Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

A Vida e o Tempo

A Vida e o Tempo Tudo começou de repente... Não lembro quando foi... Cheguei sem saber de onde vim... Tudo era novo... Dependia sem saber de quem... Aos poucos meu mundo foi nascendo... Aos poucos, a luz do sol... A cada dia algo novo... Tudo era tão simples... Nem vi o tempo passar... Não percebi quando virei eu... Quando as cores mudaram... E os sonhos já não eram os mesmos... Novos desafios... Poxa, já tenho quase trinta anos! No tempo que voava... sem me dar explicações.... Sem que eu soubesse a razão... Sem ouvir a batida de suas asas... Sem notar quando as coisas mudaram... Tão rapidamente... Deixando de me reconhecer... Como se agora fosse outra pessoa... Mudei sem perceber... Me transformando todos os dias...Chegara o tempo que exclamarei: “Estou chegando aos sessenta anos! Como o tempo passa! (breve pausa)E eu não me dei conta desse tempo que passou.. Sem ver o tempo passar, pois que, só posso enxergar um dia depois do outro. Virei outra pessoa, perdida no tempo que me enganou. Esse tempo me transformou, me conduziu, me deu... Me tirou... E me deixou sem chão. Sem saber porque... agora, no final da minha existência, tenho essa sensação; a sensação de estar fora de casa. Como se tudo tivesse sido um sonho, que estranhamente nunca vai acabar. Talvez, eu só perceba em parte, que estou indo a algum lugar. E que tudo é uma coisa só; que todos os dias são um. Que tudo faz sentido, mesmo quando não faz sentido algum. E que todas as coisas só existiram dentro de mim, e elas me conduziam, todos os dias, de volta para casa. Onde fica essa casa? Sinceramente, eu não sei. Quem deve ter essa resposta é o tempo e a vida...que ainda está por ser vivida em outro tempo. *** O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor. Embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento. Sem medida que o conheça, o tempo é, contudo, nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim. O tempo sabe ser bom. O tempo é largo, o tempo é grande, é generoso, é farto. É sempre abundante em suas entregas. Diminui nossas aflições, dilui a tensão dos preocupados, suspende a dor dos torturados. Traz a luz aos que vivem nas trevas, o ânimo aos indiferentes, o conforto aos que se lamentam, a alegria aos homens tristes, o consolo aos desamparados. Também a serenidade aos inquietos, o repouso aos sem sossego, a paz aos intranquilos, a umidade às almas secas. O tempo é manancial de sabedoria que flui por entre nossas existências. Nas incertezas do caminho, nos momentos de angústia, nas aflições da jornada, confiemos nele, que tem a medida de todas as coisas e o consolo para todas as lágrimas. Jamais nos permitamos acreditar que não há tempo. Fechemos os olhos, ouçamos sua voz... Lá ele está: o tempo de um abraço, de um sorriso, de um ato de caridade, de uma mudança de vida. O tempo para a família, para os amigos e para nós mesmos. Sempre há tempo...Sempre há vida. Pense Nisso. Redação do Pense Nisso, com base no texto De Volta Pra Casa de autoria de Flávio Siqueira e das percepções do autor deste texto”. Em 23.06.2017.

09/12/2021 06:00 | DURAÇÃO 5:04

O poder do amor silencioso

O PODER DO AMOR SILENCIOSO Roberta estava a caminho de Nova York, onde faria uma palestra em um congresso médico. A caminho do aeroporto, passou pela casa da Sra. Hillary Withers, que morrera há pouco e onde se realizava uma grande venda de utensílios, roupas, calçada. Roberta entrou e foi verificando o que havia por ali. Chamou-lhe a atenção, no sótão, a grande quantidade de sacos de embalagem amarelados, de todos os tamanhos, contendo produtos ainda intactos. Reconheceu um deles. Lembrou-se de quando se tornara representante de uma empresa de perfumaria e cosméticos. Naquele remoto dia de junho, ela havia percorrido toda a avenida, batido a todas as portas e não vendera nada. Desanimada, chegara à última casa. A casa da Sra. Withers. Foi convidada a entrar, vendeu cremes e perfumes, num total de mais de cem dólares. Uma enorme compra! Roberta disse que pretendia, com o dinheiro da comissão, comprar uma malha de lã para sua mãe e economizar para pagar o curso de enfermagem. A Sra. Withers lhe ofereceu chá e, enquanto o preparava, devagar, deixando-o em infusão em um bule especial, foi lhe dizendo que ela poderia conseguir qualquer coisa que tivesse em mente. Após aquela visita, Roberta recebera prêmios como vendedora distrital e nacional. E realizara o seu sonho de ser enfermeira. De volta ao presente, ela perguntou à senhora que cuidava das embalagens por que a Sra. Withers comprava produtos se não os usava. Em tom confidencial, ela segredou: Hillary tinha um carinho especial pelos vendedores. Nunca os dispensava. Comprava seus produtos. Também emprestava um ouvido amigo e compartilhava o seu amor e as suas orações. Acreditava que alguém, com um pouco de estímulo, poderia alcançar metas inimagináveis. Depois, repassava a outros os produtos. Nem todos, como se vê. Eram tantos, que alguns acabavam esquecidos. Quando Roberta chegou ao congresso e caminhou até a tribuna, olhou todos aqueles especialistas da área da saúde e sentiu tremerem as pernas. Recordou-se então, das palavras da Sra. Withers. E começou dizendo: Costuma-se afirmar que o trabalho de enfermagem significa tornar visível o amor. Nesta manhã, aprendi o extraordinário poder do amor silencioso, manifestado em segredo. Um tipo de amor que não é para ser exibido, mas que realiza o bem na vida das outras pessoas. Alguns de nossos mais importantes gestos de amor podem passar despercebidos. Contudo, um dia, eles irão florescer, quando seu aroma se desprender. E contou aos colegas a história emocionante da sua benfeitora. * * * Leve em sua bagagem pessoal, para onde quer que você vá, algumas frases especiais, como: Seu trabalho foi excelente. Suas palavras me ajudaram. Obrigado por me servir. Senti sua falta. Estou muito feliz por você. Orei por você hoje. Se existem palavras que você gostaria de ouvir, tenha certeza de que elas também servem para encorajar os outros. Redação do Pense Nisso, com base no cap. Um bule de chá muito especial, de Roberta Messner e no cap. Palavras de incentivo, de Susan Maycinik, do livro Histórias para o coração 2, de Alice Gray, ed. United Press. Em 24.2.2015.

08/12/2021 06:00 | DURAÇÃO 4:32

A vida que nos é dada

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07/12/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:06

Telha de vidro

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06/12/2021 08:00 | DURAÇÃO 5:08

A nova geração dos anos sessenta e setenta

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04/12/2021 06:00 | DURAÇÃO 5:07

A ilusão

A Ilusão A ilusão da eterna beleza física é quase generalizada. A busca por produtos que evitem que as marcas de expressão se transformem em vincos na face, é assustadora. Sem dúvida, é louvável a possibilidade que os avanços científicos propiciam para que as pessoas se sintam bem. A medicina estética surge justamente para trazer bem-estar e aumentar a auto-estima, corrigindo este ou aquele problema físico. Todavia, acreditar que os recursos da tecnologia vão nos tornar jovens no corpo físico para sempre, é triste ilusão. Aproveitando essa fragilidade dos indivíduos, de cair nas malhas da ilusão, o comércio tem sido lucrativo, vendendo disfarces no atacado e no varejo. São cintos para disfarçar as gorduras, comprimindo-as para que a silhueta pareça mais delineada... Sutiãs que simulam seios maiores, mais torneados... Calças e meias com bumbuns postiços, e muito mais... São iludidos... São ilusões... A psicóloga Mariliz Vargas fala sobre os perigos da fuga interminável das marcas do tempo. Ela diz que é preciso equilibrar a busca da juventude com a aceitação da vida como ela é, com seus momentos e suas fases, com suas mudanças e suas perdas. Não podemos perder a noção do limite desses tipos de procedimento, pois o tempo continuará a passar e a velhice, cedo ou tarde , se manifestará, assim como a morte física. Vivemos em sociedade que estimula demasiadamente a ilusão de controle mental. Somos incentivados a acreditar que podemos tudo, e que caso não tenhamos tudo, é por pura falta de competência da nossa parte.Isso causa um profundo impacto emocional naqueles que nos deixamos levar por esse tipo de ilusão. Com isso tudo, não desenvolvemos os recursos internos para lidar com a vida real, suas perdas e seus limites, suas dores e suas dificuldades. Torna-se obsecado pela perfeição física é uma das consequências desse processo mental, e tem sido um fator determinante no desenvolvimento de doenças psicossomáticas e da infelicidade humana. Vale a pena pensar um pouco mais sobre essa questão. Buscar refletir sobre os caminhos que escolhemos e observar a direção que tomamos. Retirar do olhar o véu das ilusões e seguir a passos firmes na direção da felicidade sem disfarces e sem fantasias. Na direção da felicidade efetiva, que só a realidade pode nos oferecer. Pensemos nisso! Texto da Equipe de Redação do Pense Nisso, com base no livro Despertar da Consciência de Mariliz Vargas.Edit.Rosea Nigra. Em 28.08.2012

03/12/2021 08:00 | DURAÇÃO 3:44

Datas importantes

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02/12/2021 06:00 | DURAÇÃO 4:44

Você é feliz ?

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01/12/2021 08:00 | DURAÇÃO 3:47

Ser feliz

SER FELIZ Você conhece alguém que não queira ser feliz? Já se deparou com quem quer que seja, que não tenha a clara convicção de que deseja ser feliz? Salvo alguém com algum tipo de distonia emocional, todos temos esse profundo desejo. Porém, o que nos faz felizes? O que efetivamente constrói a nossa felicidade e nos realiza? Por incrível que pareça, muitos não sabemos definir o que nos proporciona felicidade. Assim, como não refletimos sobre nossa felicidade, compramos a receita da felicidade alheia. Por falta de um conceito próprio, compramos uma ideia de felicidade que não é nossa, na crença de que, com isso, seremos felizes. Quantos escolhemos a profissão, simplesmente, pelo status que confere, pelo reconhecimento social ou pela possibilidade de enriquecer? Esquecemos de que, antes de qualquer coisa, deve ser fonte de prazer, de realização pessoal, de um sonho de vida. Como resultado, nos tornamos profissionais infelizes, insatisfeitos, contando os dias para a aposentadoria. Quantos abrimos mão do convívio com a família, das horas de descanso com os filhos e cônjuge para trabalhar mais, enriquecer mais rápido, adquirir mais bens e aumentar nosso patrimônio? Isso quando não resolvemos, seguir uma determinada doutrina religiosa, na esperança de conseguir algum bem material.Acreditando que, com isso a felicidade acontecerá como em um passe de mágica. Esquecemos, no entanto, que algumas alegrias e prazeres, embora não sejam contabilizados no patrimônio ou discriminados na declaração de bens, não possuem preço nem moeda que os compre. Não percebemos que, assim agindo, nos tornamos pessoas abarrotadas de bens e vazias do essencial. Alguns consumimos anos de nossa vida alimentando rancores e ódios, desejos de vingança e malquerença contra alguém por algum constrangimento, um desaforo, um deslize. Fixamo-nos em um momento de nossa vivência emocional, e nos acorrentamos em uma história que ficamos a remoer, perdendo o ensejo de continuar a vida, de refazer valores e conceitos, melhorando e aprendendo com as situações infelizes. Nem notamos como nos permitimos transformar em pessoas amargas, pessimistas, de difícil trato e convivência. Construir a própria felicidade não é um processo simples. Não é suficiente desejar ser feliz. É necessário agir para tanto, construindo a felicidade com ações, fazendo as opções corretas e adequadas. E, muitas das vezes, a felicidade nasce apenas no simplificar das coisas da vida. Criamos a necessidade de possuir muitas joias, bens, objetos de arte, quando o importante é apenas ter a posse do necessário. Abrimos mão de valores que são importantes, permitindo-nos corromper para atingir algum objetivo, quando o mais importante é ter a consciência tranquila. Esquecemos de que somos seres imortais, em uma jornada passageira, iludindo-nos como se o mundo fosse a razão para tudo, perdendo até a esperança no amanhã. E se fôssemos resumir qual a receita de felicidade possível nesse mundo aí estaria: a posse do necessário, a consciência tranquila e a fé no futuro. Tudo o mais são as ilusões que construímos achando que serão elas que irão alimentar e manter a nossa felicidade. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso

30/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:35

Ser ético

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29/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:35

Adolescentes antes da hora

ADOLESCENTES ANTES DA HORA Namorar, ficar, pedir para sair com a galera, tudo está programado para depois dos quatorze anos. Mas, pequenos a partir dos oito anos já estão assustando os adultos com atitudes que deveriam ser de adolescentes com mais de quinze anos. Sempre há quem aplauda e ache bonito que as crianças cresçam rápido. Afinal, estamos no terceiro milênio, a era da informática e da aldeia global. Contudo, tudo isso faz muito mal. Para os adultos e para as crianças. É que elas começam a atropelar seu compasso de amadurecimento, ao qual até já se deu um nome: síndrome da adolescência precoce. É síndrome porque não é uma adolescência de fato. Até em torno dos 11 anos de idade, os pequenos não têm a devida estrutura psíquica para processar emoções que surgem em situações complexas vividas pelos maiores. Um beijo sensual, uma tragada, um gole de bebida alcoólica ricocheteia no corpo e não encontra lugar para se encaixar. Não dá prazer. Só fazem com que eles se achem importantes. Mas sem prazer no que fazem, sem dar conta do que estão sentindo, acabam desgastados e sobrecarregados. Abre-se o caminho para a depressão e a agressividade. Tentando ser o que não podem, correm o risco de ficar sem nenhum lugar. É por isso que a atitude dos pais se faz muito importante. Dos seis aos onze anos é a fase em que a criançada tem tudo para ser tranquila, não rebelde. É a hora de copiar os pais, de se pentear, se vestir, andar e falar como eles. É a fase em que os meninos grudam nos pais e as meninas são a sombra das mães. Isto contribui para que se definam como masculino e feminino. Cabe aos pais auxiliar os seus filhos nessa fase. Sua tarefa é assumir o lugar de importância máxima para seus imitadores e admiradores. Devem falar de si, das suas atividades, o que fazem, o que sentem. Ensinar a sentir. E, naturalmente, dar limites. Só pode ser referência para uma criança, quem cuida dela. E só quem coloca limites realmente cuida. É assim que se mostra aos pequenos o valor real no mundo. O valor de quem merece ser cuidado e que tem um duro trabalho de amadurecimento para realizar, em seu tempo certo. Sem esta posição, sem esta ajuda, as crianças ficam à mercê de comportamentos ilusórios e com a falsa impressão de que só serão bons se forem como os grandes, mesmo que estes apenas pareçam ser grandes. Vão se sentir inferiores e fazer tudo para parecer crescidos, a fim de acompanhar os demais. Poderão ficar ousados ou poderão ficar com aquela impressão amarga de que estão perdendo todo seu tempo, que a juventude lhes está escorrendo através dos dedos, enquanto os outros estão, sim, gozando a vida. *** A tarefa da educação começa no berço, e não mais tarde. A criança e o adolescente, embora possam parecer ingênuos, puros, quase nunca o são. Podem trazer experiências nem sempre positivas de existências anteriores. Em razão disso, é indispensável a educação no seu sentido mais amplo e profundo, a fim de que adquiram valores verdadeiros, reais, superando as dificuldades. Para esse nobre objetivo são indispensáveis o amor, o conhecimento e a disciplina. Somente assim, serão gravadas nestas almas, que estão reescrevendo a própria história, as lições que as deverão acompanhar para sempre.Pense nisso! Redação do Pense Nisso com base no(Livro Adolescência e Vida, Ed. LEAL e Jornal Gazeta do Povo de 8.8.1999, artigo Adolescentes Antes da Hora de Ivan Capelatto e Sangela Minatti).

27/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:53

Os pais envelhecem

OS PAIS ENVELHECEM Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana seja a de ter um filho. Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade, seus imensos olhos, sua inocência e graça. Basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor. Um sorriso é capaz de abrir as portas de um paraíso. Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional. Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos. E retribuem com gestos que enternecem. Mas os anos passam e os filhos crescem. Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões. Trilham novos rumos, afastam-se da matriz. O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem. Envelhecemos. E então algo começa a mudar. Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes. Parece que agora só os ouvem para fazer críticas, reclamar, apontar falhas. Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância e isso é uma dor imensa para os pais. Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho. É quando pais idosos, dizem para si mesmos: Que fiz eu? Por que o encanto acabou? Por que meu filho já não me tem como seu herói particular? Apenas passaram-se alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida. Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mas impertinente. Praticamente não ouvem mais os conselhos. A cada dia demonstram mais impaciência. Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas. Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas. E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes. Quanto mais envelhecem os pais, mais os filhos assumem o controle. Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer ou o que desejam comer e beber. Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente. Passeios, comida, roupas, médicos - tudo passa a ser decidido pelos filhos. E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente. Por que então desrespeitá-los? Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento? Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais, trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão. E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor. Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia. * * * A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação. Um dia, o velho pai já não estará aqui. O cheiro familiar da mãe estará ausente. As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama, os chinelos em um canto qualquer da casa. Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios, quando falam interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo. Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas) e dê-lhes atenção, afeto... Acredite: dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria. VOCÊ FILHO; PENSE NISSO, MAS PENSE AGORA.

26/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 3:48

Mulher e dedicação

MULHER E DEDICAÇÃO Em uma de suas mais famosas canções, o ex-Beatle John Lennon cantou a opressão que vitimava mulheres em todo o Mundo. Lennon foi assassinado em 1980, mas suas palavras ainda são atuais, nesses dias em que vivemos. No Brasil, na Arábia ou na Índia. Na antiguidade ou nas metrópoles de hoje. Em todas as épocas e povos, a mulher sempre teve sua posição atormentada pelas dificuldades do não reconhecimento de seu valor e de seu papel. Esforça-se, rompe barreiras, mas continua assombrada por um certo desprezo, nascido da aparente fragilidade que carrega. Em alguns locais o estigma é forte, bem visível, e oprime, fere, humilha. Em outros, a vida parece um pesadelo com a violência que assusta, com o terror que espalha. Basta ligar a TV, ou abrir jornais e revistas para ter notícias dos abusos impostos às mulheres. Vilipendiadas, desrespeitadas, caladas à força, elas prosseguem: carregam famílias, assumem tarefas, adoçam os dias com o mel que só um coração delicado pode oferecer. Mesmo nos países em que é valorizada, facilmente se percebe um certo desrespeito, um preconceito camuflado em piadas e risos irônicos. Sem falar nos salários mais baixos, nas avaliações que consideram mais o corpo que a inteligência. Ou você nunca notou? Por toda a parte em que se vai, basta abrir os olhos e ver as mulheres assinaladas pelo signo da generosidade. Por mais que trabalhem, sejam bem sucedidas, realizadas, o selo feminino é o da dedicação que não conhece limites. Quer prova disso? Observe as mães e esposas de atletas e artistas. Quem na maioria das vezes os estimula, torce, sacrifica as horas? Quem está, invariavelmente, ao lado deles, quando ninguém quer sonhar junto? Quem sempre acredita? E os filhos deficientes? Você já percebeu a presença materna ali ao lado? Onipresente, forte, protetora. Todos os estudos na área de deficiência física ou mental revelam que a figura materna, na maioria dos casos, é quem apóia o filho e vai em busca de alternativas, terapias, equipamentos, médicos. Mão estendida, voz cariciosa, presença constante. Mães, irmãs, avós, esposas, namoradas. Sempre ao lado, de mãos dadas, com brilho nos olhos e força nos braços. Tanta dedicação muitas vezes tem um preço caro demais. A mulher acostuma-se ao sacrifício o tempo inteiro. E fica invisível. Passa a fazer parte da paisagem. Ninguém lembra de agradecer, acarinhar, sorrir de volta. Mas quem disse que ela se abate? Mulher é entidade forte, cheia de graça e de poder, capaz de fazer nascer borboletas. Capaz de fazer brilhar o sol. * * * Se nos cabe reconhecer no homem o condutor da Civilização e o mordomo dos patrimônios materiais, na Terra, não podemos esquecer de identificar na mulher o anjo da esperança, ternura e amor. A missão feminina é espinhosa. Mas, efetivamente, só a mulher tem bastante poder para transformar os espinhos em flores.

25/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 5:06

Simplesmente simples

Simplesmente simples Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas. Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima. Esquecem do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vazias. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio? Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser. Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade. O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete... Tudo isso compõe a simplicidade do existir. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso. É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana. Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades. Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam. As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver. Steve Jobs, um dos maiores gênios da industria de softwares, dizia sempre: “O genial não é fazer coisas complicadas, e sim transformar coisas complicadas em muito simples.Simples e bonitas.” Pense nisso e experimente o simples. Redação do Pense Nisso. Em 26.06.2012

24/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:04

Conivência

Conivência Com certeza a maioria de nós nos consideramos pessoas de bem. Ficamos cheios de indignação com a corrupção que a impressa a todo momento divulga.Mas, o que nós pessoas de bem e caridosas, fazemos perante essa situação? Constitui equívoco imaginar que o homem bondoso deve ser tolo e falho de percepção. Certamente é condenável divulgar os defeitos do próximo por malevolência, com a intenção de denegri-lo. Mas também é censurável prestigiar a comodidade de um único ser, em detrimento de inúmeros outros. A corrupção que atinge um ambiente prejudica a todos os que se vinculam a ele. O dinheiro público surrupiado por alguns faz falta na construção de hospitais e escolas. O desfalque realizado em uma empresa talvez seja a causa de sua falência. A compaixão não justifica a inércia perante esse tipo de situação. Nada há de louvável em assistir-se silenciosamente a atos desonestos que prejudicam o meio social. Na verdade, a timidez e a acomodação dos homens íntegros favorece a preponderância dos desonestos. Quando o vício for combatido, sem ódio, mas firmemente, ele encontrará pouco espaço para proliferar. É preciso ter compaixão pelo delinqüente, mas jamais compactuar com seus atos. Assuma, pois, sua responsabilidade perante o mundo em que você vive. A título de ostentar virtude, não simule ignorância e nem seja conivente. Pense nisso!MAS PENSE AGORA

23/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 2:34

Amor sem preço

Amor sem preço Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum. Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do mundo. Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu: Mamãe me deve: por levar recados - três reais; por tirar o lixo - dois reais; por varrer o chão - dois reais; extras - um real. Total que mamãe me deve: oito reais. A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada. O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço. Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram. Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado. Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta. Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos - nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada. O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe. A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor. * * * Nossos filhos trazem suas virtudes e seus defeitos. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas. Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado. As ações são sempre mais fortes que as palavras. Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos. Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados. * * * É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes. Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais. É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora. Redação do Pense Nisso. Em 30.10.2017.

22/11/2021 06:00 | DURAÇÃO 4:38

O sonho de Martin

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20/11/2021 06:00 | DURAÇÃO 4:20

A teoria pratica do compartilhar

A Teoria Pratica do compartilhar Você já sentiu dificuldade em compartilhar o seu conhecimento com as pessoas? Talvez umas coisas mais frustrantes que podemos experimentar é ter o conhecimento, a vontade de passar para alguém, e não ter ninguém que se interesse. Pensando a respeito, lembramos de um velho amigo que nos contou algo insólito...impressionante. Desde muito jovem e antes mesmo de se graduar em Física, ele desenvolvia pesquisas em iniciação científica e se interessava por questões ligadas aos fundamentos da Física e à Lógica Matemática. Fez pós-graduação no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, entrando no campo da teoria da prova. Seu projeto era provar uma proposição da Escola Escandinava de Teoria da Prova, denominado Teorema de normalização simples para a lógica clássica de primeira ordem completa. Em sua tese de doutorado, defendida na mesma instituição, assumiu o problema proposto por Per Martin Löf, que consiste em definir um conceito de pior sequência de redução para as derivações. Esse trabalho lhe valeu o Prêmio Santista Juventude. * * * Você deve estar se questionando: O que vem a ser tudo isso? Não entendi absolutamente nada! Foi justamente isso que nos impressionou na história desse amigo. Profundo estudioso e conhecedor da teoria da prova, resolveu deixar tudo isso de lado. E sabe por quê? Bem, porque ele sentia muita dificuldade em dividir seus conhecimentos com alguém, pois poucas pessoas conheciam essa área. Deixei de lado essa matéria porque conhecia somente umas cinco pessoas com quem podia falar sobre o assunto, e algumas delas viviam fora do Brasil. Sinto necessidade de compartilhar minhas ideias, concluiu o matemático. * * * O ser humano tem necessidade de dividir seus sentimentos com alguém. Por mais feliz que seja, se não houver ninguém para compartilhar, a felicidade não faz sentido. De que vale uma grande conquista, sem alguém que nos abrace e nos diga: Parabéns, você venceu!? De que adianta sentir uma grande alegria se não tiver alguém para compartilhar? Não faz sentido sorrir, se não houver alguém para rir conosco. Quando vemos um filme e algo nos chama a atenção, logo queremos falar sobre isso, contar para alguém, mesmo que esse alguém seja um desconhecido. Enfim, a felicidade e a infelicidade são estados d’alma para serem compartilhados. Foi por essa razão que o jovem matemático resolveu deixar de lado aquela área da Lógica e tratar de assuntos que pudesse compartilhar, trocar ideias, discutir. É verdade que existem áreas do conhecimento humano com as quais raros missionários assumem o compromisso de estudar e descobrir meios de torná-las úteis à Humanidade. Mas mesmo esses ilustres missionários não deixam de sentir, vez ou outra, a necessidade de compartilhar suas descobertas. Na falta de quem os ouça, é bem possível que a depressão lhes faça companhia. Ainda assim, decidem-se pelo isolamento, por amor à causa que assumiram perante suas próprias consciências e pelo bem de seus semelhantes. * * * Sem alguém para compartilhar, não haveria abraços, nem apertos de mãos, nem troca de ideias... Não haveria como dividir os medos, os anseios, os sonhos, as alegrias... Pensemos nisso. E agradeçamos, se tivermos quem compartilhe nossas experiências. Descubramos a arte de compartilhar e perceberemos que a vida nos mostrará um colorido todo especial.

19/11/2021 09:14 | DURAÇÃO 4:57

O que voce quer ser quando crescer

O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER? Quando se é pequeno tudo o que você deseja se torna mais simples do que parece. Construir o próprio patrimônio, chegar à lua, ter o emprego dos sonhos, viajar pelo mundo. O engraçado é que você cresce e a maioria desses desejos permanece com você por muito tempo. Alguns vão continuar apenas como sonhos, outros podem até virar realidade, mas para isso é preciso que você responda à uma pequena pergunta: O que você quer ser quando crescer? Astronauta? Médico? Bombeiro? Saber esta resposta não será o fim das suas buscas e sim o seu ponto de partida para várias outras. É através dela que o seu futuro começa a ser desempenhado, é ela que transforma o plano louco em algo totalmente possível. Comigo não foi diferente. Assim como você, eu queria o improvável, surpreendente, o inovador. Fazer o que ninguém mais seria capaz de realizar, ir tão longe que nenhuma outra pessoa pudesse me alcançar. Ser o descobridor de uma nova era ou, quem sabe, de um novo tempo. Na verdade, eu queria mesmo era realizar os meus desejos. E assim como em uma brincadeira de criança, conquistar tudo aquilo que parecia improvável. O trabalho dos sonhos, a família perfeita. E porque não viajar pelo espaço? Não cheguei a ser astronauta, não fui bombeiro e muito menos médico, mas experimentei o novo. Comecei do zero, fiz de tudo e tudo de uma forma diferente. Servi a aeronaútica, vendi jornais, verduras e picolé. Trabalhei como ajudante na construção civil. Fui operador de produção, pintor e até artesão. O primeiro grande patrimônio não foi nenhum castelo, vendi muito esterco e metal. Talvez todas essas opções não me permitiram enxergar mais longe naquele momento, mas com certeza permitiu-me ter experiência. Experimentar minha capacidsade de empreender para viver e estar a frente do tempo em que vivo. E você? Tem sonhado com o quê? Quais os seus planos para chegar lá? Ficar parado não vai lhe trazer nenhum resultado inovador. Não lamente sua sorte, não tenha vergonha do que faz. O trabalho é o que transforma você. Posso te dar um conselho? Sonhe! Experimente! Faça o novo. Busque a concretização dos seus desejos todos os dias. Escolha fazer o que você gosta e não apenas o que lhe trás dinheiro. Ele virá naturalmente através dos seus esforços. Seja fiel aos seus valores. Faça com amor e seja o melhor naquilo que faz. Lembre-se: Você é o único responsável pelo seu destino. Coloque-se sempre em primeiro lugar. Ame o próximo na mesma proporção que se ama. Somos todos capazes de ser e fazer. Não deixe que façam por você. Erre. Erre de novo e através do erro ganhe experiência. Não seja tão duro com você mesmo e quando tudo parecer difícil, volte a ser uma criança novamente sem nenhum medo de responder a pergunta: O que você quer ser quando crescer? Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso, com base no texto de Deivison Pedroza. Em 02.01.2013.

18/11/2021 08:14 | DURAÇÃO 4:40

Ciclos

CICLOS Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração...e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. ***** Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és… E lembra-te: "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão." Texto elaborado com base em pensamento de Fernando Pessoa Em 16.3.2014.

17/11/2021 08:46 | DURAÇÃO 4:41

Razão de viver

Razão de viver Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem. Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia a dia, em uma experiência insossa ou vazia. Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia. Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados. Deixam-se levar pelos ventos do acaso. Não veem significado em família, em amigos, nem em trabalho. Quando se estabelece esse estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades. Com certeza, não é o melhor modo de se viver. É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida. É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus. Seria muito belo se cada pessoa – principalmente as que não veem sentido para a própria vida – resolvessem se perguntar: O que posso fazer em prol do mundo onde estou? Para que, afinal, é que eu vivo? Para quem é que eu vivo? Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência. Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas. É importante dar sentido à vida. É importante viver por algo ou por alguém. Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários. Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela. Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente. Apoie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo. Assim seus passos na Terra não serão a esmo, ao azar. Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre. Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir. A vida na Terra não precisa ser um campo de concentração a impor-lhe tormentos a cada hora. Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer. Dedique-se a isso. Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos. Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença. Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a Humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar. Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus. * * * O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter. Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos. Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por consequência, a toda a sua vida.Pense Nisso, e viva com propósitos. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 25, do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

16/11/2021 08:17 | DURAÇÃO 4:42

Descobrindo a simplicidade

DESCOBRINDO A SIMPLICIDADE Aos dez anos, aquele garoto viajou ao interior do país na companhia da família de um amigo. Nascido e criado em uma grande metrópole, já havia estado em outras pequenas cidades durante viagens com sua família, mas sempre em breves passagens. Dessa vez foi diferente. O convite era para que ele passasse uns dias na casa da avó do amigo, em uma cidadezinha sem grandes atrativos turísticos. Pela primeira vez teve a oportunidade de vivenciar a rotina de uma vida no interior. No retorno, a alegria estava estampada nos seus olhos. O sorriso era largo, espontâneo, parecia que tinha a alma leve. Obviamente que o passeio lhe fizera muito bem. Contou à família alguns episódios divertidos que vivenciara, sempre enfatizando que havia gostado muito da viagem. Nos dias seguintes ao seu regresso, todas as vezes que surgia uma oportunidade, o garoto comentava sobre a alegria de ter passado alguns dias naquele lugar e que se pudesse, voltaria quantas vezes fosse convidado. Mas ele mesmo não sabia explicar os motivos para tanto entusiasmo. Lembrava de outras viagens maravilhosas que havia feito e das quais tinha ótimas recordações, mas nenhuma delas remetia a esse sentimento que agora experimentava. Passados mais alguns dias, o menino abordou a mãe com certa aflição, pois havia encontrado os motivos de estar encantado com a viagem que fizera e queria dividir com ela a sua descoberta. Quase que num desabafo infantil, ele disse que havia gostado tanto do lugar que conhecera porque lá era tudo muito simples. Segundo ele, as pessoas não corriam para todos os lados o dia inteiro. Elas paravam para conversar quando encontravam algum conhecido e ficavam olhando nos olhos umas das outras, com atenção. Andavam a pé pelas ruas. As famílias almoçavam e jantavam reunidas. E as casas estavam sempre cheias de visitas de parentes e amigos. A impressão que ficou gravada foi a de que as pessoas não estavam perdendo tempo ao fazer tudo aquilo e sim, aproveitando a vida. * * * Essa observação, vinda de um olhar infantil, nos leva a uma profunda reflexão sobre a forma como estamos vivendo nas grandes cidades e sobre os valores que estamos passando para nossos filhos. Sob essa ótica, ele observou o quanto faz bem ao coração uma vida calma, onde há tempo para as coisas mais simples. Vida na qual existem momentos para construir e consolidar os relacionamentos. É comum vivermos presos aos ponteiros do relógio, não nos permitindo cultivar as coisas simples e importantes. Por mais que estejamos atarefados e envolvidos com os compromissos assumidos, é indispensável fazermos uma revisão de nossas ações. Procuremos conduzir as horas com tranquilidade. Façamos com que nossos dias sejam luminosos, aproveitando-os com sabedoria e transformemos nossas horas em um rosário de bênçãos. Redação do Pense Nisso. Em 25.5.2013.

15/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 4:15

O próximo mais próximo

O próximo mais próximo Certa vez, uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de tv: Mãe, por que na tela da televisão você sempre aparece sorrindo e feliz e em casa está sempre séria e nervosa? A mãe, pega de surpresa, respondeu: É porque na televisão eu sou paga para sorrir. E a filha, mais que depressa, tornou a perguntar: Mãe, quanto você quer ganhar para sorrir também em nossa casa? * * * A pergunta da garotinha nos oferece motivos de reflexão. Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar? Por que não dar para os nossos tesouros mais preciosos, o melhor? Você já parou para observar um irrigador de grama em funcionamento? Girando, ele irriga toda a grama à sua volta. Mas quando chegamos mais perto, observamos que a grama que está próxima do irrigador, está seca. Será que em nossa família estamos agindo à semelhança do irrigador de grama? Se estamos, é hora de mudar com urgência. Verifiquemos que, quando um amigo vem à nossa casa, colocamos um sorriso no rosto. Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito. Somos extremamente simpáticos. Nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem. Sorrimos e sorrimos muito. Toda nossa atenção, durante o tempo em que ele está conosco, é para ele. Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos. Acompanhamo-lo até à porta, ficamos acenando até ele desaparecer na rua. Agora, voltamos para o interior da nossa casa e para nossa família. Como que num passe de mágica, nosso rosto se fecha, ficamos carrancudos.Passamos a ser outra pessoa. Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes. Junto à nossa família somos antipáticos e exigentes. Por quê? Será que os nossos amores não merecem a nossa atenção e o nosso carinho? * * * Se você se deu conta que está agindo mais ou menos como um irrigador de grama, reverta logo a situação. Ainda hoje, enquanto você está com seus filhos, sua esposa, seu marido, seus pais, seja alegre. Converse. Interesse-se pela vida deles. O que eles fazem enquanto você está na escola, no trabalho, na rua? Sobretudo, abrace com carinho, beije com amor. Agindo assim, a casa se transformará em um lar. E ainda hoje todos serão mais felizes. Pense nisso. Redação do Pense Nisso, com base no artigo O próximo mais próximo, de Alkindar de Oliveira, publicado na Revista Espírita Allan Kardec, ano XII, nº 44.

13/11/2021 08:00 | DURAÇÃO 3:33

Reino das borboletas

NO REINO DAS BORBOLETAS À beira de um charco, formosa borboleta, fulgurando ao crepúsculo, pousou sobre um ninho de larvas e falou para as pequenas lagartas, confusas: Não temam! Sou sua irmã de raça! Venho para lhes trazer esperança. Nem sempre permanecerão coladas às ervas do pântano! Tenham calma, fortaleza e paciência. Esforcem-se para não sucumbir aos golpes da ventania que, de quando em quando, varre a paisagem. Esperem! Depois do sono que as aguarda, todas acordarão com asas de puro veludo, refletindo o esplendor solar... Então, não mais se arrastarão, presas ao solo úmido e triste. Adquirirão preciosa visão da vida, pois poderão subir muito alto e seu alimento será o néctar das flores... Viajarão deslumbradas, contemplando o mundo, sob novo prisma! Observarão o sapo que nos persegue, castigado pela serpente que o destrói, e verão a serpente que fascina o sapo, fustigada pelas armas do homem. Enquanto a mensageira fez ligeira pausa, ouviam-se exclamações admiradas: Ah, não posso crer no que vejo! Que misteriosa criatura! Será uma fada milagrosa? Nada possui de comum conosco... Irradiando o suave aroma do jardim de onde viera, a linda visitante sorriu e continuou: Não se iludam! Não sou uma fada celeste! Minhas asas são parte integrante da nova forma que a natureza lhes reserva. Ontem, eu vivia com vocês; amanhã viverão comigo! Flutuarão no imenso espaço, em voos sublimes em plena luz. Libertas do lodaçal, se elevarão felizes. Conhecerão a beleza das copas floridas e o saboroso néctar das pétalas perfumadas. Contemplarão a altura e a amplitude do firmamento... Logo após, lançando carinhoso olhar à família alvoroçada, distendeu as asas coloridas e, voando com graciosidade, desapareceu no infinito azul. Nisso, chegou ao ninho a lagarta mais velha do grupo, que estava ausente, e, ouvindo os comentários empolgados das companheiras mais jovens, ordenou irritada: Calem-se e escutem! Tudo isso é insensatez, mentiras, divagações... Não nos iludamos! Nunca teremos asas! Ninguém deve filosofar... Somos lagartas, nada mais que lagartas. Sejamos práticas, no imediatismo da própria vida. Esqueçam-se de pretensos seres alados que não existem. Precisamos simplesmente comer e comer... Depois vem o sono, a morte... E o nada... Nada mais... As lagartas calaram-se, desencantadas. Caiu a noite e, em meio à sombra, a lagarta-chefe adormeceu, sem despertar no outro dia. Estava completamente imóvel. As irmãs, preocupadas, observavam curiosas o fenômeno... Depois de algum tempo, para espanto de todas, a ignorante e descrente orientadora surgiu como veludosa borboleta, de asas leves e ligeiras, a bailar no ar... * * * À semelhança da formosa borboleta que desceu às faixas escuras onde rastejavam suas irmãs lagartas, um dia a Humanidade também recebeu a visita de sublime anjo, que veio trazer consolo e esperança. Falou da vida estuante, além do casulo físico. E para provar que o que dizia é realidade, Ele próprio, após desvencilhar-se do corpo físico, surgiu mais livre e mais brilhante que antes. Subiu, com a leveza de anjo alado, e desapareceu na imensidão azul, diante de quinhentas testemunhas, admiradas, na distante Galiléia... E, mais de dois milênios depois, ainda existem aqueles que preferem acreditar que o que precisamos fazer é comer, comer, dormir e esperar o nada... Nada mais... Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Pense Nisso. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 29 do livro Contos e apólogos, pelo Espírito Irmão X, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 26.06.2012.

12/11/2021 09:39 | DURAÇÃO 4:55

Ser feliz

SER FELIZ Você conhece alguém que não queira ser feliz? Já se deparou com quem quer que seja, que não tenha a clara convicção de que deseja ser feliz? Salvo alguém com algum tipo de distonia emocional, todos temos esse profundo desejo. Porém, o que nos faz felizes? O que efetivamente constrói a nossa felicidade e nos realiza? Por incrível que pareça, muitos não sabemos definir o que nos proporciona felicidade. Assim, como não refletimos sobre nossa felicidade, compramos a receita da felicidade alheia. Por falta de um conceito próprio, compramos uma ideia de felicidade que não é nossa, na crença de que, com isso, seremos felizes. Quantos escolhemos a profissão, simplesmente, pelo status que confere, pelo reconhecimento social ou pela possibilidade de enriquecer? Esquecemos de que, antes de qualquer coisa, deve ser fonte de prazer, de realização pessoal, de um sonho de vida. Como resultado, nos tornamos profissionais infelizes, insatisfeitos, contando os dias para a aposentadoria. Quantos abrimos mão do convívio com a família, das horas de descanso com os filhos e cônjuge para trabalhar mais, enriquecer mais rápido, adquirir mais bens e aumentar nosso patrimônio? Isso quando não resolvemos, seguir uma determinada doutrina religiosa, na esperança de conseguir algum bem material.Acreditando que, com isso a felicidade acontecerá como em um passe de mágica. Esquecemos, no entanto, que algumas alegrias e prazeres, embora não sejam contabilizados no patrimônio ou discriminados na declaração de bens, não possuem preço nem moeda que os compre. Não percebemos que, assim agindo, nos tornamos pessoas abarrotadas de bens e vazias do essencial. Alguns consumimos anos de nossa vida alimentando rancores e ódios, desejos de vingança e malquerença contra alguém por algum constrangimento, um desaforo, um deslize. Fixamo-nos em um momento de nossa vivência emocional, e nos acorrentamos em uma história que ficamos a remoer, perdendo o ensejo de continuar a vida, de refazer valores e conceitos, melhorando e aprendendo com as situações infelizes. Nem notamos como nos permitimos transformar em pessoas amargas, pessimistas, de difícil trato e convivência. Construir a própria felicidade não é um processo simples. Não é suficiente desejar ser feliz. É necessário agir para tanto, construindo a felicidade com ações, fazendo as opções corretas e adequadas. E, muitas das vezes, a felicidade nasce apenas no simplificar das coisas da vida. Criamos a necessidade de possuir muitas joias, bens, objetos de arte, quando o importante é apenas ter a posse do necessário. Abrimos mão de valores que são importantes, permitindo-nos corromper para atingir algum objetivo, quando o mais importante é ter a consciência tranquila. Esquecemos de que somos seres imortais, em uma jornada passageira, iludindo-nos como se o mundo fosse a razão para tudo, perdendo até a esperança no amanhã. E se fôssemos resumir qual a receita de felicidade possível nesse mundo aí estaria: a posse do necessário, a consciência tranquila e a fé no futuro. Tudo o mais são as ilusões que construímos achando que serão elas que irão alimentar e manter a nossa felicidade. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso.

11/11/2021 09:34 | DURAÇÃO 4:35