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Amor do Pai

24/09/2019 16:17 | DURAÇÃO 5:04

Notas do Episódio

Amor do Pai Que o amor materno é fundamental para a vida de qualquer criança, não temos qualquer dúvida. Aliás, em pleno século XXI, nossa cultura ainda coloca sob responsabilidade, quase que exclusiva da mãe, os cuidados com os filhos. Quando uma criança faz birra, Que bate no amiguinho, Que vai mal na escola...quase sempre dizemos que a “A culpa é da mãe”, não é assim que ouvimos comumente por aí? Mas como fica o papel do pai nessa história? Pois um estudo recente mostrou que o pai é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos EUA, demonstraram que crianças de todo o mundo tendem a responder da mesma forma quando são rejeitados por seus cuidadores, ou por pessoas a quem são apegadas emocionalmente. E quando essa rejeição é do pai, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ela causa marcas profundas. Segundo os estudiosos, que avaliaram 36 trabalhos envolvendo mais de 10.000 pessoas, entre crianças e adultos, a rejeição paterna tem essa influência tão marcante porque, em primeiro lugar, é mais comum do que a materna. E também porque a figura do homem é associada a prestígio e poder – ou seja, para a criança, é como se ela tivesse sido esquecida ou preterida por alguém que todos consideram importante. Agora vem a parte mais triste: o estudo mostrou que as crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade. A boa notícia é que um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta. Quando se vivencia o amor de pai, tudo passa a ser diferente - nós nos transformamos. Serão tempos diferentes, quando todas as nossas relações forem assim, como a do pai que diz aos filhos: Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: pai! Seja para segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Sim, serão tempos diferentes esses... Tempos do amor que independe da presença e do tempo. Tempos de nova compreensão sobre presença e sobre tempo. O amor do pai está mudando o mundo, pois estes estão mais maduros, mais atentos, mais vivos... Nada será como antes, quando finalmente compreendermos e vivenciarmos esse amor com toda sua força. Nada será como antes, quando o pai olhar nos olhos de seu bebê, dizendo: Não sabemos o que nos uniu nesta nova família, se a afinidade intensa ou o compromisso inadiável perante as Leis maiores, mas não importa: tudo o amor irá superar. Este será o dia em que escolheremos amar, antes de tudo. O amor precisa ser uma decisão dentro do lar, dentro da vida. Que em qualquer momento, meu filho, sendo eu qualquer pai, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, você possa perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando você foi colocado pela primeira vez nos meus braços: Misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada Terra. E assim sendo, meu filho, você terá sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter. Ah, esse amor de pai!