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Hábito

21/11/2019 11:01 | DURAÇÃO 2:48

Notas do Episódio

O hábito é o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina. A maioria de nós que estamos na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral. Há a tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles. Por conta disso, exagera-se nas necessidades e se aparta da simplicidade com que seria fácil viver em paz. Porque são muitas as pretensas necessidades, ergue-se todo um sistema defensivo em torno delas. Para assegurar o que entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel. Dando vazão ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo. Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia. Por não refletir detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo. Aprisiona-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar. Não é lícito desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no espaço e no tempo e conquista os recursos que lhe enobrecem a vida. Contudo, a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de que o ser se liberte de fórmulas inferiores. . Ainda hoje, no mundo, a justiça cheira a vingança e o amor tem laivos de egoísmo. Tal se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios. Entretanto, a ciência da vida que jamais se esgota precisa induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes. Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo. Para isso, nada melhor do que se habituar a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias. A automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção. Pense nisso. Texto baseado no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.