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O dia que eu parei de dizer anda logo

O DIA QUE PAREI DE DIZER "ANDA LOGO" Quando você leva uma vida distraída, cada minuto precisa ser contabilizado. Parece que você está sempre riscando alguma coisa da lista, olhando para uma tela ou correndo para o próximo compromisso. E por mais que tente dividir seu tempo e atenção de um jeito ou de outro, por mais deveres que tente equilibrar ao mesmo tempo, o dia nunca dura o suficiente para correr atrás do prejuízo, não é mesmo caro ouvinte? Ouça a historia da professora norte-americana Rachel(pronuncia-se “reitchel”) Macy. Conta ela: Durante dois anos a minha vida foi de extrema correria. Meus pensamentos e minhas ações eram controlados por alertas eletrônicos, toques de celular e agendas abarrotadas. Apesar de cada gota do meu sargento interior me mandar chegar a tempo para cada compromisso em meus dias superlotados, eu não conseguia. Acontece que seis anos atrás, eu fui abençoada com uma filha calma e despreocupada, daquelas que sabe relaxar um pouco e aproveitar o mundo. Quando eu precisava já estar fora de casa, ela escolhia uma bolsa e uma tiara com todo o tempo do mundo. Quando precisava estar em algum lugar cinco minutos atrás, ela insistia em colocar seu bichinho de pelúcia na cadeirinha do carro e apertar o cinto de segurança. Quando eu precisava pegar um almoço rápido em algum fast food, ela queria conversar com a velhinha que parecia sua avó. Quando eu tinha 30 minutos para dar uma corridinha, ela queria que eu parasse o carrinho para acariciar todos os cachorros do caminho. Quando eu tinha um dia cheio que começava às seis da manhã, ela pedia para quebrar os ovos e mexê-los bem devagarinho. Minha filha calma e despreocupada foi uma dádiva para minha natureza workaholic e frenética, mas eu não enxergava isso. Não, nem de perto. Quem leva a vida distraída está sempre usando viseiras, sempre de olho no próximo item da agenda. E tudo que não pode ser riscado da lista é pura perda de tempo. Sempre que minha filha me forçava a desviar do meu cronograma, eu pensava “Não temos tempo para isso”. Por consequência, as duas palavras que mais dizia para minha pequena amante da vida eram: “Anda logo”. Eu começava minhas frases com elas. Anda logo, vamos chegar atrasados. Eu terminava minhas frases com elas. Vamos perder tudo se você não andar logo. Eu começava meu dia com elas. Anda logo e come esse café da manhã de uma vez. Anda logo e vai se vestir. Eu terminava meu dia com elas. Anda logo e vai escovar os dentes. Anda logo e vai dormir. E apesar das palavras “anda logo” não fazerem nada para acelerar minha filha, eu as repetia ainda assim. Talvez até mais do que aquelas outras palavrinhas, “eu te amo”. A verdade dói, mas a verdade cura... e me deixa mais próxima da mãe que quero ser. Até que chegou o dia fatídico e tudo mudou. Havíamos acabado de buscar minha filha mais velha do jardim de infância e estávamos saindo do carro. Como a menor não estava saindo rápido o suficiente, a mais velha disse para a irmãzinha: “Você é tão lenta”. E então ela cruzou os braços e soltou um suspiro de frustração. Foi como me ver no espelho, e a sensação foi horrível. Eu estava fazendo bullying com minha própria filha, pressionando e apressando uma criancinha que simplesmente queria aproveitar a vida. Meus olhos se abriram. Eu enxerguei os danos que minhas existências apressadas estavam causando em minhas duas filhas. Minha voz tremeu, mas eu olhei nos olhos da minha pequenininha e disse: “Desculpa por estar fazendo você se apressar tanto. Eu adoro que você faz as coisas com calma e queria ser mais parecida com você”. “Prometo que vou ser mais paciente a partir de hoje”, eu disse, abraçando minha menininha de cabelo cacheado, que agora sorria com a promessa da mãe. Foi fácil riscar a expressão “anda logo” do meu vocabulário. Mais difícil foi adquirir a paciência para esperar minha filha mais descansada. Para ajudar nós duas, comecei a dar a ela mais tempo para se preparar quando tínhamos que ir a algum lugar. Às vezes, ainda assim chegávamos atrasadas. Eram os momentos em que eu repetia para mim mesma que só teria mais alguns poucos anos de atraso, enquanto ela fosse jovem. Quando saíamos para caminhar ou íamos ao mercado, eu deixava minha filha determinar o ritmo. E quando ela parava para admirar alguma coisa, eu tentava esquecer minha agenda e simplesmente assistia o que ela estava fazendo. Vi expressões no rosto dela que nunca tinha encontrado antes. Estudei as covinhas em suas mãos e o jeito que seus olhos se enrugavam quando ela sorria. Vi o modo como as outras pessoas reagiam quando minha filha parava para conversar com elas. Vi o modo como ela encontrava insetos interessantes e flores bonitas. Ela era uma “Percebedora”, e logo descobri que os “Percebedores” são dádivas raras e belas. Foi quando finalmente entendi que ela era um presente dos céus para minha alma frenética. Fazer uma pausa para aproveitar as alegrias simples do cotidiano é o único jeito de viver de verdade. Pense Nisso, mas pense...com calma. Este, e outros textos e áudios do Pense Nisso, você encontra em nosso site. Acesse: centroamericafm.com.br Redação do Pense Nisso. Com base em um artigo publicado na internet em 2013, Em 05.2.2015

24/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 6:35

A verdade

A verdade Você já pensou algum dia no poder da verdade? Ou você pensa que a verdade chega sempre tarde, quando a injustiça já se consumou? Quando foi coroado rei da Pérsia, Dario mandou dar uma grande festa para todos os seus súditos, espalhados em cento e vinte e sete províncias. Terminada a festa, adormeceu, mas foi despertado pelas vozes alteradas de três rapazes que discutiam acerca do que seria a coisa mais forte do Mundo. Em vez de admoestá-los, ficou a escutá-los. Decidiram que cada um escreveria uma frase dizendo o que era a coisa mais forte e colocariam os papéis debaixo do travesseiro do rei. Pela manhã, o rei e os príncipes da Pérsia julgariam qual a opção mais sábia. No dia seguinte, na sala dos julgamentos, leu-se a primeira frase: "O vinho é o mais forte." Aquele que escrevera a frase, considerou que o vinho tem muita força. Tanta que pode transformar em tolos os homens mais grandiosos. O rei poderoso e a criança ignorante se igualam sob sua força. Coloca nuvens na memória e torna discussões sem valor porque tudo cai mesmo no esquecimento. A segunda frase dizia: "O rei é o mais forte." A justificativa do autor foi de que o rei tudo manda e é obedecido. Envia soldados à guerra, condena pessoas à morte ou lhes concede o perdão. Todos os súditos o obedecem e ele faz o que lhe agrada. É apenas um homem, mas por ele os soldados cruzam montanhas, derrubam muralhas, atacam torres e depois de conquistado o país, trazem os frutos para ele. A terceira frase afirmava: "Acima de tudo, a verdade prevalecerá." O jovem que a escreveu falou: "A verdade é mais forte que todas as coisas. O rei pode ser perverso, o vinho é perverso. Os homens podem ser maus. Todos eles perecerão. Mas a verdade é eterna. É sempre forte. Nunca morre. Tampouco é derrotada. Faz o que é justo. Não pode ser corrompida. Não necessita do respeito das pessoas para existir. É grandiosa e soberana sobre todas as coisas." E Dario julgou que o terceiro jovem era o mais sábio, dizendo-lhe que pedisse o que quisesse. O jovem era um judeu e lembrou ao rei que ele deveria cumprir a promessa de reconstruir Jerusalém. Que ele deveria reconstruir o Templo, conforme compromisso assumido no dia em que subiu ao trono. E o rei da Pérsia cumpriu a promessa. * * * Esta história se baseia em eventos descritos no Primeiro Livro de Esdras, na Bíblia. O jovem sábio judeu se chamava Zorobabel. Ele foi um líder do povo judeu na época de seu retorno do exílio na Babilônia, cerca de 520 antes de Cristo Equipe de Redação do Pense Nisso com base no cap. A verdade vencerá, de Ella Lyman Cabot, de O livro das virtudes, v. I, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira. 12.02.2015.

23/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:08

Pedras e pães

PEDRAS E PÃES Conta-se que Frei Bartolomeu dos Mártires viveu para servir. Era português, da cidade de Braga. Certa feita, na comunidade em que oferecia do seu trabalho, resolveram construir uma catedral monumental. Um templo de grandes proporções, que pudesse abrigar multidões. Para isso, os nobres se reuniram e acertaram de, anualmente, contribuírem com elevadas somas. Começou a construção. Ergueram-se as colunas, as paredes, chegou-se ao teto. Foi então que Frei Bartolomeu percebeu que uma crise havia chegado ao país, atingindo o povo. Os menos favorecidos lutavam contra a fome, a miséria, as doenças. Como chefe daquela comunidade religiosa, ele tinha à sua disposição todo aquele dinheiro arrecadado, cuja administração lhe competia. Especialmente, é claro, para a construção da catedral. Naquele ano, ele deixou a catedral parada. Ela tinha teto, pensou. Podia esperar. Os nobres, no entanto, prosseguiram a entregar elevadas somas. No segundo ano, a construção continuou parada. Também no terceiro, no quarto, no quinto. Dez anos depois, a catedral estava do mesmo jeito. Nada de ficar pronta. Embora confiassem em Frei Bartolomeu, os nobres se reuniram, organizaram uma comissão e seis deles foram conversar com o Frei. Amigo de todos, ele os recebeu fraternalmente e os escutou. Por fim, respondeu: De acordo com a minha contabilidade, há mais de duas mil famílias em necessidade. Como pai espiritual de todas elas, não posso permitir que meus filhos passem fome. Tudo tem sido gasto com a nossa própria gente. Um deles disse: Mas Frei, está certo que o senhor ajude essas criaturas. Poderia retirar uma pequena percentagem da soma que lhe entregamos. O velho Frei suspirou, ergueu os ombros, uniu as mãos e respondeu: Os senhores me fazem uma proposta muito curiosa. Vejam bem. Lê-se no Evangelho que Jesus no deserto foi convidado a transformar pedras em pães. Os senhores, entretanto, estão me pedindo justamente o contrário: que eu transforme pães em pedras. * * * Tinha razão o pastor daquelas almas. A vida humana nos merece todo respeito. Em se falando sobre direito, o primeiro de toda criatura é o de viver. Portanto, alimentar corpos, prover as necessidades básicas dos nossos irmãos se constitui não em caridade, mas em dever de irmão para com seu irmão. * * * Toda a moral se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. No que diz respeito à caridade, e aqui não importa se você tem, ou não, uma crença religiosa, o evangelho de Mateus coloca claramente como condição absoluta da felicidade: Vinde, benditos de meu pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer. Tive sede, e me destes de beber. Era estrangeiro, e me hospedastes. Estava nu, e me vestistes. Adoeci, e me visitastes. Estive na prisão, e me fostes ver. Em verdade vos digo que quando o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. E sintetizando a lição, Jesus recomendou: Amai-vos uns aos outros. Praticai o bem sem ostentação. Fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem. Redação do Pense Nisso, com transcrição do Evangelho de Mateus, cap. 25, versículos 34 a 36 e 40. Em 07.6.2017.

22/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 5:09

Incapaz

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21/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:27

Hábito

HÁBITO O hábito é o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina. A maioria de nós que estamos na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral. Há a tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles. Por conta disso, exagera-se nas necessidades e se aparta da simplicidade com que seria fácil viver em paz. Porque são muitas as pretensas necessidades, ergue-se todo um sistema defensivo em torno delas. Para assegurar o que entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel. Dando vazão ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo. Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia. Por não refletir detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo. Aprisiona-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar. Não é lícito desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no espaço e no tempo e conquista os recursos que lhe enobrecem a vida. Contudo, a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de que o ser se liberte de fórmulas inferiores. . Ainda hoje, no mundo, a justiça cheira a vingança e o amor tem laivos de egoísmo. Tal se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios. Entretanto, a ciência da vida que jamais se esgota precisa induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes. Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo. Para isso, nada melhor do que se habituar a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias. A automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção. Pense nisso. Redação do Pense Nisso, com base no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 02.09.2012

18/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:12

A procura da felicidade

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17/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:13

A ilusão

A Ilusão A ilusão da eterna beleza física é quase generalizada. A busca por produtos que evitem que as marcas de expressão se transformem em vincos na face, é assustadora. Sem dúvida, é louvável a possibilidade que os avanços científicos propiciam para que as pessoas se sintam bem. A medicina estética surge justamente para trazer bem-estar e aumentar a auto-estima, corrigindo este ou aquele problema físico. Todavia, acreditar que os recursos da tecnologia vão nos tornar jovens no corpo físico para sempre, é triste ilusão. Aproveitando essa fragilidade dos indivíduos, de cair nas malhas da ilusão, o comércio tem sido lucrativo, vendendo disfarces no atacado e no varejo. São cintos para disfarçar as gorduras, comprimindo-as para que a silhueta pareça mais delineada... Sutiãs que simulam seios maiores, mais torneados... Calças e meias com bumbuns postiços, e muito mais... São iludidos... São ilusões... A psicóloga Mariliz Vargas fala sobre os perigos da fuga interminável das marcas do tempo. Ela diz que é preciso equilibrar a busca da juventude com a aceitação da vida como ela é, com seus momentos e suas fases, com suas mudanças e suas perdas. Não podemos perder a noção do limite desses tipos de procedimento, pois o tempo continuará a passar e a velhice, cedo ou tarde , se manifestará, assim como a morte física. Vivemos em sociedade que estimula demasiadamente a ilusão de controle mental. Somos incentivados a acreditar que podemos tudo, e que caso não tenhamos tudo, é por pura falta de competência da nossa parte.Isso causa um profundo impacto emocional naqueles que nos deixamos levar por esse tipo de ilusão. Com isso tudo, não desenvolvemos os recursos internos para lidar com a vida real, suas perdas e seus limites, suas dores e suas dificuldades. Torna-se obsecado pela perfeição física é uma das consequências desse processo mental, e tem sido um fator determinante no desenvolvimento de doenças psicossomáticas e da infelicidade humana. Vale a pena pensar um pouco mais sobre essa questão. Buscar refletir sobre os caminhos que escolhemos e observar a direção que tomamos. Retirar do olhar o véu das ilusões e seguir a passos firmes na direção da felicidade sem disfarces e sem fantasias. Na direção da felicidade efetiva, que só a realidade pode nos oferecer. Pensemos nisso! Texto da Equipe de Redação do Pense Nisso, com base no livro Despertar da Consciência de Mariliz Vargas.Edit.Rosea Nigra. Em 28.08.2012

16/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:45

Cada um tem sua cruz

CADA UM TEM SUA CRUZ No trato diário ocorre, muitas vezes, reclamarmos das dores que nos chegam. "Vida dura! Cruz pesada! E, de uma forma muito particular, olhamos para as demais pessoas com olhos examinadores, concluindo que elas não sofrem tanto quanto nós. Dia desses, ao comentarmos acerca do acidente que sofreu uma pessoa famosa, resultando em sérios danos físicos, ouvimos da boca de quem nos escutava: Ah, mas essa pessoa tem muito dinheiro. É rica. Não tem com que se preocupar. Tem quem a atenda. Médicos, enfermeiras, terapeutas. Em nenhum momento, a pessoa a quem nos dirigíamos pensou que, mesmo com dinheiro e fama, o acidentado deveria estar sofrendo intensamente. Sim, sempre acreditamos que a dificuldade dos outros é menor. A nossa é enorme. Pelo fato de pensarmos dessa forma é que, no vocabulário popular, se fala da cruz para significar as dificuldades próprias. Carregar a própria cruz. Cruz pesada. Conta-se que, certa vez, um homem inconformado passou aclamar aos céus: Senhor Deus, a cruz que carrego é muito pesada. Não estou suportando o peso das dificuldades e problemas que venho enfrentando. Tanto reclamou que, um dia, um Espírito do Senhor se apresentou e lhe disse que suas queixas tinham alcançado os céus. Conduzido a um vasto campo, cheio de cruzes dos mais diversos e variados tamanhos, o amigo espiritual lhe disse que poderia escolher, dentre todas elas, a que melhor se lhe ajustasse. Animado, o homem examinou as cruzes. Finalmente, depois de muitas examinar, avaliar, testar, apanhou aquela que lhe pareceu ideal. Você tem certeza que é esta mesma a que quer? Perguntou-lhe o mensageiro. Sim. Disse ele. Esta é a que melhor se ajusta aos meus ombros. Aquela cujo peso posso suportar. Para seu espanto, o amigo lhe pediu que olhasse mais atentamente e, então, o homem descobriu que a cruz que escolhera era exatamente a sua, aquela de cujo peso reclamara tanto. As nossas queixas simplesmente demonstram que não estamos sabendo levar com dignidade a problemática. Às vezes, por sermos muito rebeldes e não nos ajustarmos às disciplinas que nos são impostas, de outras porque gostaríamos muito de viver no amolentamento, na preguiça, não no trabalho e na luta. A vida nos situa exatamente onde devemos estar. Todas as condições necessárias ao nosso aprendizado nos são apresentadas.O que nos compete é colocar uma almofada entre a cruz e os ombros.Uma almofada feita de virtudes. Quando nos dispomos a servir, amar, perdoar, compreender, o peso das nossas dificuldades diminui tanto que até nos esquecemos que estamos sobre a Terra carregando o fardo das dificuldades. A dificuldade é teste de resistência. É oportunidade de combate.Aprendamos a transformar as dificuldades que se acumulam em nossos dias em oportunidades de trabalho e serviço. Quando tudo estiver difícil e escuro, recordemos que, além das nuvens pesadas, o sol está sempre a brilhar. Redação do Pense Nisso com base no cap. 2, do livro Viver em plenitude, de Richard Simonetti, ed. São João e no verbete Dificuldades, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.Em 07.10.2013.

15/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:27

Haverá sempre um amanhã

HAVERÁ SEMPRE UM AMANHÃ Por mais que os abismos sejam fundos, sobre eles sempre haverá um firmamento; não te desorientes se muitos são os gritos: um dia far-se-á de novo silêncio e conseguirás refletir melhor; também não te afoites se o silêncio perdura; quando chegar sua vez, a palavras surgirão de novo e entenderás a mensagem que te trarão... Não temas a escuridão que se faz quando passam nuvens de corvos, eles terão de sair do céu ou terão de descer à terra e o sol voltará radioso a brilhar... Não penses que a mentira dominará de todo: ela mentirá até mesmo sobre si própria, e seu descrédito tornará indispensável que a verdade volte a ser reconhecida... Nenhuma escuridão, por mais densa que seja, conseguirá apagar a luz do vaga-lume; não te entristeças se sentes frio: sempre encontrarás a mão amiga na qual aquecerás as tuas que, assim, não se enregelarão... Não receies o tropel dos animais: um dia, e não está longe este dia, ouvirás de novo a maciez de pés descalços pisando sobre a relva... A chuva voltará a cair e o verde voltará ser verde, por isto tua sede será aplacada um dia, podes esperá-lo confiante... Não temas sequer a morte: ainda não se descobriu um cemitério de almas, já que estas vivem para sempre... Não penses que o infinito não te fale: talvez ele esteja atento a ouvir-te e não queira perder uma só de tuas palavras... Não penses que estás irremediavelmente condenado: o perdão existe exatamente para quem erra, mas que deseja voltar ao caminho, Se teus pés fraquejam, busca quem te auxilie: reconfortado, um dia chegará a tua vez de auxiliar... Não chores de amargura se o dia de hoje é tenso, incerto, amargo: Haverá sempre, sempre um amanhã...o convém, fazendo delas uma almofada para o os nossos corações. Nelas, você e eu descansamos. Redação do Pense Nisso. Em 02.8.2015.

14/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:16

Tempo e oportunidade

Tempo e oportunidade Troca-se um relógio com tempo rápido, por um relógio de horas longas. Para olhar a natureza, e apreciar os pássaros. Troca-se um dia apavorado, preso, rápido, por um dia solto, leve e comprido. Para brincar e aproveitar a vida. * * * O poema singelo é de uma jovem estudante, de alguém que, mesmo em tenra idade, descobriu que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos. Nenhum dia é igual ao outro na natureza. Eles não se repetem, são únicos. O homem é que os torna iguais, repetitivos, cansativos, quando simplesmente se esquece de dirigir a sua vida e permite que a vida o carregue. É certo que o mundo moderno nos exige muito para acompanhá-lo, para estar em sintonia com tudo de novo que surge, mas poderíamos questionar: precisamos realmente de tudo isso? Precisamos deixar que o trabalho nos escravize, que ocupe grande parte de nosso tempo, de nossas forças? Precisamos estar sempre pensando na competição, em ser melhores do que os outros, em estar na frente das outras ideias, em estar sempre na vanguarda de tudo? Será preciso acompanhar os modismos, as novidades das mídias, para nos sentirmos bem? Se fizermos uma análise profunda, veremos que não, que não precisamos de muito do que temos, de muito do que dizem que devemos ter para construir uma vida agradável e feliz. Para quem raciocina que tempo é dinheiro, talvez olhar a natureza seja perda de tempo, mas para quem já aprendeu a ver que tempo é oportunidade, descobrirá que apreciar os pássaros, passar mais tempo com a família, ouvir uma boa música, ler um bom livro, são oportunidades da vida bem aproveitadas. Um pai, ou uma mãe que tomem a resolução de abrir mão de um sucesso maior na profissão, por acreditarem que necessitam estar mais próximos dos filhos, com certeza se sentirão mais realizados do que aqueles que lutam incansavelmente para dar tudo à família, e esquecem que a sua presença, a sua atenção, o seu tempo, é o que de mais valioso podem dar a eles. Esta existência é uma oportunidade única, e é chegado o momento de despertar para os verdadeiros objetivos que devemos ter aqui. É chegado o instante de redescobrir o tempo e a sua utilidade. * * * Que tal pensarmos: quando foi a última vez que dedicamos o dia para estar com os nossos afetos? Quando foi a última vez que conseguimos nos desligar dos problemas profissionais, para nos ocuparmos com atividades filantrópicas? Quando foi a última vez que paramos para ouvir, de corpo e alma uma música, deixando-nos penetrar pela harmonia? Quando foi a última vez que lemos um livro nobre, uma página edificante? Quando foi a última vez que lembramos que somos um Espírito imortal, e que nada levaremos deste mundo além das nossas conquistas morais? Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso, com base em poema de Aline Bescrovaine Pereira, da coletânea Palavra viva, do Colégio Positivo, ano 1998. Em 24.5.2013.

12/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:22

Fugindo da verdade

Fugindo da Verdade A pintura “A Verdade Saindo do Poço” de Jean-Léon Gérôme, escultor e pintor francês, está ligada a uma parábola do século 19. Segundo essa parábola, a Verdade e a Mentira se encontram um dia. A Mentira diz à Verdade: "Hoje é um dia maravilhoso!" A Verdade olha para os céus e suspira, pois, o dia era realmente lindo. Elas passaram muito tempo juntas, chegando finalmente ao lado de um poço. A Mentira diz à Verdade: “A água está muito boa, vamos tomar um banho juntas! ” A Verdade, mais uma vez desconfiada, testa a água e descobre que realmente, a água está muito gostosa. Elas se despiram e começaram a tomar banho. De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge. A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta. O mundo, vendo a Verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva. A pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha. Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua." Bertrand Russel, um dos mais preeminentes pensadores do século 20, escreveu em seu decálogo: “ Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.” Em nossos dias, o que menos se quer é a, entre aspas, “inconveniência” da verdade. Vivemos, através dos eufemismos, para que, quem sabe, possamos suavizar, ou até mesmo, evitar a verdade. Mentimos pra nós mesmos. Procuramos nas futilidades algo que nos distraia e que nos mantenha em nossa confortável e consoladora “matrix”. A fuga da realidade é um mecanismo de defesa a que muitas pessoas recorrem como uma forma de evitar determinados sofrimentos. Entretanto, na verdade este comportamento é uma espécie de paliativo, pois por mais que num primeiro momento pareça que a dor irá diminuir; fugir da verdade não é o melhor caminho, já que os problemas serão apenas abafados por um tempo e continuarão ali, sem uma solução definitiva. O ideal é buscar forças para enfrentar este desconforto, conseguir se libertar e encontrar sua felicidade. E você, como está a sua relação com a verdade? Acredita que já recorreu ao mecanismo de fuga como forma de se proteger? Reflita! Por fim, busque seu autoconhecimento de modo a entender como os acontecimentos e experiências passadas influenciam os seus sentimentos e comportamentos atuais. Isto é indispensável para você viver sua realidade sem atalhos e para conquistar uma vida mais plena, madura e verdadeira. Lembremos: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Libertará da dor maior, do sofrimento insano, da incerteza, da desesperação, acendendo luzes de esperança em sua vida. Pense nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso. Em 03.12.2018.

11/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:49

Nova visão

NOVA VISÃO Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho. Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar. Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos últimos lugares, bem ao fundo. Ali se pôs a fazer sua oração cheia de vida. Ouviu, então, em meio ao silêncio, uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Ele olhou para os lados, para a frente e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver a rosa. Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre a mesa havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: Venha ver a rosa. Sim, estou vendo a rosa, respondeu. Por sinal, muito bonita. Mas o homem não se conformou e tornou a dizer: Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa. Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do homem. Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho. De fato, era um espetáculo todo diferente. Exatamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de sol que vinha de uma das janelas e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris. E o trabalhador, extasiado, exclamou: É a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espetáculo tão maravilhoso. * * * É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocarmos de nosso comodismo, de romper com os rotulos, para ver o diferente e o novo. Há uma rosa escondida em toda pessoa, que não estamos sendo capazes de enxergar. Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incômodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas do outro, de um ângulo diverso. Realizemos essa experiência, hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido especial onde, para nós, nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores. Pense nisso e rompa com os preconceitos e rótulos. COMPARTILHE Compartilhar via WhatsApp Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter

10/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:34

Envelheça bem

Um jovem universitário no seu primeiro dia de aula, conheceu uma senhora de 87 anos, que assim como ele, estava em seu primeiro dia. Curioso, perguntou a ela o que estava fazendo ali, naquela idade. Rindo, ela respondeu: “Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me aposentar e viajar.” “Eu falo sério”, disse seu jovem colega. “Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade.” Gentilmente respondeu: “Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter.” Os anos passaram e durante o curso, ela se fez muito popular na Universidade, fazia amizades onde quer que fosse e todos gostava muito dela. Durante o discurso de encerramento do curso, algumas das palavras que aquela senhora falou marcou muito aquele jovem, que foram: “Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar. Há alguns segredos para manter-se jovem: ser feliz e triunfar. Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias. Temos que ter um ideal. Porque quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer. **************************** Só envelhece quem deixa de viver a vida. Há uma diferença entre envelhecer e amadurecer. O envelhecer é a mera passagem de tempo, é algo natural e inevitável, é o destino de todos nós. Mas o curso da vida não deve ser encarado como algo fatal, mas sim com fé, com alegria de viver e otimismo. O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferece. É aceitar que os traços dos sorrisos e das preocupações, é a graduação na escola da vida. Aceitar que a vida foi boa e deixou que a usufruísse, que aprendesse a aceitar o destino sem querer pegar atalhos, aceitar que o fogo do amor não se apaga com a idade, mas que, com o amadurecimento podemos viver livres, fleumáticos, e sem medos. Muitas das vezes o medo de envelhecer nos impedem de refletir sobre as oportunidades e as conquistas da maturidade. As experiências vividas, os amores, os ganhos e as perdas, tudo que faz de nós pessoas ímpares. E como o poeta José Saramago deixou no texto Quantos anos tenho?: Isso a quem importa! Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto. Não importa a idade que esteja seja cinquenta, sessenta ou até mais. Não se lamente pelas suas rugas e nem pelos seus cabelos brancos, pois este é um privilégio divino negado a muitos. Alegre se com o seu amadurecimento e viva intensamente. Redação Centro América Fm: Texto baseado na Redação do Momento Espírita: A arte de envelhecer Quantos anos tenho? - José Saramago

09/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:33

Cidadania e respeito ao próximo

Cidadania e respeito ao próximo Existem situações nas quais passamos no dia-a-dia capazes de nos fazer refletir. O que demonstramos com nossas atitudes? O que as pessoas observam em nós e o que percebemos nelas? Clara mora em uma grande cidade do Brasil, na qual milhões de pessoas dividem o espaço em movimentadas ruas. Todos os dias, na hora do almoço, ela anda seis quadras até o restaurante que costuma frequentar. Nesse trajeto, até há poucos meses, havia semáforo para pedestres em apenas uma das esquinas que cruzava. Há poucos meses, viu, com alegria, a instalação de novos semáforos para pedestres em todas as esquinas daquele trajeto. Mas, os sinais de trânsito não eram percebidos pela maior parte das pessoas que por ali circulava. Ela pensava: é só uma questão de tempo... logo todos vão prestar atenção. Várias semanas depois, Clara percebeu que as pessoas, em sua maioria, desrespeitavam os sinais luminosos, e continuavam a cruzar a rua sem segurança. Chegou a observar uma jovem, com um bebê no colo, cruzar a rua quando o sinal estava vermelho para os pedestres, e quase foi atropelada. Dia desses Clara resolveu contar o tempo que levaria, a mais, para chegar ao restaurante, se tivesse que esperar todos os sinais fecharem e abrirem. A conclusão foi surpreendente: apenas um minuto e vinte segundos! E, por tão pouco, as pessoas arriscavam tanto... Ela pensou em escrever para o departamento responsável pelo trânsito e solicitar uma campanha de educação aos pedestres. Mas, logo pensou: o cidadão também deve fazer a sua parte! Ela continuou a esperar, pacientemente, a vez de cruzar a rua, mesmo sendo, muitas vezes, a única pessoa a respeitar o sinal. * * * Muito se fala em cidadania. É quando o cidadão possui e exerce os direitos civis e políticos de um Estado. Falar em direitos é sempre agradável a qualquer indivíduo, e, sem dúvida alguma, todos devemos lutar por eles para viver dignamente. Mas, morando em comunidades, devemos sempre estar atentos aos nossos deveres, pois, se cada um buscar apenas os direitos, a vida em sociedade será um caos. Em um país todos estão sujeitos à Constituição que é a Carta que dita deveres e direitos a todos os cidadãos. Temos sim, portanto, deveres para com o próximo. E o próximo é nosso familiar, nosso amigo, nosso colega de trabalho, nosso vizinho. * * * E você? Como você age no dia a dia? Como aqueles que só pensam em seus direitos, ou como quem mostra a evolução moral de conhecer e cumprir seus deveres? Como você se comporta diariamente? Reflita com carinho e você concluirá que devemos melhorar a cada dia, aprendendo a respeitar as leis, a respeitar o próximo e a fazer a nossa parte, mesmo que aqueles com quem convivemos ainda não o façam. Pense Nisso… Mas… pense agora. Pense Nisso com base no texto do Momento Espírita, em 23/03/21

08/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:14

Profecias

PROFECIAS Ninguém é tão ingênuo a ponto de achar que o mundo seja um paraíso. Ninguém é tão tolo a ponto de julgar que sua vida possa ser um permanente mar de rosas. Às vezes, porém, somos tolos o bastante para enxergar apenas o lado sombrio da vida; para julgar o mundo um lugar impiedoso e cruel; para imaginar que a tragédia esteja à espreita, a cada instante, esperando o momento certo para nos atacar. Quando uma pessoa se deixa dominar pelo desencanto, seus olhos se fecham para tudo o que lhe possa trazer algum alento: se uma oportunidade se apresenta, ela acha que fatalmente alguém mais esperto chegará primeiro e ocupará o seu lugar; se alguma coisa de bom acontece, ela imediatamente se pergunta: “Que desgraça estará por me acontecer, para que a vida esteja já me consolando por antecipação?...” Para alguém assim, negativo, todas as pessoas são falsas e traiçoeiras; todas as manifestações de bondade são disfarces para intenções secretas e perversas; toda a felicidade, prenúncio de uma desgraça inevitável. E o pior é que, voltada dessa forma para o lado negro da vida, a pessoa bem provavelmente se torne profeta: assim como um sonho bonito acaba se concretizando quando acalentado com esperança, também as previsões sombrias tendem a atrair os meios necessários à sua materialização. Não foi pensando em desgraças que o homem inventou o avião, tampouco mentalizando tragédias que conseguiu premiar o mundo com o telefone ou o computador. Quem se permite visualizar o que é positivo e ocupar a mente com o que é bom acaba atraindo condições de materializar seus pensamentos e imagens. Quem, no entanto, prevê sempre o pior e só consegue enxergar o que existe de ruim – esse está, estúpida e inconscientemente, atraindo tudo aquilo que mais teme, tornando-se profeta de sua própria infelicidade... Redação do Pense Nisso. Em 23.08.2013.

07/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:03

Casar e morar junto

CASAR E MORAR JUNTO O Pense Nisso de hoje, é para os casais que estão passando por uma crise conjugal, ou que estão pensando em juntar as escovas de dentes. Prestem atenção! Casar e morar junto são duas coisas completamente diferentes. Não tem nada a ver com seu status no cartório. Tem a ver com entrega. Você pode casar com todas as honras. Dar uma festa linda. Gastar os tubos na Lua de Mel. Se mudar com o marido para um apartamento lindo. Pronto. Decorado. Cheio de almofadas em cima da cama… Vocês podem ter se casado – mas vão demorar muito para saber o que é morar junto. Acho que existem casais que se casam com pompas, e nunca talvez tenham realmente morado juntos. Morar junto é saber dividir. Saber cobrar. Saber ceder. Saber doar. Morar junto é dividir as contas e as almas. Morar junto é ter uma pilha de louça pra lavar, depois de um dia terrível de 10 horas de trabalho. E o outro cantar com você para que, em um karaokê com detergente, o trabalho se torne divertido. Morar junto é ter que assistir “A Saga Crepúsculo: Amanhecer partes 1 e 2, e se esforçar para achar legal. Morar junto é tomar banho junto. Transformar o chuveiro em uma cachoeira. (e o banheiro em um charco) Morar junto é ouvir onde dói no outro. Do que ele sente medo. Onde ele é criança. O que o deixa frágil. Morar junto é poder chorar sem parar. E ser ouvida. E cuidada. Mas é também rir. E achar graça em alguma coisa, quando o outro está pra baixo. Morar junto é fazer contabilidade de frustrações, e saber quando não colocar na conta do outro. Morar junto é demorar para levantar. Morar junto não precisa de uma casa, e sim de um espaço. Quem mora junto geralmente é solidário. Casar não. Qualquer uma casa. Pra casar basta assinatura e champanhe. Casar leva umas horas. Morar junto leva tempo. O tempo todo. Quando moramos juntos vemos o cabelo dele crescer e ela cortar uma franja. Morar junto é entender a “pira” dele pela inevitável calvície, e o mau humor dela, pela franja mal cortada. Quando moramos juntos viramos adultos aos pouquinhos, dando um adeus doído ao adolescente que éramos. Quando moramos junto mudamos junto. E o outro vira um outro diferente com os anos. E nós vamos aprendendo a amar aquela nova pessoa, todo dia. Até o dia que, talvez, deixemos de morar juntos. É claro que, o nosso ideal é de envelhecer junto com essa pessoa que escolhemos. Porém, existem percalços ao longo do caminho. E achamos que estamos preparados para eles. Ledo engano. Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento. A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade. Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro. Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga. Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta. Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante... O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem. E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se. E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências. Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências. Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para, logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção. Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram. Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos. Redação do Pense Nisso 16.4..2015.

04/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 6:05

Os invisíveis

OS INVISIVEIS Você acredita no invisível? Há aqueles que afirmam depositar sua confiança somente naquilo que enxergam os olhos, que as mãos tocam e que ouvem os ouvidos. Todavia, são irrefutáveis as provas científicas de que há uma gama de seres em nosso entorno, invisível aos nossos olhos e sentidos primários mas que, em relação constante conosco, exerce pleno exercício de influenciação sobre o nosso cotidiano. Tal é o caso, por exemplo, do universo microscópico. Seres uni e multicelulares que, sem que os possamos enxergar, são responsáveis por uma série de reações bioquímicas em nosso organismo. A verdade é que o invisível existe. Todavia, se aperfeiçoarmos nosso olhar, ele pode tornar-se visível. Para tal, a boa vontade, o amor, a caridade, o bem... * * * Somos todos invisíveis. Nossa presença não faz diferença para ninguém, apenas para aqueles que passam por nós e sentem medo ou raiva. Acham que todos somos ociosos, mas estão enganados. Eu sou um homem de bem, de família, estou aqui de passagem. Foram estas as palavras concedidas a um jornalista de um famoso periódico de circulação nacional, por um homem que vive nas ruas há dois anos, em mendicância. Por vergonha, ele preferiu não se identificar. Outros moradores de rua tiveram coragem de contar ao jornal os motivos que os levaram a viver sob as marquises, sem amparo de um amigo, da família e até mesmo do poder público. São os invisíveis sociais. São moradores de rua, catadores de papel. São garis, faxineiras, porteiros, jardineiros, pedreiros, ascensoristas e tantos outros. Irmãos nossos, espíritos em evolução, seres humanos com histórias de vida, sentimentos, fragilidades, aspirações, ideais, sonhos e que, na grande maioria das vezes, são simplesmente ignorados, como se não existissem. Durante seu doutorado, como parte do estágio de uma das disciplinas que cursava, o psicólogo Fernando Braga da Costa resolveu acompanhar a rotina dos garis da Universidade de São Paulo. Em sua experiência, ele relata que, ao vestir o uniforme desse profissional, não conseguiu ser reconhecido nem mesmo por seus professores e colegas de curso. Isto não significa que fui menosprezado ou rejeitado, afirmou o psicólogo. Era pior: simplesmente eu não estava lá. As pessoas não me viam, não olhavam para mim. Era como não ser. * * * Você acredita no invisível? Acredita que existem milhões de pessoas, em todo o mundo, que são invisíveis? Um bom dia, um sorriso, um aperto de mão, um olá, tudo bem? são formas de materializá-las e torná-las tangíveis, dignificando-as e exaltando a criatura humana, em detrimento de nossos preconceitos e egoísmo. Pensemos nisso . Redação do Pense Nisso, com base em reportagem do site http://g1.globo.com e experiência relatada no http://invisibilidadesocial2010.blogspot.com, ambos acessados em 4.11.2015. Em 07.3.2016.

03/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:20

COMO DEFINIR A SAUDADE

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02/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:59

A felicidade e a riqueza

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01/11/2022 06:30 | DURAÇÃO 5:23

Não fuja de você

Muitas das vezes nos abatemos com as dificuldades da vida, as desilusões amorosas, o epílogo de um sonho, e neste momento começamos a nos afundar no entristecer, nas angústias e gradativamente vai desmoronando a nossa motivação, a ponto de ficarmos dormentes, e os anseios da vida pouco nos interessa e então: Fugimos de nós mesmo. Deixamos de ser aquele Eu cheio de sonhos, cheios de alegria e brilho, e nos escondemos atrás da montanha de infortúnio, andando pelas ruas, ou fazendo o nosso trabalho apenas por fazer, nada nos interessa, nada nos empolga. Mas descobrimos a nossa força quando estamos fracos. Todos passamos por momentos difíceis. Quantas vezes nossos sonhos, nossos projetos, aquilo que esperávamos com ansiedade, não deram certo? E quando isso acontecer, tenha Paciência! Continue a lutar. Estamos na escola da vida para aprender a resignação, a perseverança, a diligência, a disciplina e tantas outras virtudes que, só o tempo e a paciência, pode nos oferecer. Viver bons momentos é fácil, tudo se torna agradável, nos sentimos confiantes.  Porém, somente nos momentos de dificuldades é que serão colocados à prova os nossos sentimentos. Apenas nas adversidades saberemos se realmente confiamos na vida, se temos esperança, se temos fé e se realmente acreditamos em Deus e aceitamos a sua vontade. Lembremo-nos sempre de que na Terra não vivemos apenas de momentos bons nem só de momentos ruins. Vivemos uma mescla de situações, cujo único objetivo é o aprendizado do espírito. Os altos e baixos da vida sempre irão existir, apenas não fuja de você, não se deixe abater pelos infortúnios da vida, reaja, lute, utilize todo o potencial que há dentro de você. E lembrando-se sempre de que Deus é o dono de todo o poder e o controle de tudo está nas suas mãos. Estamos apenas aprendendo. Tudo passa. E assim vamos evoluindo, um pouco a cada dia, e no final da jornada veremos a recompensa das nossas batalhas, e o quanto vitoriosos fomos durante todo o transcorrer da nossa existência. Pense Nisso, mas pense agora. Redação Centro América Fm: Texto baseado na Redação do Momento Espírita: Não se deixe desestimular

31/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:36

Leve vantagem você também

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29/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 4:01

Feito revoada

FEITO REVOADA Você já observou uma daquelas árvores comuns, altas, quando estão repletas de pássaros em seus galhos? As aves pousadas preenchem os espaços, e mesmo os ramos mais secos parecem ganhar vida com a visita animada dos pequenos seres; A árvore ganha movimentos que não possuía. Ganha sons que não era capaz de emitir. A vida se soma à vida. A árvore nunca foi tão exuberante. Mas, sem avisar, sem aparente razão, subitamente todos eles resolvem bater em revoada ao mesmo tempo. Outro belíssimo espetáculo de se ver. Coordenados, sem medo, obedecendo a um comando interno que lhes faz desafiar os ares a todo instante, eles voam... Eles voam, buscando seus destinos, continuando a desempenhar seu importante papel na Criação. Mas e a árvore? Normalmente nem mais a notamos. A árvore permanece, agora, aparentando estar vazia, incompleta. Faltam os passarinhos, os ruídos, a festa, falta aquela alegria toda em torno da árvore. * * * Há épocas da vida que parece que as pessoas começam a partir assim, feito revoada, todas quase ao mesmo tempo. As redes sociais possibilitam que saibamos desse tipo de notícia instantaneamente. Lá se foi aquele amigo distante. Agora aquele outro, pai de fulano, mãe de beltrana... E quando chega a vez dos nossos próximos nos damos conta de que todos teremos que partir um dia. Sentimo-nos, então, como a árvore que perdeu todos os pássaros que cantavam e brincavam em seus braços. Sentimo-nos minguados, desfolhados, silenciosos... É de se compreender a tristeza da árvore. Necessário lembrar, vez ou outra, que os pássaros não pertencem às árvores, que não fazem parte dela, como o tronco, a galhada ou as folhas. São visitantes passageiros, que fizeram breve morada ali, em seu aconchego verdejante, antes de seguir suas jornadas pelo espaço sem fim. Assim, poderíamos perguntar: deve a árvore sofrer com as revoadas frequentes da existência, ou se alegrar com os belos voos de seus novos amigos passarinhos? A resposta é admirável: ela precisa das duas coisas. Não há mal algum em sofrer. As almas mais sensíveis sofrem a ausência e a despedida. Choram as lágrimas da gratidão, das boas lembranças e da falta das energias do outro ... Mas, também porque amam, choram de alegria pela libertação, pela beleza de um voo que é certo para todos, pois é voo de final de uma etapa e início de uma nova. É um voo de renovação. Curioso é que somos, ao mesmo tempo, árvore e passarinho. E conhecemos a história a partir dos dois pontos de vista. Bate em nós, vez ou outra, essa melancolia das revoadas, quando o olhar se detém apenas nas árvores esvaziadas que ficaram. Que os momentos difíceis que temos enfrentado possam nos ensinar algo importante: A nossa vida e tudo o que nela há, é um privilégio. Somos agraciados a todo o instante... Que possamos valorizar cada momento, cada indivíduo que passa em nossa vida… cada oportunidade... Façamos isso, todos os dias... Pense nisso, mas… pense agora! (*) Pense Nisso baseado na Redação do Momento Espírita - Em 25.6.2021.

28/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 5:09

O mundo das mulheres

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27/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:55

Colaboração

Colaboração Uma virtude pouco lembrada é a colaboração. A vida, generosa de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação em todos os seus planos. O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo. As águas formam as nuvens e as nuvens alimentam as águas. A abelha ajuda na fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas na fabricação do mel... Podemos perceber nesses exemplos de colaboração um convite para que também sejamos colaboradores. Sem nos darmos conta, muitos colaboram conosco no decorrer dos dias. É alguém gentil que nos cede a passagem no trânsito. Um motorista anônimo que avisa do perigo na estrada. Um pedestre que ajuda um idoso ou cego a atravessar a rua. São os médicos que nos atendem com presteza e afeto, doando-se além da sua obrigação. São os professores que se empenham um tanto mais para que os alunos aprendam as lições. São enfermeiros atenciosos que se esforçam por atender bem a um paciente, porque seu coração assim o determina. É mais que uma demanda, é um propósito de vida... Se é certo que pagamos por alguns serviços, também é certo que a dedicação e o carinho de cada profissional, ninguém... e nenhum dinheiro... pode pagar. Se não nos damos conta disso, é porque talvez estejamos indiferentes para as coisas boas, ou porque estamos acostumados a perceber somente as coisas ruins. É importante que tenhamos disposição para ver os fatos positivos que nos cercam. Dessa forma, poderemos dar a nossa colaboração, por mais singela que seja, onde quer que estejamos, para que a nossa vida e a vida dos que caminham conosco nessa estrada evolutiva possa ser mais suave. Agindo assim, em tudo o que fizermos, estaremos colaborando de forma efetiva para o nosso próprio progresso espiritual. Quando vamos além das nossas obrigações, exercemos a função que nos cabe no progresso moral da Humanidade. * * * A vida na Terra é uma abençoada oportunidade de aprendizado para cada um de nós. Na colaboração de uns para com os outros, encontramos a chave que abrirá novos caminhos, quebrando as barreiras do individualismo e nos permitindo viver a verdadeira fraternidade. Que possamos colaborar em algo hoje, agora. Aproveitemos o momento que passa. Pense Nisso, Mas... pense agora! (*) Pense Nisso com base no Momento Espírita – com trechos do cap. 32, do livro Roteiro, ed. FEB. Em 25.11.2020. COMPARTILHE Compartilhar via WhatsApp Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter

26/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 3:35

A arte de envelhecer

A ARTE DE ENVELHECER Graças às conquistas médicas, a condições melhores, a possibilidade de longevidade foi aumentada. Isso nos diz que temos a possibilidade de viver para além dos setenta anos. Por isso, um alerta se faz de importância. Precisamos aprender a envelhecer. Aprender a olhar para o espelho e perceber que a face não apresenta o mesmo viço. Contudo, é imperioso que descubramos que nosso olhar continua brilhante, inquieto, desejando ver todas as cores de todos os dias. Cora Coralina, a poetisa e contista brasileira, que morreu aos noventa e cinco anos de idade, tinha sua fórmula especial para bem envelhecer. Em entrevista, declarou: Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo para você, não pense. Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga para você mesmo que está ficando esquecido, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente. Digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansado e esquecido, mais esquecido fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha. Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo. Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. * * * Essa mulher extraordinária não deixou somente palavras bonitas, mas exemplos. Manteve a jovialidade da alma no avançar dos anos. Criou filhos, enviuvou, produziu e vendeu linguiça caseira e banha de porco para se manter. Enquanto escrevia versos e contos, derramando a fonte de sua juventude pelas letras, começou a fazer doces para vender em sua cidade de Goiás. Ela viveu a religiosidade, a simplicidade, trabalhando, auxiliando quanto pôde. Sobre o despedir-se da vida, escreveu: Morrerei tranquilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros. Que belas lições! Pensemos a respeito. Redação do Pense Nisso, com base em dados biográficos de Cora Coralina. Em 16.6.2019.

25/10/2022 06:30 | DURAÇÃO 5:01