Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

Empreendedor da sua felicidade

EMPREENDEDOR DA SUA FELICIDADE O conselho que diz: “nada importa, só faça o que você gosta” é muito ingrato e tem pessoas ficando muito frustradas por aí por causa disso. Porque falamos isso? A resposta não é direta, pela sua complexidade. Então, façamos aqui uma dissertação à respeito do assunto. É insensível e talvez até ignorante (no sentido de ignorar) afirmar que essa geração é mimada, perdida e vive no mundo da ilusão. A verdade é que tem muita gente fazendo e criando muita coisa fantásticas por aí. E mais, aqui no Brasil mesmo. Hoje, temos a Internet, essa maravilhosa rede que nos conecta com qualquer pessoa do mundo. E hoje tudo que a gente precisa pra começar qualquer coisa é de uma rede wifi e uma ideia. Não estou falando de empreendedorismo. Não precisa ser uma empresa, não precisa ter um milhão de lucro a cada ano, não precisa sair na capa Forbes, não precisa ser seu ganha pão, mas são negócios criados por jovens com uma vontade enorme de não deixar a vida passar em branco. A gente vê os casos de pessoas que deixam tudo pra abrir uma empresa e hoje são milionários como casos de exemplo, mas eles não são exemplos, eles são apenas outras pessoas que ralaram pra caramba pra chegar lá. Isso não quer dizer que você precisa seguir o caminho delas pra abrir o seu negócio. Esse negócio de empreender não é pra todo mundo, mas fazer o que você ama e acredita não precisa ter a ver com empreender, tem simplesmente a ver com fazer. Não é todo mundo que pode desistir de tudo e viajar o mundo. Por isso eu acho que esse conselho que diz "nada importa, só faça o que você gosta" é muito ingrato e tem pessoas ficando muito frustradas por aí por causa disso. Tenha um emprego que te dê um mínimo de estabilidade, que não te dê vontade de morrer e não ocupe todo seu tempo. Faça alguma coisa que você goste minimamente, que te faça aprender, crescer e ao mesmo tempo te dê gás pra focar naquilo que você realmente quer. Trabalhar sempre te dá um know how importante, vai te conectar com pessoas, vai fazer você aprender a trabalhar em parceria. E isso você vai precisar em qualquer negócio. Mais do que coragem pra começar a fazer o que gosta, é preciso ter disposição e você vai encontrar motivação em outras coisas que não sejam dinheiro. Esse texto, por exemplo, não traz retorno financeiro nenhum. E mesmo assim, escrever, ou fazer adaptações de textos para o Pense Nisso, é o que eu tenho de mais valioso na minha vida profissional. Minha motivação é a troca que eu tenho com os ouvintes, o frio na barriga que eu tenho toda vez que clico no botão enviar. É aquela ansiedade de ouvir o texto interpretado pelo locutor, em seguida, acompanhar as edições...será que a trilha (a música) usada combinou com o tema? Com o tom de voz que o locutor usou? Será que a mensagem vai acrescentar algo positivo pra pessoa que ouvi-lo? Toda vez que eu aperto esse botão eu não tenho mais controle nenhum das minhas palavras. Elas são sua, e o que a sua imaginação, ou entendimento, fizer delas. Por isso eu falo que a mensagem que escrevemos é um mapa pra sua imaginação. E sinceramente, dinheiro nenhum compra isso. Criar alguma coisa do zero sempre requer coragem e requer confiança em você mesmo. Não importa se você não quer fazer isso pro resto da vida. Faz o que você tiver vontade de fazer agora. Vai tocar numa banda, entra numa aula de teatro, vai fazer natação, gastronomia.... Qualquer coisa que faça seus olhos brilharem. Não precisa esperar o momento certo de fazer, não precisa ser popular, não precisa ter uma grana guardada. Felizmente é gratuito colocar sua ideia na internet e se conectar com pessoas. Afinal, sucesso pra mim sempre foi sinônimo de felicidade e felicidade é melhor quando compartilhada. Tenho mais de 50 anos, e por mais que a lógica diz que tenho mais passado do que futuro, continuo fazendo projetos...continuo plantando árvore, mesmo que não disfrute de sua sombra e frutos. Porque eu sei que novas gerações disfrutarão dela...e é a maneira mais concreta e real de dar um sentido para a minha existência. A vida é constituída de desafios constantes. Sempre há que se começar a viver de novo. A cada momento você pode recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. Nunca é tarde para fazê-lo. Nunca desista de lutar. Albert Einstein disse uma vez: “A lógica pode levar de um ponto A para um ponto B. A imaginação pode levar a qualquer lugar”. Use sempre a imaginação, a fim de ganhar força e continuar a jornada, tenha o tempo que for. Lembre-se: o seu futuro são as boas obras, não só para você, mas também para toda a sociedade. Pense nisso, mas faça agora. Redação do Pense Nisso, com base nas reflexões de seu autor.

02/10/2020 13:00 | DURAÇÃO 6:00

O melhor amigo de todo o mundo

O melhor amigo de todo o mundo Pai, sabia que você é o meu melhor amigo de todo o mundo? Foi o que Bernardo, de cinco anos, disse ao seu pai algumas vezes. A noção de amizade para uma criança nessa idade é muito especial, e talvez nossa compreensão de adultos não consiga explicá-la racionalmente. O que ele entende como amigo? Quem está sempre junto; quem brinca com ele; quem está ali, por perto, quando ele precisa; alguém em quem ele confia, falando sempre a verdade; alguém com quem tem assuntos em comum. Os pais, que são também amigos de seus filhos, têm a oportunidade de conquistar seu amor de uma forma única e preciosa. Frisamos o também, pois os pais, na posição em que estão, não podem ser apenas amigos, pois têm outras responsabilidades, e há momentos em que a autoridade de pai, de mãe, precisa sobressair. Porém, o ingrediente amizade, na relação pais e filhos é fundamental. Quantos pais de filhos adolescentes estão por aí, hoje, desesperados, pois não conseguem se comunicar com seus filhos. Resolveram, tardiamente, serem amigos deles, bater um papo, serem confidentes, quem sabe... Mas sem nunca antes terem se aproximado, de forma adequada, para que hoje pudessem desfrutar dessa posição. Sim. Quem quer poder ter um bom diálogo com seus filhos adolescentes, precisa merecer essa confiança, necessita ter conquistado esse lugar na vida deles desde cedo. E é isso que vemos pouco nas famílias. Vemos dois mundos afastados: o mundo das crianças e o mundo dos adultos. Crianças não podem falar sobre questões de adultos, e adultos não valorizam os assuntos das crianças. E assim vamos criando um vale entre nós e eles. Um em cada mundo. Os diálogos são poucos. Gradativamente eles vão perdendo o interesse em conversar, em perguntar, pois desmerecemos a compreensão que eles têm de mundo. Grande erro nosso, como pais e educadores. As crianças precisam participar de nosso mundo, de nossos assuntos, de nossos problemas e soluções. Obviamente, com critério e cuidado, adequando a linguagem, as explicações e a profundidade do tema, veremos que podemos falar de tudo com elas hoje em dia. E elas precisam opinar, precisam ter a possibilidade de debater sobre os mais variados temas do dia a dia. Assim, não as ignoremos quando dão suas opiniões, por mais absurdas que possam parecer. Amigos falam de tudo. São confidentes. Não têm vergonha de expor suas fragilidades, suas dúvidas e incertezas. Amigos penetram um no mundo do outro. Assim, que tal, sempre que possível, fazer uma breve viagem pelo mundo das crianças, com seus heróis, brinquedos, com sua imaginação fantástica? Elas gostam tanto quando nos veem mergulhados em suas histórias, em suas brincadeiras! Vamos perceber que nos será agradável também. Basta se deixar levar. Há tanto que eles podem nos ensinar sobre a vida... Criando esse diálogo, essa abertura com eles, desde cedo, desde a barriga da mãe, certamente seremos amigos de nossos filhos também e, com isso ganharemos confiança e uma via segura para alcançar seu coração. Para ser o melhor amigo de todo o mundo, precisamos estar lá, no mundo deles, e sempre que possível, deixá-los conhecer o nosso. Redação do Pense Nisso.

01/10/2020 14:03 | DURAÇÃO 4:24

O poder da palavra

O poder da palavra Educar exige esforço. Que o digam pais e mães, avós, que possuem tal responsabilidade. Nesse período de pandemia então... Aulas presenciais suspensas, atividades virtuais todos os dias, filhos o tempo todo em casa... essa convivência tem sido ainda mais desafiadora. São horas e horas de aprendizado mútuo. Sabemos que há dias em que a inquietação atinge o auge. São aqueles em que as crianças parecem ter acordado com a energia multiplicada... Muitos pais têm dificuldade de lidar com a nova rotina e por isso murmuram: Ai, meu Deus, o que eu faço? outros até, por falta de sabedoria ou mesmo imaturidade, expressam palavras pesadas... marcando negativamente o coração dos filhos. Palavras fortes que caem como uma bomba. Talvez você não tenha se dado conta, mas a forma como os pais se relacionam com os filhos, reflete na vida adulta deles. As crianças podem crescer com problemas de relacionamento, tristonhas. Se não forem acolhidas, poderão se tornar indivíduos retraídos, com medo de se achegar às pessoas, por se considerarem não amadas. Por isso, nesse momento tão desafiador, o importante é tentar manter a calma e entender que a situação está desconfortável pra todo mundo. Os seus filhos não são responsáveis pelos problemas que hoje enfrentamos. Esse cenário é na verdade o resultado de um conjunto de circunstâncias.. É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profissionais em que somos cobrados pela produtividade e desempenho, ou, em situações mais difíceis, a busca por emprego. É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas, o calor que incomoda... Crianças gritando, tirando tudo do lugar, correndo pelos quatro cantos da casa, sem parar... De todo modo, para os filhos que ouvem os nossos desabafos, ainda que sejam involuntários, o sentimento que chega até eles é o de que eles não são bem-vindos. Pensam que são um estorvo na vida dos pais. Um peso. E você sabe que, na verdade, eles são o bem mais precioso que existe. **** A palavra tem força. Com ela podemos produzir a alegria ou a infelicidade. Podemos construir o bom e o belo, ou a maldade. Pensemos nisso no contato com os nossos filhos. Que possamos refletir, antes de nos expressar, e que não permitamos inconsequências em nossas palavras. As crianças devem ser educadas, receber disciplina, mas com expressões da coerência, explicação do bom senso, e a paciência das horas. A palavra conduz a estados d'alma. Pela palavra podemos iluminar caminhos, oferecer segurança, acalentar quem busca carinho e educação. Pela palavra podemos criar estados de otimismo, lições de amor. A palavra certa muda destinos. Com ela, podemos marcar corações... Pense nisso... mas, pense agora. Redação do Pense Nisso, baseado em texto do Momento Espírita, com trechos do livro Sol de esperança, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

30/09/2020 13:53 | DURAÇÃO 3:49

O velho problema das drogas

O VELHO PROBLEMA DAS DROGAS Há algum tempo, certa emissora de rádio levou ao ar uma série de reportagens sobre o velho problema das drogas. Vários profissionais da área foram ouvidos e, infelizmente, pelas considerações feitas, ficou entendido que grande parte da responsabilidade pelo uso de drogas, na adolescência, recai sobre os ombros dos pais. O que geralmente acontece é que os pais não observam algumas noções básicas para se formar um indivíduo consciente das suas responsabilidades e resistente ao apelo das drogas. Pensando em fazer o melhor, os pais começam por isentar os filhos de qualquer obrigação. Para poupá-los, executam as tarefas que lhes dizem respeito. Quando os filhos são pequenos os pais se desdobram para fazer tudo, providenciar para que nada lhes falte e para que não tenham que enfrentar frustrações nem quaisquer dificuldades. Quando a criança começa sua jornada na escola, os pais as acompanham, carregam a sua mochila e, alguns até fazem as lições de casa para poupar possíveis reprimendas de seus mestres. Assim a criança vai crescendo num mundo de ilusões, pois essa não é a realidade que terão que enfrentar logo mais, quando tiverem que caminhar com as próprias pernas. É evidente que essa criança, quando chegar na adolescência, não terá estrutura nenhuma. Diante da primeira dificuldade ficará vulnerável como uma flor de estufa aos primeiros golpes do vento. Ela não aprendeu a suportar frustrações, pois os pais as evitaram o quanto puderam. Ela nunca teve nenhuma responsabilidade a lhe pesar sobre os ombros. Essas crianças não estão preparadas para pensar, nem para sair de dificuldades, nem para resolver problemas. Sempre esperam que alguém resolva tudo por elas, pois essa foi a lição que receberam dos pais ou responsáveis. Afinal de contas, quem é que pode passar pelo mundo isento de dificuldades? Isso é impossível, em se tratando do nosso mundo. E o problema está justamente quando a criança, agora adolescente, sofre seu primeiro solavanco, que pode até não ser tão grave, mas é suficiente para abalar sua estrutura frágil, agora longe do olhar vigilante dos pais. É preciso que os pais repensem essa forma de amor sem raciocínio, esse amor permissivo, bajulador e sem consistência. É preciso permitir que os filhos andem com as próprias pernas, amparando-os sempre, mas deixando-os fortalecer os próprios músculos. É preciso deixá-los enfrentar pequenas frustrações, como não ganhar o brinquedo igual ao do filho do vizinho, por exemplo. Assim, se você é pai ou mãe e tem interesse em manter seu filho longe das drogas, pense com carinho a respeito das recomendações que lhe chegam. E, acima de tudo, doe muito amor e atenção aos seus pequenos pois quem ama, verdadeiramente, ensina a viver e não faz sombra para impedir o crescimento dos seus amores. * * * Se você quer que seu filho tenha os pés no chão, coloque responsabilidades sobre seus ombros. Se você quer que seu filho resista aos vendavais da existência e ao convite mortal das drogas, permita que ele firme suas raízes bem fundo, mesmo que para isso tenha que se dobrar de vez em quando, como faz a pequena árvore enquanto seu tronco está em formação. Pense nisso, mas, pense agora! Redação do Pense Nisso com base no artigo publicado no site da Federação Espírita do Paraná.

29/09/2020 13:00 | DURAÇÃO 4:22

A Dureza da Vida

A Dureza da Vida Sim, a vida é dura. Em tempos de supervalorização da literatura de autoajuda, em que se acredita que pensamento positivo resolve tudo e temos que agradecer simplesmente por estarmos vivos, é complicado admitir para si mesmo e para os outros que a vida é dura. Esta mensagem se destina a quem tem senso de realidade e não teme olhar para as próprias feridas. Esta mensagem se destina a quem não teme reconhecer que a vida poderia ser trocentas vezes melhor e que mesmo quando estamos bem e felizes, a vida é dura , incerta , cheia de perigos e possibilidades assustadoras. Como diz Cazuza, em uma das suas musicas, “a vida é bem mais perigosa que a morte”. Sim, existem as possibilidades agradáveis também. Viver é estar super feliz de manhã porque tivemos uma noite incrível e logo à tarde nos deparar com uma notícia péssima. Viver é estar se debulhando em lágrimas para logo em seguida ser invadido por um pensamento redentor que na salva da tristeza e desespero. Viver é estar feliz com o seu trabalho, e saber que você está desempenhando de forma eficaz e com paixão as suas tarefas, e logo em seguida, o seu chefe lhe entregar uma carta de advertência por um pequeno deslize seu. Viver é alternar estados de espírito. É passar pelo pior e pelo melhor, às vezes, numa única semana, num único dia. É ganhar e ficar com medo de perder. É perder e se sentir apaticamente tranquilo por saber que não há mais nada a perder. Viver é saber que depois dos cinquenta anos, você tem mais passado que futuro, e mesmo assim, fazer projetos para o futuro e manter o seu bom animo e otimismo. Viver é lutar diariamente. Pela sobrevivência material. Pelo amor próprio. Pelo amor da pessoa amada. E quando estamos bem de dinheiro, estamos mal no amor. E quando estamos bem no amor, estamos mal de dinheiro. E quando temos dinheiro suficiente para viver e temos a alegria do amor, nos falta saúde ou nos falta qualquer coisa que nem sabíamos que era importante para a gente quando a tínhamos. Sim, sempre uma das teclas do piano está quebrada. Sempre estamos em conflito em relação a algum tema ou à alguma pessoa ou a nós mesmos. Ou é o presente que não está bom. Ou é o futuro que nos amedronta. Ou é o passado que vem tomar com a gente um café adoçado com fel. Sofremos pelo o que aconteceu e por aquilo que também poderia ter acontecido e não aconteceu e nós queríamos que acontecesse. Sofremos até mesmo por aquilo que não aconteceu e não queríamos realmente que acontecesse. Os ufanistas acharão esta mensagem profundamente pessimista. Mas o objetivo não é fazer ninguém se deitar em posição fetal. Pelo contrário. É mostrar que a vida é isso mesmo e que se você está se sentindo confuso, triste ou sem saber o que pensar ou como agir diante de uma situação complicada, não há nada de errado com você. É isso mesmo. Esta é a vida: caótica, linda e implacável. Não se sinta culpado se fosse não consegue ser essa pessoa que os “bam bam bans” de palestras de auto ajuda pedem pra você ser. São os :“12 passos para ser um vencedor”, os “vencendo desafios e conquistando a felicidade”, os “high performance” ...que você acaba se achando um zero a esquerda. Depois de anos nos maltratando, exigindo façanhas impossíveis, melhorar a autoestima parece ser mais uma daquelas metas absurdas e no final das contas, acabar nos causando mais sofrimento. O caso é que a auto estima virou o novo produto da moda. Estão aparecendo cursos voltados pro esse assunto, reportagens na TV, matérias em revistas, Facebook...cujo intuito é vender mais um produto. A vida não tem uma formula concreta. A vida não é um manual de instrução. A vida é, apesar de tudo, um hino de louvor á você mesmo. Viva A vida. Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Com base na mensagem “é preciso sobreviver à dureza da vida “de Silvia Marques .

28/09/2020 12:26 | DURAÇÃO 5:01

O Óbvio

O ÓBVIO Certa vez, um amigo abordou o médium Chico Xavier e lhe perguntou: Chico, na sua opinião, qual é o homem mais rico? Para mim, respondeu ele, o homem mais rico é o que tenha menos necessidades. Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber: E o homem mais justo e sábio? Com o fraterno sorriso de sempre, ele voltou a responder: O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o dever. Mas - voltou a insistir o homem, certamente querendo uma resposta ou revelação diferente - o que você está me dizendo é o óbvio! Sem parar o que estava fazendo e, com a espontaneidade de sempre, Chico terminou dizendo: Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio! Não existem segredos nem mistérios para o bem proceder. Nada mais óbvio que a verdade! O nosso problema é justamente este: queremos alcançar o céu, vivendo fora do óbvio na Terra! A palavra óbvio vem do latim obvius e significa tudo aquilo que é evidente, à vista, lugar-comum. Ela é formada de ob, que representa à frente; e de via, que significa caminho. Assim, ela indica aquilo que está à nossa frente, sem ser segredo ou estar escondido, o que salta à vista. Chico Xavier, na sua humildade de sempre, mostrou excelsa sabedoria ao apontar uma característica humana dos dias atuais: a de complicar o que é extremamente simples. Assim criamos fórmulas, palavras mágicas, receitas e esquemas mil, para entender o que sempre esteve tão claro nas lições que há mais de dois mil anos são ensinadas. Por vezes, parece que a fuga do óbvio é fuga da responsabilidade. Responsabilidade de quem já sabe o que deve fazer, de quem já tem o conhecimento, mas deixa a ação, a mudança, a renovação sempre para amanhã. Por que relutamos tanto em entender o óbvio? Será entendimento o que falta? Acreditamos que não. Nossa geração já tem entendimento e inteligência suficientes. O que falta é o movimento interior da mudança, de deixar as paixões negativas para trás. As lições dos sacerdotes, pastores e palestrantes espíritas, embasadas no Evangelho, é o óbvio. O óbvio tão necessário para acalmar nossas almas angustiadas com as incertezas do mundo. É via segura à nossa frente, conduzindo à tão sonhada felicidade. Pense Nisso! Redação do Pense Nisso com base no texto do Momento Espírita

26/09/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:27

A Educação e a Música

A EDUCAÇÃO E A MÚSICA A música faz parte da História da Humanidade desde os mais remotos tempos. As pinturas rupestres, achadas em sítios arqueológicos, e que descrevem a rotina de grupamentos humanos primitivos sugerem danças e uso de instrumentos musicais. A História das civilizações antigas é repleta de manifestações musicais, algumas delas ligadas a rituais religiosos ou a festas tradicionais de cada povo. Desde a vida intrauterina a música parece influir no bebê. Mulheres grávidas relatam menor agitação da criança quando escutam música suave. Durante os primeiros meses de vida a criança já mostra percepção musical. Estudos demonstram que os recém-natos parecem se acalmar ao ouvir uma melodia suave. As crianças comumente se alegram quando ouvem música e, nessa fase da vida, podemos influenciar seu gosto musical através do hábito. Entre os séculos XIII e XIX a Humanidade foi presenteada com compositores que criaram um estilo de música elevado, conhecido hoje como música clássica e erudita, que significa música de qualidade. Entre os compositores desse período estão Johann Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart, Frederic Chopin. Esse tipo de música, originalmente composta na Europa, ganhou adeptos no mundo todo. Hoje, grandes orquestras em todos os países se dedicam a apresentar obras desses gênios da Humanidade. Beethoven costumava dizer que Deus se comunicava com ele através da música. Mozart dizia que a música não era sua, mas sim fruto de uma inspiração superior. Muitas composições de Bach foram influenciadas por sua religiosidade e até hoje emocionam o mundo, como o famoso Oratório de Natal. Os espectadores de um concerto de música clássica sentem-se comumente enlevados, desfrutando de uma emoção muitas vezes indescritível. Comumente tal gosto musical se associa a outros hábitos culturais. Por este motivo esse estilo musical é também chamado erudito, palavra que significa vasta cultura. A platéia dos concertos clássicos costuma manter-se em silêncio, comportamento bastante diverso das apresentações de estilos musicais populares que convidam à agitação. No entanto, ainda hoje, em muitas sociedades, o gosto pela música clássica não é o que predomina, talvez porque tal estilo não seja apresentado às crianças. Assim como a educação formal é necessária para que a criança aprenda a ler e a escrever, e desenvolva um conhecimento básico que a habilite para sua vida, a educação musical pode formar o hábito do indivíduo. Ao ouvir música de elevada qualidade desde a infância, o indivíduo poderá incorporá-la a seus hábitos com maior facilidade. Educar é desenvolver a capacidade física, intelectual, moral e afetiva de um indivíduo. Educar uma criança é uma tarefa da mais alta responsabilidade. É dever de quem educa mostrar caminhos de qualidade a uma criança e dar a ela bases morais para escolher o caminho que, mais tarde, usando seu livre-arbítrio, ela escolherá. Redação do Pense Nisso.

25/09/2020 12:17 | DURAÇÃO 4:07

21 gramas

21 gramas

24/09/2020 13:25 | DURAÇÃO 4:55

Talentos todos temos

Talentos todos temos Quais são os nossos talentos? Esta pergunta é algo que vale a pena fazermos para nós mesmos. Há quem diga que não os tem, que não consiga fazer nada direito, que não tem nada para oferecer de bom. Há outros que imaginam que talento é algo para pessoas especiais, predestinadas. Que são poucos aqueles que efetivamente têm algum. Se analisarmos mais detidamente, conseguiremos perceber que todos nós, de alguma forma, temos talentos. Alguns têm inteligência privilegiada e, logo mostram seu talento na capacidade pensante, nos raciocínios lógicos, nas deduções brilhantes. Outros são talentosos no trato com as pessoas. Conseguem travar conversa agradável com quem quer que seja, apresentam sempre uma palavra amiga, um comentário feliz. Há outros que têm talento inegável na profissão que escolhem. Realizam-na com prazer e dedicação, produzem com esmero e qualidade, oferecendo sempre o melhor, o inusitado, o surpreendente. Mesmo em situações que muitos não dão a importância devida, há muito talento se expressando. A dona de casa, embora muitas vezes sem reconhecimento, é quem, com muito talento, administra o orçamento, planeja o cardápio, gerencia o asseio do lar. Isso, sem talento, seria sempre tarefa incompleta ou mal feita... Dispomos de potencialidades, capacidades que podemos utilizar como instrumentos de contribuição para a sociedade em que vivemos. Quantas histórias não escutamos sobre maestros, músicos, artistas que multiplicam seu talento em atividades sociais, comunitárias, ensinando a crianças e jovens as belezas de sua arte. Quantos não são os professores que, talentosos, sabem honrar seu ofício, indo além do dever profissional que lhes cabe, sendo mestres a conduzir mentes, a construir cidadãos, a forjar positivamente caracteres. Há, e não são poucos, executivos talentosos que, amealhando grandes somas graças à sua inegável capacidade de negócios, utilizam seu dinheiro para fazer o bem, produzir o bom e o belo, conscientes de que de nada valeria guardar em frios cofres o resultado monetário dessa sua potencialidade. Não importa em que ou quanto somos bons, quais os nossos talentos. Sempre haverá a possibilidade de multiplicá-los, de fazê-los crescer e produzir frutos em benefício de tantos. * * * Assim, ao percebermos os talentos de que dispomos, aproveitemo-los para que possam beneficiar o meio em que estivermos. Madre Tereza de Calcutá usou do seu talento de amar ao próximo para modificar as paisagens do planeta. Albert Einstein não poupou seu talento para que a Ciência ganhasse novos horizontes. Porém, se ainda não conseguimos acessar capacidades dessa magnitude, façamos aquilo que já nos cabe. Talvez não modifiquemos a história do mundo, nem consigamos deixar nosso nome marcado nos compêndios da ciência ou da arte. Mas valerá a pena se, com nosso talento, pudermos contribuir para que uma vida se faça melhor, que o dia de alguém se torne mais suave, ou que a estrada de algum outro possa ter, ao menos, uma flor a mais plantada, adornando o seu caminhar. Pense Nisso.

23/09/2020 14:10 | DURAÇÃO 2:59

Um pedido de socorro

Um pedido de socorro Lembro-me quando eu ainda era um menino, passeava de barco com minha família, contemplando, pelo menos uma vez ao ano, as belezas do Pantanal. Meu pai gostava muito de pescar, mas a minha satisfação mesmo era olhar para o rio, cercado de muitas árvores. As folhas verdes, o cheiro de natureza e as surpresas que ela nos entregava durante o trajeto, me faziam tão bem… Era um cenário encantador… Aquele ambiente nos permitia sentir paz. Os pássaros cantavam alegres, como se desejassem boas vindas.. Observávamos onças e jacarés à beira do rio… De vez em quando, um macaquinho traiçoeiro aparecia em meio aos troncos chamando nossa atenção. Ah, como nos divertíamos! O que eu via e ouvia era um refrigério para minha alma, ainda que eu fosse só uma criança e naquela época não tivesse tantos compromissos a ponto de desejar me esconder do mundo e seus problemas. Mas, nos últimos meses, a minha doce lembrança da infância tem sido golpeada por um cenário devastador, um terrível desastre ambiental. O que eu mais admirava tem se transformado em cinzas. O canto dos pássaros… em gritos de desespero, num céu tomado de fumaça; Aliás, fumaça que invade também as cidades, sem pedir licença, tamanha a sua força e descontrole. Animais tentam, mas nem sempre conseguem abrigo. O Pantanal está morrendo aos poucos... E nós, dia a dia, perdemos um pouco da nossa maior riqueza; a nossa história, animais silvestres, plantas nativas… O mesmo Pantanal que me trazia paz nos meus passeios em família, hoje me faz enxergar a ganância e a ignorância humana. Outras regiões do estado enfrentam o mesmo problema. Biomas ameaçados por incêndios, dor e destruição; São tantas vidas ceifadas, prejuízos, sonhos perdidos… E o que podemos fazer? Talvez você não seja alguém qualificado para ajudar efetivamente no combate aos incêndios, e por segurança, não deve se aproximar do fogo; mas você pode ser aquele que observa o comportamento do outro e denuncia práticas criminosas… também pode ser quem incentiva a consciência ambiental, em casa, no trabalho, em qualquer lugar, semeando novos comportamentos; talvez, aquele que apoia quem, de alguma forma, foi afetado com tudo isso; Que possamos reconhecer o trabalho daqueles que se arriscam para proteger outras vidas, trabalhando horas e horas diárias contra um fogo astuto, rápido, que tem causado perdas irreparáveis… Bombeiros, brigadistas, voluntários, autoridades públicas e políticas, eu e você. Esta é uma responsabilidade nossa. Hoje, o nosso olhar para o Pantanal é com compaixão. O nosso paraíso está ameaçado e é hora de exercer a empatia, num nível ainda maior… Inúmeras espécies precisam de socorro. Precisam de cada um de nós… Estou certo de que os acontecimentos dos últimos meses têm nos mostrado a nossa fragilidade humana e o quanto precisamos evoluir como pessoas. O meu desejo é que possamos fazer mais, Que as nossas lembranças não se percam, Que admiração que temos por nossa natureza não morra.. O verdadeiro impacto de todas as nossas ações, boas ou ruins, veremos no futuro… Que possamos dar a volta por cima, juntos, cuidando bem do que é nosso, pensando ainda mais nos outros; Pense nisso... mas, pense agora!

22/09/2020 10:13 | DURAÇÃO 4:39

Um facilitador de caminhos

UM FACILITADOR DE CAMINHOS Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. O que começou com um pequeno mal entendido, explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por meses de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho recebeu em sua casa um carpinteiro, que procurava por emprego. “Você tem algum serviço para mim?”, perguntou o homem. “Sim”, disse o fazendeiro. “Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Use aquela pilha de madeira para construir uma cerca bem alta”. O carpinteiro então respondeu: “Acho que entendo a situação. Mostre-me onde estão a pá e os pregos”. O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem trabalhou o dia todo. Quando o fazendeiro chegou, ficou surpreso com o que viu: em vez de uma cerca, uma ponte havia sido construída, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido. Ele disse: “Você foi atrevido ao construir essa ponte depois de tudo que lhe contei”. Minutos depois, ao olhar novamente para a ponte, viu que o seu irmão mais novo se aproximava de braços abertos, e com um belo sorriso, falou: “Você realmente foi muito amigo e humilde construindo esta ponte mesmo depois de tudo que eu lhe disse”. De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. Satisfeito com o que viu, o carpinteiro saía com sua caixa de ferramentas, quando o irmão mais velho falou: “Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você”. E o Carpinteiro respondeu: “Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir…”. ***** Todos nós temos a capacidade de construir pontes. Talvez não seja uma estrutura de madeira como aquela que liga, realmente, um lado do riacho ao outro, mas temos todos os dias a oportunidade de agir como facilitadores de caminhos. Onde há conflitos e divisões, podemos levar mensagens de paz, esperança e unidade. Porém, ao longo da nossa vida, assumimos diferentes posições. Muitas vezes nos comportamos como o irmão mais velho, aprendemos a nos esconder diante de um problema; optamos por construir paredes, alimentamos ressentimentos e mal entendidos... Em outras ocasiões, agimos como o irmão mais novo da história: independente, apegado também às próprias razões e argumentos, e que decide ceder só depois que o outro, aparentemente, dá o primeiro passo. Até que isso aconteça, cada um pro seu lado, e assim a vida passa... Neste mesmo cenário, podemos agir também como o carpinteiro. Aquele trabalhador, ao ouvir sobre o conflito entre os irmãos, não quis tomar partido. Nem se preocupou em identificar quem estaria certo ou errado, mas decidiu construir uma ponte. Agiu com sabedoria, deixou um legado. Muitos de nós, por diversas vezes, deixamos nos levar pela emoção, e ao invés de ajudar, inflamamos mais... Tornamos insustentável o que já não estava bem... Comentamos, julgamos, e até condenamos, sem nenhuma contribuição eficaz para a resolução do problema. O que era um desentendimento simples, pequeno, pode evoluir para feridas mais profundas... Mas a atitude daquele carpinteiro, depois de ouvir o irmão mais velho, foi construir uma ponte... Ele foi um pacificador. Independentemente se somos, participantes ou observadores de um conflito, a verdade é que a vida sempre nos dá oportunidades de agirmos como aquele homem. Podemos facilitar caminhos... Agora eu te pergunto: Você constrói pontes? PENSE NISSO, MAS... PENSE AGORA

21/09/2020 09:00 | DURAÇÃO 4:55

Chantagem emocional

Chantagem emocional O uso da chantagem emocional com os filhos é muito comum por parte de alguns pais. Em vez de fazer uso da razão e do bom senso para persuadir o filho a agir de forma correta, esses pais apelam para a chantagem. Alguns dizem: "se você não for bonzinho, eu não gosto mais de você!" Geralmente o filho cede, pois não quer perder o afeto dos pais. Numa idade em que a criança ainda não tem condições de perceber que os pais estão blefando, fará de tudo para ser aceita. Outras vezes, quando o filho tem algum sentimento negativo, os pais falam: "sentir inveja é feio", "sentir ciúmes é vergonhoso", "ninguém gosta de quem guarda mágoa". É certo que o filho irá dissimular os sentimentos, mas não aprenderá a lidar com esses vícios que o infelicitam tanto. Para merecer o amor de seus pais, o filho esconderá o que sente e agirá de forma traiçoeira, sempre que tiver ensejo. Pais que usam a chantagem emocional torturam o filho em vez de ajudá-lo a se libertar das imperfeições. A criança deve ser orientada, educada, mas também envolvida em afeto, carinho, proteção, aconchego. O amor não deve ser barganhado. O bem-querer deve ser espontâneo e independente do comportamento da criança. Devemos passar a ele a certeza de que nossa relação amorosa jamais estará em jogo. Como pais podemos não concordar com o comportamento de nosso filho, mas jamais deveremos jogar com nosso carinho e atenção. Devemos deixar bem claro que não aprovamos suas ações inadequadas, mas que o amamos mesmo assim. Com essa atitude estaremos preservando nosso filho da necessidade de esconder seus sentimentos. Daremos a ele a lição da honestidade, da sinceridade, da humildade, pois ele saberá que suas fragilidades devem ser enfrentadas, e não escondidas para agradar esta ou aquela pessoa. Com isto ele também aprenderá a respeitar as limitações dos outros. Não evitará pessoas que pensam, sentem e agem de forma E o que é mais importante: nosso filho sentirá que pode educar suas más tendências sob a proteção do nosso amor e da nossa ternura. E isso o ajudará muito na sua auto-educação. Por todas essas razões, vale a pena rever os meios que estamos usando para educar nossos filhos. Ninguém duvida da boa intenção e do amor dos pais pelos filhos, mas o que se pretende pensar é na melhor maneira de ajudá-los a se ajudarem. Pense nisso! Quando seu filho manifestar algum sentimento nocivo, aproxime-se dele e o ajude a refletir sobre o que está sentindo. Ajude-o a analisar seus maus pendores, mas também enalteça suas virtudes, seus acertos, suas conquistas, pois estas são mais importantes para sua felicidade. Faça-o sentir que seu amor por ele é incondicional, e verá que tudo será mais fácil, tanto para seu filho como para você.

19/09/2020 10:16 | DURAÇÃO 3:27

O Tempo

O TEMPO Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada. Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando: Fujam todos, a ilha vai ser inundada. Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda. Para a riqueza apavorada, ele pediu: Riqueza, leve-me com você. Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você. Passou então a vaidade e ele disse: Dona Vaidade, leve-me com você... Sinto muito, mas você vai sujar meu barco. Em seguida, veio a tristeza e o amor suplicou: Senhora Tristeza, posso ir com você? Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha. Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse: Sobe, amor, que eu te levo. O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria: Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou? Ela respondeu: O tempo. O tempo? Mas por que ele me trouxe aqui? Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor. * * * Dentre todos os dons que é concedido ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos. É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas. É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso. É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento. É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios. O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz. E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre. * * * Neste mundo, tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir. Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las. Tempo de abraçar e de se afastar. Há tempo de calar e de falar. Há o tempo de guerra e o tempo de paz. Mas sempre é tempo de amar.

18/09/2020 12:00 | DURAÇÃO 3:04

O Valor das Coisas

O valor das coisas Era uma vez um homem que tinha muitos pés de romãs em seu pomar. Por muitos outonos ele colocava suas romãs em bandejas de prata, do lado de fora de sua casa, e em cima punha cartazes com os seguintes dizeres: Apanhe uma, de graça. Seja bem-vindo. As pessoas passavam, olhavam, mas nenhuma delas apanhava uma fruta. Então, depois de muitos outonos, o homem refletiu e tomou uma decisão. No próximo outono ele não pôs as romãs em bandeja de prata fora de sua residência. Pôs apenas um cartaz bem alto que dizia: Temos aqui as melhores romãs da terra, mas as vendemos por um valor maior que quaisquer outras romãs. Qual não foi sua surpresa quando todos os homens e mulheres da vizinhança vieram correndo comprar. * * * Essa pequena parábola de Khalil Gibran, embora pareça simples, nos traz lições valiosas. Nos dias atuais há pessoas que, a exemplo daquele povo, desprezam as coisas simples ou que são de graça e passam a valorizá-las quando têm que pagar alto preço por elas. É um conceito equivocado de que o que é de graça ou muito barato, não presta. Se ouvimos o anúncio de um espetáculo qualquer, um concerto, uma peça teatral, cuja entrada seja franca, logo pensamos que não vale a pena assistir. Se é o convite para uma palestra em que não se cobrará ingresso, logo imaginamos que não pode ser coisa boa. Mas, se ao contrário, ouvimos a chamada para uma palestra de um profissional qualquer, cujo ingresso custará um alto valor, ficamos logo entusiasmados e pensamos que vai ser muito boa. O que costumamos fazer, nesses casos, é julgar o valor das coisas pelo seu preço, o que nem sempre é uma realidade. O verdadeiro afeto de um amigo, por exemplo, não é cobrado. E muitas vezes nós não o valorizamos tanto quanto valorizamos um cliente, que significa para nós um investimento financeiro. O carinho de uma mãe não nos custa nada, mas é mais valioso que qualquer bem da Terra. Há muitas coisas que nos chegam de graça, mas são de valor inestimável. Talvez seja por isso que não tenham preço em moeda. O ar que respiramos nos chega gratuitamente, e sem ele não viveríamos. A água que nos sustenta a vida, Deus nos dá de graça. O perfume que as flores espalham, não nos custa nenhum centavo. * * * É importante que passemos a ver as coisas pelo seu real valor e pela importância que pode representar em nossas vidas. Há coisas que custam muito e nada acrescentam na nossa economia moral. E há outras que não custam nenhuma moeda, mas que são de alta valia para nosso bem-estar físico e mental. Pense nisso, mas pense agora!

17/09/2020 12:25 | DURAÇÃO 2:29

O que o novo Coronavírus nos ensina

O QUE O NOVO CORONAVÍRUS NOS ENSINA? Há alguns meses o mundo enfrenta a maior crise da história; um vírus, até então desconhecido, agora estabelece regras; Impõe desafios na área da saúde, fere a economia e atinge também as emoções... Restringiu o direito de ir e vir das pessoas, forçou mudanças de comportamento, provocou perdas irreparáveis; Também trouxe novos hábitos, uma nova realidade... Meses atrás, um indivíduo entrando mascarado num estabelecimento comercial significaria uma ameaça... hoje, o infrator é aquele que não usa máscara. Antes, uma pessoa fechada muito tempo em casa era vista como alguém com dificuldade de socialização; hoje, a orientação é justamente essa... “saia menos possível”... “se puder, fique em casa”... viagens canceladas, festas suspensas; e muita gente trabalhando em casa. A Covid 19 nos fez lembrar que somos todos iguais, independente da classe social, gênero, cor ou religião, se é famoso ou anônimo... Todos estão angustiados, clamando por uma solução; Em 2019, quando o novo Coronavírus surgiu em outras partes do planeta, muita gente sequer imaginava que a onda de infecção estava a caminho. Bastou um vírus chegar para aprendermos a valorizar os momentos em família e a importância de um abraço; bastou uma ameaça a nossa existência, para que cuidados básicos com a saúde fossem tomados; foi só a doença chegar que as pessoas passaram a se preocupar mais umas com as outras. As demonstrações de amor foram reconfiguradas. A distância entre as pessoas passou a significar amor, proteção e cuidado. Não, não é uma decisão confortável, mas é necessária. Qual ensinamento essa situação nos traz? Hoje enxergamos o quanto nós dependemos uns dos outros e o tanto que podemos ser melhores na vida de alguém, ainda que à distância... Podemos ser mais generosos, mais solidários e mais humanos. A Covid 19 nos ensina que a boa ação pode ser mais contagiosa que o próprio vírus, e que isso só depende de nós. Ela trouxe também o vírus da empatia... O novo Coronavirus nos mostra que precisamos valorizar o que é essencial; a reconhecer na nossa família o nosso bem mais precioso; nos motiva a viver o hoje de maneira intensa, porque o amanhã é incerto; Nos instrui a dizer mais “eu te amo; “obrigado”, e “calma, logo tudo isso vai passar, e estaremos todos juntos de novo”. Passamos a administrar o nó na garganta, as aflições, o medo; a buscar forças, exercer a fé e renovar a nossa esperança. A verdade é que estamos aprendendo a nos reinventar e sabemos que jamais seremos os mesmos. Esse acontecimento expôs também o egoísmo, a ignorância... Evidenciou a necessidade de olharmos para o coletivo, o bem comum, independente das nossas crenças ou ideologias. Precisamos aprender a valorizar bandeiras, como a do bom senso e do respeito... É hora de oferecer apoio, ser sensível à perda do outro, deixar de lado o ódio e as diferenças, e somar esforços para que essa crise termine o quanto antes... Não é momento de divisão... Que neste período de tantos desafios e mudanças, possamos perceber mais as nossas ações e ajustar o nosso comportamento... O novo Coronavírus veio para nos preparar para o futuro. Acredite, podemos sair melhores de tudo isso... Pense nisso, mas pense agora.

16/09/2020 13:34 | DURAÇÃO 4:35

Você é insubstituível

Você é insubstituível Tempos atrás, aqui no Pense Nisso, falamos a respeito de sermos ou não insubstituíveis. Foi um dos textos mais acessados no site da rádio Centro América FM. Passado algum tempo, testemunhamos quando um amigo, foi substituído em seu cargo de liderança. A maioria dos seus colegas usaram a expressão: “Viram só? O fulano foi substituído!” Mas, se analisarmos, de um ponto de vista de que somos únicos. Que ninguém no universo conhecido, é igual a ninguém. Pensamos que não, ele não foi substituído. Pois, todo o seu trabalho, o seu empenho, o seu modo de liderar, o seu senso de justiça, e mesmo as suas falhas, jamais poderão ser substituídos. O seu legado se perpetuará nas memórias daqueles que herdaram o seu conhecimento, e por conseguinte, passarão adiante aos mais jovens as experiências vividas e aprendidas com essa pessoa, que supostamente, foi substituída. Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos os seres humanos somos transitórios. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que nos devotamos. E essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum. Contudo, ao se repensar bem a frase, percebemos que ela é inverídica sob variados aspectos. Basta se faça um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo. No campo da arte, recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu? Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez. Nunca mais houve outra Sonata ao luar. Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo? Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade da Independência da Índia. Quem ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o mar, por mais de trezentos e vinte quilômetros para protestar contra um imposto? Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez? E que se falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a própria vida? Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade. Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter. Ele morreu em 1968. Quem o substituiu? Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno? Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que realizou a grande viagem? Tudo isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser particular e, com isso, marca sua passagem por onde passa. Outros virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas, dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém como ela mesma. Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo poderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição. A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser. Pensemos, pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quem está, é insubstituível. O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o carinho que exprime é único. Isso porque somos criação do universo inigualável. Somos seres com nuances especiais, conquistadas ao longo de milhões de anos de evolução e que se expressam no sentir, no agir, no falar. Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível. E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no mundo. Redação do Pense Nisso.

15/09/2020 14:19 | DURAÇÃO 5:25

Brinquedo quebrado: criança feliz

Brinquedo quebrado: criança feliz Na qualidade de pais, nos preocupamos em ensinar aos filhos a cuidar dos seus pertences. Contudo, por vezes, vamos a extremos. Principalmente, quando se trata de brinquedos. Esquecemos que tudo se desgasta com o uso e brinquedos são feitos para brincar. Nunca para ficarem guardados em prateleiras e armários, intocáveis, aguardando o passar dos anos. Não são troféus, são brinquedos. A prudência e o zelo têm seu lugar. Também a experiência e a curiosidade e, grande sabedoria é saber a diferença entre uns e outras. Um jovem pai aprendeu isso quando, certo dia, após passar a tarde de verão brincando no parque e nadando na piscina do clube, seu filho de cinco anos apareceu com o corpo coberto de pintas vermelhas. A esposa pensou ser sarampo e como tinham agendado consulta com o pediatra, para o dia seguinte, não se preocuparam. Durante a consulta, os pais notaram vários hematomas nas pernas do menino. A médica os encaminhou ao hospital para exames mais detalhados. O medo invadiu o coração de pai e mãe. O diagnóstico foi púrpura trombocitopênica idiopática, uma doença que faz com que o baço destrua as plaquetas responsáveis pela coagulação do sangue. Se piorasse, o garoto poderia sangrar internamente até a morte. Só o tempo diria se ele conseguiria superar a crise. Três dias depois da internação hospitalar, o pai decidiu ir comprar um brinquedo para o filho. Sabendo do seu gosto por carros, escolheu um conversível amarelo. Ao se encaminhar para o caixa, a fim de pagá-lo, pensou que nas mãos de um garoto de cinco anos, não duraria muito. Logo, concluiu: E daí, se as portas se quebrarem e as rodas caírem? Se isso acontecer, é porque ele está vivo e saudável. O carrinho amenizou os longos dias de internação do menino. A crise foi superada. O conversível amarelo está na prateleira do quarto dele. As rodas caíram, as portas estão quebradas e o cromado todo descascado. O pai olha para o brinquedo e sorri. Nos últimos anos seu filho tem passado bem. Sua doença misteriosa se foi. E ele aprendeu que há objetos que podem ser substituídos, se necessário. Hoje, se um dos seus três filhos quebra alguma coisa ou gasta de tanto brincar, não o repreende. Prefere comemorar a sua infância. O esqueleto do que foi um lindo carrinho, o pneu careca da bicicleta, as peças perdidas do jogo, tudo isso demonstra que naquela casa vivem meninos sadios e felizes. Aquele pai aprendeu que o seu relacionamento com seus filhos e sua mulher é o que deve durar para sempre. Com pequenas perdas, por excesso de uso, ele pode muito bem conviver. * * * Aprendamos, nas lides cotidianas, a prezar mais o convívio com os seres amados, o diálogo, a sadia troca de ideias. Utilizemo-nos dos tempinhos que sobram em um e outro momento para estar um pouco mais com nossos amores. Nada há tão gratificante quanto observar uma criança crescer, dia a dia. Nada tão compensador quanto lhe observar as conquistas diárias. E, de todos os prêmios da Terra, o maior de todos será chegar ao final do dia, em casa, e ouvir uma voz gritar: Papai chegou! Mamãe chegou!, enquanto dois braços se enrolam em seu pescoço, apertando forte. Isso se chama viver em abundância. Redação do Pense Nisso, com base no artigo Infância e equilíbrio, de Elliott Van Egmond, da revista Seleções Reader’s Digest, de agosto de 2003.

14/09/2020 13:00 | DURAÇÃO 4:10

Ante os Deficientes

ANTE OS DEFICIENTES Há algum tempo, em Roma, os jornais noticiaram que um jovem pai lançou seu filho Ivano, um bebê deformado, de uma ponte do rio Tibre. Meu filho nunca me teria perdoado se eu o tivesse deixado viver somente para sofrer, disse o pai, justificando a sua atitude. Numa pesquisa de opinião, realizada por jornalistas europeus, na capital italiana, na ocasião, foi verificado que setenta e seis pessoas entre cem tendem à eliminação dos atípicos, porque pensam que a vida na Terra não é feita para sofrer. Em 10 de maio de 1912, em Nova York nasceu o menino Henry Viscardi Jr. Filho de um barbeiro, imigrante italiano, ele não tinha as duas pernas. No seu lugar, apenas dois cotos, exatamente como o pequeno Ivano. Seus pais o amaram e o criaram com duplicado carinho. Até os vinte e cinco anos de idade, ele não tinha mais do que um metro de altura e andava, graças a umas botas enormes, que pareciam luvas de boxe. Frequentava a universidade, custeando os seus estudos, trabalhando como juiz de basquetebol, garçom e repórter. Aos vinte e seis anos passou a utilizar pernas artificiais. A operação foi gratuita. O médico lhe disse: Um dia, faça alguma coisa por outros deficientes. Então, a dívida estará quitada. Casado e com filhos, Henry se tornou presidente de uma indústria de peças de automóveis, competindo no grande mercado industrial de Nova York. O importante a salientar, em sua indústria, é que todos que ali trabalhavam, desde o presidente ao faxineiro, eram deficientes físicos ou mentais. Tetraplégicos, em macas, usavam alguns dedos das mãos. Senhoras com deficiência mental confeccionavam trabalhos, num perfeito desafio à dignidade humana. Ele escreveu um livro, que se tornou um verdadeiro best-seller, em todo o mundo: Nós poderemos vencer. A primeira página é dedicada à sua mãe. A apresentação da obra é feita pela senhora Eleanor Roosevelt, esposa do ex-presidente americano Theodore Roosevelt. E aí, nos perguntamos: Será que o pequeno Ivano, lançado ao Tibre, não teria nascido para fazer na Europa o que o seu colega Henry realizou nos Estados Unidos? Será que, se deixado viver, não teria mostrado ao mundo que o Espírito suplanta a matéria e a domina? * * * Os deficientes enviam recados à sociedade humana. Recados que transmitem com dignidade, sem reclamações, acreditando no crescimento do hoje. Recados como este: estão se preparando para assumir papéis na vida familiar e na vida social, bastando que recebam uma chance. Bastando que as portas não se fechem para eles. Estão nas escolas e nas oficinas de treinamento. Andam ou são conduzidos pelas ruas, transportando suas pastas com material de estudo ou com instrumentos de trabalho. Conseguiram confiar em si mesmos, e estão dispostos a fazer duplo esforço para contribuir no desenvolvimento do seu potencial existente ou restante. Observemos quantos exemplos de extraordinária superação física e mental. Pensemos nisso e nos disponhamos, sempre, a investir na vida. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 5, pt. 1 e no cap. 3, pt. 2, do livro As aves feridas na Terra voam, de Nancy Puhlmann Di Girolamo, ed. Terra Azul.

12/09/2020 13:27 | DURAÇÃO 4:24

Quero ser um smartphone

Quero ser um smartphone Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redação, e que nela expressassem, de alguma forma, o que gostariam que Deus fizesse por eles. Já em casa, quando corrigia os textos dos alunos, deparou-se com uma que a deixou deveras emocionada. Um choro sentido irrompeu sem que ela pudesse controlar. Deixou tudo o que estava fazendo, sentou-se numa poltrona, ainda com a redação nas mãos, e ficou ali, pensativa, entre lágrimas. O marido percebeu que alguma coisa estava errada, e entrou no escritório onde ela estava: O que aconteceu, querida? Ela, sem conseguir falar direito, passou a ele a redação e disse: Lê... A redação é de um aluno meu. O marido segurou a folha de papel e começou a ler: Senhor, nesta noite, peço-te algo especial: transforma-me num smartphone. Quero ser levado a sério quando falar, ou quando tenho algo pra mostrar. Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas. Senhor, quero receber a mesma atenção que ele quando não funciona, quando está com algum problema. Ter a companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. Que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, ao invés de me ignorar. E ainda, que meus irmãos briguem para poderem estar comigo. Quero sentir que minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para estar comigo. Por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito. Só te peço que me deixes viver intensamente como qualquer smartphone vive! Quando o marido terminou a leitura, estava incomodado. Meu Deus, coitado desse menino! Que pais ele tem! – Disse ele, virando-se para a esposa. A professora olhou bem nos olhos do marido e depois baixou-os, dizendo num sussurro: Esta redação é do nosso filho... * * * Há tantas coisas que o mundo moderno nos oferece! Tantas opções para tudo, que ainda parecemos deslumbrados com esta realidade, como crianças ao adentrar numa imensa loja de brinquedos. São tantas informações disponíveis, tantas distrações, tanto entretenimento ao nosso dispor... Mas será que não estamos deixando de lado o mais importante? Será que sabemos o que é mais importante, o que procurar na vida? Mediante esta constatação, será que a família não está sendo deixada em segundo plano? Será que os relacionamentos não estão sendo vividos numa certa superficialidade confortável? É tempo de pensar em tudo isso. Não troquemos a brincadeira com um filho por uma mensagem no what’s app ou em outra mídia social. Não troquemos momentos de conversa amiga com os familiares para compartilhar algo com pessoas distantes. Aquele “like” não é mais importante do que o telefonema ao amigo, perguntando se está bem. A vida em família é o grande alicerce da felicidade de todos nós. O resto é acessório. O resto... é resto...é “fake”. Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso, com base em texto de autoria ignorada.

11/09/2020 19:32 | DURAÇÃO 4:09

Para Que Eu Nasci

Para que eu nasci? Quanto mais nos aprofundamos em conhecer a vida de grandes homens, mais nos indagamos a respeito da nossa própria jornada na Terra. Por exemplo, o pastor e ativista político Martin Luther King Jr, líder do Movimento dos Direitos Civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo... com sua campanha contra a violência e de amor ao próximo. A religiosa indiana, de origem albanesa, Prêmio Nobel da Paz de 1979, Madre Tereza... com sua proposta de atender aos mais pobres do mundo. Mohandas Karamchand Gandhi, o advogado que empregou resistência não violenta para liderar a campanha bem sucedida da independência da Índia. Suas ações inspiraram movimentos pelos direitos civis e liberdade em todo o mundo. E o que dizer de tantos jornalistas que, no intuito de denunciar a crueldade, o terrorismo, a corrupção, pagam com a própria vida.. Tantos grandes homens, tantas vidas excepcionais... Músicos que levam plateias ao quase êxtase com suas execuções instrumentais; bailarinos que traduzem as mais doces e as mais duras emoções em seus passos, nas suas expressões corporais; Médicos, enfermeiros, que salvam vidas em hospitais, em campos de refugiados, em zonas de miséria, onde abundam as enfermidades; professores que ilustram as mentes, poetas que escrevem textos de extraordinária beleza e filosofia... Tantos modelos preciosos. Doações ao semelhante, contribuições para a Humanidade. É então que olhamos para nós, sem nenhum desses grandes potenciais e nos perguntamos: Para que eu nasci? Toda vida tem um propósito. E todo propósito obedece a um plano divino. Podemos não ser o escritor famoso, que distribui pelo mundo as suas obras. Nem o orador extraordinário que arrebata multidões com as suas frases de efeito e alta capacidade de influenciar. Analisemos a nossa vida. Onde vivemos, qual o panorama que nos rodeia? Que profissão exercemos? E nos daremos conta de que o Criador espera que cumpramos o nosso planejamento. Dentre tantos, consideramos também a paternidade e a maternidade. E se não somos pais de sangue, talvez tenhamos vindo para apoiar e abraçar a adoção. Talvez nos encontramos aqui para servir de amparo a alguém, a ser um simples voluntário numa obra de paz, de assistência à fome ou à deficiência. Podemos não ser um líder, mas aquele que engrossa as fileiras pelas causas do bem. Aquele que contribui, que adere, que coopera, anônimo, no tempo preciso. Talvez estejamos aqui para demonstrar pelo trabalho como se cumpre de forma honrada o dever. Ou tenhamos nascido para sermos o amparo dos nossos pais, quando alcançarem a velhice. O braço forte para lhes ajudar nos passos. Talvez tenhamos nascido simplesmente para plantar um jardim, construir uma casa, adornar um ambiente, providenciar a limpeza da rua por onde passarão outras pessoas. Diante de tantas incertezas, ao menos uma certeza existe: Cada um de nós nasceu para um propósito... *** O que não podemos permitir é que nossa vida simplesmente passe, sem que cumpramos uma missão nesta terra. Nossa existência tem um porquê; nossos dias não podem terminar sem que tenhamos deixado um legado na vida de alguém, principalmente para os nossos, nossa família, e pessoas próximas a nós, a quem estimamos. Mas também podemos ser um importante instrumento para auxiliar pessoas que nem mesmo conhecemos. Nós possuímos valores, capacidades, habilidades, emoções, recursos. Nós podemos fazer a diferença na vida de alguém, e podemos tornar a nossa vida melhor, fazendo aquilo que realmente importa. Cada um de nós nasceu para um propósito... Você já descobriu o seu? Pense nisso... mas, pense agora! Redação do Pense Nisso, com texto inicial baseado no Momento Espírita.

10/09/2020 20:09 | DURAÇÃO 5:06

Amar a Vida

AMAR A VIDA

09/09/2020 20:54 | DURAÇÃO 4:30

Nova Visão

NOVA VISÃO Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho. Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar. Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos últimos lugares, bem ao fundo. Ali se pôs a fazer sua oração cheia de vida. Ouviu, então, em meio ao silêncio, uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Ele olhou para os lados, para a frente e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver a rosa. Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre a mesa havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: Venha ver a rosa. Sim, estou vendo a rosa, respondeu. Por sinal, muito bonita. Mas o homem não se conformou e tornou a dizer: Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa. Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do homem. Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho. De fato, era um espetáculo todo diferente. Exatamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de sol que vinha de uma das janelas e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris. E o trabalhador, extasiado, exclamou: É a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espetáculo tão maravilhoso. * * * É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocarmos de nosso comodismo, de romper com os rotulos, para ver o diferente e o novo. Há uma rosa escondida em toda pessoa, que não estamos sendo capazes de enxergar. Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incômodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas do outro, de um ângulo diverso. Realizemos essa experiência, hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido especial onde, para nós, nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores. Pense nisso e rompa com os preconceitos e rótulos.

08/09/2020 13:00 | DURAÇÃO 3:10

Salário Ideal

SALÁRIO IDEAL Você está satisfeito com o seu salário? Provavelmente não, pois são contínuas as reclamações a respeito da baixa remuneração que, como dizem, não dá para nada. Ouve-se dizer que o dinheiro que se ganha ao final do mês mal dá para quitar débitos anteriormente assumidos. O estranho em tudo isso é que, se as reclamações pela melhoria dos salários provêm de todas as classes trabalhistas, o que se verifica em questão de qualidade de trabalho é quase o caos. Não se percebe, falando de forma generalizada, que as pessoas se preocupem em realizar bem a sua tarefa. Contrata-se um jardineiro para colocar em ordem o jardim. E o que se obtém é uma poda mal feita, grama mal aparada e a terra mal espalhada pelos canteiros. Um pedreiro que recebe um adiantamento e deixa a obra incompleta ou mal feita. Entrega-se uma criança aos cuidados de uma babá e se percebe a má vontade com que segue os passos vacilantes do pequeno, inquieto e vivaz. Balconistas apressados, servidores desatenciosos, vendedores impacientes, trabalhadores domésticos relapsos. Em todos os lugares nos deparamos com criaturas que somente pensam em olhar para o relógio, no aguardo do final do expediente, atendendo suas tarefas com descuido e até desleixo. À conta disto, decai a qualidade e trabalhos contratados são concluídos e entregues de forma afoita. Não importa qual seja nossa profissão, qual seja a nossa tarefa. O que importa, e muito, é que a realizemos com amor, aprimorando-nos na sua execução. Quer se trate de lavar uma simples peça de roupa ou lidar com sofisticados aparelhos computadorizados, é necessário que nos conscientizemos de que, tanto quanto desejamos receber dos demais o melhor, compete-nos doar o melhor. Portanto, antes de prosseguirmos a reclamar da nossa remuneração, revisemos a qualidade dos nossos serviços. Preocupemo-nos muito mais em nos tornarmos excelentes profissionais, o que significa criaturas responsáveis, ativas, competentes. * * * Sejam quais forem as tuas possibilidades sociais ou econômicas, trabalha! O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto conquista valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade. Pense Nisso, mas pense agora!

07/09/2020 13:00 | DURAÇÃO 3:01

A Dor do Erro

A Dor do Erro Quem de nós pode avaliar a própria vida como uma estrada feita somente de acertos? Quem tem condições de afirmar que seus dias foram construídos de forma irrepreensível, de maneira correta? Se bem analisarmos, perceberemos que os erros, tropeços e enganos são naturais em nosso processo de aprendizado, finalidade maior da nossa existência. Erramos, muitas vezes, por imaturidade. Portadores de valores ou sentimentos pouco nobres, acreditamos, ao elegê-los, que esses seriam os mais adequados para nos conduzir. Assim, nos deixamos guiar ora pelo orgulho, ora pela vaidade. Ou, ainda, a soberba e a arrogância nos acompanham nas decisões e comportamentos ao longo da vida. Até que nos apercebemos que eles nos trazem dissabores e não são os melhores conselheiros e condutores da existência. Mais maduros, calejados pela experiência, ao nos darmos conta de que aqueles não são os melhores valores para nos acompanhar, nem os melhores parâmetros para nos aconselhar, os abandonamos para buscar rumos mais felizes e saudáveis. Ao avaliarmos esses dias de equívocos, ao olharmos para trás, percebemos que não agimos por maldade. Apenas éramos imaturos e, talvez, um tanto levianos. Foi necessário que as dores decorrentes do erro e o peso das dificuldades nos forjassem na alma, uma conduta mais positiva.. * * * Assim ocorre com muitos pela estrada da vida. São vários aqueles que nos acompanham que agem dessa forma. Servem-se de valores equivocados nos relacionamentos. Estabelecem padrões ilusórios para pautar seu comportamento. Buscam condutas reprováveis na sua vivência. Agem como agíamos há pouco tempo para, logo mais, as dores da vida os convidar para as lições do aprendizado. Como sabemos disso, porque era exatamente assim que nos portávamos, até recentemente, não julguemos. Aqueles que hoje agem de maneira equivocada, sem dúvida terão sobre os próprios ombros o peso dos seus erros, no justo reflexo que a vida oferece de tudo que fazemos. Se a vida já nos permitiu esse aprendizado, mais do que ninguém sabemos desnecessárias a nossa crítica acida para com aqueles que hoje erram. Dessa forma, se os nossos caminhos se cruzam com os caminhos de criaturas ainda iludidas a respeito do verdadeiro significado da vida, aproveitemos a chance para cultivarmos compreensão.E deixemos que a vida, a seu tempo, ofereça as melhores lições, para todos nós, que ainda temos tanto a aprender a respeito das coisas. Pense nisso. Redação do Pense Nisso.

05/09/2020 08:18 | DURAÇÃO 3:35

Antes de Condenar

Antes de Condenar Conta o escritor Stephen Covey, em um de seus livros, um fato ocorrido com ele, numa manhã de domingo, no metrô de Nova York. As pessoas estavam calmamente lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma e tranqüila. Subitamente, um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal. O clima mudou instantaneamente. O homem sentou-se ao lado de Stephen e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação. As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam objetos e chegavam a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o pai não fazia nada. Para Stephen era quase impossível evitar a irritação. Ele não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito, sem tomar uma atitude. Dava para perceber facilmente que as demais pessoas também estavam irritadas. A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, Stephen virou-se para o homem e disse: Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles? O homem olhou para Stephen, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente: Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer algo. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora... Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não sabem como lidar com isso. Nós podemos imaginar como Stephen se sentiu naquele momento... Diante da resposta inesperada, ele passou a ver a situação de um modo diferente. E como via diferente, pensava, sentia e agia de um jeito diferente. * * * Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena. No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a oportunidade de ajudar, de estender a mão. Por isso, é importante que cultivemos em nós a sensibilidade para perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor. Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade de quem está passando por árduas dificuldades. No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos que não ousamos expressar... É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos difíceis e nos oferece apoio... É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e esperança... As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas fogem... Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque podemos nos enganar. No caso do metrô, após saber o que realmente estava acontecendo com aquele pai e seus filhos, o coração de Stephen tomou-se de compaixão. Sinto muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar? - Essa foi a atitude daquele que estava prestes a ter um ataque de nervos. Seus sentimentos mudaram. E mudaram porque ele soube da verdade que se escondia por trás da aparente indiferença de um pai que não sabia como lidar com o próprio sofrimento... Pensemos nisso, antes de julgarmos alguém ou uma situação. Redação do Pense Nisso, com base no item De dentro para fora, do livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen Covey, ed. Best Seller e Franklin Covey.

04/09/2020 20:24 | DURAÇÃO 4:29