Pense Nisso | Centro América FM Cuiabá - Easy | Cadena

Episódios

Insubstituível

INSUBSTITUIVEL Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta? - Tenho sim. -E Beethoven ? - Como? - o encara o diretor confuso. - O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio..... Em nosso dias. as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Albert Einstein? , entre outros? Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' . Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes mudarem o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. O lider , que ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos. Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... ninguém te substituirá! Você é um só, mas é único. Não pode fazer tudo..., mas pode fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, procure não recusar em fazer o pouco que pode." "No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito. PENSE NISSO!

29/05/2021 14:17 | DURAÇÃO 4:04

Afabilidade

Afabilidade Todos desejamos ser amados. Mas será que já compreendemos a necessidade de sermos amáveis? A História nos conta que todos os que foram hóspedes de Theodore Roosevelt, o presidente americano, ficaram espantados com a extensão e a diversidade dos seus conhecimentos. Fosse um vaqueiro ou um domador de cavalos, um político ou diplomata, Roosevelt sabia o que lhe dizer. E como fazia isso? A resposta é simples: Todas as vezes que ele esperava um visitante, passava acordado até tarde, na véspera, lendo sobre o assunto que sabia interessar particularmente àquele hóspede. Porque Roosevelt sabia, como todos os grandes líderes, que a estrada real para o coração de um homem é lhe falar sobre as coisas que ele mais estima. O ensaísta e outrora professor de literatura em Yale, William Phelps, aprendeu cedo esta lição. Narra a seguinte experiência: Quando tinha oito anos de idade, estava passando um final de semana com minha tia. Certa noite chegou um homem de meia idade que, depois de uma polida troca de gentilezas, concentrou sua atenção em mim. Naquele tempo, andava eu muito entusiasmado com barcos, e o visitante discutiu o assunto, de tal modo, que me deu a impressão de estar particularmente interessado no mesmo. Depois que ele saiu, falei vibrante: “Que homem!” Minha tia me informou que ele era um advogado de Nova York, que não entendia coisa alguma sobre barcos, nem tinha o menor interesse no assunto. “Mas, então, por que falou todo o tempo sobre barcos?” “Porque ele é um cavalheiro. Viu que você estava interessado em barcos, e falou sobre coisas que lhe interessavam e lhe causavam prazer. Fez-se agradável!” * * * Inspirados nessas duas ricas experiências, indagamos: Será que nos esforçamos para nos tornarmos agradáveis aos outros? Será que encontramos neste mundo cavalheiros com tais características de altruísmo e polidez? São raros, infelizmente. Por isso, a lição nos mostra mais um caminho para a verdadeira caridade, ou mais uma sutil nuança dessa virtude. Se desejamos ser amados, obviamente que precisamos nos esforçar para sermos amáveis! A amabilidade é esta qualidade ou característica de quem é amável, por definição. É ser polido, cortês, afável. É agir com complacência. Desta forma, concluímos que: A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. * * * Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na vingança. Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o teu santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre com um beijo. Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te farás abençoado na vida. Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade. Cultiva a brandura sem afetação. E a sinceridade, sem espinhos. Somente o amor sabe ser doce e afável. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 6, pt. 2, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dalle Carnegie, ed. Companhia Nacional; no item 6, do cap. IX do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB e no cap. Afabilidade e doçura, do livro Escrínio de luz, de Francisco Cândido Xavier, ed. O CLARIM. Em 25.9.2017

28/05/2021 18:03 | DURAÇÃO 5:08

Exemplos, lições e experiências

Que modelos temos apresentado aos nossos filhos para que eles possam seguir? Às vezes, buscamos modelos de longe, nomes expressivos que tenham realizado grandes benefícios para a Humanidade. Se são autênticos, naturalmente falam à alma do jovem, que é idealista por natureza. Contudo, existem, por vezes, criaturas bem próximas a nós, que não valorizamos devidamente. Avós, parentes, amigos que traduziram sua vida em legado de paz, que sacrificaram tudo por seus ideais, que exerceram suas atividades para além do dever. Lemos, certa feita, acerca de um prisioneiro político romeno que somente aos setenta e seis anos, graças à queda do regime, pôde visitar seus filhos e conhecer seus netos. Um homem de setenta e seis anos, de profundos olhos azuis que, apesar de toda a dureza e maus tratos sofridos na prisão, manteve seu entusiasmo pela vida, na certeza de que tudo valera a pena. Mesmo o sacrifício da família, do prestígio, do poder que gozava. Contemplando o mar, nas areias das praias americanas, comendo batatas fritas e aprendendo com os netos a atirar um disco de plástico, exclamava: Que belo sonho. Que maravilha. A vida vale a pena ser vivida em toda sua plenitude. Um de seus netos, alguns dias depois, precisou escrever uma redação para a escola. Durante várias horas ele trabalhou duro, sobre as folhas de papel. Quando terminou, leu em voz alta, para sua mãe emocionada: Conheci um verdadeiro herói. O pai de minha mãe foi parar na cadeia por falar abertamente contra o governo. Depois de seis anos de solitária prisão, ele foi libertado. Minha mãe, meu tio e minha avó saíram do país. Ele não foi autorizado a ir embora com eles. Sozinho, ficou em seu país amargando a dor da separação e o desrespeito de amigos e parentes que o consideravam um fracassado. Ouvir falar de meu avô fez com que eu entendesse que lutar por minhas crenças é muito importante para mim. Na quinta série escrevi à professora uma carta de protesto porque considerei que ela tomara uma decisão injusta em relação a um de meus amigos. Atualmente, sou o representante da turma no Conselho de alunos e estou lutando com firmeza para melhorar nossa escola. Tenho orgulho de meu avô romeno. Espero, que de fato, exista uma outra vida para que possa vê-lo outra vez. O exemplo é nobre e, como percebemos, estabeleceu rumos dignos a outras vidas. Sua lição foi a de que não devemos silenciar nossa voz na defesa dos valores e da verdade. Ao contrário, devemos falar para sermos ouvidos. Senão, como já aprendemos a sentir, sempre haverá uma parte em nós que permanecerá insatisfeita. Lutar pelos ideais de enobrecimento é ensinamento que não devemos relegar a segundo plano, em se falando de nossos filhos, nossos tesouros e responsabilidade maior. * * * Aproveitemos todas as lições com que a vida nos honra as horas. Estejamos atentos, tendo olhos de ver e ouvidos de ouvir. Os exemplos passam ao nosso lado e suas experiências são lições significativas que não podemos ignorar. Redação do Pense Nisso, com base no Artigo O que os heróis nos ensinam, da Revista Seleções Reader’s Digest, de fevereiro de 1998. Em 08.5.2002.

27/05/2021 09:22 | DURAÇÃO 4:57

Somos responsáveis pelo mundo

Somos responsáveis pelo mundo

26/05/2021 11:03 | DURAÇÃO 5:08

Com afeto e com firmeza

Com afeto e com firmeza. Uma notícia publicada na mídia nos fez pensar muito sobre a educação que damos aos filhos. Relata que um adolescente de quinze anos, em Almeria, na Espanha, processou sua própria mãe, depois que ela lhe tomou o celular para que ele parasse de jogar e se concentrasse nos estudos. A mãe queria que o filho deixasse o aparelho. Como ele não o fez, ela decidiu pelo confisco, com uso leve de força, segundo afirmou. O garoto, inconformado, abriu uma acusação formal contra ela, junto ao ministério fiscal, por maus tratos domésticos. Pediu, ainda, que passasse nove meses encarcerada, e arcasse com os custos processuais. O caso foi parar nas mãos do magistrado penal que não só absolveu a mãe, como ainda lembrou que a lei exige que ela tome atitudes como aquela. Disse que é dever dos responsáveis garantir que as crianças e adolescentes do país tenham boa educação. * * * A questão da educação no lar gera muitas dúvidas em alguns pais e mães, que parecem não se haverem dado conta da tremenda responsabilidade que lhes cabe. Aprendemos que grande é a influência que os pais exercem sobre o Espírito do filho após o nascimento. Todos na Terra concorremos para o progresso uns dos outros, no entanto, os pais têm por missão desenvolver os caracteres de seus filhos pela educação. Isso constitui para eles uma tarefa, uma verdadeira missão. Quando nasce uma criança, embora toda sua fragilidade, a personalidade que habita esse corpo pequeno e frágil, ela já possui uma personalidade. A personalidade da criança, forma-se logo à nascença. Tudo o que interioriza, está relacionado com o mundo em seu redor. Aprende a chorar, a pedir as coisas, através de uma linguagem que ela própria definiu e, que os adultos descodificam. Traz consigo, na forma de pendores e tendências enraizadas, as experiências vivenciadas em passadas existências. Em razão disso, devemos, desde cedo, observar as ações, o comportamento dos filhos, a fim de conduzi-los pelo melhor caminho. Fundamental dar-lhes responsabilidades gradativas para que aprendam a responder por seus atos. Necessário estabelecer limites, a fim de conduzi-los à retidão moral e ética, preparando-os para a vida. Por vezes, como pais desejamos poupar nossos filhos das dificuldades que tivemos que enfrentar. Então buscamos lhes satisfazer todos os desejos. Salutar considerarmos que foram justamente as dificuldades pelas quais passamos que nos impulsionaram ao crescimento e à maturidade. Portanto, nossos filhos devem aprender a lutar pelos objetivos que desejam alcançar, para melhor entenderem os mecanismos da vida. Seja gentil com seu filho quando for necessário discipliná-lo. Oriente-o impondo limites de uma forma afetuosa. Porém, estabeleça limites de forma firme e com autoridade. Pense Nisso e haja na educação do seu filho, enquanto é tempo. Redação do Pense Nisso, com narração de fato publicado no artigo Final dos tempos, do jornal O Diário do Noroeste, de Paranavaí, em 7 de abril de 2017. Em 16.10.2017.

25/05/2021 18:10 | DURAÇÃO 4:24

Renovação inteligente

A RENOVAÇÃO INTELIGENTE Vivemos em um mundo cercado por tecnologia. Ao olharmos a nossa volta, a vemos cada vez mais presente. Inclusive, percebemos o uso da Inteligência Artificial fazendo parte de nossas vidas. Basta buscarmos algo para adquirir pela internet. Escolhido o produto que desejamos, em seguida, várias opções do mesmo produto surgem em nossas telas do computador ou celular. Também quando usamos aplicativos para localização de um endereço. Se uma rua estiver interrompida, o programa nos informa imediatamente outra opção de rota. São alguns exemplos do uso da Inteligência Artificial na nossa vida. Verificamos que, quando enviamos informações para as Inteligências Artificiais, elas se servem rapidamente desses dados para melhorarem seus processos. São programadas para se adaptarem prontamente, e se aprimoram. * * * Essa velocidade do uso dos dados pelas Inteligências Artificiais em seus processos de adequação, nos devem conduzir a algumas reflexões. Portadores de inteligência, que somos, importante nos indagarmos o quanto aproveitamos dos conhecimentos e experiências de nossas vidas. Temos nos servido de nossa inteligência para melhorarmos nossa forma de ser, de agir? Estamos realizando esse processo de melhoria? De um modo geral, passamos muitos anos em bancos escolares aprendendo sobre os mais diversos temas. Quase todos nos dedicamos por mais ou menos tempo ao estudo de idiomas. Frequentamos espaços voltados à religião, na busca por lições sobre a Espiritualidade. Em Grande parte de nossos dias estamos em locais de trabalho, aprendendo sempre. Realizamos tarefas voluntárias e aprendemos com nosso próximo lições valiosas. Na convivência com nossos familiares, desfrutamos de amplo aprendizado acerca de relacionamentos e sentimentos. E não podemos esquecer das tantas existências mais ou menos exitosas, dos desacertos praticados e suas consequências. Já experimentamos a dor, a necessidade de saúde, a desilusão amorosa, a perda de um ente querido. E o que fazemos com todas essas experiências e conhecimentos adquiridos? Estamos nos servindo deles para nossa transformação moral? Para uma mudança de rota? Estamos alterando comportamentos inadequados? Estamos educando pensamentos? Buscando uma versão melhor de nós mesmos? Devemos nos servir da nossa inteligência para nossa própria renovação. Aproveitar as experiências, o conhecimento para concretizarmos a mudança inteligente. Muitos são os caminhos para essa transformação. Precisamos refletir aonde queremos chegar e traçar a rota mais apropriada, aquela que nos desvie de acidentes e imprevistos. A mais adequada para alcançarmos o objetivo. Isso nos exige dedicação e esforço. Mas, também a vigilância, disciplina, persistência, são valores que podem nos auxiliar nesse processo. Nós temos a oportunidade de empreender essa renovação inteligente ainda hoje. E os frutos disso podem ser muito positivos. Pense nisso… mas, pense agora! (*) Pense Nisso baseado no texto do Momento Espírita, de 04/05/2021

24/05/2021 15:50 | DURAÇÃO 4:38

Salário Ideal

SALÁRIO IDEAL Você está satisfeito com o seu salário? Provavelmente não, pois são contínuas as reclamações a respeito da baixa remuneração que, como dizem, não dá para nada. Ouve-se dizer que o dinheiro que se ganha ao final do mês mal dá para quitar débitos anteriormente assumidos. O estranho em tudo isso é que, se as reclamações pela melhoria dos salários provêm de todas as classes trabalhistas, o que se verifica em questão de qualidade de trabalho é quase o caos. Não se percebe, falando de forma generalizada, que as pessoas se preocupem em realizar bem a sua tarefa. Contrata-se um jardineiro para colocar em ordem o jardim. E o que se obtém é uma poda mal feita, grama mal aparada e a terra mal espalhada pelos canteiros. Um pedreiro que recebe um adiantamento e deixa a obra incompleta ou mal feita. Entrega-se uma criança aos cuidados de uma babá e se percebe a má vontade com que segue os passos vacilantes do pequeno, inquieto e vivaz. Balconistas apressados, servidores desatenciosos, vendedores impacientes, trabalhadores domésticos relapsos. Em todos os lugares nos deparamos com criaturas que somente pensam em olhar para o relógio, no aguardo do final do expediente, atendendo suas tarefas com descuido e até desleixo. À conta disto, decai a qualidade e trabalhos contratados são concluídos e entregues de forma afoita. Não importa qual seja nossa profissão, qual seja a nossa tarefa. O que importa, e muito, é que a realizemos com amor, aprimorando-nos na sua execução. Quer se trate de lavar uma simples peça de roupa ou lidar com sofisticados aparelhos computadorizados, é necessário que nos conscientizemos de que, tanto quanto desejamos receber dos demais o melhor, compete-nos doar o melhor. Portanto, antes de prosseguirmos a reclamar da nossa remuneração, revisemos a qualidade dos nossos serviços. Preocupemo-nos muito mais em nos tornarmos excelentes profissionais, o que significa criaturas responsáveis, ativas, competentes. * * * Sejam quais forem as tuas possibilidades sociais ou econômicas, trabalha! O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto conquista valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade. Pense Nisso, mas pense agora!

22/05/2021 09:00 | DURAÇÃO 3:24

Anjos nós também somos

ANJOS NÓS TAMBÉM SOMOS Já nos foi ensinado, há muito tempo, de que não deve a mão esquerda tomar conhecimento do que realiza a direita. Ou seja, o bem deve ser feito na surdina, sem alardes. Entretanto, vez ou outra, faz muito bem à mente, ocupada com notas de violência e egoísmo, tomar ciência de algumas inusitadas iniciativas. Por isso, foi com alegria que lemos a respeito do trabalho de Scott Neeson, um australiano que, até os seus quarenta e quatro anos de idade, era um alto executivo do cinema. Apelidado de Mr. Hollywood, ganhando mais de um milhão de dólares por ano, como vice-presidente de marketing da Sony Pictures, morava numa mansão em Beverly Hills, tinha um iate, dois carros de luxo e uma moto caríssima. Mas Scott, sentia-se insatisfeito. Acreditava que devia fazer algo mais do que cinema. Seus colegas acreditaram que ele estava com estafa e lhe recomendaram férias, para esfriar a cabeça. Era o ano de 2003. Ele pegou um avião e partiu para cinco semanas de férias na Ásia, de mochila e motocicleta. O Camboja lhe mostrou uma face da miséria que ele desconhecia. As cenas que viu, no famoso lixão de Phnom Penh,(fenon pe em) o deixaram em lágrimas. Centenas de catadores, entre eles muitas crianças, reviravam as pilhas tóxicas, na esperança de encontrarem material reciclável que lhes pudesse render o mínimo para comer. Foi o suficiente para alterar todo seu plano de vida. Ele se deu conta de que tinha tanto e as crianças tinham tão pouco. Mudou-se para a capital do Camboja e criou uma instituição. Hoje, são mais de quatrocentas crianças que recebem moradia, alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento vocacional. Quando ele chega, as crianças correm alegremente ao seu encontro, pulam em suas costas e gritam: Quero colo, Scott. E o homem de um metro e oitenta de altura, olhos azuis, chinelos, sorri e comenta: Já viu tanta alegria num lugar só? Várias vezes ao ano, ele retorna a Los Angeles para levantar fundos de que precisa para manter sua instituição. Após anos trabalhando no Camboja, Neeson admite que mal começou e afirma: Essa é a obra da minha vida. Estou comprometido com essas crianças. Scott Neeson, de executivo a um homem que salva e muda vidas, um exemplo de coragem. Coragem de abandonar o conforto, os prazeres mundanos para servir aos seus irmãos, com alegria e desprendimento. Mais um homem de bem sobre a Terra. Um homem que fez e faz a diferença para centenas de vidas.Sim, ouvintes, mais do que anjos mitológicos, devemos acreditar nos anjos reais...nos anjos humanos. Você também pode ser um. Pensemos nisso, e sejamos também anjos, dos nossos próximos menos favorecidos. Redação do Pense Nisso, com base no artigo Grande Scott, de Robert Kiener, de Seleções Reader´s Digest, de junho de 2010. Em 18.05.2012.

21/05/2021 16:21 | DURAÇÃO 4:14

Deserto florido

Pense Nisso Deserto florido O deserto do Atacama, no Chile, é o mais árido e alto do mundo. É também o lugar na Terra que passou mais tempo sem chuvas, sendo registrados quatrocentos anos sem uma gota d´água do céu. Atualmente, ele pode ficar anos e mais anos sem qualquer precipitação atmosférica, porém, de tempos em tempos, um fenômeno muito interessante acontece. O milagre da floração do deserto é possível de se ver muito raramente, pois depende necessariamente da chuva caída nos meses do verão. Suficientes quantidades de água permitem que as sementes, que estavam adormecidas no seco deserto, possam despertar para voltar à vida e florescer por um curto espaço de tempo, na primavera. São mais de duzentos tipos de flores. Cores mil. Um desabrochar belíssimo e inesperado em meio a terras tão áridas. Quando o deserto revive e floresce surge uma panorâmica maravilhosa. É a oportunidade de desfrutar a singeleza das flores que cobrem as planícies e gloriosamente contrastam com as montanhas que as rodeiam. Só é possível desfrutar deste milagre do deserto em alguns anos e por pouco tempo, desde fins de agosto até o meio de outubro. As sementes, que ficam adormecidas por muitos anos, estão especialmente adaptadas para essas condições extremas, e assim podem voltar à vida pelas chuvas que as acordam, convertendo o deserto numa pintura multicor. Os chilenos conhecem esse fenômeno como deserto florido. * * * O ser humano também é capaz de florescer, mesmo após anos de estiagem íntima. As sementes do potencial evolutivo jazem dormentes, mas vivas, no âmago da alma. Almas secas, almas aparentemente sem esperança de flor, virão a desabrochar um dia, quando a chuva do entendimento, a chuva da renovação, as fizer despertar. Não há caso perdido para o Criador. Mesmo os Espíritos mais relutantes, que na agonia e tristeza profundas, ousam fazer frente ao bem, negando o Criador e o amor; mesmo esses, irão germinar. Chegará o tempo em que perceberão que o mal, a revolta, a vingança não lhes traz felicidade alguma. Chegará o tempo em que, regados pelas chuvas contínuas do amor dos que estão ao seu lado, render-se-ão ao bem renovador. Cada um tem seu tempo. Cada um desperta quando está preparado para despertar. Porém, recordemos que as sementes ocultas estão lá, aguardando ansiosamente o momento de sair da terra árida, aguardando o instante de respirar o ar puro de uma nova vida. Todos temos jeito. Todos somos deuses potenciais. Deus nos fez todos assim, sem exceção. Quem escolhe o momento de desabrochar somos nós. Chegará o tempo em que veremos o deserto do planeta Terra, ainda tão sofrido, tão seco, florescente por completo. Seremos nós, Espíritos bons, que modificaremos a paisagem deste planeta, passando a chamá-lo de terra florida. Redação do Pense Nisso. Em 26.1.2013.

20/05/2021 14:26 | DURAÇÃO 4:33

Ajudando a chorar

AJUDANDO A CHORAR Como anda seu envolvimento com as outras pessoas? Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém a sua volta que precisa de ajuda? Ou você é daquelas almas que já conseguem se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las ou, pelo menos, não deixando que alguém sofra na solidão? Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor, Leo Buscaglia, quando certa vez foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era "A criança que mais se preocupa com os outros". O vencedor foi um menino, cujo o vizinho, um senhor de mais de 80 anos, acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo. Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. "Nada", disse o menino, ele tinha perdido a sua mulher e isso deve ter doído muito, eu fui apenas ajudá-lo ao chorar. A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos. Geralmente, costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes ou porque sabemos tão pouco para consolar. Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos e que os outros são menos importantes. Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar. Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravessa. Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer "eu estou aqui com você", são atitudes muito importantes. Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso. Outras vezes, mais importantes que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém. Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos para conseguir ajudar. Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que tem, o que sabem e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros. Não nos preocupemos em termos algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silensiosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento. Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso, com base no cap. O que mais se preocupava, do livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho, ed. Globo. Em 25.10.2013.

19/05/2021 11:06 | DURAÇÃO 3:51

Transitoriedade

Transitoriedade

18/05/2021 10:06 | DURAÇÃO 4:43

A genética não tem preconceito

A genética não tem preconceito

17/05/2021 08:23 | DURAÇÃO 4:57

Relacionamento familiar

RELACIONAMENTO FAMILIAR O maior problema no relacionamento familiar é que cada um acredita que a razão lhe pertence. A esposa reclama porque o marido acredita que é doutor em tudo. Está sempre certo. Não admite que ninguém lhe diga que está errado. O marido, por sua vez, fala que a mulher é muito impertinente. Gosta de confusão. Faz tempestade em copo d’água. O filho reclama que os pais estão totalmente por fora do mundo e querem governar a sua vida. Talvez falte um pouco de amor para iluminar o relacionamento afetivo e nos inspirar maneiras de convivermos com menos egoísmo. Conta o escritor Tom Anderson que, certa vez, ouviu alguém afirmar que o amor deve ser exercitado como um ato da vontade. Uma pessoa pode demonstrar amor através de gestos simples. Impressionou-se com o que ouviu. Reconheceu-se egoísta e que havia se tornado insensível ao amor familiar. Ficou imaginando que poderia melhorar o relacionamento afetivo se deixasse de criticar tanto a esposa e os filhos. Se não ligasse a televisão somente no canal de seu interesse. Se deixasse de se concentrar na leitura do jornal e desse um pouco de atenção aos familiares. Durante as férias de duas semanas, em que estavam juntos na praia, decidiu ser um marido e pai carinhoso. No primeiro dia, beijou a esposa e falou como ela estava bem, vestindo aquele suéter amarelo. Você reparou! – Falou, admirada. Logo que chegaram à praia, Tom pensou em descansar. Mas a esposa o convidou para dar um passeio, junto ao mar. Ia recusar, mas lembrou da promessa que fizera a si mesmo, por isso foi com ela. No outro dia, a esposa o convidou a visitar um museu de conchas. Ele detestava museus, mas foi. Numa das noites, não reclamou quando a esposa demorou demais para se arrumar e eles chegaram atrasados a um jantar. E assim se passaram doze dias. As férias estavam por terminar. Entretanto, Tom fizera a promessa de continuar com aquela disposição de expressar amor. Foi então que ele surpreendeu a esposa muito triste. Porque lhe perguntasse o motivo, ela lhe indagou: Você sabe de alguma coisa que eu não sei? Por que pergunta? Disse o marido. Bem, é que eu fiz aqueles exames rotineiros há algumas semanas. Segundo me disse o médico, estava tudo bem. Mas, por acaso ele disse alguma coisa diferente para você? Não, afirmou Tom. Claro que não. Por que deveria? É que você, respondeu a esposa, está sendo tão bom para mim que imaginei estar com uma doença grave, que iria morrer. Não, querida, tornou a falar Tom, sorrindo, você não está morrendo. Eu é que estou começando a viver. * * * Ao admitir que não somos infalíveis, nos habilitamos a iniciativas maravilhosas que põem água na fervura dos desentendimentos. Existem expressões mágicas em favor da harmonia doméstica: Cometi um erro. Você tem razão. Peço perdão. Fui indelicado. Prometo mudar. Que tal começar hoje mesmo a tentar utilizar uma dessas expressões a favor da paz em nosso lar? Redação do Pense Nisso, com base no cap. Livre- nos Deus, do livro A presença de Deus, de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João. Em 7.8.2013.

15/05/2021 10:00 | DURAÇÃO 4:23

Aceitação

ACEITAÇÃO Vai chegar um momento em sua vida, que você vai estar diante de um espelho e pensar: Putz, eu tenho mais passado que futuro”. Isso acontece, geralmente, lá pelos 50 anos de idade. Então... o que fazer quando descobrimos que somos mortais? Que estamos mais limitados fisicamente? A memória começa a nos trair...a libido diminui ...os cabelos ficam mais ralos; isso quando não resolvem simplesmente sumirem da nossa cabeça. O que fazer, quando descobrimos que não temos mais o mesmo vigor sexual? A resposta chave é: aceitação. Quando você passa a aceitar, você começa a ter paz. Aceitar os seus limites... aceitar o tempo...aceitar que já passou a tua fase, e que uma nova fase esta começando. Você tem que entender, que tudo muda...que o próprio universo está em constante mudança...em constante transformação. Gente que vai passando...gente que vem chegando. Ideias e conceitos que vão sendo ultrapassados e substituídos por novos vislumbres. Da mesma forma que chegamos com novas ideias, com o tempo, outros chegarão para nos substituir e levar adiante as mudanças que nos iniciamos. Mas talvez o que mais nos incomoda, é que muitas vezes essas novas ideias são bem melhores do que aquelas que tivemos. Mas não deveríamos nos sentir incomodados. Visto que, é preciso que isso aconteça para que os nossos filhos e netos tenham um mundo melhor. Muito melhor que aquele que ajudamos a construir no passado. Há duas coisas que nos faz sofrer: o existir e o deixar de existir. Esse sofrimento acontece porque nós não aceitamos as ordens das coisas. Tudo na vida muda e passa. Inclusive a nossa própria existência. Se você não aceitar isso, você vai sofrer pra burro. Você vai bater a cabeça, se descabelar, entrar em depressão e deixar de viver o que de melhor lhe resta da vida...sem frescuras e com muita simplicidade. Porque a simplicidade é o último grau da sofisticação. Se alguém lhe falar que você está velho, aceite. E diga para essa pessoa, que ela vai ter que lhe aguentar. Porque você vai cantar, andar de bicicleta, jogar o seu charme pra alguém...flertar com esse alguém. Outra coisa, quando você chegar aos 50 anos, baixe uma medida provisória, que passará a ser uma medida definitiva. Neste decreto deixe bem explicito: daqui pra frente, serão os melhores anos da minha vida. Quando você decreta, que de fato, serão os melhores anos de sua vida, você começa a fazer que isso aconteça de verdade. Mas lembre-se: isso só começa a acontecer quando você tem a aceitação como a força motriz da sua vida. E não leve a vida muito a sério, você não vai sair vivo dela...e quer saber de uma coisa? – Vai ser feliz! E pra encerrar o pense nisso uma frase de John lennon: - “Life, is what happens to you while you make plans for her.” Traduzindo: vida, é o que acontece com você, enquanto você faz planos pra ela. Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso Em 17.03.2017.

14/05/2021 09:23 | DURAÇÃO 4:23

Incapaz

Incapaz

13/05/2021 15:50 | DURAÇÃO 4:26

De volta pra casa

DE VOLTA PRA CASA Não lembro como foi... Cheguei sem saber de onde vim... Tudo era novo!!! E eu dependia ... sem saber de quem Aos poucos meu mundo foi nascendo Aos poucos a Luz do Sol!!! A cada dia... algo novo Tudo era tão simples Nem vi o tempo passar Nem percebi quando virei Eu... Quando as cores mudaram... E os sonhos... Já não eram mais os mesmos Novos desafios... No tempo que Voa Sem me dar explicações Sem que eu soubesse a razão Sem ouvir a batida de suas Asas Sem eu notar , quando as coisas mudaram... Tão rapidamente Deixando de me reconhecer Como se agora fosse outra pessoa Mudei sem perceber Me transformei todos os dias Sem ver o tempo passar Pois só posso enxergar.. um dia depois do outro Virei outra pessoa!!! Perdida no tempo Que me enganou.... .... me transformou... ... me conduziu.... .... me deu... .....e me tirou.... e me deixou sem chão..... Sem saber porque!!! Com a sensação de estar fora de casa ou não ter mais casa Como se tudo tivesse sido um sonho Que estranhamente nunca vai acabar Talvez eu só perceba em parte... Que estou indo a algum lugar E que tudo é uma coisa só Que todos os dias são UM Que tudo faz sentido E que todas as coisas Só existiram dentro de mim E me conduzirão, todos os dias ... De volta para casa..... No verão de nossas vidas é a época do aprendizado, quando os valores que trazemos na alma, desde o ontem, se somam aos adquiridos em mais essa existência para enfrentar desafios e embates. No verão, os momentos decisórios de nossa existência, quando as opções do caminhar são tomadas, e as estradas a trilhar são escolhidas. Logo mais, quando menos se espera, à empolgação dos dias intensos se sucedem os prenúncios do outono. As experiências vividas na estação anterior ganham a oportunidade da reflexão. No outono de nossa vida, a maturidade nos chega trazendo o aprendizado. Nos dias outonais da existência o aprendizado e a vivência do verão ganham o tempero da experiência, que oportuniza novas opções, que novos olhares nos ensejam reflexões mais profundas. Logo mais, o ocaso do inverno nos arrebata a existência, através da velhice, quando a alma reencarnada tem o ensejo de olhar todo o seu caminhar, refletir e analisar toda uma vida. O inverno, ao contrário do que se pensa, é estação de conquistas. Já não mais as conquistas externas, pois que o corpo alquebrado e a energia da juventude distante pedem outros caminhos. É na velhice que as mais profundas análises do próprio eu se oportunizam, quando olhamos nós mesmos em perspectiva, ao longo de mais uma existência vivida. E para que essa reflexão, ao final de uma existência? Aí, olhamos para a natureza para aprender, que a reflexão profunda e silenciosa do inverno, é só mais um preparo para a outra primavera que se aproxima. A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante. Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor. Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio. Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho. Redação do Pense Nisso com base em um vídeo de autoria ignorada. Em 22.07.2014.

12/05/2021 14:27 | DURAÇÃO 5:03

Impasse

IMPASSE A Escolha de Sofia é um clássico que se transformou-se em exemplo de impasse, de dilema a ser resolvido. Sofia vive atormentada pela escolha que teve de fazer quando estava no campo de concentração. Entre todos os horrores pelos quais passou, o pior foi ter de escolher entre seu filho e sua filha qual dos dois deveriam ser mortos. Esta é a escolha de Sofia, uma mãe diante de um grande dilema... Em um documentário, foi proposto um experimento teórico para estudar a lógica da decisão. Imagine que um trem lotado encaminha-se para um precipício, redundando numa queda da qual não restariam sobreviventes. Posicionado em um entroncamento, você pode ativar uma alavanca para desviar o comboio, fazendo-o atingir um pequeno grupo de pessoas. Sua intervenção certamente causaria um número menor de vítimas. Como você agiria? Pesquisas sobre esse dilema mostram que as pessoas agiriam segundo o princípio do "menor dano". Em mais de 90% dos casos os sujeitos apertariam a barra salvando muitas pessoas, assumindo a responsabilidade pela morte de algumas outras. Porém, dizer nem sempre é fazer. Experimentos nos quais é preciso agir - e não apenas declarar as intenções - apontam outro resultado. A convicção em torno de valores, princípios e regras pode se mostrar incrivelmente frágil diante da experiência real. Situações concretas, por sua vez, são muito sensíveis à contagem dos participantes. Sozinhos na situação do trem, você e sua consciência provavelmente tomariam atitude diferente daquela que teriam se houvesse testemunha. Isto nos levam a pensar sobre situações difíceis que precisam ser encaradas de frente e que vamos jogando de mão em mão como se fosse uma batata quente. Alguém espera que alguém resolva, este alguém que resolveria pode ser qualquer um, inclusive Deus, para quem acredita nele. Temos, nos últimos anos aprendido muitos termos, palavras que significam viver ou morrer. Eutanásia, que é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida. Crime pelo código penal. Distanásia, um prolongar da vida de modo artificial, mesmo sabendo que não há mais esperanças, não há chances de cura. Morte lenta, sofrida. Ortotanásia, que significa morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural. Neste caso o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que este estado siga seu curso natural. Conversar sobre isso é difícil, questionar se uma pessoa em coma tem capacidade de ouvir, e se ouve, tem ela condições ou poder de decidir se vive ou se desiste? Prefiro acreditar que sim. Há um apego e um apelo muito grande em se prolongar a vida, mesmo sabendo que não há mais esperanças, mesmo sabendo que o que vem pela frente pode tornar-se insuportável para todos. Então aqui entra a decisão do maquinista do trem. Alguém precisa fazer o papel do maquinista. O inconsciente é composto por figuras que o habitam e é sempre em companhia delas que você terá que decidir. A defesa inócua do criminoso comum é alegar que está em paz com sua consciência. Mas nunca estamos em paz com nossa consciência - ela é feita para nos atormentar, para rever continuamente as consequências, causas e razões de nossos atos. Estar "em paz com a consciência" É, no fundo, não ter consciência. Em seu Projeto de psicologia científica para neurólogos, de 1895, Freud estabeleceu alguns fundamentos para uma lógica da escolha. Em um verdadeiro processo de decisão, temos de comparar situações de tal forma que proposições se formem em nossa consciência. Antes de qualquer escolha há uma espécie de metadecisão envolvendo os caminhos pelos quais a opção pode ser feita. Podemos até estar bem-intencionados, e acreditar que escolha é apenas uma elaboração de pensamento. Mas temos um júri coletivo que será destinatário de nosso juízo. Perguntamos como agiriam as pessoas que conhecemos, amamos ou respeitamos e reciprocamente como seríamos julgados por elas. A diferença entre a verdade do que dizemos e o real do que fazemos emana do fato de que agir compromete, custa. Movendo a alavanca nos tornamos responsáveis diretos pela morte de inocentes. Esperando passivamente que o trem caia no precipício, ficamos em paz com nossa consciência, afinal "alguém" deveria ter pensado nisso antes, alguém da companhia de trens ou da vigilância antiprecipícios. Aqui surgem os dois outros elementos da lógica freudiana da decisão: a angústia e o tempo. A verdadeira escolha nunca é tomada sem a incerteza de um tempo de angústia. Há os que e deixam a alavanca intacta e contam com a teoria neurótica do tempo indefinidamente elástico no qual alguém tomará ou já a tomou a decisão certa por nós. Há aqueles que se lançam heroicamente para a alavanca seguem outra forma de temporalidade neurótica na qual o "alguém" sou eu mesmo livrando-me da angústia de decidir. De uma forma mais simples, vem a pergunta: você é quem decide, ou espera que alguém decida por você? Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso. Em 01.8.2015.

11/05/2021 13:51 | DURAÇÃO 7:21

Pato ou águia?

Estávamos no aeroporto quando um taxista se aproximou. A primeira coisa que notamos foi um táxi limpo e brilhante. O motorista vestido de forma simples, mas, como diziam os antigos, “estava bem no linho”; camisa branca bem passada e com gravata. O taxista saiu, nos abriu a porta e disse: "Eu sou Willy, seu chofer. Enquanto guardo sua bagagem, gostaria que o senhor lesse neste cartão qual é a minha missão." No cartão estava escrito: - “Missão de Willy - Levar meus clientes a seu destino de forma rápida, segura e econômica, oferecendo um ambiente amigável” - Ficamos impressionado. O interior do táxi estava igualmente limpo. Willy nos perguntou: "O sr. aceita um café?" Brincando com ele, dissemos: "Não, preferimos um suco". Imediatamente ele respondeu: "sem problema. Eu tenho uma térmica com suco normal e também diet, bem como água" – e continuou: "Se desejar ler, tenho o jornal de hoje e também algumas revistas." Ao começar a corrida Willy nos disse: "Essas são as estações de rádio que tenho e esse é os repertórios que elas tocam." Como se já não fosse muito, o Willy ainda me perguntou se a temperatura do ar condicionado estava boa. Daí nos avisou qual era a melhor rota para nosso destino e se queríamos conversar com ele ou se preferíamos ficar em silencio. Perguntamos: "Você sempre atendeu seus clientes assim?" "Não", ele respondeu. "Não sempre. Somente nos últimos dois anos. Meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo me queixando igual aos demais taxistas. Um dia ouvi um doutor especialista em desenvolvimento pessoal. Ele escreveu um livro que dizia: “Se você levanta pela manhã esperando ter um péssimo dia, certamente o terá. Não seja um pato. Seja uma águia! Os patos só fazem barulho e se queixam, as águias se elevam acima do grupo. Eu estava todo o tempo fazendo barulho e me queixando. Então decidi mudar minhas atitudes e ser uma águia. Olhei os outros táxis e motoristas.... Os táxis sujos, os motoristas pouco amigáveis e os clientes insatisfeitos. Decidi fazer umas mudanças. Quando meus clientes responderam bem, fiz mais algumas mudanças. No meu primeiro ano como águia dupliquei meu faturamento. Este ano já quadrupliquei. O sr. teve sorte de tomar meu táxi hoje. Já não estou mais na parada de táxis. Meus clientes fazem reserva pelo meu celular ou mandam mensagens. Se não posso atender, consigo um amigo taxista "águia" confiável para fazer o serviço." Willy era fenomenal. Oferecia um serviço de limusine em um táxi normal. Willy o taxista decidiu deixar de fazer ruído e queixar-se como fazem os patos e passou a voar por sobre o grupo, como fazem as águias. ****** Não importa se você trabalha em um escritório, com manutenção, professor, servidor público, político, executivo, empregado ou profissional liberal. Como você se comporta? Se dedica a fazer barulho e se queixar? Ou está se elevando acima dos demais? A concorrência sempre vai existir e ela é positiva. Faz com que as coisas e as pessoas progridam. A decisão é sua e cada vez você tem menos tempo para mudar. Afinal, você é um pato ou uma águia? Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso- com base numa postagem no Facebook Em 28.06.2017

10/05/2021 08:52 | DURAÇÃO 4:37

Velocidade máxima

O escritor português José Saramago escreveu: Não ter pressa não é incompatível com não perder tempo. Mas, hoje, o que mais se exige é rapidez. Rapidez em tudo. O computador deve ser de alta velocidade, é preciso pensar rápido, agir rápido para não perder negócios, para não perder audiência, para não perder mercado de trabalho. No mundo dos executivos, ao contrário da realidade do trânsito, não há limite de velocidade. A multa é alta para quem anda lento. A ordem é é ser “The Flash”. Para esses, cada minuto conta. E se estressam somente contando o tempo que perdem aguardando o elevador, o semáforo abrir, o autoatendimento bancário lhes fornecer as informações de que necessitam. São pessoas que se sentem culpadas quando param para um cafezinho, porque poderiam estar produzindo. A sua meta é executar projetos, ler apenas livros técnicos, acelerar a rotina. Tudo o mais é desperdício. E, no entanto, a vida é feita de pequenas coisas. Felizes são aqueles que decidem subir pela escada para exercitar as pernas e a imaginação. Aqueles que têm tempo para um sorriso ao desconhecido que está na fila, logo atrás, esperando sua vez para ser atendido. Os que, em vez de engolirem um sanduíche rápido no escritório, preferem almoçar com um amigo, com calma, bater um papo descontraído. Ou melhor, ir até em casa e observar os filhos crescerem, enquanto a família se reúne em volta da mesa. Essas pessoas não costumam usar atalhos para encurtar caminhos. Elas preferem procurar estradas com paisagens com que se possam deliciar. Quando viajam, vão com calma. Não têm hora para chegar. Como as crianças, a quem o fazer é mais importante do que a tarefa pronta, eles param na beira da estrada para provar uma fruta e conversar com o vendedor, que sempre tem histórias para contar. Histórias de vida. Experiências importantes. Quando descobrem uma paisagem bonita, param para apreciá-la. Alguns fotografam para levar consigo aquele momento mágico. Chegam ao destino com maior disposição e alegria. Esses são os que adotam a filosofia de que menos é mais. Menos velocidade é mais oportunidade de olhar para os lados e apreciar a natureza. Menos horas de trabalho equivalem a mais tempo com a família. Tirando levemente o pé do acelerador das suas vidas têm mais tempo para ouvir música, ler algo mais além do que a profissão lhes exige, assistir um filme, meditar. Em síntese, têm mais tempo para viver. Em verdade, a velocidade máxima permitida para ser feliz é aquela que não nos deixa esquecer de que, além dos negócios, do trabalho, do dinheiro, o mais importante é a vida em si mesma. * * * Viver é uma arte. Por isso, todo momento se faz importante. Também todas as experiências do cotidiano nos enriquecem. Desfrutar de cada uma delas retirando o máximo de proveito, deve ser a meta do homem sábio. Isto significa aproveitar bem a vida. Não desperdiçar nenhuma de suas oportunidades. Redação do Pense Nisso, com base no texto Velocidade máxima, publicado na revista Exame, de 15.12.1999. Em 22.06.2017.

07/05/2021 09:28 | DURAÇÃO 4:43

No exercício profissional

.

06/05/2021 14:41 | DURAÇÃO 4:20

Mente e sintonia

MENTE E SINTONIA É creditado ao italiano Guilherme Marconi o uso das ondas eletromagnéticas para transmitir informações a longas distâncias. No final do Século XIX, Marconi inicia seus experimentos, que darão origem ao telégrafo e, posteriormente, ao rádio. Graças a isso, as distâncias passam a ser menores, e a comunicação intensifica-se. Marconi partiu de um princípio da Física, segundo o qual ao se emitir ondas com determinada frequência, essas se propagam no espaço, podendo ser captadas por outro aparelho sintonizado na mesma frequência. Hoje, os experimentos de Marconi pertencem à História e seus equipamentos são peças de museu, frente a toda a tecnologia desenvolvida desde então. Porém, ainda podemos tecer valiosas reflexões a respeito desses seus estudos e descobertas. Nossa mente atua, sempre, como uma grande usina geradora de ondas, com frequências peculiares. A natureza do nosso pensar e sentir gera a qualidade da emissão, daquilo que emitimos e exteriorizamos em forma de pensamento. Como as ondas de rádio, invisíveis e imperceptíveis para nós, assim são nossos pensamentos. Não percebemos de imediato e nem visualizamos o que emitimos, mas nosso pensar está sempre gerando o ambiente, a psicosfera em torno de nós mesmos. Assim é que pessoas otimistas vivem em uma frequência, em uma ambiência mais salutar do que as pessoas pessimistas. Alguém sempre amoroso, carinhoso, compreensivo, terá em torno de si as qualidades relativas à natureza desses sentimentos. Por sua vez, quem seja amargo, intolerante, impaciente gerará, para sua própria vivência, um ambiente mais tormentoso e difícil. Assim, cuidar dos pensamentos é tarefa de urgente necessidade, mas, muitas vezes relegada, quando não esquecida ou desconhecida. Somos o resultado do que pensamos, sentimos e agimos, direta e indiretamente. Portanto, será sempre mais proveitoso buscarmos a reflexão otimista ao pensamento pessimista, a análise compreensiva ao julgamento crítico, o bem pensar ao julgamento severo. Não é alienar-se do mundo, ou vê-lo de maneira ingênua ou parcial. É a opção por viver no mundo, enfrentando seus desafios e lutas, com ferramentas diferentes, que serão mais valiosas e eficazes, nos proporcionando, ademais, saúde e bem-estar. Dessa forma, vigiar nosso pensar no dia a dia, será sempre ação benéfica para nós mesmos. Ao optarmos pela vigilância da nossa casa mental, nos proporcionamos a oportunidade de abandonar o medo, a insegurança, as angústias. E abraçarmos o bem, o bom e a confiança em Deus. Atentemos para a recomendação de Jesus de orarmos e vigiarmos, entendendo que o Amigo Divino nos convida a vigiarmos nosso pensar e a utilizarmos a oração como ferramenta de apoio e reestruturação mental. * * * O pensamento é força vital gravitando no Universo. Fonte poderosa, pode verter luz pacificadora ou se transformar em cachoeira destruidora. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso. Em 8.12.2012.

05/05/2021 10:12 | DURAÇÃO 4:41

Mágoa desnecessária

MÁGOA DESNECESSÁRIA As relações humanas serão sempre pautadas pela dificuldade que trazemos na alma. E não poderia ser diferente. Como somos seres em evolução, muito ainda há que se construir nas conquistas emocionais para que o equilíbrio, a justiça e a retidão sejam as ferramentas no relacionamento humano. Não é raro indivíduos que, desgastados pelos embates humanos, cansados das dificuldades de relacionamento, alegam preferir viver isolados do mundo, sem a necessidade de suportar a uns e aguentar a outros. O raciocínio se torna quase que natural, frente a tantos esforços que temos que empreender, tanta paciência a exercitar, no trato com o semelhante. E não são poucos aqueles que se isolam do mundo. Seja buscando uma vida de eremita, fechando-se em seu lar ou isolando-se em essa ou aquela instituição. Esses buscam a paz que não encontravam nas relações sociais e familiares. Muito embora assim o façam imbuídos, por vezes, das mais nobres intenções, esquecem-se de que, ao isolar-se, ao fugir da sociedade, perdem a grande chance do aprendizado da convivência. Somente nos atritos que vivemos é que vamos encontrar a chance do amadurecimento das experiências, de crescer, de superar aos poucos os próprios limites de interação social. Somos todos indivíduos criados para viver em conjunto e a vida solitária somente nos causaria graves sequelas à vida emocional e psicológica. É na experiência de viver com os outros que a alma tem a possibilidade de conhecer diversas formas de aflições e exemplos inesquecíveis. É natural que nossas relações não sejam sempre pautadas pela harmonia. São nossos valores íntimos que determinam os entrechoques que, não raro, vivenciamos, ou os envolvimentos afetivos de qualidade, que usufruímos. Como ainda não nos acostumamos a viver em estabilidade íntima por longos períodos de tempo, vez ou outra surgem dificuldades, problemas, indisposições variadas em nossos relacionamentos. Pensando assim, pode-se concluir o quanto é desnecessário e improdutivo viver-se carregando no íntimo mágoas e malquerenças. Ninguém há no planeta que não se aborreça quando recebe do outro o que não gostaria de receber. No entanto, não podemos esquecer que ninguém também pode afirmar que, com seu modo de falar, de ser e de agir, não cause aborrecimentos e mágoas a outras pessoas, ainda que involuntariamente. Desta forma, cabe a cada um de nós procurar resolver mal-entendidos, chateações e mágoas com os recursos disponíveis do diálogo, do entendimento, da desculpa e do perdão. Afinal, se outros nos magoam, de nossa parte também acabamos magoando a um e outro, algumas vezes. Assim pensando, podemos concluir ser uma grande perda de tempo e um sofrimento dispensável o armazenamento de sentimentos como a mágoa ou a raiva no coração. Há tanto a se realizar de bom e de útil a cada dia, e o tempo está tão apressado, que perde totalmente o sentido alimentarmos mágoa na alma, qualquer que seja a intensidade. Redação do Pense Nisso, com base no cap. 41, do livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 27.08.2010.

04/05/2021 09:48 | DURAÇÃO 4:25

A palavra sincera

A PALAVRA SINCERA Você sabia que a palavra “sincera” foi inventada pelos romanos? Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes. Em alguns casos era possível distinguir os objetos guardados no interior do vaso. Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos: Como é lindo! Parece até que não tem cera! “Sine cera” queria dizer “sem cera”, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes. Com o tempo, o vocábulo “sine cera” se transformou em sincero e passou a ter um significado relativo ao caráter humano. Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver através de suas palavras os nobres sentimentos de seu coração. Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações. Sim, pois na forma de potencialidade ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la, e cultivá-la em nossos dias. Se buscamos a riqueza do espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, deste revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados. Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância? Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as conseqüências funestas da mentira? Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam? Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por conseqüência seu respeito, seu amor. Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades. Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do Cristo, a verdade que liberta. *** Sejamos sinceros, lembrando sempre que esta virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante. Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos. Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam. Sejamos o vaso finíssimo que permite, a quem o observa, perceber seu rico conteúdo. Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão a vôos cada vez mais altos. Por fim, lembremo-nos do vaso transparente de Roma, e procuremos tornar assim o nosso coração. Pense nisso, mas pense agora! Equipe de Redação do Pense Nisso, a partir do texto “A palavra sincera”, atribuído a Malba Tahan. Em 23.07.2012

03/05/2021 01:00 | DURAÇÃO 3:52

A ilusão

A Ilusão A ilusão da eterna beleza física é quase generalizada. A busca por produtos que evitem que as marcas de expressão se transformem em vincos na face, é assustadora. Sem dúvida, é louvável a possibilidade que os avanços científicos propiciam para que as pessoas se sintam bem. A medicina estética surge justamente para trazer bem-estar e aumentar a auto-estima, corrigindo este ou aquele problema físico. Todavia, acreditar que os recursos da tecnologia vão nos tornar jovens no corpo físico para sempre, é triste ilusão. Aproveitando essa fragilidade dos indivíduos, de cair nas malhas da ilusão, o comércio tem sido lucrativo, vendendo disfarces no atacado e no varejo. São cintos para disfarçar as gorduras, comprimindo-as para que a silhueta pareça mais delineada... Sutiãs que simulam seios maiores, mais torneados... Calças e meias com bumbuns postiços, e muito mais... São iludidos... São ilusões... A psicóloga Mariliz Vargas fala sobre os perigos da fuga interminável das marcas do tempo. Ela diz que é preciso equilibrar a busca da juventude com a aceitação da vida como ela é, com seus momentos e suas fases, com suas mudanças e suas perdas. Não podemos perder a noção do limite desses tipos de procedimento, pois o tempo continuará a passar e a velhice, cedo ou tarde , se manifestará, assim como a morte física. Vivemos em sociedade que estimula demasiadamente a ilusão de controle mental. Somos incentivados a acreditar que podemos tudo, e que caso não tenhamos tudo, é por pura falta de competência da nossa parte.Isso causa um profundo impacto emocional naqueles que nos deixamos levar por esse tipo de ilusão. Com isso tudo, não desenvolvemos os recursos internos para lidar com a vida real, suas perdas e seus limites, suas dores e suas dificuldades. Torna-se obsecado pela perfeição física é uma das consequências desse processo mental, e tem sido um fator determinante no desenvolvimento de doenças psicossomáticas e da infelicidade humana. Vale a pena pensar um pouco mais sobre essa questão. Buscar refletir sobre os caminhos que escolhemos e observar a direção que tomamos. Retirar do olhar o véu das ilusões e seguir a passos firmes na direção da felicidade sem disfarces e sem fantasias. Na direção da felicidade efetiva, que só a realidade pode nos oferecer. Pensemos nisso! Texto da Equipe de Redação do Pense Nisso, com base no livro Despertar da Consciência de Mariliz Vargas.Edit.Rosea Nigra. Em 28.08.2012

01/05/2021 01:00 | DURAÇÃO 3:45

Pretexto

PRETEXTO Às vezes, falta-nos coragem para lutar por aquilo que desejamos ou para nos tornarmos aquilo que queremos ser. Não é que tentemos e fracassemos — é pior do que isso. Uma bendita timidez, uma inexplicável covardia nos impede até mesmo de fazer a tentativa. Como explicar esse estranho comportamento? O curioso deste mundo é que aquilo que alguns têm em excesso faz uma falta terrível para outros. A autocrítica, que é a avaliação que alguém faz de si mesmo — seus defeitos e qualidades — em alguns é otimista demais, induzindo a pessoa a julgar-se a oitava maravilha do mundo e a tornar-se até mesmo ridícula por seu convencimento. Em outros, no entanto, a autocrítica é tão pessimista e tão severa que acaba fazendo a pessoa sentir-se incapaz. Um dos modos mais eficientes de nos sentirmos infelizes é vivermos nos comparando sistematicamente com os outros. Há a menina que daria tudo para ser bonita como a amiga. Há o menino que inveja a inteligência do colega de classe. Há o moço pobre que lamenta não ser rico como o moço do outro bairro. São, todos, vítimas do complexo de pequenez. Baixam a cabeça quando o menino inteligente, a menina bonita ou o moço rico passam, porque o sentimento de inferioridade os faz sentir-se ainda mais insignificantes. Quem se compara com os outros, esquece de algo importante: ninguém é igual a ninguém.Todos nós temos aptidões diferentes; uns somos melhores em cálculos, outros temos talentos para idiomas...e assim por diante. É estupidez nos deixarmos escravizar aos modelos que o mundo tenta nos impor à força. Não temos obrigação nenhuma de ser inteligentes, ou magros, ou bonitos, ou instruídos, para merecermos um lugar ao sol. Quem disse que precisamos ser perfeitos ou melhores do que os outros para termos o direito a lutar pela realização dos nossos sonhos? E quem disse que inteligência, beleza, riqueza ou instrução garantem felicidade a alguém? Quantos meninos que eram considerados pequenos gênios nos tempos de escola tornaram-se verdadeiros fracassos na vida adulta! Quantas mocinhas que na juventude arrancavam suspiros apaixonados tornaram-se mulheres frustradas no amor! E, por outro lado, quantos garotinhos atrasados transformaram-se em adultos bem-sucedidos, e quantas adolescentes desajeitadas tornaram-se felizes mães de família! A verdade é que, muitas vezes, nos apegamos a qualquer bobagem para justificar nossa falta de iniciativa. E, enquanto nos apequenamos por nos sentirmos gordinhos ou feinhos, ou por não termos dinheiro ou instrução, homens cegos se tornam astros da música, paraplégicos se tornam gênios da Física, e artistas sem braços pintam obras-primas com os pés... Pense Nisso, e prossiga na luta com resignação. Redação do Pense Nisso. Em 18.4.2014

30/04/2021 08:41 | DURAÇÃO 4:01