Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

Os 13 Passos Para o Bem

OS 13 PASSOS PARA O BEM Caros ouvintes do pense nisso; Durante a nossa existência deparamos com vários manuais e livros de auto-ajuda , que nos indicam formulas para o sucesso... Mas, para construirmos os alicerces de uma vida mais feliz e fraterna, devemos seguir 13 passos para o bem. Não é fácil, mas devemos pelo menos tentar. A seguir o pense nisso, traz os 13 passos para um bem viver: 1- por mais que lhe falem da tristeza . . . . . . Prossiga sorrindo ! 2- por mais que lhe demonstrem rancor . . . . . . Prossiga perdoando ! 3- por mais que lhe tragam decepções . . . . . . Prossiga confiando ! 4- por mais que lhe ameacem de fracasso . . . . . . Prossiga apostando na vitória ! 5- por mais que lhe apontem erros . . . . . . Prossiga com os seus acertos ! 6- por mais que discursem sobre a ingratidão . . . . . . Prossiga ajudando ! 7- por mais que noticiem a miséria . . . . . . Prossiga crendo na prosperidade ! 8- por mais que lhe mostrem destruições . . . . . . Prossiga na construção ! 9- por mais que acenem doenças . . . . . . Prossiga vibrando saúde ! 10- por mais que exibam ignorância . . . . . . Prossiga exercitando sua inteligência ! 11- por mais que o assustem com a velhice . . . . . . Prossiga sentindo-se jovem ! 12- por mais que plantem o mal . . . . . . Prossiga semeando o bem ! 13- por mais que contem mentiras . . . . . . Prossiga na sua verdade ! Por mais difícil que lhe pareçam essas 13 tarefas . . . . . . Prossiga acreditando na capacidade que deus lhe deu para cumprí-las ! Pense nisso, e construa uma vida melhor pra você e para a sua família.

03/08/2020 09:00 | DURAÇÃO 2:29

Deserto Florido

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01/08/2020 14:30 | DURAÇÃO 4:29

Servidores da Humanidade

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31/07/2020 18:17 | DURAÇÃO 4:41

Síndrome do Elefante Preso

Síndrome do Elefante Preso Você já pensou porque o elefante, um animal enorme, fica preso a uma corda frágil que, com poucos esforços ele arrebentaria? Isso ocorre porque o homem usa um meio eficaz de submetê-lo, quando o elefante ainda é um bebê e desconhece a força que tem. Preso a uma corda, o bebê elefante tenta escapar. Faz esforços, se debate, se machuca, mas não consegue arrebentar as amarras. A cena se repete por alguns anos. As tentativas de libertar-se são inúteis. O elefante desiste. Vencido pelas amarras, ele acredita que todos os seus esforços serão inúteis, para sempre. Assim é que, depois de adulto, o gigante fica preso a uma fina corda que ele poderia romper com esforços insignificantes. Fazendo um paralelo com o ser humano, poderíamos indagar: Por que um ser tão grandioso, com tantos talentos, se deixa vencer por amarras tão sutis e sem fundamento? São cordas invisíveis que vão imobilizando um gigante e, por fim, ele se conforma e se submete, sem questionamentos. Desde a tenra idade até a adolescência somos amarrados com cordas ou correntes - conceitos, doutrinas, costumes, escala social, ensinamentos de obediência, subordinação - e crescemos carregando estas fictícias amarras na mente e não importa a cultura ou o país em que se vive. E mais, tudo isso em nome da tradição e do bem-estar social! Quem não segue a tradição é considerado um desajustado! Se teimar em continuar a desobedecer é tido como subversivo - em relação a governos -, herege - em relação a igrejas -, ou um louco ou demente -, pela sociedade. Fugir do padrão imposto incomoda aos líderes; pais, governantes e religiosos, ninguém gosta de ser desobedecido e adoram impor normas! Claro, quando somos pequenos é necessário que alguém cuide de nós, nos eduque, nos proteja, nos encaminhe para a vida, porém, toda esta didática emprega o medo! Desde a mais inocente história nos contada tem fundo de submissão; o Bicho papão, a Cuca vem pegar, Saci-Pererê, Mula sem cabeça, o medo do escuro, a religião dominante onde se reside é que a correta, o pecado, Deus castiga... Todos elogiam e gostam de pessoas humildes, mas poucos desejam possuir esta “virtude”. Entretanto, os costumes mudam, mesmo sem a anuência dos que tentam manter as rédeas de tudo. Surgem novas religiões, novos meios de comunicações, o saber se espalha via livros, jornais, rádios, televisão, internet, a ciência desmente boa parte de mitos e lendas, e, mesmo assim, muitos ainda continuam presos às correntes fictícias que os aprisionam a vida inteira. Surge nova safra dos donos do poder entupindo-nos e massacrando-nos de “verdades” e conceitos, e, tudo volta a ser como antes, mas com uma nova metodologia de se fazer a mesma coisa: obedecer, submissão! Todos pregam a liberdade, mas para propagar livremente sua causa, criticam ou rebaixam outras doutrinas ou qualquer outro estilo de pensamento para se sentiram por cima, mas se está no mesmo lugar, pois foi o outro que foi rebaixo e não a sua organização que subiu. Não é por ter mais torcedores que um time de futebol é o melhor time ou sempre é o campeão. Portanto, ter ou pertencer à maioria não significa possuir a “verdade”. Ser livre é não pertencer a nenhuma causa, mas ter a sua própria causa, é ter conhecimento de todas para não ser engessado, criar sua própria base de ensinamentos para orientar-se na vida. Quem pertence a uma determinada causa não é livre o bastante para falar em liberdade, a causa o torna preso a determinados conceitos, sua visão é míope e distorcida para poder opinar sem paixões sobre outros assuntos. Jamais devemos nos ater a um só princípio ou causa. Quanto mais se sabe sobre outras coisas melhor entendemos e respeitamos nossos semelhantes. Devemos sempre dar uma peneirada em tudo que nos falam e ensinam e toda doutrina tem seu ponto fraco, então, exclua-os, assim, sempre se terá a parte mais benéfica e saudável, e se cria por si só um compêndio de boas coisas. Sempre veja os dois lados de tudo. * * Você é um ser especial. Seu destino lhe pertence. Não se permita prender pelas cordas invisíveis que outras mentes desejam impor a você. Você tem um sol interior e sua força é muito maior do que possa imaginar. Rompa com todas as amarras e busque as alturas... Você é filho da luz e herdeiro das estrelas. Pense Nisso, mas pense agora.

30/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 5:59

Como se pode definir a saudade?

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29/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:35

No exercício profissional

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28/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 3:57

Impasse

IMPASSE A Escolha de Sofia é um clássico que se transformou-se em exemplo de impasse, de dilema a ser resolvido. Sofia vive atormentada pela escolha que teve de fazer quando estava no campo de concentração. Entre todos os horrores pelos quais passou, o pior foi ter de escolher entre seu filho e sua filha qual dos dois deveriam ser mortos. Esta é a escolha de Sofia, uma mãe diante de um grande dilema .... em um documentário, foi proposto um experimento teórico para estudar a lógica da decisão . Imagine que um trem lotado encaminha-se para um precipício, redundando numa queda da qual não restariam sobreviventes. Posicionado em um entroncamento, você pode ativar uma alavanca para desviar o comboio, fazendo-o atingir um pequeno grupo de pessoas. Sua intervenção certamente causaria um número menor de vítimas. Como você agiria? Pesquisas sobre esse dilema mostram que as pessoas agiriam segundo o princípio do "menor dano". Em mais de 90% dos casos os sujeitos apertariam a barra salvando muitas pessoas, assumindo a responsabilidade pela morte de algumas outras. Porém, dizer nem sempre é fazer. Experimentos nos quais é preciso agir - e não apenas declarar as intenções - apontam outro resultado. A convicção em torno de valores, princípios e regras pode se mostrar incrivelmente frágil diante da experiência real. Situações concretas, por sua vez, são muito sensíveis à contagem dos participantes. Sozinhos na situação do trem, você e sua consciência provavelmente tomariam atitude diferente daquela que teriam se houvesse testemunha. Isto nos levam a pensar sobre situações difíceis que precisam ser encaradas de frente e que vamos jogando de mão em mão como se fosse uma batata quente. Alguém espera que alguém resolva, este alguém que resolveria pode ser qualquer um, inclusive Deus, para quem acredita nele. Temos, nos últimos anos aprendido muitos termos, palavras que significam viver ou morrer. Eutanásia, que é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida. Crime pelo código penal. Distanásia, um prolongar da vida de modo artificial, mesmo sabendo que não há mais esperanças, não há chances de cura. Morte lenta, sofrida. Ortotanásia, que significa morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural. Neste caso o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que este estado siga seu curso natural. Conversar sobre isso é difícil, questionar se uma pessoa em coma tem capacidade de ouvir, e se ouve, tem ela condições ou poder de decidir se vive ou se desiste? Prefiro acreditar que sim. Há um apego e um apelo muito grande em se prolongar a vida, mesmo sabendo que não há mais esperanças, mesmo sabendo que o que vem pela frente pode tornar-se insuportável para todos. Então aqui entra a decisão do maquinista do trem. Alguém precisa fazer o papel do maquinista. O inconsciente é composto por figuras que o habitam e é sempre em companhia delas que você terá que decidir. A defesa inócua do criminoso comum é alegar que está em paz com sua consciência. Mas nunca estamos em paz com nossa consciência - ela é feita para nos atormentar, para rever continuamente as consequências, causas e razões de nossos atos. Estar "em paz com a consciência" É, no fundo, não ter consciência. Em seu Projeto de psicologia científica para neurólogos, de 1895, Freud estabeleceu alguns fundamentos para uma lógica da escolha. Em um verdadeiro processo de decisão, temos de comparar situações de tal forma que proposições se formem em nossa consciência. Antes de qualquer escolha há uma espécie de metadecisão envolvendo os caminhos pelos quais a opção pode ser feita. Podemos até estar bem-intencionados, e acreditar que escolha é apenas uma elaboração de pensamento. Mas temos um júri coletivo que será destinatário de nosso juízo. Perguntamos como agiriam as pessoas que conhecemos, amamos ou respeitamos e reciprocamente como seríamos julgados por elas. A diferença entre a verdade do que dizemos e o real do que fazemos emana do fato de que agir compromete, custa. Movendo a alavanca nos tornamos responsáveis diretos pela morte de inocentes. Esperando passivamente que o trem caia no precipício, ficamos em paz com nossa consciência, afinal "alguém" deveria ter pensado nisso antes, alguém da companhia de trens ou da vigilância antiprecipícios. Aqui surgem os dois outros elementos da lógica freudiana da decisão: a angústia e o tempo. A verdadeira escolha nunca é tomada sem a incerteza de um tempo de angústia. Há os que e deixam a alavanca intacta e contam com a teoria neurótica do tempo indefinidamente elástico no qual alguém tomará ou já a tomou a decisão certa por nós. Há aqueles que se lançam heroicamente para a alavanca seguem outra forma de temporalidade neurótica na qual o "alguém" sou eu mesmo livrando-me da angústia de decidir. De uma forma mais simples, vem a pergunta: você é quem decide, ou espera que alguém decida por você? Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso. Em 01.8.2015.

27/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 6:58

Amor Sentimental

Quantas vezes você mulher, olhou para o seu companheiro e não se indagou: - bem que ele poderia ser como o personagem da novela tal; romântico, seguro, observador... E você marido?Muitas vezes devem ter fantasiado o mesmo com relação a sua esposa. Ah se ela fosse mais magra ou se reclamasse menos das coisas, se fosse mais compreensiva, mais envolvente. Tal como a personagem do filme. Fantasias. Devaneios.Utopias. A atriz Rita Hayworth tornou-se famosa vivendo nas telas o mito da mulher sensual. Em 1946, tornou-se deusa do amor interpretando o papel que lhe daria maior glória: Gilda. Dali em diante foi sempre difícil para ela conseguir que as pessoas separassem Rita de Gilda. As pessoas a olhavam e a viam como Gilda, a personagem do filme. Por isso mesmo, Rita chegou a se casar por sete vezes. Em suas entrevistas, ela dizia que jamais conseguira ser verdadeiramente amada. Os homens procuram Gilda, namoram Gilda, casam-se com Gilda e depois descobrem que sou Rita, simplesmente Rita. O que a famosa atriz queria dizer é que os homens não conseguiam vê-la como o ser humano, com defeitos, com desejos e anseios muito diferentes daqueles da personagem que interpretava no filme. Por isso, acabavam se desiludindo e abandonando-a. Isso acontece muito. Trata-se do que Erich Fromm chama de amor sentimental. É o amor que só é experimentado em fantasia e não nas relações concretas com a pessoa, que é real. Assim, homens e mulheres, que não se sentem felizes em seus casamentos, encontram satisfação no consumo de filmes, novelas, contos amorosos e canções de amor. Comovem-se até às lágrimas quando participam da feliz ou infeliz história de amor do casal, na tela, como se fosse a sua própria história. As mulheres que ficam aguardando um gesto de gentileza do marido, alguma atitude romântica e nada recebem, escolhem como seu ideal o galã da telenovela da atualidade. Sim, aquele é um homem verdadeiramente gentil. Ele sabe elogiar o cabelo, a roupa nova da sua amada. Tem a capacidade de renunciar à companhia dos amigos para estar com ela. Manda flores, escreve e fala frases bonitas. Assim também o homem que vê no papel da atriz o seu ideal de mulher e se torna espectador do amor alheio. Vibra com tudo o que a cena lhe mostra, mas quando retorna à sua vida real, se torna frio. No entanto, amar, antes de tudo, consiste em dar, não em receber. E o que uma pessoa pode dar para outra? A mais importante maneira de dar não está nas coisas materiais, está em dar de si mesmo, do que tem de mais precioso, dar de sua vida. Dar da sua alegria, da sua compreensão, da sua atenção, da sua tristeza, enfim, de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si. * * * Diferentemente do amor –paixão, o amor sublime é de essência divina. Todos os homens, do primeiro ao último, têm, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. O amor é o mais elevado dos sentimentos. É esse sol interior que reúne em seu ardente foco todas as aspirações sobre-humanas. Quem ama encontra, todos os dias, razões para a própria felicidade que é, em síntese, a felicidade daqueles que ama. Pense Nisso, e viva o amor real, o amor sublime. Texto elaborado com base nos caps. II e III, do livro A arte de amar, de Erich Fromm, ed. Itatiaia e nos itens 8 e 9 do cap. XI de O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb. Em 06.7.2012.

25/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:36

O sonho de Martin

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24/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:14

Ajudando a chorar

AJUDANDO A CHORAR Como anda seu envolvimento com as outras pessoas? Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém a sua volta que precisa de ajuda? Ou você é daquelas almas que já conseguem se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las ou, pelo menos, não deixando que alguém sofra na solidão? Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor, Leo Buscaglia, quando certa vez foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era "A criança que mais se preocupa com os outros". O vencedor foi um menino, cujo o vizinho, um senhor de mais de 80 anos, acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo. Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. "Nada", disse o menino, ele tinha perdido a sua mulher e isso deve ter doído muito, eu fui apenas ajudá-lo ao chorar. A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos. Geralmente, costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes ou porque sabemos tão pouco para consolar. Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos e que os outros são menos importantes. Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar. Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravessa. Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer "eu estou aqui com você", são atitudes muito importantes. Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso. Outras vezes, mais importantes que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém. Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos para conseguir ajudar. Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que tem, o que sabem e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros. Não nos preocupemos em termos algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silensiosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento. Pense nisso, mas pense agora. Texto elaborado com base no cap. O que mais se preocupava, do livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho, ed. Globo. Em 25.10.2013.

23/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 3:28

Transitoriedade

TRANSITORIEDADE Em face das preocupações que te ocupam a tela mental, levando-te a inquietações desnecessárias, seria válido que fizesses uma avaliação em torno de teu comportamento. Convidamos a uma rápida análise de fatos ocorridos em tua existência. Retorna, psiquicamente, há apenas cinco anos, no teu passado recente e procura recordar as aflições que então te maceravam a alma. Enfermidades que te minavam o organismo, ameaçando-te a existência física; problemas de sentimento emocional que te entristeciam; solidão amarga em que te refugiavas; incertezas no trabalho que te oferecia recursos para uma vida honrada; expectativa em torno de metas que pareciam tardar; abandono de amigos que se apresentavam como irmãos... Mudemos a tônica das lembranças. Talvez estivesses cercado pela ternura de afetos que te afirmavam ser de natureza eterna; possuías saúde e equilíbrio orgânico invejáveis; quem sabe tivessesmotivações emocionais para avançar; independência econômica, segurança no trabalho, bem-estar social e harmonia doméstica. Cinco anos. Em apenas cinco anos, observa quantas mudanças ocorreram no trânsito das tuas horas. As enfermidades ameaçadoras partiram, os males desapareceram, o trabalho se te afirmou ideal, novos amigos vieram ter contigo... Surgiram metas promissoras e não poderias supor, naquela ocasião que, em determinado momento futuro, te encontrarias fortalecido e alegre, considerando os problemas então vigentes. Cinco anos... Provavelmente, o afeto que acariciavas saiu do teu lado, deixando-te em aflição; a saúde bateu em retirada, os sentimentos ficaram em transtorno... O ganha-pão tornou-se-te lugar de sofrimento; os recursos de que dispunhas mudaram de mãos; a convivência social modificou-se em relação às pessoas... E ainda, o lar, que parecia tão bem estruturado, encontra-se em frangalhos... Essas ocorrências tiveram lugar em somente sessenta meses! * * * A existência humana é transitória e cheia de surpresas. O que parece duradouro, torna-se de rápida permanência. A segurança diminui ou a intranquilidade asserena-se. Tudo está em constante modificação. O importante é saber como conduzir-se nas múltiplas etapas em que a vida se manifesta. Ninguém se encontra, na Terra, em regime de exceção, portanto, sem ocorrências inesperadas, tanto boas quanto más, alegres quanto aflitivas. Sendo um planeta de provações e de expiações, a transitoriedade é a sua marca. O que é muito bom, porque, da mesma forma que as questões gentis e felizes alteram-se, também aquelas de natureza destrutiva, angustiante, cedem lugar a outras mais amenas e confortadoras. Não fosse assim, e ninguém suportaria a presença do sofrimento sem consolo, nem esperança. Desse modo, nunca te permitas perturbar por acontecimentos que fazem parte do teu currículo evolutivo, já que tudo ocorre de acordo com a programação básica mais útil à tua libertação espiritual. Nos momentos bons, carreguemos as forças, o ânimo. Nos momentos pesarosos, aprendamos, reflitamos e, em todos eles, continuemos crescendo para uma sociedade mais justa e fraterna. Pense Nisso, mas pense agora. Convido você, fã da Centro América FM, acessar o nosso site. Lá você encontra esse e muitos outros textos e áudios do Pense Nisso: centroamericafm.com.br Texto elaborado com base no cap. 28, do livro O amor como solução, Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 25.7.2015.

22/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:20

Meu filho, você é a luz do sol

Não há dor maior dor que a perda de um filho... Aprendemos a amá-los de uma forma tão grandiosa, tão completa, que não conseguimos mais enxergar o mundo sem a sua presença ao nosso lado. Descobrimos um tipo de amor que nos faz crescer e nos faz amar a vida como nunca antes havíamos amado. E subitamente são levados... aos poucos meses, nos primeiros anos... Ou um pouco mais tarde. Levados de nosso regaço através da morte tão cruel. "Um pai, uma mãe, nunca deveriam enterrar seus filhos" - diz o pensamento popular, fazendo menção à ordem natural da vida para os que deveriam partir antes. Mas infelizmente essa não é uma lei. Em setembro de 2015, Nolan Rayn de quatro anos, estava com o nariz entupido. Seus pais pensaram que era apenas um resfriado simples. No entanto, ele logo começou a ter dificuldade em respirar e os medicamentos não estavam a ajudar. Dois meses depois, os médicos descobriram que era um tumor que estava causando o bloqueio das suas vias aéreas. Nolan foi diagnosticado com rabdomiossarcoma, uma forma rara e normalmente incurável de câncer. Ruth, sua mãe, compartilhou o dia a dia da luta de seu filho. Depois de vários tratamentos, Nolan foi ficando mais fraco. Infelizmente, o câncer se espalhou por todo o corpo. Quando a doença se espalha dessa forma, isso diminui as chances de sobrevivência de 40% para 20%. Quando Nolan foi ao hospital pela última vez, o menino não comia há dias e vomitava constantemente. A mãe de Nolan descreve os últimos dias no hospital: "Eu me sentei e coloquei minha cabeça contra a dele e tive a seguinte conversa: Dói para respirar, não é meu filho? Bem… sim mamãe. Respondeu Nolan Você está com muita dor não é bebê? O pequeno, olhando para baixo, respondeu que Sim. Ruth, com o coração de mãe despedaçado, disse: - Esse câncer é uma porcaria. Você não precisa lutar mais meu anjinho! Não? Mas eu vou lutar..por você mamãe, eu vou lutar. Não! – É isso que você tem feito? Lutar pela mamãe? Sim, mamãe. Nolan Ray - disse a sua mãe bem séria - qual é o trabalho da mãe? Me manter seguro! Respondeu o pequeno com um grande sorriso. Então meu Doce… Eu não posso mais fazer isso aqui. A única maneira de mantê-lo seguro é no céu. Disse Ruth em pratos. Nolan, fitando os olhos de sua mãe disse: - Entãooo…. vou para o Céu e brincar até você chegar lá! Você virá certo? Claro! Você não vai se livrar da mamãe tão facilmente! Obrigado, mãe!!!” – agradeceu o pequeno enfraquecido pela terrível doença. Nos dias seguintes, Nolan só dormia. Seus pais pensaram em ir para casa passar uma última noite juntos – mas quando terminaram de fazer as malas, Nolan agarrou a mão de sua mãe e disse que estava bem, eles poderiam ficar no hospital. "Meu herói de 4 anos estava tentando me certificar de que as coisas eram fáceis para mim”, escreve Ruth em seu post na rede social. Por volta das 21:00, nós estávamos assistindo YouTube na cama (Peppa Pig, mais precisamente) e eu perguntei a Nolan se podia entrar no banho, pois não tinha permissão para deixá-lo e precisava toáa-lo a todo instante.Ele disse: ‘Ummmm, ok, mãe. Peça ao tio Chris que venha se sentar comigo e irei por esse caminho para que eu possa te ver." Ruth ficou, de pé na porta do banheiro, virou-se para Nolan e disse: “Continue olhando aqui, vou só demorar dois segundos". Depois, Ruth correu e pulou na cama com ele, e colocou a mão no lado direito do rosto de seu filhinho. Então , algo emocionante aconteceu, descrito por Ruth assim: Meu anjo respirou fundo, abriu os olhos, sorriu para mim e disse: “Eu amo você, mamãe... Em seguida, virou a cabeça em direção à sua mãe, a fitou com os seus castanhos e com o brilho da ternura às 23:54, Rollin Nolan Scully, de quatro anos, faleceu enquanto a sua mãe cantava ‘You’re My Sunshine’ em seu ouvido. ...Abrace o seu filhinho e ouça a canção. Texto elaborado com base nas postagens no facebook de Nolan Strong. Em 16.3.2018.

21/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 6:19

Peripatético

Você sabe o que quer dizer peripatético? E quando você não sabe o que significa uma palavra o que faz: pergunta para quem sabe, consulta o dicionário, finge que sabe? A maioria de nós, quase sempre, opta pela terceira forma: finge que sabe, fala como quem sabe, mas não pergunta, nem se informa. Afinal, ninguém deseja que o outro descubra que ele não sabe. Numa reunião de treinadores voluntários em uma empresa, discutia-se a melhor fórmula de ministrar um curso para 200 funcionários. Depois de uma explosão de idéias, alguém propôs que se utilizasse um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento. Nesse instante, o professor do grupo que, até então, se mantivera calado, fez a observação: Jesus era peripatético. Um silêncio constrangedor, uma troca de olhares entre os participantes se fez de imediato. Antes que alguém pudesse dizer algo, o professor foi chamado para atender um pedido do Departamento de Recursos Humanos. Mal ele saiu da sala, as manifestações se fizeram: Que comentário de mau gosto! – disse um. De absoluta falta de respeito! – falou outro. Alguém argumentou que talvez o professor tivesse suas razões. Talvez ele fosse ateu e não quisesse misturar religião com treinamento. Mas devia respeitar a religiosidade dos outros! – vociferou alguém. Durante dez minutos, cheios de fúria, os componentes do grupo malharam o professor. Quando ele retornou, olhares hostis o receberam. Contudo, ele estava tão bem que foi logo dizendo: Então, acredito que tenhamos resolvido como fazer o treinamento. Separamos os funcionários em grupos de 20 e cada um de vocês vai fazer a apresentação mais de uma vez. Alguém ousou falar: Professor, veja bem, esse negócio de peripatético... É isso mesmo, completou ele. Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos. Jesus foi o Mestre dos mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico... Mas que cara é essa? Peripatético quer dizer "o que ensina caminhando." Todos se entreolharam, corados de vergonha. Nenhum deles sabia o significado da palavra. Encolhidos, se deram conta que seu orgulho era maior do que a vontade de aprender. Aprender para ensinar. Teria sido suficiente um deles ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra. Os demais concordariam e tudo se resolveria com uma simples consulta ao dicionário. Pense nisso. O fato de todos estarem de acordo a respeito de alguma coisa não transforma o falso em verdadeiro. Informe-se. Nunca se esquive do aprendizado, não tenha vergonha de perguntar, indagar, questionar. E pesquise, leia, nunca se permita estacionar na escalada do conhecimento. E, finalmente, lembre: a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime. Pense de que lado você prefere ficar. Texto elaborado com base em artigo assinado por Max Gehringer Em 18.12.2014

20/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 3:39

Advertência

Existem jóias raras na literatura mundial, por vezes até de autor considerado anônimo. Há alguns dias, em uma obra, colhemos a seguinte advertência, exatamente nesses moldes de que falamos: Um dia chegará em que, num determinado momento, um médico comprovará que meu cérebro deixou de funcionar e que, definitivamente, minha vida neste mundo chegou ao seu fim. Quando tal coisa acontecer, não digas que me encontro em meu leito de morte. Estarei em meu leito de vida e cuida para que esse corpo seja doado para contribuir de forma que outros seres humanos tenham uma vida melhor. Dá meus olhos ao desgraçado que jamais tenha contemplado o amanhecer, que não tenha visto o rosto de uma criança ou, nos olhos de uma mulher, a luz do amor. Dá meu coração a alguma pessoa cujo coração só lhe tenha valido intermináveis dias de sofrimento. Meu sangue, dá-o ao adolescente resgatado de seu automóvel em ruínas, a fim de que possa viver até poder ver seus netos brincando ao seu lado. Dá meus rins ao enfermo, que deve recorrer a uma máquina para viver de uma semana à outra. Para que um garoto paralítico possa andar, toma toda a totalidade de meus ossos, todos os meus músculos, as fibras e os nervos todos de meu corpo. Mexe em todos os recantos de meu cérebro. Se for necessário, toma minhas células e faze com que se desenvolvam, de modo que, algum dia, um garoto sem fala consiga gritar com entusiasmo ao assistir a um gol, e uma garotinha surda possa ouvir o repicar da chuva contra o vidro da janela. O que sobrar do meu corpo, entrega-o ao fogo e lança as cinzas, ao vento, para contribuir com o crescimento das flores. Se algo tiveres que enterrar, que sejam os meus erros, minhas fraquezas e todas as minhas agressões contra o meu próximo. Se acaso quiseres recordar-me, faze-o com uma boa obra e dizendo alguma palavra bondosa ao que tenha necessidade de ti. * * * As palavras de advertência desse anônimo nos convidam a meditar no tesouro que possuímos, que é nosso corpo físico. Tantos esquecemos de render graças a Deus por essa maquinaria maravilhosa, tanto quanto nos olvidamos de lhe providenciar, após a morte física, o devido destino. Tantas são as campanhas em prol da doação de córneas, de rins e vamos protelando sempre para mais tarde a decisão de prescrever nossa doação. Sem nos esquecermos de que, enquanto ainda dispondo do corpo de carne, podemos nos tornar regulares doadores do valioso líquido, que representa a vida e se chama sangue. Meditemos se não estamos sendo demasiado egoístas em não disponibilizar esse tesouro para que outros vivam e vivam de forma abundante. * * * A retirada das córneas, após a morte, de forma alguma deforma ou mutila o cadáver. Essa é a preocupação de alguns possíveis doadores, que não desejam agredir a família. Os rins podem ser retirados do cadáver até seis horas após ter ocorrido a morte. Para o Espírito do doador não ocorre mutilação, ao contrário, tais atitudes revelam desprendimento e grandeza d'alma. Texto elaborado com base no texto Em minha lembrança, de autoria anônima. Em 11.12.2012.

18/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:08

A vaidade

A vaidade é o primeiro pecado capital...usamos a palavra “pecado” de forma metafórica, é claro. Mas a vaidade, a soberba, o orgulho é aquilo que faz com que alguém se ache melhor do que os outros, ou acima do outro. e faz com que o vaidoso deixe de perceber a igualdade...deixe de perceber e de se abrir aos outros. A vaidade é um defeito. Porque a vaidade acaba indicando para as pessoas, que eu quero, ou pretendo, ser diferente e acima delas. A pessoa vaidosa toma decisões erradas, porque se têm numa conta excessiva e sempre se superestima. A pessoa vaidosa é difícil, porque ela só vê a sí. A pessoa vaidosa é pouca estratégica, porque ela leva em conta que o mundo inteiro vai pensar sobre ela, aquilo mesmo que ela pensa sobre sí mesma A pessoa vaidosa é frágil; porque alguns elogios, na sua grande maioria falsos, podem quebrar toda resistência de uma pessoa vaidosa. A pessoa vaidosa se torna pouco produtiva, porque acha suficiente aquilo que faz. A pessoa que é tomada pela vaidade, é uma pessoa que não consegue desenvolver o seu potencial, porque acha que é perfeita. Quando nós olharmos o mundo como um lugar de diferenças, onde todos são iguais na dignidade diante da lei. Mas, todos são absolutamente diferentes na percepção do mundo e nas capacidades; Quando percebermos que temos características boas e ruins, em comparação aos outros; Quando tivermos uma dimensão das nossas próprias personalidades, vamos conseguir dar os primeiros passos para superar o problema da vaidade. As vaidades não nos tornam apenas chatos, a vaidade nos tornam infelizes e incapazes de amarmos. Como todo vício moral, a vaidade impede uma apreciação precisa da realidade. Quem porta esse defeito não percebe que apenas se complica, ao cultivá-lo. Que seria muito mais feliz ao viver com simplicidade. Que ninguém se preocupa muito com sua pessoa e com sua pretensa importância. Que, ao tentar brilhar cada vez mais, frequentemente cai no ridículo e se torna alvo de chacota. Analise seu caráter e reflita se você não possui excesso de vaidade. Você reconhece facilmente seus erros? Elogia as virtudes e os sucessos alheios? Quando se filia a uma causa, o faz por ideal ou para aparecer? Admite quando a razão está com os outros? Caso se reconheça vaidoso, tome cuidado com seus atos. Esforce-se por perceber o seu real papel do mundo. Reflita que a vaidade é um peso a ser carregado ao longo do tempo. Simplifique sua vida, valorize os outros, admita os próprios equívocos. Ao abrir mão da vaidade, seu viver se tornará muito mais leve e prazeroso Texto elaborado com base na palestra do historiador Leandro Karnal. Em 19.05.2017

17/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 3:43

Exemplos, lições e experiências

Que modelos temos apresentado aos nossos filhos para que eles possam seguir? Às vezes, buscamos modelos de longe, nomes expressivos que tenham realizado grandes benefícios para a Humanidade. Se são autênticos, naturalmente falam à alma do jovem, que é idealista por natureza. Contudo, existem, por vezes, criaturas bem próximas a nós, que não valorizamos devidamente. Avós, parentes, amigos que traduziram sua vida em legado de paz, que sacrificaram tudo por seus ideais, que exerceram suas atividades para além do dever. Lemos, certa feita, acerca de um prisioneiro político romeno que somente aos setenta e seis anos, graças à queda do regime, pôde visitar seus filhos e conhecer seus netos. Um homem de setenta e seis anos, de profundos olhos azuis que, apesar de toda a dureza e maus tratos sofridos na prisão, manteve seu entusiasmo pela vida, na certeza de que tudo valera a pena. Mesmo o sacrifício da família, do prestígio, do poder que gozava. Contemplando o mar, nas areias das praias americanas, comendo batatas fritas e aprendendo com os netos a atirar um disco de plástico, exclamava: Que belo sonho. Que maravilha. A vida vale a pena ser vivida em toda sua plenitude. Um de seus netos, alguns dias depois, precisou escrever uma redação para a escola. Durante várias horas ele trabalhou duro, sobre as folhas de papel. Quando terminou, leu em voz alta, para sua mãe emocionada: Conheci um verdadeiro herói. O pai de minha mãe foi parar na cadeia por falar abertamente contra o governo. Depois de seis anos de solitária prisão, ele foi libertado. Minha mãe, meu tio e minha avó saíram do país. Ele não foi autorizado a ir embora com eles. Sozinho, ficou em seu país amargando a dor da separação e o desrespeito de amigos e parentes que o consideravam um fracassado. Ouvir falar de meu avô fez com que eu entendesse que lutar por minhas crenças é muito importante para mim. Na quinta série escrevi à professora uma carta de protesto porque considerei que ela tomara uma decisão injusta em relação a um de meus amigos. Atualmente, sou o representante da turma no Conselho de alunos e estou lutando com firmeza para melhorar nossa escola. Tenho orgulho de meu avô romeno. Espero, que de fato, exista uma outra vida para que possa vê-lo outra vez. O exemplo é nobre e, como percebemos, estabeleceu rumos dignos a outras vidas. Sua lição foi a de que não devemos silenciar nossa voz na defesa dos valores e da verdade. Ao contrário, devemos falar para sermos ouvidos. Senão, como já aprendemos a sentir, sempre haverá uma parte em nós que permanecerá insatisfeita. Lutar pelos ideais de enobrecimento é ensinamento que não devemos relegar a segundo plano, em se falando de nossos filhos, nossos tesouros e responsabilidade maior. * * * Aproveitemos todas as lições com que a vida nos honra as horas. Estejamos atentos, tendo olhos de ver e ouvidos de ouvir. Os exemplos passam ao nosso lado e suas experiências são lições significativas que não podemos ignorar. Texto elaborado com base no artigo O que os heróis nos ensinam, da Revista Seleções Reader’s Digest, de fevereiro de 1998. Em 08.5.2002.

16/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:37

Os miseráveis

Conta-nos Victor Hugo, em seu livro Os miseráveis que, na França, no século dezoito, viveu um homem que se chamava Jean Valjean. Na prisão passou boa parte de sua juventude, embrutecendo seu espírito, acostumando-se a ser tratado como uma fera e agindo como tal. Quando foi posto em liberdade, após o cumprimento da pena, recebeu um documento que, segundo lhe disseram, informava seu nome e mencionava que ele era um ex-condenado muito perigoso. Na verdade, seu crime fora ter quebrado uma janela e ter roubado um pão para se alimentar e aos filhos de sua falecida irmã, que estavam sob seus cuidados. Embora livre, seu futuro era incerto. Vagava entre um vilarejo e outro, quando, numa noite muito fria, atreveu-se a bater na porta de uma casa que alguém lhe indicou como sendo de um homem piedoso. Um senhor de expressão bondosa e serena o atendeu e, sem fazer perguntas, convidou-o para entrar e comer. Valjean entrou, sem acreditar que alguém o pudesse receber com tão poucas reservas e de forma tão acolhedora. Quem assim o recebia era o Monsenhor Benvindo, homem caridoso e bom. Era assim que ele tratava qualquer criatura que batesse à sua porta, a qualquer hora e em qualquer circunstância. Sem questionamentos, servia o que de melhor tinha e tratava o mais simples viajante como se fosse um irmão muito querido. Era esse o tratamento que oferecia a Valjean que, embora desconfiado, comeu sem cerimônias e aceitou, sem hesitação, a oferta para dormir ali. Na calada da noite, porém, abandonou o vilarejo correndo, carregando um pequeno embrulho e levando em seu coração muita culpa. Traindo a confiança e a bondade do monsenhor, Valjean roubara-lhe os talheres de prata e partira sem destino, nem rumo certo. Na manhã seguinte, entretanto, foi levado por guardas à presença do seu anfitrião, uma vez que, tendo sido preso portando tais preciosidades, alegou tê-las recebido de presente do bondoso senhor. O monsenhor recebeu soldados e acusado com tranquilidade dizendo que deveriam soltar Valjean porque ele havia lhe dado toda sua prataria e que, embora Valjean tivesse levado os talheres, havia esquecido de levar os castiçais. Os guardas, espantados, partiram, deixando Valjean com o monsenhor que, sem demora, colocou junto aos talheres os castiçais de prata que possuía. O ex-condenado, ante aquela atitude, arrependeu-se ainda mais de sua vergonhosa conduta da madrugada. O doador, porém, segurou-o pelos braços e olhando-o fixamente nos olhos, disse-lhe: Jean Valjean, empregue o dinheiro obtido com a venda dessa prataria no esforço de tornar-se um homem de bem. Tomado de espanto pela atitude inesperada, Valjean partiu sem jamais esquecer aquela promessa que, embora não tivesse partido de seus próprios lábios, guiou seus passos pelo resto de sua existência. * * * A humanidade auxilia os homens através dos próprios homens. Vale-se daqueles que se dispõem a ser instrumentos, na tarefa de auxílio e conforto aos seus irmãos. Por vezes, gestos inesperados e até singelos, são capazes de verdadeiros prodígios para aqueles que os recebem, modificando-os para sempre, conduzindo-os de forma definitiva para o caminho do bem. Texto elaborado com base no livro Os miseráveis, de Victor Hugo, ed. FTD. Em 12.6.2013

15/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:27

Dando o melhor

Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a total surdez, é sempre recordado. Exatamente por causa de sua surdez, ele era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu o fato de sua audição estar comprometida. Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática difícil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva. Certo dia, um amigo seu foi surpreendido pela morte súbita do filho. Assim que soube, o músico correu para a casa dele, pleno de sofrimento. Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano. Durante trinta minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloquente que podia. Tocou piano. Ao contato dos seus dedos, as teclas acionadas emitiram lamentos e melodiosa harmonia de consolo. Assim que terminou, ele foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela. Por vezes, nós também, surpreendidos por notícias muito tristes ou chocantes, não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação. Chegamos ao ponto de não comparecer ao enterro de um amigo, por sentir não ter jeito para dizer algo para a viúva, ou aos filhos órfãos. Não vamos ao hospital, visitar um enfermo do nosso círculo de relações, porque nos sentimos inibidos. Como chegar? O que levar? O que dizer? Aprendamos com o gesto do imortal Beethoven. Na ausência de palavras, permitamos que falem os nossos sentimentos. Ofertemos o abraço silencioso e deixemos que a vertente das lágrimas de quem se veste de tristeza, escorra em nosso peito. Ofereçamos os ombros para auxiliar a carregar a dor que extravasa da alma, vergastando o corpo. Sentemo-nos ao lado de quem padece e lhe seguremos a mão, como a afirmar, com todas as letras e nenhum som: Estou aqui. Conte comigo. Sirvamos um copo d’água, um suco àquele que secou a fonte das lágrimas e prossegue com a alma em frangalhos. Isso poderá trazer renovado alento ao corpo exaurido pela convulsão das dores. Verifiquemos se não podemos providenciar um cantinho para um repouso, ainda que breve. Permaneçamos com o amigo, mesmo depois que todos se tenham retirado para seus lares ou se dirigido aos seus afazeres. As horas da solidão são mais longas, quando os ponteiros avançam a madrugada. * * * Sê amigo conveniente, sabendo conduzir-te com discrição e nobreza junto àqueles que te elegem a amizade. A discrição é tesouro pouco preservado nas amizades terrenas. Todas as pessoas gostam de companhias nobres e discretas, que inspiram confiança, favorecendo a tranquilidade. Ouve, vê, acompanha e conversa com nobreza, sendo fiel à confiança que em ti depositem. Texto elaborado com base no cap. O dom de Beethoven, de Philip Yancey, do livro Histórias para o coração 2, de Alice Gray, ed. United Press Em 22.7.2018.

14/07/2020 08:00 | DURAÇÃO 3:55

Os velhos são os outros e só eles morrem

Quanto tempo você quer viver? Quando uma pessoa passa a ser “velha”? Qual é a melhor idade da vida? Se você viver tempo suficiente, todas as respostas que você daria hoje vão mudar. É o que mostra o maior estudo já publicado sobre a percepção que temos do envelhecimento. A pesquisa entrevistou mais de 500 mil pessoas, com idades variando entre 10 e 89 anos. Como você pode imaginar, os participantes mais jovens percebiam a velhice como um futuro a ser temido. Mas, quanto mais velha era a pessoa, mais jovem ela se sentia. Os cientistas perguntaram a idade subjetiva das pessoas – ou seja, que idade elas sentem que têm, independente de quando nasceram. Os participantes de 10 anos se sentiam com 12 anos e os de 20, com 21. Já ouviu alguém dizer “sou maduro pra minha idade” nessa fase? Aposto que sim. Depois disso, todo mundo se sentia mais jovem do que era. Uma pessoa com 40 anos se sentia com uns 37. As de 89 anos garantiam que se sentiam abaixo dos oitentinha. Os pesquisadores perguntaram para esse meio milhão de pessoas quanto tempo elas, idealmente, gostariam de viver. Ou, a versão mais direta e crua dessa pergunta: Com que idade você gostaria de morrer? As crianças consideravam que o tempo ideal para viver era cerca de 91 anos. Mas quando os participantes tinham vinte e poucos anos, esse número caía para 90. Aos 30, 40 e 50 é quando as respostas são mais pessimistas: 88 anos é o máximo que as pessoas, em média, querem viver. Mas, conforme a idade dos entrevistados aumentava, mais tempo pela frente eles desejavam. De maneira bem poética, o tempo de vida ideal para as pessoas de 70 anos era o mesmo que para as de 10 anos. Isto é, 91 anos. Para os autores da pesquisa, a grande conclusão é que, conforme as expectativas mudam e as pessoas descobrem uma vida plena na velhice, a tendência é que a percepção do envelhecimento fique mais positiva. Deixando a pesquisa de lado, para nós, que nos sentimos alarmados diante da nossa mortalidade, é consoladora a citação do poema de David Romano, “Quando o amanhã começar sem mim”: (...) Eu prometo que não haverá amanhã, mas que o hoje durará para sempre. Então, que tal me dar a mão e compartilhar da minha vida?” Logo, quando o amanhã começar sem mim, não pense que estamos separados, pois todas as vezes que pensar em mim, eu estarei dentro do seu coração. Não esperemos a morte chegar para desejar fazer as coisas que nos deixam felizes. Ouçamos o nosso coração e não esperemos a hora de partir para dizer: Amo você! Você é importante na minha vida! Minha vida sem você não teria sido tão maravilhosa! Não economizemos gestos e palavras para manifestar a nossa ternura, o nosso carinho para com aqueles que amamos. Obrigado, minha mãe! Parabéns, meu filho! Você lembra daquele dia? Lembremos: depois da nossa morte, a empresa em que trabalhamos continuará, o trabalho prosseguirá, alguém o fará. Mas ninguém nos poderá substituir no coração dos nossos amores. Por isso, aproveitemos, intensamente, a estadia ao lado deles. Nenhum de nós sabe o dia, nem a hora da partida. E não pense que: os velhos são os outros, e que só os outros, morrem. Pense Nisso Mas pense agora. Texto elaborado com base na reportagem da revista Super Interessante e com transcrição do poema Quando o amanhã começar sem mim, de David M. Romano, que circula pela internet. Em 27.2.2014.

13/07/2020 10:00 | DURAÇÃO 4:58

Janelas da alma

O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que filtram os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias. De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter significação que nem sempre corresponde à realidade. Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz. Na área do relacionamento humano as ocorrências também assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas. É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação a eles. Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de observar bem os sucessos da caminhada humana. De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vive-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis. Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando o uso de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação. Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu cortejo de ocorrências. As janelas da alma são espaços felizes para que se espalhe a luz, e se realize a comunhão com o bem. *** Esta mensagem nos convida a refletir sobre uma realidade especial: a realidade de que tudo na vida conspira a nosso favor; isto é, tudo trabalha para o nosso crescimento íntimo, e que nada que nos acontece visa nosso mal, embora muitas vezes possa parecer assim. Abrir janelas na alma é tornar-se apto a descobrir essas novas realidades, que se bem compreendidas, tornam nosso viver menos árduo. A lei de causa e efeito existe para nos educar, e não para nos punir... A lei do amor existe para nos fazer feliz, pois só haverá júbilo em nossa alma quando concedermos a outros este mesmo sentir – eis o que chamamos “caridade”. Abre janelas em tua alma, uma a cada dia, e deixa o sol da compreensão entrar. Abre janelas em tua alma e mostra ao mundo as muitas belezas que já existem lá. Podes até achar que não existem, mas tenha plena certeza de que sim... Elas estão lá... basta ter olhos de ver e ouvidos de ouvir. Texto elaborado a partir da leitura “Janelas na alma”, de Joanna de Ângelis, da obra “Momentos de Felicidade” psicografia de Divaldo Pereira Franco

11/07/2020 10:00 | DURAÇÃO 3:14

Velocidade máxima

O escritor português José Saramago escreveu: Não ter pressa não é incompatível com não perder tempo. Mas, hoje, o que mais se exige é rapidez. Rapidez em tudo. O computador deve ser de alta velocidade, é preciso pensar rápido, agir rápido para não perder negócios, para não perder audiência, para não perder mercado de trabalho. No mundo dos executivos, ao contrário da realidade do trânsito, não há limite de velocidade. A multa é alta para quem anda lento. A ordem é é ser “The Flash”. Para esses, cada minuto conta. E se estressam somente contando o tempo que perdem aguardando o elevador, o semáforo abrir, o autoatendimento bancário lhes fornecer as informações de que necessitam. São pessoas que se sentem culpadas quando param para um cafezinho, porque poderiam estar produzindo. A sua meta é executar projetos, ler apenas livros técnicos, acelerar a rotina. Tudo o mais é desperdício. E, no entanto, a vida é feita de pequenas coisas. Felizes são aqueles que decidem subir pela escada para exercitar as pernas e a imaginação. Aqueles que têm tempo para um sorriso ao desconhecido que está na fila, logo atrás, esperando sua vez para ser atendido. Os que, em vez de engolirem um sanduíche rápido no escritório, preferem almoçar com um amigo, com calma, bater um papo descontraído. Ou melhor, ir até em casa e observar os filhos crescerem, enquanto a família se reúne em volta da mesa. Essas pessoas não costumam usar atalhos para encurtar caminhos. Elas preferem procurar estradas com paisagens com que se possam deliciar. Quando viajam, vão com calma. Não têm hora para chegar. Como as crianças, a quem o fazer é mais importante do que a tarefa pronta, eles param na beira da estrada para provar uma fruta e conversar com o vendedor, que sempre tem histórias para contar. Histórias de vida. Experiências importantes. Quando descobrem uma paisagem bonita, param para apreciá-la. Alguns fotografam para levar consigo aquele momento mágico. Chegam ao destino com maior disposição e alegria. Esses são os que adotam a filosofia de que menos é mais. Menos velocidade é mais oportunidade de olhar para os lados e apreciar a natureza. Menos horas de trabalho equivalem a mais tempo com a família. Tirando levemente o pé do acelerador das suas vidas têm mais tempo para ouvir música, ler algo mais além do que a profissão lhes exige, assistir um filme, meditar. Em síntese, têm mais tempo para viver. Em verdade, a velocidade máxima permitida para ser feliz é aquela que não nos deixa esquecer de que, além dos negócios, do trabalho, do dinheiro, o mais importante é a vida em si mesma. * * * Viver é uma arte. Por isso, todo momento se faz importante. Também todas as experiências do cotidiano nos enriquecem. Desfrutar de cada uma delas retirando o máximo de proveito, deve ser a meta do homem sábio. Isto significa aproveitar bem a vida. Não desperdiçar nenhuma de suas oportunidades. Texto elaborado com base no texto Velocidade máxima, publicado na revista Exame, de 15.12.1999. Em 22.06.2017.

10/07/2020 11:00 | DURAÇÃO 4:17

Preconceito

Aconteceu num voo da British Airways entre Johanesburgo, na África, e Londres, na Inglaterra. Uma senhora branca, de uns cinquenta anos, senta-se ao lado de um negro. Visivelmente perturbada, ela chama a comissária de bordo. Qual é o problema? - Pergunta a moça. Mas, você não está vendo? - Responde a senhora. Você me colocou ao lado de um negro. Eu não consigo ficar ao lado de gente desta classe. Quero que você me dê outro assento. Por favor, acalme-se. Quase todos os lugares deste voo estão tomados. Vou ver se há algum lugar disponível. A comissária se afasta e volta alguns minutos depois. Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica. Conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugar na classe executiva. Entretanto, ainda temos um assento na primeira classe. Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário ou esboçar um gesto, a comissária continuou: É totalmente inédito o fato de a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica. Contudo, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria verdadeiramente vergonhoso alguém ser obrigado a se sentar ao lado de uma pessoa intratável. E, dirigindo-se ao senhor negro que, até aquele momento ficara sempre calado, ouvindo as agressões da senhora, que parecia tão distinta, a comissária complementou: Senhor, se for de sua vontade, faça o favor de apanhar os seus pertences e me acompanhar. Eu o encaminharei para um assento na primeira classe, que está à sua espera. E todos os passageiros ao redor, que acompanhavam a cena, muito chocados, levantaram-se e bateram palmas. * * * O preconceito é próprio dos orgulhosos. Expressa, em verdade, a estreiteza de visão da criatura. Todos os seres humanos são formados dos mesmos elementos. Têm as mesmas necessidades, como seja de comer, beber, dormir, amar e sonhar. Não há, pois, motivo algum para que alguém se julgue mais importante ou superior a quem quer que seja. Qual a importância da cor da pele? Se apagarmos as luzes de uma sala cheia de pessoas e nos tocarmos no escuro, saberemos distinguir os brancos dos negros e esses dos amarelos? Se chegássemos em uma aldeia indígena, onde os seus componentes jamais tivessem visto um homem branco, eles nos estranhariam. Reclamariam da palidez da nossa pele e seríamos ali um elemento muito diferente. Que se diria se, em um canteiro de rosas viçosas, abertas, perfumadas, as de cor vermelha, aveludadas, desprezassem as amarelas? Não acharíamos grande tolice? Pois o mesmo se aplica aos seres humanos. * * * A única superioridade que devemos perseguir, com ardor, é a superioridade moral. Ela nos conferirá fraternidade, amor e justiça, afastando de nós todo preconceito, egoísmo e orgulho, porque nos elevará à condição de verdadeiros filhos de Deus. Texto elaborado com base no artigo Racismo, de autoria desconhecida. Em 05/09/2012.

09/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 3:56

A crítica

Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo. Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca. Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando: O que é que os senhores estão vendo? E a assembléia respondeu, em vozes discordantes: Um bicho! Um lagarto horrível! Uma larva! Um pequeno monstro! Esgotados breves momentos de expectação, a expositora considerou: Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa... E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo: Nada mais tenho a dizer... * * * Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida. Acostumados a ver somente os fatos que denigrem a sociedade humana, volvemos o olhar para os detritos morais das criaturas. Assim, criticamos a mídia por enfatizar as misérias humanas, os desvalores, as fofocas e as intrigas, mas, em verdade, isso tudo só vem a lume porque ainda nos comprazem. Em última análise, é o que vende! Não há espaço para uma mensagem edificante, e os que teimam em veicular coisas e situações nobres, o fazem sob o peso de enormes dificuldades. É imperioso atentarmos para os nossos valores ou desvalores, antes de levantarmos a voz para criticar a sociedade e os meios de comunicação em geral. É importante observarmos os nossos interesses pessoais antes de gritarmos contra os governantes, sem esquecer que eles só ocupam os cargos depois de eleitos por nós. Enfim, é relevante atentarmos para os que buscam divulgar o bem e o belo e candidatarmo-nos a engrossar essas fileiras. Assim, com a exaltação do bem, em detrimento do mal, a sociedade logrará sobrepujar as misérias, evidenciando as belezas e os atos de essência superior, e encontraremos a felicidade perene. Pensemos nisso, mas pensemos agora. Texto elaborado com base no cap. VII do livro O céu e o inferno, de Allan Kardec, ed. Feb e no livro Hahnemann, o apóstolo da medicina espiritual, de Hermínio C. Miranda, ed. Celd. Em 28.06.2012.

08/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 3:40

Anjos... Nós Também Somos

ANJOS NÓS TAMBÉM SOMOS Já nos foi ensinado, há muito tempo, de que não deve a mão esquerda tomar conhecimento do que realiza a direita. Ou seja, o bem deve ser feito na surdina, sem alardes. Entretanto, vez ou outra, faz muito bem à mente, ocupada com notas de violência e egoísmo, tomar ciência de algumas inusitadas iniciativas. Por isso, foi com alegria que lemos a respeito do trabalho de Scott Neeson, um australiano que, até os seus quarenta e quatro anos de idade, era um alto executivo do cinema. Apelidado de Mr. Hollywood, ganhando mais de um milhão de dólares por ano, como vice-presidente de marketing da Sony Pictures, morava numa mansão em Beverly Hills, tinha um iate, dois carros de luxo e uma moto caríssima. Mas Scott, sentia-se insatisfeito. Acreditava que devia fazer algo mais do que cinema. Seus colegas acreditaram que ele estava com estafa e lhe recomendaram férias, para esfriar a cabeça. Era o ano de 2003. Ele pegou um avião e partiu para cinco semanas de férias na Ásia, de mochila e motocicleta. O Camboja lhe mostrou uma face da miséria que ele desconhecia. As cenas que viu, no famoso lixão de Phnom Penh,(fenon pe em) o deixaram em lágrimas. Centenas de catadores, entre eles muitas crianças, reviravam as pilhas tóxicas, na esperança de encontrarem material reciclável que lhes pudesse render o mínimo para comer. Foi o suficiente para alterar todo seu plano de vida. Ele se deu conta de que tinha tanto e as crianças tinham tão pouco. Mudou-se para a capital do Camboja e criou uma instituição. Hoje, são mais de quatrocentas crianças que recebem moradia, alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento vocacional. Quando ele chega, as crianças correm alegremente ao seu encontro, pulam em suas costas e gritam: Quero colo, Scott. E o homem de um metro e oitenta de altura, olhos azuis, chinelos, sorri e comenta: Já viu tanta alegria num lugar só? Várias vezes ao ano, ele retorna a Los Angeles para levantar fundos de que precisa para manter sua instituição. Após anos trabalhando no Camboja, Neeson admite que mal começou e afirma: Essa é a obra da minha vida. Estou comprometido com essas crianças. Scott Neeson, de executivo a um homem que salva e muda vidas, um exemplo de coragem. Coragem de abandonar o conforto, os prazeres mundanos para servir aos seus irmãos, com alegria e desprendimento. Mais um homem de bem sobre a Terra. Um homem que fez e faz a diferença para centenas de vidas.Sim, ouvintes, mais do que anjos mitológicos, devemos acreditar nos anjos reais...nos anjos humanos. Você também pode ser um. Pensemos nisso, e sejamos também anjos, dos nossos próximos menos favorecidos. Texto elaborado com base no artigo Grande Scott, de Robert Kiener, de Seleções Reader´s Digest, de junho de 2010.

07/07/2020 09:00 | DURAÇÃO 3:31

Ainda O Amor

AINDA O AMOR Nos dias que vivemos, muito se ouve falar a respeito do amor. Suspiram os jovens por sua chegada, idealizando cores suaves e delicados tons. Alguns o confundem com as paixões violentas e degradantes e, por isso mesmo, afirmam que o amor acaba. Entretanto, o amor já foi definido como o mais sublime dos sentimentos. Reveste-se de tranquilidade e confere paz a quem o vivencia. Não é produto de momentos, mas construção laboriosa e paciente de dias que se multiplicam na escalada do tempo. Narra o famoso escritor inglês Charles Dickens que dois recém-casados viviam modestamente. Dividiam as dificuldades e sustentavam-se na afeição pura e profunda que devotavam um ao outro. Não possuíam senão o indispensável, mas cada um era portador de uma herança particular. O jovem recebera como legado de família um relógio de bolso, que guardava com zelo. Na verdade não podia utilizá-lo por não ter uma corrente apropriada. A esposa recebera da própria natureza uma herança maravilhosa: uma linda cabeleira. Cabelos longos, sedosos, fartos, que encantavam. Mantinha-os sempre soltos, embora seu desejo fosse adquirir um grande e lindo pente que vira em uma vitrina, em certa oportunidade, para os prender no alto da cabeça, deixando que as mechas, caprichosas, bailassem até os ombros. Transcorria o tempo e ambos acalentavam o seu desejo, sem ousar expor ao outro, desde que o dinheiro que entrava era todo direcionado para as necessidades básicas. Em certa noite de Natal, estando ambos face a face, cada um estendeu ao outro, quase que ao mesmo tempo, um delicado embrulho. Ela insistiu e ele abriu o seu primeiro. Um estranho sorriso bailou nos lábios do jovem. A esposa acabara de lhe dar a corrente para o relógio. Segurando a preciosidade entre os dedos, foi a vez dele pedir a ela que abrisse o pacote que ele lhe dera. Trêmula e emocionada, a esposa logo deteve em suas mãos o enorme pente para prender os seus cabelos, enquanto lágrimas significativas lhe rolavam pelas faces. Olharam-se ambos e, profundamente emocionados descobriram que ele vendera o relógio para comprar o pente e ela vendera os cabelos para comprar a corrente do relógio. Ante a surpresa, deram-se conta do quanto se amavam. * * * O amor não é somente um meio, é o fim essencial da vida. Toda expressão de afeto propicia a renovação do entusiasmo, da qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro. * * * O amor tem a capacidade de estimular o organismo e de lhe oferecer reações imunológicas, que proporcionam resistência para as células, que assim combatem as enfermidades invasoras. O amor levanta as energias alquebradas e é essencial para a preservação da vida. Eis porque ninguém consegue viver sem amor, em maior ou menor expressão. Texto elaborado com base em conto de Charles Dickens, e no cap. 13 do livro Momentos Enriquecedores, de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 08.12.2015.

06/07/2020 19:38 | DURAÇÃO 3:54