Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

Aprender a florescer

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12/03/2022 08:39 | DURAÇÃO 4:48

Quando me amo

Quando me amo... Acendo uma luz que clareia meus porões esquecidos, deixando para trás os erros e derrotas de tempos idos, e volto a respirar. Quando me amo... Aprendo a olhar para dentro, descobrindo-me em parte “potência”, em parte “possibilidade” – aquilo que já sou, aquilo que serei; onde já estou, onde quero estar. Quando me amo... Acolho-me feito mãe acolhe um filho ferido: dando colo, amparando o choro, aconselhando a refazer os caminhos. Não me engole a culpa; não me desestimula a derrota. Quando me amo... Cuido do corpo, como o lavrador cuida de sua enxada – instrumento preciso de trabalho e de vida adorada. Cuido também da nutrição da alma: o que escolho assistir, o que escolho ler, pensar e dizer. Quando me amo... Vejo minh´alma como a escultura debaixo do mármore de Michelangelo, e entendo que a dor é cinzel que vai retirando um pouco aqui, um pouco lá, até que tudo se transforme em belo Davi. Quando me amo... Clareio também a tua face, pois toda luz não fica guardada, não há quem disfarce, um farol a reluzir sobre um monte erguido no ar. Quando me amo... Inspiro o teu autoamor, para que possas te amar e crescer, assim como nova flor, que um dia foi broto, que um dia foi semente, que um dia foi sonho de florescer. Quando me amo... Amo-te com mais profundidade, pois conhecendo-me, conheço-te melhor também. * * * A proposta de vida em torno do amor é das mais belas psicoterapias que existe: Amar a vida e ao próximo como a si mesmo, numa trilogia harmônica. Como ainda temos dificuldade em conceber o absoluto, para nos adequarmos à proposição crítica, invertemos a ordem do mandamento, amando-nos de início, a fim de desenvolver as aptidões que dormem em latência e acumularmos valores iluminativos, ao longo dos dias. Assim, nosso grande caminho de amor precisa começar com o autoamor, pois sem autoamar-se, o homem não consegue amar ao seu próximo e tão pouco amar toda a criação. Começamos a jornada dentro de nós, pois autoamor pede autoconhecimento, pede mergulho profundo para dentro de nós. O autoconhecimento é o meio prático mais eficaz que temos para melhorar nesta vida e resistir à atração do mal. E quem trabalha por sua melhora está se autoamando. Cada movimento que fazemos no sentido de desenvolver nossas aptidões, e de acumular valores que nos façam pessoas melhores, é autoamor. Naturalmente, esse amor a nós mesmos nos conduzirá ao nosso próximo. Primeiro, porque o autoamor só se constrói e se vitaliza no encontro. Segundo, porque quando temos uma cota de amor mais madura, mais consciente, conseguimos amar o outro melhor. Nossas relações se harmonizam, nosso coração fica em paz, nossas angústias desaparecem. * * * Que possamos nos proporcionar mais momentos de autoencontro, com o objetivo de aprimorar nosso autoamor, que é a chave de todo nosso desenvolvimento no Universo. Redação do Pense Nisso, com base no poema Quando me amo, de Andrey Cechelero e no cap. 13, item Amor de plenitude, do livro Amor, Imbatível Amor, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 24.4.2014.

11/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:22

Com afeto e firmeza

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10/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:29

A vida, coragem, beleza, magia e romantismo

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09/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 7:07

Mulher e dedicação

Mulher e dedicação Em uma de suas mais famosas canções, o ex-Beatle John Lennon cantou a opressão que vitimava mulheres em todo o Mundo. Lennon foi assassinado em 1980, mas suas palavras ainda são atuais, nesses dias em que vivemos. No Brasil, na Arábia ou na Índia. Na antiguidade ou nas metrópoles de hoje. Em todas as épocas e povos, a mulher sempre teve sua posição atormentada pelas dificuldades do não reconhecimento de seu valor e de seu papel. Esforça-se, rompe barreiras, mas continua assombrada por um certo desprezo, nascido da aparente fragilidade que carrega. Em alguns locais o estigma é forte, bem visível, e oprime, fere, humilha. Em outros, a vida parece um pesadelo com a violência que assusta, com o terror que espalha. Basta ligar a TV, ou abrir jornais e revistas para ter notícias dos abusos impostos às mulheres. Vilipendiadas, desrespeitadas, caladas à força, elas prosseguem: carregam famílias, assumem tarefas, adoçam os dias com o mel que só um coração delicado pode oferecer. Mesmo nos países em que é valorizada, facilmente se percebe um certo desrespeito, um preconceito camuflado em piadas e risos irônicos. Sem falar nos salários mais baixos, nas avaliações que consideram mais o corpo que a inteligência. Ou você nunca notou? Por toda a parte em que se vai, basta abrir os olhos e ver as mulheres assinaladas pelo signo da generosidade. Por mais que trabalhem, sejam bem sucedidas, realizadas, o selo feminino é o da dedicação que não conhece limites. Quer prova disso? Observe as mães e esposas de atletas e artistas. Quem na maioria das vezes os estimula, torce, sacrifica as horas? Quem está, invariavelmente, ao lado deles, quando ninguém quer sonhar junto? Quem sempre acredita? E os filhos deficientes? Você já percebeu a presença materna ali ao lado? Onipresente, forte, protetora. Todos os estudos na área de deficiência física ou mental revelam que a figura materna, na maioria dos casos, é quem apóia o filho e vai em busca de alternativas, terapias, equipamentos, médicos. Mão estendida, voz cariciosa, presença constante. Mães, irmãs, avós, esposas, namoradas. Sempre ao lado, de mãos dadas, com brilho nos olhos e força nos braços. Tanta dedicação muitas vezes tem um preço caro demais. A mulher acostuma-se ao sacrifício o tempo inteiro. E fica invisível. Passa a fazer parte da paisagem. Ninguém lembra de agradecer, acarinhar, sorrir de volta. Mas quem disse que ela se abate? Mulher é entidade forte, cheia de graça e de poder, capaz de fazer nascer borboletas. Capaz de fazer brilhar o sol. * * * Se nos cabe reconhecer no homem o condutor da Civilização e o mordomo dos patrimônios materiais, na Terra, não podemos esquecer de identificar na mulher o anjo da esperança, ternura e amor. A missão feminina é espinhosa. Mas, efetivamente, só a mulher tem bastante poder para transformar os espinhos em flores. Saudemos todas as mulheres, todos os dias. Redação equipe Pense Nisso.

08/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:46

Como se fosse a primeira vez

Como se fosse a primeira vez Ao retornarem para casa, depois de um dia normal de aula escolar, mãe e filho falavam sobre os acontecimentos daquela tarde. Durante o trajeto, era costume conversarem sobre amenidades. Como o fim do ano se aproximava, a mãe resolveu perguntar ao menino qual a impressão que ficara para ele, a respeito dos professores. O garotinho contou detalhes sobre alguns deles, buscando com cuidado, encontrar palavras que exprimissem suas verdadeiras impressões. Mas acabou surpreendendo a mãe ao fazer a seguinte observação: Eu gosto mesmo é da professora de História, sabe por quê? E, sem dar tempo da mãe pensar em algo que justificasse o seu encantamento, ele seguiu com a resposta: É porque ela trabalha com a nossa turma desde o começo do ano e em todos os dias ela fica tão empolgada e feliz como se fosse o primeiro dia de aula! * * * Essa percepção infantil nos leva à reflexão de que, com o passar do tempo, é comum que a maioria de nós diminua o interesse que mostramos, no momento inicial das nossas atividades. É como se o comodismo fosse um comportamento esperado. E, quando a empolgação inicial por nossos compromissos permanece, trata-se de uma exceção, quando deveria ser o contrário. Que tal experimentarmos olhar as coisas ao nosso redor como se nunca as tivéssemos visto antes? Para nos sentirmos motivados a agir assim, basta que recordemos as emoçõesque sentimos quando vivemos boas experiências pela primeira vez. Quem não se recorda do turbilhão de sentimentos que tomou conta de nossa alma quando nos deparamos, pela primeira vez, com a imensidão do mar? E o indescritível amor que nos invadiu quando carregamos, pela primeira vez, um filho nos braços? E a emoção de ter fitado os olhos da pessoa amada, pela primeira vez? A satisfação pelo primeiro caderno, a felicidade ao concluir as várias etapas escolares, a conquista do primeiro trabalho. Procuremos nos lembrar dessas boas sensações e mantê-las vivas em nosso íntimo, permitindo que elas nos impulsionem a uma atuação enérgica e dedicada. Não deixemos que o entusiasmo pela tarefa que abraçamos diminua a cada dia, pois, se assim permitirmos, quando nos dermos conta, estaremos agindo apenas com automatismo e nos sentindo sobrecarregados. Sigamos o exemplo dessa professora, que consegue transmitir continuamente às crianças, o amor à tarefa e a viva satisfação de ter a oportunidade do trabalho. Qualquer que seja nossa atividade, busquemos desempenhá-la com dedicação. Assim agindo, nosso dia se tornará mais agradável e, com certeza, também levaremos leveza e alegria àqueles que nos cercam. Procuremos fazer com que o prazer em nossas tarefas seja a nossa marca registrada, contagiando, inclusive, aos que nos cercam. Busquemos olhar as coisas à nossa volta como se fosse a primeira vez. E verificaremos que isso nos trará certo encantamento. Redação do Pense Nisso Em 4.6.2013.

07/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 3:55

Resposta Divina

Resposta Divina Foi depois da Primeira Guerra Mundial, na Tchecoslováquia. O jovem Arão precisava sustentar a esposa e o filho recém-nascido. Ele trabalhava numa pequena loja com a mãe, mas o lucro não era suficiente para sustentar as duas famílias. Por isso, ele decidiu pensar em alguma coisa que o tornasse independente. Naquela época havia muita escassez em todos os setores. A indústria de couros era uma delas. Era muito difícil encontrar sapatos bons e resistentes. Eles eram fabricados com papelão e papel e não duravam muito. O jovem Arão logo concluiu que aquele era um ramo a ser explorado. Um empreendimento no setor de calçados lhe permitiria sustentar com dignidade a família. Tomou emprestado uma quantia muito grande de dinheiro de amigos, vizinhos e parentes. Foi até a grande cidade e voltou com quinhentos pares de calçados militares fortes, resistentes. Enorme foi seu desespero ao abrir as caixas e descobrir que fora enganado. O negociante lhe vendera mil pés direitos. Retornou à cidade, procurou o negociante e não o encontrou. Parecia que ele nunca tinha existido. Arão voltou para sua casa e começou a chorar. A esposa o abraçou e disse: Não desista. Por fim, ele procurou um homem sábio que lhe falou para que ele fosse ao templo e orasse. Que recitasse salmos. Tivesse fé. Deus o ajudaria. Arão obedeceu. Durante vários dias chorou e rezou, concentrado em seus tormentos. Os amigos e a esposa o vinham ver, lhe traziam alimento que ele engolia sem prestar atenção. E continuava a orar e chorar. Até que um estranho entrou no templo e também começou a soluçar. Depois a gritar, tão grande era o seu desespero. Arão pareceu despertar da sua dor e foi se sentar ao lado do desconhecido. Bem-vindo, disse. Sinto compaixão do seu sofrimento. Posso ajudar? Ninguém pode me ajudar. Peguei muito dinheiro emprestado e comprei mercadoria para começar um negócio. Pobre de mim. O negociante me enganou e me vendeu mil sapatos para o pé esquerdo! O estranho pousou os olhos vermelhos de chorar nos olhos de Arão e viu que um brilho alegre dançava neles. Meu querido amigo! - Disse Arão. Tenho ótimas notícias para você. O estranho e Arão juntaram os pares de sapatos, que combinavam direitinho, os venderam e ganharam uma grande quantidade de dinheiro. * * * O conselho somente terá valor se estiveres disposto a segui-lo. Quando estejas com dificuldade em qualquer assunto, recorre a uma pessoa mais experiente, melhor equipada, pedindo-lhe ajuda e orientação. Todavia, não leves a tua própria opinião, tentando provar que é a verdadeira. Ouve com cuidado. Reflexiona. Depois, toma a decisão que te pareça a mais acertada. Examina tudo, dizia o Apóstolo Paulo, e retém o que é bom. Redação do Pense Nisso, com base em história do livro Pequenos milagres, v. 2, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante e pensamentos do cap. LXXXVII do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 01.03.2013.

05/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:12

Renovar a confiança

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04/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 5:04

Acolhimento que arrebata

ACOLHIMENTO QUE ARREBATA Francisco de Assis, em seu tempo, revolucionou ideias e inaugurou parâmetros de comportamento. Tinha uma forma toda especial de tratar com os deserdados da sorte, os pobres, os equivocados. Conta-se que, certa feita, três ladrões que viviam atormentando a cidade de Monte Casale, foram pedir comida a Frei Ângelo. Ciente de quem eram e os danos que poderiam provocar, ele os afugentou. Tão logo se fez a oportunidade, tudo narrou a Francisco, confiante de que receberia agradecimentos pelo que fizera. No entanto, Francisco, de imediato, não concordou com essa atitude, pois não condizia com a proposta de amor dos Evangelhos e com os exemplos do Mestre Jesus. Chamando os frades, a todos determinou outro padrão de tratamento para com os irmãos ladrões.Disse-lhes que, caso tornassem a encontrá-los, deveriam ter para com eles um procedimento diferente do comum das pessoas. Propôs, então, que os frades adentrassem a floresta, onde costumavam se esconder os malfeitores, levando alimento e uma toalha, oferecendo a refeição, mais ou menos nos seguintes termos: Irmãos ladrões, venham comer. Não precisam assaltar as pessoas. E quando assaltarem, por favor, não batam nelas. O ritual deveria ser repetido dia após dia e, finalmente, quando conseguissem as presenças dos ladrões para a refeição, deveriam aproveitar para lhes falar de outra forma: Irmãos ladrões, não seria melhor que vocês trabalhassem em vez de roubar? Podemos ajudá-los a arrumar alguma ocupação. Que tal? A proposta de acolhimento e regeneração, nessa aproximação gradativa e singela, feita de forma sincera e interessada, acabou por convencer alguns dos ladrões a modificarem a sua vida, aderindo à proposta de amor e fraternidade pregada e vivenciada por Francisco. * * * É possível que, nos dias atuais, com tanta violência vigorando, a criminalidade alcançando patamares inimagináveis, nenhum cidadão se sinta seguro, a qualquer hora do dia ou da noite, nas ruas, nem em sua casa ou em seu local de trabalho. Por isso mesmo, dificilmente buscaria um diálogo com malfeitores de qualquer ordem, até mesmo por temor à sua própria vida, pela sua integridade física. Mas o exemplo vivenciado pelos frades, sob a batuta de amor de Francisco, pode nos servir para meditarmos a respeito de novas fórmulas de tratarmos com os que qualificamos de malfeitores ou criminosos. Uma proposta de regeneração, de reeducação, iniciando pela conquista através da pedagogia do acolhimento. Também uma maneira de nos conduzir a reflexões sobre nossa própria forma de tratar osmalfeitores da nossa paz, os que nos causam problemas, levantam calúnias, estabelecem obstáculos na harmonia das nossas vidas. Como poderíamos interagir de forma positiva com eles? Talvez iniciando por não estabelecer sintonia com sua maldade. Depois, vibrando de forma diversa, endereçando-lhes, como resposta a suas agressões, o desejo de que se reabilitassem, que se dessem conta do desastre que estão causando para si mesmos. Isso porque quem semeia ventos, colhe tempestades, já sentencia o provérbio popular. Com certeza, essa nossa mudança de comportamento nos conduziria a melhores dias, a horas mais harmônicas e produtivas. Pensemos nisso. Tentemos a proposta franciscana. Redação do Pense Nisso, com base em biografia de Francisco de Assis. Em 31.10.2014

03/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:54

Descontrole da nova geração

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02/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 5:20

Impasse

IMPASSE A Escolha de Sofia é um clássico que se transformou-se em exemplo de impasse, de dilema a ser resolvido. Sofia vive atormentada pela escolha que teve de fazer quando estava no campo de concentração. Entre todos os horrores pelos quais passou, o pior foi ter de escolher entre seu filho e sua filha qual dos dois deveriam ser mortos. Esta é a escolha de Sofia, uma mãe diante de um grande dilema... Em um documentário, foi proposto um experimento teórico para estudar a lógica da decisão. Imagine que um trem lotado encaminha-se para um precipício, redundando numa queda da qual não restariam sobreviventes. Posicionado em um entroncamento, você pode ativar uma alavanca para desviar o comboio, fazendo-o atingir um pequeno grupo de pessoas. Sua intervenção certamente causaria um número menor de vítimas. Como você agiria? Pesquisas sobre esse dilema mostram que as pessoas agiriam segundo o princípio do "menor dano". Em mais de 90% dos casos os sujeitos apertariam a barra salvando muitas pessoas, assumindo a responsabilidade pela morte de algumas outras. Porém, dizer nem sempre é fazer. Experimentos nos quais é preciso agir - e não apenas declarar as intenções - apontam outro resultado. A convicção em torno de valores, princípios e regras pode se mostrar incrivelmente frágil diante da experiência real. Situações concretas, por sua vez, são muito sensíveis à contagem dos participantes. Sozinhos na situação do trem, você e sua consciência provavelmente tomariam atitude diferente daquela que teriam se houvesse testemunha. Isto nos levam a pensar sobre situações difíceis que precisam ser encaradas de frente e que vamos jogando de mão em mão como se fosse uma batata quente. Alguém espera que alguém resolva, este alguém que resolveria pode ser qualquer um, inclusive Deus, para quem acredita nele. Temos, nos últimos anos aprendido muitos termos, palavras que significam viver ou morrer. Eutanásia, que é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida. Crime pelo código penal. Distanásia, um prolongar da vida de modo artificial, mesmo sabendo que não há mais esperanças, não há chances de cura. Morte lenta, sofrida. Ortotanásia, que significa morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural. Neste caso o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que este estado siga seu curso natural. Conversar sobre isso é difícil, questionar se uma pessoa em coma tem capacidade de ouvir, e se ouve, tem ela condições ou poder de decidir se vive ou se desiste? Prefiro acreditar que sim. Há um apego e um apelo muito grande em se prolongar a vida, mesmo sabendo que não há mais esperanças, mesmo sabendo que o que vem pela frente pode tornar-se insuportável para todos. Então aqui entra a decisão do maquinista do trem. Alguém precisa fazer o papel do maquinista. O inconsciente é composto por figuras que o habitam e é sempre em companhia delas que você terá que decidir. A defesa inócua do criminoso comum é alegar que está em paz com sua consciência. Mas nunca estamos em paz com nossa consciência - ela é feita para nos atormentar, para rever continuamente as consequências, causas e razões de nossos atos. Estar "em paz com a consciência" É, no fundo, não ter consciência. Em seu Projeto de psicologia científica para neurólogos, de 1895, Freud estabeleceu alguns fundamentos para uma lógica da escolha. Em um verdadeiro processo de decisão, temos de comparar situações de tal forma que proposições se formem em nossa consciência. Antes de qualquer escolha há uma espécie de metadecisão envolvendo os caminhos pelos quais a opção pode ser feita. Podemos até estar bem-intencionados, e acreditar que escolha é apenas uma elaboração de pensamento. Mas temos um júri coletivo que será destinatário de nosso juízo. Perguntamos como agiriam as pessoas que conhecemos, amamos ou respeitamos e reciprocamente como seríamos julgados por elas. A diferença entre a verdade do que dizemos e o real do que fazemos emana do fato de que agir compromete, custa. Movendo a alavanca nos tornamos responsáveis diretos pela morte de inocentes. Esperando passivamente que o trem caia no precipício, ficamos em paz com nossa consciência, afinal "alguém" deveria ter pensado nisso antes, alguém da companhia de trens ou da vigilância antiprecipícios. Aqui surgem os dois outros elementos da lógica freudiana da decisão: a angústia e o tempo. A verdadeira escolha nunca é tomada sem a incerteza de um tempo de angústia. Há os que e deixam a alavanca intacta e contam com a teoria neurótica do tempo indefinidamente elástico no qual alguém tomará ou já a tomou a decisão certa por nós. Há aqueles que se lançam heroicamente para a alavanca seguem outra forma de temporalidade neurótica na qual o "alguém" sou eu mesmo livrando-me da angústia de decidir. De uma forma mais simples, vem a pergunta: você é quem decide, ou espera que alguém decida por você? Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso. Em 01.8.2015.

01/03/2022 08:00 | DURAÇÃO 7:22

O incerto também tem o seu encanto

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28/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 3:58

A raiva

A Raiva o que há por trás de "explosões" de raiva? Sabe aquele ódio escaldante que bate quando a internet está lenta? Ou aquele impulso violento de buzinar no trânsito quando alguém fecha sua passagem? Pois esse fenômeno muito comum – a "explosão" de raiva – está sendo estudado. E pode até ser contornado. Em uma entrevista recente para o Science of Us, o pesquisador R. Douglas Fields explicou os motivos que nos levam a sentir essa raiva tão intensa. Fields esmiuçou todas as causas que nos levam a "explodir" e agrupou-as em nove seções: integridade física, insulto, família, ambiente, sexo, ordem social, dinheiro, tribo e impedimento, esta última relacionada a tudo que nos tolhe, fisica ou psicologicamente, e causa a sensação de encarceramento. Sempre que nos sentimos ameaçados em qualquer um desses setores, é como se algo essencial para nossas vidas estivesse em risco – e nosso cérebro se prepara para a briga como meio de defesa. "Todos temos esses 'circuitos' em nossos cérebros, porque os seres humanos se desenvolveram em uma natureza selvagem, em um ambiente em que sobrevive quem é o melhor. Nossos cérebros são os mesmos que tínhamos há cem mil anos. Mas nosso ambiente é totalmente diferente agora". É preciso entender que a "explosão" não é consciente e acontece muito rápido. Isso ocorre porque a parte do cérebro responsável por essas respostas é aquela que detecta ameaças e cria uma forma de responder a elas. Pense em alguém jogando uma bola para você: mesmo que esteja distraído, seu cérebro vai perceber a esfera em sua direção e preparar sua defesa em segundos, antes mesmo que você se dê conta disso. Vale lembrar que existe uma parte gigante do seu cérebro que se ocupa em perceber ameaças, externas e internas, e essas informações estão sempre alimentando seu cérebro – de forma totalmente subconsciente. A resposta física também é automática. O mais curioso disso tudo é que o instinto responsável pela explosão de raiva que sentimos quando a internet não colabora é exatamente o mesmo que nos move a agir de maneira positiva e instantânea – como muitos atos de "heroismo" de pessoas que salvam alguém em risco e mal se lembram do que fizeram depois. "Esse instinto funciona maravilhosamente na maior parte do tempo. Às vezes, dá errado. E é isso que que precisamos controlar". E como controlar a raiva? O próprio Fields admite: tentar acalmar alguém nervoso, muitas vezes, só deixa a situação pior. "Mas identificando o que gera essa raiva, é possível virar o jogo", explicou. Quando a pessoa se torna consciente de que este gatilho vem de um instinto ancestral, é mais fácil perceber que reagir raivosamente pode ser um exagero. "De repente, você percebe que isso não é motivo para briga – e o sentimento ruim vai embora". Entender como alguma coisa funciona sempre é o primeiro passo para usá-la melhor e ter controle sobre ela. Quantas vezes sentimos raiva de alguém ou de alguma situação, por muito tempo? Quantas vezes escolhemos continuar alimentando raiva de uma pessoa que nos magoou, ou que simplesmente não atendeu nossas expectativas? As causas que disparam a emoção da raiva podem ser muitas, mas o tempo de permanência desse sentimento em nós é uma escolha. Quando o Mestre Jesus nos disse para perdoarmos setenta vezes sete vezes, ele nos deu a chave para não sentirmos raiva, para não desejarmos vingança. Porém, nosso orgulho nos domina e, muitas vezes, nos induz a atos dos quais nos arrependeremos num futuro próximo. Alimentar a raiva é contaminar-se diariamente e enviar aos que nos rodeiam vibrações carregadas de negatividade. Também comprometer nosso organismo, envenenar órgãos nobres, criando possibilidades para o aparecimento de enfermidades. Mas, como podemos evitar que sentimentos negativos perdurem em nós? Primeiramente, observando a nós mesmos. Por que nos irritamos? Por que nos abalamos tanto com o que os outros fazem e falam? Se conseguirmos observar o outro que nos fere e tentar compreender o que o move, talvez possamos perceber um irmão ferido, doente, que sofre e ainda não tem condição de agir de outra forma. Não temos controle sobre a forma do nosso próximo agir, mas podemos controlar a forma como nós reagiremos ao que ele nos apresenta. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso, com base no livro “Por que explodimos: entendendo os circuitos da raiva em seu cérebro" Em 20.12.2016.

26/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 6:10

Eu achava que o choro era ruim

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23/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:39

Impressões negativas

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22/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:04

A Dureza da Vida

A Dureza da Vida Sim, a vida é dura. Em tempos de supervalorização da literatura de autoajuda, em que se acredita que pensamento positivo resolve tudo e temos que agradecer simplesmente por estarmos vivos, é complicado admitir para si mesmo e para os outros que a vida é dura. Esta mensagem se destina a quem tem senso de realidade e não teme olhar para as próprias feridas. Esta mensagem se destina a quem não teme reconhecer que a vida poderia ser trocentas vezes melhor e que mesmo quando estamos bem e felizes, a vida é dura , incerta , cheia de perigos e possibilidades assustadoras. Como diz Cazuza, em uma das suas musicas, “a vida é bem mais perigosa que a morte”. Sim, existem as possibilidades agradáveis também. Viver é estar super feliz de manhã porque tivemos uma noite incrível e logo à tarde nos deparar com uma notícia péssima. Viver é estar se debulhando em lágrimas para logo em seguida ser invadido por um pensamento redentor que na salva da tristeza e desespero. Viver é estar feliz com o seu trabalho, e saber que você está desempenhando de forma eficaz e com paixão as suas tarefas, e logo em seguida, o seu chefe lhe entregar uma carta de advertência por um pequeno deslize seu. Viver é alternar estados de espírito. É passar pelo pior e pelo melhor, às vezes, numa única semana, num único dia. É ganhar e ficar com medo de perder. É perder e se sentir apaticamente tranquilo por saber que não há mais nada a perder. Viver é saber que depois dos cinquenta anos, você tem mais passado que futuro, e mesmo assim, fazer projetos para o futuro e manter o seu bom animo e otimismo. Viver é lutar diariamente. Pela sobrevivência material. Pelo amor próprio. Pelo amor da pessoa amada. E quando estamos bem de dinheiro, estamos mal no amor. E quando estamos bem no amor, estamos mal de dinheiro. E quando temos dinheiro suficiente para viver e temos a alegria do amor, nos falta saúde ou nos falta qualquer coisa que nem sabíamos que era importante para a gente quando a tínhamos. Sim, sempre uma das teclas do piano está quebrada. Sempre estamos em conflito em relação a algum tema ou à alguma pessoa ou a nós mesmos. Ou é o presente que não está bom. Ou é o futuro que nos amedronta. Ou é o passado que vem tomar com a gente um café adoçado com fel. Sofremos pelo o que aconteceu e por aquilo que também poderia ter acontecido e não aconteceu e nós queríamos que acontecesse. Sofremos até mesmo por aquilo que não aconteceu e não queríamos realmente que acontecesse. Os ufanistas acharão esta mensagem profundamente pessimista. Mas o objetivo não é fazer ninguém se deitar em posição fetal. Pelo contrário. É mostrar que a vida é isso mesmo e que se você está se sentindo confuso, triste ou sem saber o que pensar ou como agir diante de uma situação complicada, não há nada de errado com você. É isso mesmo. Esta é a vida: caótica, linda e implacável. Não se sinta culpado se fosse não consegue ser essa pessoa que os “bam bam bans” de palestras de auto ajuda pedem pra você ser. São os :“12 passos para ser um vencedor”, os “vencendo desafios e conquistando a felicidade”, os “high performance” ...que você acaba se achando um zero a esquerda. Depois de anos nos maltratando, exigindo façanhas impossíveis, melhorar a autoestima parece ser mais uma daquelas metas absurdas e no final das contas, acabar nos causando mais sofrimento. O caso é que a auto estima virou o novo produto da moda. Estão aparecendo cursos voltados pro esse assunto, reportagens na TV, matérias em revistas, Facebook...cujo intuito é vender mais um produto. A vida não tem uma formula concreta. A vida não é um manual de instrução. A vida é, apesar de tudo, um hino de louvor á você mesmo. Viva A vida. Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Com base na mensagem “é preciso sobreviver à dureza da vida “de Silvia Marques .

21/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 5:25

Dia amargo

DIA AMARGO Você já experimentou, alguma vez, aquele amanhecer sombrio, em que tudo lhe parece amargo? Esses dias aparentemente têm os mesmos aspectos para todos nós, mas são vividos de maneira diferente por Alguns ficam tristes e quase calados. Buscam isolar-se para evitar qualquer contato com alguém que lhes faça perguntas sobre o que está acontecendo. Outros deixam o mau humor dirigir seus passos e, em poucos minutos, azedam todo o ambiente em que se encontram. E a resposta para comportamentos desse tipo logo se faz sentir no organismo, em forma de azia, enxaqueca, dores musculares, entre outros males. E o pior de tudo é que nem sabemos o porquê de tanta irritação. De maneira irrefletida, estragamos o nosso dia movidos por um estado d´alma que nos toma de assalto e no qual nos deixamos mergulhar, sem refletir. Assim, se você sentir que está diante de uma manhã sombria, de um momento amargo, vale a pena tomar medidas urgentes para não se deixar cair nas armadilhas. Se ainda está em casa, faça uma prece antes de sair. Se estiver no trabalho, busque um local que lhe permita ficar só por um instante, respire fundo e eleve o pensamento, abra uma janela com paisagens e circunstâncias mais agradáveis. Lembre-se, sempre, que todos temos momentos difíceis, e que só depende de nós complicá-los ainda mais, ou sair deles com sabedoria e bom senso. Lembre-se, ainda que, por mais difícil que esteja a situação, ela será tragada pelas horas e substituída por momentos mais leves e mais felizes. * * * Não estrague o seu dia. A sua irritação não solucionará problema algum. As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas. Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar. O seu mau humor não modifica a vida. A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus. A sua tristeza não iluminará os caminhos. O seu desânimo não edificará a ninguém. As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade. As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você. Não estrague o seu dia. PENSE NISSO.MAS, PENSE AGORA!

18/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 2:45

Pelo menos tente!

Pelo menos...TENTE! Ponha de lado antigos conceitos, panacéias, rancores, preconceitos, recalques e estabeleça novos e sólidos rumos para uma vida mais liberta e melhor, evitando o lugar comum. Pratique o encanto que existe no banal e nas coisas mais simples. Curta os sentimentos cotidianos que colorem sua vida: laços familiares, amigos verdadeiros, livros, a natureza, as artes e a vibração cósmica do universo em constante erupção evolutiva. Um dos encantos mais simples, que eu e meus amigos de viagem vivemos, foi o de reencontro de uma boa amiga. Mesmo depois de um incidente com o carro que viajávamos, não desistimos desse reencontro. O abraço, o sorriso e alegria desse encontro valeu muito mais apena. O incidente deixou de ter tanta importância. A vida sempre nós dá a oportunidade de substituir o negativo por algo mais salutar. Aprenda a colher recompensa valiosa, aprofundando-se na necessidade muito íntima que as pessoas têm de serem ouvidas com paciência e respeito e de serem amadas com seriedade. Exprima afeto e admiração para com o próximo. Torne agradável sua companhia; assim como as flores deixam parte do seu perfume nas mãos de quem as oferecem. Seja útil a quantos o procuram nas necessidades. Se você tentar superar-se, acrescentará algo muito especial ao mundo e será recompensado por isto. Dentro de você existe um lugar secreto, onde reinam a paz e a tranqüilidade, sem espaço para preocupações, temores, invejas ou desgostos. Recolha-se nele nas adversidades e comece a viver dias mais felizes; fazendo os outros felizes também. Nunca dê guarida à raiva, ganância, sentimentos de vingança, hostilidade, medo, ansiedade ou insegurança. Todos são falsos aliados. Controle suas emoções e construa sua própria cortina protetora. Cultive a verdadeira coragem. Nenhum grande feito deste mundo se realizou sem ela. Persiga seu ideal para conseguir as boas coisas da vida. Esta pagará o preço estabelecido, mas cobrará caro exigindo que você seja o melhor do que quer que seja. Só se pode usar cada dia uma única vez. Portanto, metodize sua vida e desenvolva seu potencial criador, mostrando todo ouro que há no seu coração; sem tentar ser algum sabe-tudo, nem com presunção de ser perfeito. Perfeito só o Universo. Só Deus! Nem todos podem ser comandantes. Temos que ser tripulação também. Mas seja o melhor que puder, no desempenho de suas atividades e o mundo lhe abrirá as portas. Pense Nisso eTente!

17/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 3:57

Indagações

INDAGAÇÕES Você acredita na vitória do bem, sem que nos disponhamos a trabalhar para isso? Admite você a sua capacidade de errar a fim de aprender ou, acaso, se julga infalível? Se estamos positivamente ao lado do bem, que estamos aguardando para cooperar em benefício dos outros? Nas horas de crise você se coloca no lugar da pessoa em dificuldade? E se a criatura enganada pela sombra fosse um de nós? Se você diz que não perdoa a quem lhe ofende, porventura crê que amanhã não precisará do perdão de alguém? Você está ajudando a extinguir os males do caminho ou está agravando esses males com atitudes ou palavras inoportunas? Irritação ou amargura, algum dia, terão rendido paz ou felicidade para você? Que mais lhe atrai na convivência com o próximo: a carranca negativa ou o sorriso de animação? Que importa o julgamento menos feliz dos outros a seu respeito, se você traz a consciência tranquila? É possível que determinados companheiros nos incomodem presentemente, no entanto, será que temos vivido, até agora, sem incomodar a ninguém? Você acredita que alguém pode achar a felicidade admitindo-se infeliz? * * * É necessário refletir diariamente sobre o que queremos para nossa vida realmente. É necessário pensar diariamente sobre o Universo e suas leis perfeitas, colocando-nos no lugar certo, na hora certa, ao lado das pessoas que precisam de nós. Olhemos ao nosso redor: tudo está onde deveria estar. E nós? Como estamos? Conseguimos perceber isso? Conseguimos extrair disso forças para enfrentar os desafios? Conseguimos entender que tudo é um grande processo de aprendizado? Não somos um acidente de percurso, como pode até nos ter sido dito, mencionando uma possível gravidez inesperada. Assim, não gastemos nosso tempo com futilidades. Não nos afastemos dos caminhos que nos levam adiante. Não abdiquemos das oportunidades que a vida nos dá para entender melhor as questões importantes para nosso desenvolvimento. Pensemos antes de agir. Repensemos antes de reagir. Peçamos ajuda antes de tomar decisões importantes. Indaguemo-nos. Autoconheçamo-nos. Não aceitemos verdades sem antes uma análise minuciosa. As respostas sempre virão para os que realmente estamos interessados em nos melhorarmos; para os que não pensamos apenas em nós mesmos, egoisticamente; para aqueles que vivemos o amor e queremos aprender mais sobre ele. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 35, drancisco Cândido Xavier, ed. Comunhão Espírita Cristã. Em 01.o livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de F4.

16/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 3:47

Fui ajudá-lo a chorar

FUI AJUDÁ-LO A CHORAR Como anda seu envolvimento com as outras pessoas? Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda? Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão? Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: A criança que mais se preocupa com os outros. O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo. Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. Nada. – Disse o menino – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar. * * * A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos. Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar. Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes. Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar. Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse. Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer Estou aqui com você, são atitudes muito importantes. Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso. Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém. Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar. Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros. Você sabia? Você sabia que não precisamos dizer Meus pêsames, às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido? O dicionário nos diz que a palavra pêsames, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém. Assim sendo, torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam. Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento. Redação do Pense Nisso, com base no cap. O que mais se preocupava, do livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho, ed. Globo. Em 25.10.2013.

15/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:32

Pra mudar o mundo

...

14/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 5:36

Aceitação

ACEITAÇÃO Vai chegar um momento em sua vida, que você vai estar diante de um espelho e pensar: Putz, eu tenho mais passado que futuro”. Isso acontece, geralmente, lá pelos 50 anos de idade. Então... o que fazer quando descobrimos que somos mortais? Que estamos mais limitados fisicamente? A memória começa a nos trair...a libido diminui ...os cabelos ficam mais ralos; isso quando não resolvem simplesmente sumirem da nossa cabeça. O que fazer, quando descobrimos que não temos mais o mesmo vigor sexual? A resposta chave é: aceitação. Quando você passa a aceitar, você começa a ter paz. Aceitar os seus limites... aceitar o tempo...aceitar que já passou a tua fase, e que uma nova fase esta começando. Você tem que entender, que tudo muda...que o próprio universo está em constante mudança...em constante transformação. Gente que vai passando...gente que vem chegando. Ideias e conceitos que vão sendo ultrapassados e substituídos por novos vislumbres. Da mesma forma que chegamos com novas ideias, com o tempo, outros chegarão para nos substituir e levar adiante as mudanças que nos iniciamos. Mas talvez o que mais nos incomoda, é que muitas vezes essas novas ideias são bem melhores do que aquelas que tivemos. Mas não deveríamos nos sentir incomodados. Visto que, é preciso que isso aconteça para que os nossos filhos e netos tenham um mundo melhor. Muito melhor que aquele que ajudamos a construir no passado. Há duas coisas que nos faz sofrer: o existir e o deixar de existir. Esse sofrimento acontece porque nós não aceitamos as ordens das coisas. Tudo na vida muda e passa. Inclusive a nossa própria existência. Se você não aceitar isso, você vai sofrer pra burro. Você vai bater a cabeça, se descabelar, entrar em depressão e deixar de viver o que de melhor lhe resta da vida...sem frescuras e com muita simplicidade. Porque a simplicidade é o último grau da sofisticação. Se alguém lhe falar que você está velho, aceite. E diga para essa pessoa, que ela vai ter que lhe aguentar. Porque você vai cantar, andar de bicicleta, jogar o seu charme pra alguém...flertar com esse alguém. Outra coisa, quando você chegar aos 50 anos, baixe uma medida provisória, que passará a ser uma medida definitiva. Neste decreto deixe bem explicito: daqui pra frente, serão os melhores anos da minha vida. Quando você decreta, que de fato, serão os melhores anos de sua vida, você começa a fazer que isso aconteça de verdade. Mas lembre-se: isso só começa a acontecer quando você tem a aceitação como a força motriz da sua vida. E não leve a vida muito a sério, você não vai sair vivo dela...e quer saber de uma coisa? – Vai ser feliz! E pra encerrar o pense nisso uma frase de John lennon: - “Life, is what happens to you while you make plans for her.” Traduzindo: vida, é o que acontece com você, enquanto você faz planos pra ela. Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Em 17.03.2017

12/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:23

Velocidade Máxima

Velocidade Máxima O escritor português José Saramago escreveu: Não ter pressa não é incompatível com não perder tempo. Mas, hoje, o que mais se exige é rapidez. Rapidez em tudo. O computador deve ser de alta velocidade, é preciso pensar rápido, agir rápido para não perder negócios, para não perder audiência, para não perder mercado de trabalho. No mundo dos executivos, ao contrário da realidade do trânsito, não há limite de velocidade. A multa é alta para quem anda lento. A ordem é é ser “The Flash”. Para esses, cada minuto conta. E se estressam somente contando o tempo que perdem aguardando o elevador, o semáforo abrir, o autoatendimento bancário lhes fornecer as informações de que necessitam. São pessoas que se sentem culpadas quando param para um cafezinho, porque poderiam estar produzindo. A sua meta é executar projetos, ler apenas livros técnicos, acelerar a rotina. Tudo o mais é desperdício. E, no entanto, a vida é feita de pequenas coisas. Felizes são aqueles que decidem subir pela escada para exercitar as pernas e a imaginação. Aqueles que têm tempo para um sorriso ao desconhecido que está na fila, logo atrás, esperando sua vez para ser atendido. Os que, em vez de engolirem um sanduíche rápido no escritório, preferem almoçar com um amigo, com calma, bater um papo descontraído. Ou melhor, ir até em casa e observar os filhos crescerem, enquanto a família se reúne em volta da mesa. Essas pessoas não costumam usar atalhos para encurtar caminhos. Elas preferem procurar estradas com paisagens com que se possam deliciar. Quando viajam, vão com calma. Não têm hora para chegar. Como as crianças, a quem o fazer é mais importante do que a tarefa pronta, eles param na beira da estrada para provar uma fruta e conversar com o vendedor, que sempre tem histórias para contar. Histórias de vida. Experiências importantes. Quando descobrem uma paisagem bonita, param para apreciá-la. Alguns fotografam para levar consigo aquele momento mágico. Chegam ao destino com maior disposição e alegria. Esses são os que adotam a filosofia de que menos é mais. Menos velocidade é mais oportunidade de olhar para os lados e apreciar a natureza. Menos horas de trabalho equivalem a mais tempo com a família. Tirando levemente o pé do acelerador das suas vidas têm mais tempo para ouvir música, ler algo mais além do que a profissão lhes exige, assistir um filme, meditar. Em síntese, têm mais tempo para viver. Em verdade, a velocidade máxima permitida para ser feliz é aquela que não nos deixa esquecer de que, além dos negócios, do trabalho, do dinheiro, o mais importante é a vida em si mesma. * * * Viver é uma arte. Por isso, todo momento se faz importante. Também todas as experiências do cotidiano nos enriquecem. Desfrutar de cada uma delas retirando o máximo de proveito, deve ser a meta do homem sábio. Isto significa aproveitar bem a vida. Não desperdiçar nenhuma de suas oportunidades. Redação do Pense Nisso, com base no texto Velocidade máxima, publicado na revista Exame, de 15.12.1999. Em 22.06.2017.

11/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:42

Um amor especial

Um amor especial Quando Jéssica veio ao mundo, trazia a cabeça amassada e os traços deformados, devido ao parto difícil vivido por sua mãe. Todos a olhavam e faziam careta, dizendo que ela se parecia com um jogador de futebol americano espancado. Todos tinham a mesma reação, menos a sua avó. Quando a viu, a tomou nos braços, e seus olhos brilharam. Olhou para aquele bebê, sua primeira netinha e, emocionada, falou: Linda. No transcorrer do desenvolvimento daquela sua primeira netinha, ela estaria sempre presente. E um amor mútuo, profundo, passou a ser compartilhado. Quando a avó recebeu o diagnóstico, anos depois, de mal de Alzheimer, toda a família se tornou especialista no assunto. Parecia que, aos poucos, ela ia se despedindo. Ou eles a estavam perdendo. Começou a falar em fragmentos. Depois, o número de palavras foi ficando sempre menor, até não dizer mais nada. Uma semana antes de morrer, seu corpo perdeu funções vitais e ela foi removida, a conselho médico, para uma clínica de doentes terminais. Jéssica insistiu para ir vê-la e seus pais a levaram. Ela entrou no quarto onde a avó Nana estava e a viu sentada em uma enorme poltrona, ao lado da cama. O corpo estava encurvado, os olhos fechados e a boca aberta, mole. A morfina a mantinha adormecida. Lentamente, Jéssica se sentou à sua frente. Tomou a sua mão esquerda e a segurou. Afastou daquele rosto amado uma mecha de cabelos brancos e ficou ali, sentada, sem se mover, incapaz de dizer coisa alguma. Desejava falar, mas a tristeza que a dominava era tamanha, que não a conseguia controlar. Então, aconteceu... A mão da avó foi se fechando em torno da mão da neta, apertando mais e mais. O que parecia ser um pequeno gemido se transformou em um som, e de sua boca saiu uma palavra: Jéssica. A garota tremeu. O seu nome. A avó tinha quatro filhos, dois genros, uma nora e seis netos. Como ela sabia que era ela? Naquele momento, a impressão que Jéssica teve foi que um filme era exibido em sua cabeça. Viu e reviu sua avó nos quatorze recitais de dança em que ela se apresentou. Viu-a sapateando na cozinha, com ela. Brincando com os netos, enquanto os demais adultos faziam a ceia na sala grande. Viu-a, sentada ao seu lado, no Natal, admirando a árvore decorada com enfeites luminosos. Então Jéssica olhou para ela, ali, e vendo em que se transformara aquela mulher, chorou. Deu-se conta de que ela não assistiria, no corpo, ao seu último recital de dança, nem voltaria a torcer com ela pelo seu time de futebol. Nunca mais poderia se sentar ao seu lado, para admirar a árvore de Natal. Não a veria toda arrumada para o baile de sua formatura, ao final daquele ano. Não estaria presente no seu casamento, nem quando seu primeiro filho nascesse. As lágrimas corriam abundantes pelas suas faces. Acima de tudo, chorava porque finalmente compreendia como a avó havia se sentido no dia em que ela nascera. A avó olhara através da sua aparência, enxergara lá dentro e vira uma vida. Lentamente, Jéssica soltou a mão da avó e enxugou as lágrimas que molhavam o seu rosto. Ficou de pé, inclinou-se para a frente e a beijou. Num sussurro, disse para a avó: Você está linda. * * * Se desejas ensinar a teu filho o que é o amor, demonstra-o. Não lhe negues a carícia, a atenção, a palavra. O que faças ou digas é hoje a semeadura farta de bênçãos que o mundo colherá, no transcurso dos anos dos teus rebentos. E o mundo te agradecerá, por teres sido alguém que entregou ao mundo um ser que saiba amar, de forma incondicional e irrestrita. Redação do Pense Nisso, com base no cap. Linda, de autoria de Jéssica Gardner, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante. Em 23.10.2017.

10/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 5:57

Afabilidade

Afabilidade Todos desejamos ser amados. Mas será que já compreendemos a necessidade de sermos amáveis? A História nos conta que todos os que foram hóspedes de Theodore Roosevelt, o presidente americano, ficaram espantados com a extensão e a diversidade dos seus conhecimentos. Fosse um vaqueiro ou um domador de cavalos, um político ou diplomata, Roosevelt sabia o que lhe dizer. E como fazia isso? A resposta é simples: Todas as vezes que ele esperava um visitante, passava acordado até tarde, na véspera, lendo sobre o assunto que sabia interessar particularmente àquele hóspede. Porque Roosevelt sabia, como todos os grandes líderes, que a estrada real para o coração de um homem é lhe falar sobre as coisas que ele mais estima. O ensaísta e outrora professor de literatura em Yale, William Phelps, aprendeu cedo esta lição. Narra a seguinte experiência: Quando tinha oito anos de idade, estava passando um final de semana com minha tia. Certa noite chegou um homem de meia idade que, depois de uma polida troca de gentilezas, concentrou sua atenção em mim. Naquele tempo, andava eu muito entusiasmado com barcos, e o visitante discutiu o assunto, de tal modo, que me deu a impressão de estar particularmente interessado no mesmo. Depois que ele saiu, falei vibrante: “Que homem!” Minha tia me informou que ele era um advogado de Nova York, que não entendia coisa alguma sobre barcos, nem tinha o menor interesse no assunto. “Mas, então, por que falou todo o tempo sobre barcos?” “Porque ele é um cavalheiro. Viu que você estava interessado em barcos, e falou sobre coisas que lhe interessavam e lhe causavam prazer. Fez-se agradável!” * * * Inspirados nessas duas ricas experiências, indagamos: Será que nos esforçamos para nos tornarmos agradáveis aos outros? Será que encontramos neste mundo cavalheiros com tais características de altruísmo e polidez? São raros, infelizmente. Por isso, a lição nos mostra mais um caminho para a verdadeira caridade, ou mais uma sutil nuança dessa virtude. Se desejamos ser amados, obviamente que precisamos nos esforçar para sermos amáveis! A amabilidade é esta qualidade ou característica de quem é amável, por definição. É ser polido, cortês, afável. É agir com complacência. Desta forma, concluímos que: A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. * * * Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na vingança. Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o teu santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre com um beijo. Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te farás abençoado na vida. Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade. Cultiva a brandura sem afetação. E a sinceridade, sem espinhos. Somente o amor sabe ser doce e afável. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 6, pt. 2, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dalle Carnegie, ed. Companhia Nacional; no item 6, do cap. IX do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB e no cap. Afabilidade e doçura, do livro Escrínio de luz, de Francisco Cândido Xavier, ed. O CLARIM. Em 25.9.2017

09/02/2022 08:00 | DURAÇÃO 4:48