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CONCLUSÕES APRESSADAS

21/09/2024 06:30 | DURAÇÃO 5:12

Notas do Episódio

Eram dois vizinhos que mantinha um bom relacionamento de amizade. Um deles comprou um coelho para os filhos. Logo, os filhos do outro vizinho também desejaram um animal de estimação. O pai lhes comprou um filhote de pastor alemão. A preocupação teve início. O dono do coelho achou que o cão poderia comer o seu animalzinho. O outro acreditava na boa índole do animal e afirmou que o pastor era filhote. Bastaria que os animais fossem colocados juntos, aprendessem a conviver desde cedo e tudo daria certo. Eles seriam amigos. E por um tempo foi assim. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era comum ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças felizes com os dois animais. Certa sexta-feira, o dono do coelho resolveu viajar com a família. O animal ficou sozinho. No domingo à tarde. O dono do cachorro com sua família tomava um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes. O pobre animal estava imundo, sujo de terra, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo. Deram-lhe uma grande surra. Depois veio o dilema. O que fazer agora? Afinal, o vizinho estava certo. O cão mataria o coelho. Os donos do animal morto logo chegariam. O que fazer? Como consertar o estrago? Enquanto isso, lá fora, o cachorro chorava, lambendo os seus ferimentos. A grande dificuldade era como explicar para os filhos do vizinho o que acontecera com seu amado animalzinho. Então surgiu a ideia de lavar o coelho, deixá-lo limpinho, secá-lo com o secador, arrumar bem o pelo e o colocar em sua casinha. Assim pensaram. Assim fizeram. Até perfume colocaram nele. Ao final, as próprias crianças disseram. Parece vivo! Ficou lindo! Pouco depois, ouvem a alga zarra da família ao lado chegando. As crianças gritam. O coração dos donos do cão batia forte e eles pensaram. Pronto! Descobriram. Passados alguns minutos, o dono do coelho bate na porta, assustado. Parecia ter visto um fantasma. O que foi? Perguntam. O coelho! O coelho morreu! Diz aquele. Morreu? Inocentemente, fala o pai da família dona do cão. Mas ele parecia tão bem hoje à tarde? Não, ele morreu na sexta-feira, exclama o outro. Na sexta? Foi! Antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal. Imagine que agora está lá na casinha, limpo, branquinho, reapareceu. A história termina aqui. Não importa o que aconteceu depois, o que merece ser examinada é a situação do pobre cachorro. O pobrezinho, desde a sexta-feira, quando sentiu falta do amigo, começou a farejar. Finalmente descobriu o corpo morto e enterrado. Com o coração partido, ele desenterrou o amigo de infância e foi mostrar aos seus donos. Talvez esperasse que eles o pudessem ressuscitar. E o que acontece? Pancadas e mais pancadas. Simplesmente porque expressava sua preocupação com um amigo. Quase sempre procedemos assim em nossos relacionamentos. Julgamos os outros sem antes verificar o que aconteceu de fato. É suficiente que suspeitas sejam levantadas contra alguém e estamos prontos a afastar da pessoa, e ate comentar, continuar divulgando os fatos ouvidos, tudo sem antes verificar se os fatos são verdadeiros, sem indagar daquele de quem se fala, o que de fato está acontecendo e assim, velhas amizade são destruídas, reputações são manchadas, pessoas nobres recebem ingratidão, tudo por que, quase sempre tiramos conclusões precipitadas das situações e nos achamos, donos da verdade. Pense Nisso, mas pense agora.