃO 4:43

Ser um Homem

SER UM HOMEM Qual será a melhor definição de ser um homem? Para alguns, ser um homem significa muitas conquistas e é o que a mídia passa como verdade, nos dramas das novelas, nos programas de variedades e nas revistas semanais, que as bancas exibem às dezenas. Importante também ter um bom carro, porque as mulheres apreciam andar no último tipo, na cor da moda, no mais elegante. Quem sabe ter um iate, a possibilidade de férias regulares no Exterior, em lugares que mais parecem irrealidade de tão maravilhosos. Ser um homem é gozar do prestígio dos seus pares, sendo considerado um profissional de destaque, mesmo que não se queira saber a que preço galgou os degraus de tal sucesso. Ser um homem é ter dinheiro para ser independente e mandar no seu próprio nariz, indo e vindo para onde bem deseje, sem dar satisfações a quem quer que seja. Ser um homem... Bom, existem muitos outros conceitos que variam, de acordo com a época, as circunstâncias, os valores locais. Contudo, um conceito que transcende o tempo, a sociedade, que é válido em qualquer país, em qualquer época, é o que o poeta Rudyard Kipling sintetizou nos seguintes versos do seu poema Se: Se você é capaz de manter a calma quando todos ao seu redor já a perderam e o culpam por isso; Se você é capaz de confiar em si mesmo quando todos estão duvidando, mas levar em consideração essa desconfiança; Se você é capaz de esperar e não se cansar da espera; Ou, ao ser vítima de mentiras, não mentir para se defender; Ou, sendo odiado, não deixar se levar pelo ódio; E ainda assim não parecer bom demais, nem muito sábio; Se você pode sonhar sem deixar que os sonhos o dominem; Se pode pensar sem deixar que o pensamento seja o seu único objetivo; Se pode lidar com o triunfo e a desgraça, esses dois impostores, da mesma maneira; Se pode aguentar a dor de ouvir a sua verdade ser transformada em mentira para enganar os tolos; Ou ver destruídas todas as coisas que você dedicou a vida para construir, e empenhar-se em refazê-las com os poucos recursos que lhe restam; Se é capaz de forçar seu coração, nervos e músculos exaustos a servirem seus objetivos, e a persistir quando nada mais há em você senão sua vontade que lhe diz: “Prossiga”; Se você pode falar às multidões sem perder sua virtude, ou estar entre reis sem perder a sua naturalidade; Se nem seus inimigos nem seus melhores amigos podem lhe fazer mal. E se todos podem contar com você, mas ninguém depende de você; Se você é capaz de se dedicar os sessenta segundos de cada minuto ao trabalho então, a Terra será sua, com tudo o que existe no mundo; E você, o que é mais importante, será um homem, meu filho! * * * Jesus, superando todos os limites do conhecimento, fez-se o biótipo do homem integral, por haver desenvolvido todas as aptidões herdadas de Deus, na condição de Ser mais perfeito de que se tem notícia. Toda a Sua vida é modelar, tornando-se o exemplo a ser seguido, para o logro da plenitude, de quem deseja libertação real. Pense nisso. Com transcrição do poema "Se", de Rudyard Kipling e pensamentos da introdução do livro "O homem integral", pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

27/01/2020 15:45 | DURAÇÃO 4:28

O Porquê da Dor

Por que sofremos é uma indagação que fazemos muitas vezes. Para que serve a dor, afinal? Em alguns momentos, ela é o alerta, dando-nos ciência dos excessos que estamos nos permitindo, prejudicando a maquinaria orgânica, solicitando-nos ponderação. Constitui-se em sinal da natureza que nos informa que algum órgão não anda bem, o que, para os prudentes, significa buscar o médico, a correta medicação, seguir a prescrição devida, repouso ou exercícios. Em outros momentos, ela funciona como elemento que convida à reflexão, a passar em revista atos e lembranças de nossa vida. Assim é, por exemplo, nos dias da velhice que, para muitos, significa horas de imobilidade, inação e sofrimento. É uma prova necessária para a alma que, por esse meio, adquire madureza, critério e o correto juízo a respeito das coisas da Terra e do Mundo Invisível. Avalia, pondera, conclui. A dor tem, portanto, não somente a propriedade do resgate das culpas do passado. Executa igualmente o papel do hábil artista frente a um bloco de mármore. A estátua, nas suas formas perfeitas, ideais, está escondida no imenso bloco. É a dor que toma do martelo, do cinzel e, a golpes violentos, ou então sob o cuidadoso trabalho do buril, desenha a estátua viva em contornos maravilhosos. Para que a forma seja extraída em linhas delicadas, para que o Espírito triunfe da matéria, precisamos do sofrimento, desde que não vivemos somente pelo amor e pelo bem. E que frutos tem dado o sofrimento! Reiteradas vezes, é sob o aguilhão do luto e das lágrimas, da ingratidão, da traição das amizades e do amor, das angústias multiplicadas que o poeta verseja de forma mais terna e o músico encontra os mais sublimes acordes. Cumpre-nos analisar a incidência da dor, em nossas vidas, atribuindo-lhe o efetivo valor. Sob a ação das marteladas sucessivas, a moleza, a apatia e a indiferença desaparecem. Também a cólera, a dureza e a arrogância. Em todos nós, provoca ou desenvolve a sensibilidade, a delicadeza, a bondade e a ternura. Entendamos, pois, a dor como um dos meios de que usa o Poder Infinito para nos chamar a Si e, ao mesmo tempo, para nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual. O sofrimento que nos fere objetiva sempre a nossa correção, exatamente como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo. Faz-nos sentir também que o mundo em que vivemos é um lugar de passagem e não o ponto de chegada, que deveremos alcançar após exaustiva jornada. * * * Os animais estão sujeitos ao trabalho de evolução para o princípio inteligente que neles existe. Através de certos padecimentos naturais os animais adquirem os primeiros rudimentos de consciência. A dor, num sentido amplo de entendimento, será necessária enquanto o homem não tiver colocado o seu pensamento e os seus atos de acordo com as Leis Divinas. Depois disso, ela deixará de se fazer sentir pois logo se fará a harmonia. Com base no cap. 26 do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb. Em 29.05.2013.

25/01/2020 15:45 | DURAÇÃO 4:33

Desânimo

DESANIMO Você se encontra cansado. O dia nem bem despertou e você já sente o corpo todo a reclamar das canseiras que deverão chegar. Sente que as forças físicas devem entrar em pane a qualquer momento. Que as suas energias psíquicas estão em queda. Você se ergue da cama e anda arrastando os pés, como se o corpo pesasse uma tonelada. Vai até o espelho, olha-se e observa. As olheiras estão aí. É como se não tivesse dormido. Incrível. As horas de sono parecem que não lhe bastam. Que você precisa sempre mais e mais. Talvez umas férias mais prolongadas, mais lazer. Contudo, as horas reclamam agilidade. Você se prepara e sai para o trabalho. O estresse do trânsito está terrível. Pior a cada dia. É o engarrafamento, obras que não nunca terminam,o acidente, as buzinas, a chuva forte que dificulta a visão. Difícil estacionar. Que dia! Finalmente você chega ao local de trabalho e começa a lamentar-se. A mesa está sempre mais atulhada de papéis. A impressão é que quanto mais você faz, mais serviço aparece. E hoje o chefe parece estar mais irritado do que de costume. Você continua a se lamentar. Afinal, você está muito cansado. Aliás, vem dizendo isso há muito tempo. * * * Pare um momento. Observe como as pessoas reagem às suas queixas. Porque você está se tornando repetitivo, alguns, para não o magoar, concordam com você. Outros silenciam, pensando no tempo que você está jogando fora, reclamando, sem tomar nenhuma providência. Alguns se mostram indiferentes. Pensam que o problema é seu e quem deve resolvê-lo é você mesmo. Talvez alguém até chegue a se irritar com as suas lamentações. Pode ser que alguns se afastem para não mais ouvir você, porque toda vez que você reclama se torna excessivo, aborrecido, cansativo. Pense um pouco. Se o cansaço é físico, tome uma providência. As leis Divinas recomendam o repouso. Se for demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de atendimento profissional. Procure um médico, realize exames, trate-se. Se o seu cansaço o preocupa, tome o caminho mais conveniente. Mas, se por qualquer motivo não puder fazer isso, então silencie. Trabalhe e medite, buscando apoio e refazimento nas fontes espirituais. Ilumine os campos da alma com atividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem verdadeiramente. Evite reclamações constantes, porque elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu esgotamento. Procure atividades que o refaçam. Escolha um local onde necessitem de braços amigos e se ofereça como voluntário. Mudança de atividade é também repouso. Para o seu lazer escolha o que o possa refazer. Um passeio tranquilo, a observação atenta de um quadro da natureza. Delicie-se com uma música. Desfrute o aconchego familiar. Ore e seja feliz. * * * O sono foi dado ao homem para a reparação das forças físicas e das forças morais. Enquanto o corpo se recupera dos efeitos da atividade do dia, o espírito também se reabastece no mundo espiritual. Por isso mesmo a prece, antes do sono físico, se faz tão importante. Com ela, sintonizamos com as mentes superiores com as quais, logo mais, quando dormirmos, poderemos nos encontrar para os diálogos que alimentam a alma e fortificam a disposição para as lutas. Com base no item 38, do cap. XXVIII, de O evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. XXIV, do livro Para uso diário, pelo Espírito Joannes psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 9.4.2013.

24/01/2020 15:42 | DURAÇÃO 4:49

Fama e Glória

FAMA E GLORIA Como já foram ainda jovens, Elvis Presley, Jim Morrison, Jimmy Hendrix, Michael Jackson, Amy Winehouse e tantos outros... Por que será que pessoas aparentemente com tudo para serem felizes caem na Depressão e abreviam a própria vida? Os seres humanos, de modo geral, estão sempre muito preocupados em alcançar o sucesso. O mundo convencionou que sucesso é o triunfo nos negócios, nas profissões, nas posições sociais, com destaque da personalidade, aplausos e honrarias. Causam impacto as pessoas que desfilam no carro do poder. Despertam inveja a juventude elegante, a beleza física, os jogos do prazer imediato. Produzem emoções fortes as conquistas dos lugares de relevo e projeção no show-bussines, na sociedade. Esse sucesso, porém, é de efêmera duração. Todos passam pelo rio do tempo e transformam-se. Risos se convertem em lágrimas... Primazias cedem lugar ao abandono... Bajulações são substituídas pelo desprezo... Beleza e juventude são alteradas pelos sinais da dor, do desgaste e do envelhecimento. O indivíduo que luta pela projeção exterior, sofre solidão, vazio, frustrações e tédio. Aquele tido pela sociedade como uma pessoa de sucesso não é, necessariamente, uma pessoa feliz. Todavia, muitos perseguem esse sucesso com sofreguidão e, para mantê-lo, desgastam-se emocionalmente, entram em depressão e procuram saídas nas drogas e acumulam desgostos. Todavia, há um outro sucesso, efetivo e duradouro, que muitos têm esquecido: é a vitória sobre si mesmo e sobre as paixões primitivas. Dessa conquista ninguém toma conhecimento. Mas a pessoa que a busca, sente-se vencedora, por dominar-se, alterando o temperamento, as emoções degradantes, e sente a paz como conseqüência. O indivíduo que experimenta o sucesso interno torna-se gentil, afável, irradiando bondade, e conquista, em profundidade, aqueles que dele se acercam. Quando, no entanto, é externo esse triunfo, a pessoa torna-se ruidosa, impondo preocupação para manter o status, chamar a atenção, atrair os refletores da fama. O sucesso sobre si mesmo acentua a harmonia e aumenta a alegria do ser, que se candidata a contribuir em favor do grupo social mais equilibrado e feliz, levando o indivíduo a doar-se. O sucesso de Júlio César, conquistador do mundo, entrando em Roma em carro dourado e sob aplausos da multidão, não o isentou do punhal de Brutus nas escadarias do Senado. O sucesso de Nero, suas conquistas e vilezas, não o impediram da morte infamante a que se entregou desesperado. O sucesso de Hitler, em batalhas cruéis nos campos da Europa e da África, não alterou a sua covardia moral, que o conduziu ao suicídio vergonhoso. O sucesso, porém, de Gandhi, fê-lo enfrentar a morte proferindo o nome de Deus. O sucesso de Pasteur auxiliou-o a aceitar a tuberculose com serenidade. O sucesso dos mártires e dos santos, dos cientistas e pensadores, dos artistas e cidadãos que amaram, ofereceu-lhes resistência para suportarem as afrontas e crueldades com espírito de abnegação, de coragem e de fé. * * * Sem ficarmos alheios ao mundo, ou abandonarmos a luta do convívio social, busquemos o sucesso - a vida correta, os valores de manutenção do lar e da família, o brilho da inteligência, da arte e do amor - e descobriremos que, nessa boa luta, teremos tempo e motivo para o outro sucesso, o de natureza interior. Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 15 do livro Desperte e seja feliz, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal Em 07.03.2013..

23/01/2020 17:51 | DURAÇÃO 5:09

Resposta Divina

RESPOSTA DIVINA Foi depois da Primeira Guerra Mundial, na Tchecoslováquia. O jovem Arão precisava sustentar a esposa e o filho recém-nascido. Ele trabalhava numa pequena loja com a mãe, mas o lucro não era suficiente para sustentar as duas famílias. Por isso, ele decidiu pensar em alguma coisa que o tornasse independente. Naquela época havia muita escassez em todos os setores. A indústria de couros era uma delas. Era muito difícil encontrar sapatos bons e resistentes. Eles eram fabricados com papelão e papel e não duravam muito. O jovem Arão logo concluiu que aquele era um ramo a ser explorado. Um empreendimento no setor de calçados lhe permitiria sustentar com dignidade a família. Tomou emprestado uma quantia muito grande de dinheiro de amigos, vizinhos e parentes. Foi até a grande cidade e voltou com quinhentos pares de calçados militares fortes, resistentes. Enorme foi seu desespero ao abrir as caixas e descobrir que fora enganado. O negociante lhe vendera mil pés direitos. Retornou à cidade, procurou o negociante e não o encontrou. Parecia que ele nunca tinha existido. Arão voltou para sua casa e começou a chorar. A esposa o abraçou e disse: Não desista. Por fim, ele procurou um homem sábio que lhe falou para que ele fosse ao templo e orasse. Que recitasse salmos. Tivesse fé. Deus o ajudaria. Arão obedeceu. Durante vários dias chorou e rezou, concentrado em seus tormentos. Os amigos e a esposa o vinham ver, lhe traziam alimento que ele engolia sem prestar atenção. E continuava a orar e chorar. Até que um estranho entrou no templo e também começou a soluçar. Depois a gritar, tão grande era o seu desespero. Arão pareceu despertar da sua dor e foi se sentar ao lado do desconhecido. Bem-vindo, disse. Sinto compaixão do seu sofrimento. Posso ajudar? Ninguém pode me ajudar. Peguei muito dinheiro emprestado e comprei mercadoria para começar um negócio. Pobre de mim. O negociante me enganou e me vendeu mil sapatos para o pé esquerdo! O estranho pousou os olhos vermelhos de chorar nos olhos de Arão e viu que um brilho alegre dançava neles. Meu querido amigo! - Disse Arão. Tenho ótimas notícias para você. O estranho e Arão juntaram os pares de sapatos, que combinavam direitinho, os venderam e ganharam uma grande quantidade de dinheiro. * * * O conselho somente terá valor se estiveres disposto a segui-lo. Quando estejas com dificuldade em qualquer assunto, recorre a uma pessoa mais experiente, melhor equipada, pedindo-lhe ajuda e orientação. Todavia, não leves a tua própria opinião, tentando provar que é a verdadeira. Ouve com cuidado. Reflexiona. Depois, toma a decisão que te pareça a mais acertada. Examina tudo, dizia o Apóstolo Paulo, e retém o que é bom. Redação do Pense Nisso, com base em história do livro Pequenos milagres, v. 2, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante e pensamentos do cap. LXXXVII do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 01.03.2013.

22/01/2020 17:52 | DURAÇÃO 4:06

O Rico Vigilante

O RICO VIGILANTE O desejo de ser rico é bastante comum. Em geral, ele se origina do egoísmo e da vontade de gozar dos bens do mundo em regime de ócio e saciedade. Mas há quem o justifique com a ideia de dar conforto e segurança para os seus. A respeito desse sonho tão comum, há uma narrativa bem esclarecedora. Conta-se que um homem honrado animou-se com o propósito de enriquecer para beneficiar sua família. Aflito por alcançar seus fins, envolveu-se em várias empresas. Por vinte anos consecutivos, ajuntou moeda sobre moeda, formando o patrimônio de alguns milhões. Quando se deu por satisfeito, reconheceu que todos os quadros da própria vida se haviam alterado. O lar, dantes simples e alegre, adquirira feição sombria. A esposa fizera-se escrava de mil obrigações destinadas a matar o tempo. Os filhos cochichavam entre si a respeito da herança que a morte do pai lhes reservaria. Os vizinhos, acreditando-o completamente feliz, cercaram-no de inveja e ironia. Os negociantes visitavam-no a cada instante, propondo-lhe transações criminosas ou descabidas. Servidores o bajulavam, com declarado fingimento, quando ao lado de seus ouvidos. Em razão de tantos distúrbios, era compelido a transformar a residência em uma fortaleza. Sobrava-lhe tempo, agora, para registrar as moléstias do corpo, cada vez mais presentes. Em poucas semanas de observação, concluiu que a fortuna trancafiada no cofre era motivo de crises sem fim. A partir daí, passou a libertar suas enormes reservas. Junto dele, amigos e vizinhos passaram a ter as bênçãos do serviço e do bom ânimo. Desde o primeiro sinal de semelhante renovação, a esposa fixou-o com estranheza e revolta. Os filhos odiaram-no e os próprios beneficiados o julgaram louco. Todavia, o milionário vigilante passou a possuir no domicílio um santuário aberto e alegre. * * * Essa história pitoresca simboliza a necessidade do equilíbrio na vida humana, em especial no que tange aos bens materiais. Toda riqueza que corre, à maneira das águas cristalinas da fonte, é uma bênção viva. Já a riqueza em inútil repouso converte-se em poço venenoso de água estagnada. Não há lógica em querer um rio inteiro, quando um simples copo de água pode saciar a sede. Os bens do mundo são instrumentos e não a finalidade do existir. Qualquer que seja a posição do homem, ele enfrenta problemas e desafios. Na busca de bens cada vez mais vastos, não compensa esquecer a essência do existir. Família, amigos e a própria dignidade constituem o tesouro mais importante que se pode ter. Pense nisso.Mas Pense Agora Redação do Pense Nisso, com base no cap. 21, do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 01.03.2013.

21/01/2020 17:50 | DURAÇÃO 4:08

Conjugando Esforços

CONJULGANDO ESFORÇOS O BRASIL É UM PAÍS COM MUITAS DIFICULDADES EM VÁRIOS CAMPOS E ISSO NÃO É NOVIDADE PARA NÓS, BRASILEIROS. FALA-SE DAS DIFICULDADES NA ÁREA DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRANSPORTE PUBLICO. TODAVIA, ESSAS QUESTÕES NÃO DIZEM RESPEITO SOMENTE AOS GOVERNOS E SIM À SOCIEDADE COMO UM TODO, JÁ QUE SÃO DE INTERESSE GERAL. AS DIFICULDADES QUE SE APRESENTAM NA VIDA DE UM PAÍS SÃO PARA SEREM SUPERADAS E NÃO PARA SEREM LAMENTADAS PASSIVAMENTE. ASSIM SENDO, AO INVÉS DE CRUZARMOS OS BRAÇOS , SERIA MAIS SENSATO SE CONJUGÁSSEMOS ESFORÇOS COM VISTAS A SUPERAR OS OBSTÁCULOS. ALGUMAS EMPRESAS, GERIDAS POR CIDADÃOS CONSCIENTES, JÁ ESTÃO CONTRIBUINDO NESSE SENTIDO. SE NÃO PODEM RESOLVER TODOS OS PROBLEMAS RESOLVEM UMA PARCELA DELES, CRIANDO OPORTUNIDADES PARA QUE SEUS FUNCIONÁRIOS TENHAM ACESSO À INSTRUÇÃO E À SAÚDE. PESSOAS DESEMPREGADAS CONJUGAM ESFORÇOS E ABREM PEQUENAS EMPRESAS COM DIVISÃO DE LUCROS. NÃO É MUITO, DIZEM, MAS DÁ PARA SUPERAR A CRISE. MÉDICOS, CONSCIENTES DOS SEUS DEVERES DE CIDADÃO, ATENDEM UM NÚMERO DE PESSOAS CARENTES POR SEMANA, SEM ACARRETAR PREJUÍZOS NO SEU ORÇAMENTO. SE, COMO CIDADÃOS, NÃO PODEMOS FAZER NADA INDIVIDUALMENTE, BUSQUEMOS UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA SÉRIA E OFERTEMOS A NOSSA AJUDA. E ESSA AJUDA NÃO É APENAS FINANCEIRA MAS DE ARREGAÇAR AS MANGAS E PÔR MÃOS À OBRA. SE TODOS OS PROFISSIONAIS QUE ESTUDARAM EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS, DE GRAÇA, RESOLVESSEM DAR SUA CONTRIBUIÇÃO ESPONTÂNEA A BENEFÍCIO DA SOCIEDADE EM QUE VIVEM, EM POUCO TEMPO ESSA SOCIEDADE ESTARIA MODIFICADA PARA MELHOR. MAS, TUDO ISSO DEPENDE DE UMA TOMADA DE CONSCIÊNCIA POR PARTE DE CADA INDIVÍDUO. QUANDO CADA CIDADÃO CONJUGAR ESFORÇOS PARA MELHORAR O MUNDO À SUA VOLTA, PENSANDO NO CONJUNTO E NÃO COMO UM ESPECTADOR PASSIVO, A SOCIEDADE TERÁ NOVOS E BELOS COLORIDOS. E, NESSA SOCIEDADE, O ANALFABETISMO NÃO TERÁ VEZ. A SAÚDE DE CADA UM SERÁ PRESERVADA POR TODOS. A EDUCAÇÃO TERÁ PRIMAZIA, UMA VEZ QUE UMA SOCIEDADE BEM EDUCADA É MELHOR QUE OUTRA APENAS INSTRUÍDA. E, POR ESSAS RAZÕES, A VIOLÊNCIA BATERIA EM RETIRADA, POR FALTA DE AMBIENTE. A CORRUPÇÃO NÃO ENCONTRARIA CAMPO PARA PROLIFERAR, POR FALTA DE CORRUPTORES. TALVEZ VOCÊ DIGA QUE ISSO TUDO NÃO PASSA DE UTOPIA, MAS SÓ O SERÁ ENQUANTO NÓS CONTINUARMOS A CRITICAR DE BRAÇOS CRUZADOS. DEVEMOS EXIGIR ESCOLAS, HOSPITAIS E TRANSPORTE PUBLICO, NOS MESMOS PADRÕES QUE NOS SÃO EXIGIDOS PARA SEDIAR UM EVENTO ESPORTIVO. MAS DEVEMOS, COM BOM SENSO E ORDEM, LUTAR CONTRA A MAIOR CRISES DE TODAS: A CRISE MORAL. SIM, OS PROTESTOS QUE HOJE VEMOS, SÃO SALUTARES E JUSTOS. PORÉM, DEVEMOS LEMBRAR, QUE MUITOS QUE PROTESTARAM DÉCADAS PASSADAS PELOS MESMOS MOTIVOS, SÃO OS MESMOS QUE HOJE MANCHAM A NOSSA AMADA PÁTRIA COM DESVIOS DE VERBAS, LAVAGEM DE DINHEIROS E OUTRAS NEGOCIATAS. SIM, VAMOS PROTESTAR, MAS VAMOS TAMBÉM CONJUGAR ESFORÇOS PARA NÃO COMETERMOS OS MESMO ERROS DAQUELES QUE NOS ANTECEDERAM. NÃO BASTA SAIRMOS AS RUAS E PROTESTARMOS, TEMOS SIM, QUE SAIR A CAMPO E FAZER A NOSSA PARTE, COM TRABALHO SOLIDARIO E FRATERNO. E NÓS QUE DESPERTAMOS PARA OS NOSSOS DIREITOS, DEVEMOS TAMBÉM DESPERTAR PARA AS NOSSAS OBRIGAÇÕES.APROVEITEMOS ENTÃO, PARA MUDAR AS NOSSAS ATITUDES. VAMOS PROTESTAR PARA QUE PAREMOS DE FURAR A FILA. DE ESTACIONAR EM LUGAR PROIBIDO.DAR PRIORIDADE AOS IDOSOS. NÃO JOGAR LIXO NA RUA. NÃO DIRIGIR DEPOIS DE CONSUMIR BEBIDA ALCOOLICA. ENFIM, VAMOS PROTESTAR PARA QUE PAREMOS COM O JEITINHO BRASILEIRO. E NÃO PODEMOS ESQUECER QUE, AO LADO DE QUALQUER DIREITO, HÁ TAMBÉM UM DEVER. AMBOS DEVEM ANDAR SEMPRE JUNTOS PARA SEREM LEGÍTIMOS. PENSE NISSO, MAS PENSE AGORA!

20/01/2020 17:48 | DURAÇÃO 5:14

Planete Terra, nossa breve passagem

PLANETA TERRA, NOSSA BREVE PASSAGEM A expressão Estou só de passagem, ao se referir à vida física, atesta que a pessoa tem convicção imortalista. Ela sabe que é breve sua passagem pelo planeta. Mesmo que chegue aos cem anos, se considerar a eternidade, é um lapso temporal breve. A pessoa, que assim se expressa, manifesta a convicção de quem tem os olhos postos no futuro. Vive no mundo, mas com a inabalável certeza de que sua preocupação deve ser com o Espírito imortal, esse que sobreviverá à morte corporal. Se isso é louvável, um detalhe, no entanto, não pode ser esquecido. É que a vida corporal é etapa imprescindível ao progresso do Espírito. É na carne que se experimentam as provas. É nas vicissitudes da vida que o Espírito cresce, utilizando sua inteligência e criatividade, para superar transtornos e desafios. Isso nos diz que os mundos materiais são importantes. São moradas, estâncias, onde o Espírito se reveste de carne e habita. E progride. Dessa forma, há que se considerar o que estamos fazendo com o planeta, enquanto nos encontramos somente de passagem. O que estamos fazendo com nossa morada, lar, escola e algumas vezes, hospital? Estamos auxiliando na sua conservação ou somos dos que não nos preocupamos com coisa alguma porque logo estaremos partindo? Seria importante nos perguntarmos se estamos colaborando com as medidas de sustentabilidade do planeta. Coisas simples, como diminuir o impacto ambiental, substituindo plástico por outros materiais menos agressivos ao meio ambiente. É de nos indagarmos se somos dos que, a cada vez que nos servimos de água, nos bebedouros do escritório, da empresa, apanhamos um novo copo plástico. Já nos preocupamos com o meio ambiente e temos nosso próprio copo de vidro, para uso particular, no local de trabalho? Ou, ao menos, nos servimos de um único copo plástico, durante todo o dia? Lembramos de utilizar a impressão de documentos, artigos e tudo o mais, somente quando imprescindível, poupando árvores? Recordamos de utilizar a folha de papel de ambos os lados? De reutilizar papel escrito em uma só face, transformando-o em bloco de anotações ou lembretes? Preocupamo-nos com a separação do lixo orgânico do lixo reciclável? São coisas pequenas, mas que têm muita importância. Não podemos nos esquecer que estamos de passagem, mas nossos filhos, netos, quanto tempo mais terão sobre a Terra? E, além disso, um detalhe importante: para aqueles que acreditamos na reencarnação, deveremos retornar em algum momento. Já pensamos em como desejamos encontrar o planeta, nesse retorno? O que fazemos reflete no todo. E não nos preocupemos com os que não colaboram. Poderão aprender com nosso exemplo. Enquanto isso, sejamos como a ave que, levando gotas de água em suas asas, tenta apagar o incêndio na floresta. Em resumo: façamos nossa parte. A propósito, já plantamos uma árvore, em nossa vida? Semeamos um jardim? Pensemos nisso.

18/01/2020 17:45 | DURAÇÃO 4:21

Telha de Vidros

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17/01/2020 17:46 | DURAÇÃO 5:03

Melindres e Melindres

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16/01/2020 17:42 | DURAÇÃO 5:07

Agir ou Reagir

AGIR OU REAGIR É possível ser “easy” o tempo todo? É possível sempre levar tudo de boa? Embora considere um sinal de sabedoria não jogar tempero em cima de problemas menores nem supervalorizar pequenos imprevistos, pequenas alfinetadas, creio que nem sempre a gente consegue segurar a onda. Nem sempre a gente consegue respirar fundo antes de soltar um comentário maldoso ou sentir um forte incômodo pela situação vivida. Estamos cercados constantemente por pessoas e circunstâncias. A nossa paciência é posta à prova diariamente, nas mais variadas situações cotidianas, desde pegar um transporte público lotado às sete da manhã até conviver com pessoas que nos desagradam. Passamos por imprevistos que incluem desde um pequeno atraso por conta do trânsito até a necessidade de engolirmos a nossa opinião para não ferir as pessoas, até o ponto de fingir que certas atitudes não magoam tanto assim para manter a paz no ambiente de trabalho, no ambiente familiar , entre os amigos , entre parceiros amorosos. Me parece que sublimar algumas frustrações e ofensas é bastante salutar para a vida. Por outro lado, segurar tudo na garganta, não expressar as emoções, não falar a respeito do que nos fere pode ser um bom começo para o acúmulo nocivo de mágoas que começam pequenas e desimportantes, mas que vão ganhando corpo com o decorrer do tempo. Não digo que devemos botar tudo em discussão, que devemos debater cada mínimo detalhe da relação. Debater o tempo todo por tudo pode ser bem desgastante. Pode ampliar problemas insignificantes. Porém, nunca conversar sobre nada, nunca tentar aparar arestas, pode gerar um desinteresse pela relação, pode gerar um sentimento de que nada pode ser transformado para algo melhor, mais significativo. Sim, nem tudo deveria ser debatido, mas quando uma questão realmente nos incomoda e nos faz perder um pouco da vontade de estar junto, me parece importante conversar a respeito. Nem sempre conseguimos ser compreensivos. Nem sempre conseguimos relevar, passar por cima, deixar para lá. Nem sempre conseguimos ser “easy. Por mais que seja importante exercitar a paciência, forte qualidade de pessoas emocionalmente maduras, nem sempre é possível ficar de boa com tudo. Sim, a vida tem um lado pesado, querendo ou não aceitá-lo. Se , por um lado, não é saudável fazer uma guerra por tudo, por outro, me soa estranho achar tudo normal, não se indignar com nada , concordar com tudo. Me soa estranho não nos sentirmos abalados por nada nem ninguém. Quando nada nos afeta é porque estamos com as emoções amortecidas. Estamos impregnados pela indiferença. Claro, devemos ter uma ação diante de uma injustiça. Mas, nunca uma reação que cause o mesmo efeito. O grande desafio é deixar de reagir, escolhendo o agir, que gerará sempre melhores resultados, posto que é fruto do equilíbrio e da reflexão. E a transformação do nosso comportamento acontecerá paulatinamente e será o resultado da disciplina no pensar, que gera o hábito da reflexão, culminando pelo desarmar de nossas atitudes. Portanto, já não mais vítima das palavras rudes, do comportamento infeliz ou da atitude impensada. Que a análise e reflexão de nossas atitudes possam fazer com que, aos poucos, a reação ceda lugar a ações, pautadas em um comportamento de paz, lucidez e fraternidade. * * * Quando reagimos, revidando ofensas, agressões, descuidos alheios, passamos a sintonizar com quem as produziu. A partir daí, mantemos uma interdependência psíquica, que nos aprisiona em nuvens mentais de sentimentos malsãos, que somente nos prejudicam, física e espiritualmente. Optemos sempre pela ação ponderada e gozemos de saúde, de tranquilidade, vivendo sem sintonia com aqueles que ainda transitam pelas faixas da inconsequência ou da maldade. Façamos isso e nos sentiremos leves, felizes, plenificando-nos com as celestes bênçãos.

15/01/2020 17:41 | DURAÇÃO 5:15

A Raiva

A Raiva o que há por trás de "explosões" de raiva? Sabe aquele ódio escaldante que bate quando a internet está lenta? Ou aquele impulso violento de buzinar no trânsito quando alguém fecha sua passagem? Pois esse fenômeno muito comum – a "explosão" de raiva – está sendo estudado. E pode até ser contornado. Em uma entrevista recente para o Science of Us, o pesquisador R. Douglas Fields explicou os motivos que nos levam a sentir essa raiva tão intensa. Fields esmiuçou todas as causas que nos levam a "explodir" e agrupou-as em nove seções: integridade física, insulto, família, ambiente, sexo, ordem social, dinheiro, tribo e impedimento, esta última relacionada a tudo que nos tolhe, fisica ou psicologicamente, e causa a sensação de encarceramento. Sempre que nos sentimos ameaçados em qualquer um desses setores, é como se algo essencial para nossas vidas estivesse em risco – e nosso cérebro se prepara para a briga como meio de defesa. "Todos temos esses 'circuitos' em nossos cérebros, porque os seres humanos se desenvolveram em uma natureza selvagem, em um ambiente em que sobrevive quem é o melhor. Nossos cérebros são os mesmos que tínhamos há cem mil anos. Mas nosso ambiente é totalmente diferente agora". É preciso entender que a "explosão" não é consciente e acontece muito rápido. Isso ocorre porque a parte do cérebro responsável por essas respostas é aquela que detecta ameaças e cria uma forma de responder a elas. Pense em alguém jogando uma bola para você: mesmo que esteja distraído, seu cérebro vai perceber a esfera em sua direção e preparar sua defesa em segundos, antes mesmo que você se dê conta disso. Vale lembrar que existe uma parte gigante do seu cérebro que se ocupa em perceber ameaças, externas e internas, e essas informações estão sempre alimentando seu cérebro – de forma totalmente subconsciente. A resposta física também é automática. O mais curioso disso tudo é que o instinto responsável pela explosão de raiva que sentimos quando a internet não colabora é exatamente o mesmo que nos move a agir de maneira positiva e instantânea – como muitos atos de "heroismo" de pessoas que salvam alguém em risco e mal se lembram do que fizeram depois. "Esse instinto funciona maravilhosamente na maior parte do tempo. Às vezes, dá errado. E é isso que que precisamos controlar". E como controlar a raiva? O próprio Fields admite: tentar acalmar alguém nervoso, muitas vezes, só deixa a situação pior. "Mas identificando o que gera essa raiva, é possível virar o jogo", explicou. Quando a pessoa se torna consciente de que este gatilho vem de um instinto ancestral, é mais fácil perceber que reagir raivosamente pode ser um exagero. "De repente, você percebe que isso não é motivo para briga – e o sentimento ruim vai embora". Entender como alguma coisa funciona sempre é o primeiro passo para usá-la melhor e ter controle sobre ela. Quantas vezes sentimos raiva de alguém ou de alguma situação, por muito tempo? Quantas vezes escolhemos continuar alimentando raiva de uma pessoa que nos magoou, ou que simplesmente não atendeu nossas expectativas? As causas que disparam a emoção da raiva podem ser muitas, mas o tempo de permanência desse sentimento em nós é uma escolha. Quando o Mestre Jesus nos disse para perdoarmos setenta vezes sete vezes, ele nos deu a chave para não sentirmos raiva, para não desejarmos vingança. Porém, nosso orgulho nos domina e, muitas vezes, nos induz a atos dos quais nos arrependeremos num futuro próximo. Alimentar a raiva é contaminar-se diariamente e enviar aos que nos rodeiam vibrações carregadas de negatividade. Também comprometer nosso organismo, envenenar órgãos nobres, criando possibilidades para o aparecimento de enfermidades. Mas, como podemos evitar que sentimentos negativos perdurem em nós? Primeiramente, observando a nós mesmos. Por que nos irritamos? Por que nos abalamos tanto com o que os outros fazem e falam? Se conseguirmos observar o outro que nos fere e tentar compreender o que o move, talvez possamos perceber um irmão ferido, doente, que sofre e ainda não tem condição de agir de outra forma. Não temos controle sobre a forma do nosso próximo agir, mas podemos controlar a forma como nós reagiremos ao que ele nos apresenta. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso, com base no livro “Por que explodimos: entendendo os circuitos da raiva em seu cérebro"

14/01/2020 17:28 | DURAÇÃO 6:04

Um Amor Especial

Um amor especial Quando Jéssica veio ao mundo, trazia a cabeça amassada e os traços deformados, devido ao parto difícil vivido por sua mãe. Todos a olhavam e faziam careta, dizendo que ela se parecia com um jogador de futebol americano espancado. Todos tinham a mesma reação, menos a sua avó. Quando a viu, a tomou nos braços, e seus olhos brilharam. Olhou para aquele bebê, sua primeira netinha e, emocionada, falou: Linda. No transcorrer do desenvolvimento daquela sua primeira netinha, ela estaria sempre presente. E um amor mútuo, profundo, passou a ser compartilhado. Quando a avó recebeu o diagnóstico, anos depois, de mal de Alzheimer, toda a família se tornou especialista no assunto. Parecia que, aos poucos, ela ia se despedindo. Ou eles a estavam perdendo. Começou a falar em fragmentos. Depois, o número de palavras foi ficando sempre menor, até não dizer mais nada. Uma semana antes de morrer, seu corpo perdeu funções vitais e ela foi removida, a conselho médico, para uma clínica de doentes terminais. Jéssica insistiu para ir vê-la e seus pais a levaram. Ela entrou no quarto onde a avó Nana estava e a viu sentada em uma enorme poltrona, ao lado da cama. O corpo estava encurvado, os olhos fechados e a boca aberta, mole. A morfina a mantinha adormecida. Lentamente, Jéssica se sentou à sua frente. Tomou a sua mão esquerda e a segurou. Afastou daquele rosto amado uma mecha de cabelos brancos e ficou ali, sentada, sem se mover, incapaz de dizer coisa alguma. Desejava falar, mas a tristeza que a dominava era tamanha, que não a conseguia controlar. Então, aconteceu... A mão da avó foi se fechando em torno da mão da neta, apertando mais e mais. O que parecia ser um pequeno gemido se transformou em um som, e de sua boca saiu uma palavra: Jéssica. A garota tremeu. O seu nome. A avó tinha quatro filhos, dois genros, uma nora e seis netos. Como ela sabia que era ela? Naquele momento, a impressão que Jéssica teve foi que um filme era exibido em sua cabeça. Viu e reviu sua avó nos quatorze recitais de dança em que ela se apresentou. Viu-a sapateando na cozinha, com ela. Brincando com os netos, enquanto os demais adultos faziam a ceia na sala grande. Viu-a, sentada ao seu lado, no Natal, admirando a árvore decorada com enfeites luminosos. Então Jéssica olhou para ela, ali, e vendo em que se transformara aquela mulher, chorou. Deu-se conta de que ela não assistiria, no corpo, ao seu último recital de dança, nem voltaria a torcer com ela pelo seu time de futebol. Nunca mais poderia se sentar ao seu lado, para admirar a árvore de Natal. Não a veria toda arrumada para o baile de sua formatura, ao final daquele ano. Não estaria presente no seu casamento, nem quando seu primeiro filho nascesse. As lágrimas corriam abundantes pelas suas faces. Acima de tudo, chorava porque finalmente compreendia como a avó havia se sentido no dia em que ela nascera. A avó olhara através da sua aparência, enxergara lá dentro e vira uma vida. Lentamente, Jéssica soltou a mão da avó e enxugou as lágrimas que molhavam o seu rosto. Ficou de pé, inclinou-se para a frente e a beijou. Num sussurro, disse para a avó: Você está linda. * * * Se desejas ensinar a teu filho o que é o amor, demonstra-o. Não lhe negues a carícia, a atenção, a palavra. O que faças ou digas é hoje a semeadura farta de bênçãos que o mundo colherá, no transcurso dos anos dos teus rebentos. E o mundo te agradecerá, por teres sido alguém que entregou ao mundo um ser que saiba amar, de forma incondicional e irrestrita. Redação do Pense Nisso, com base no cap. Linda, de autoria de Jéssica Gardner, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante. Em 23.10.2017.

13/01/2020 17:37 | DURAÇÃO 5:51